Acidente inesperado



À tarde Draco e Hermione foram dar um passeio pela cidade, já que Draco não conhecia nada ainda. Ele ficava maravilhado com as “coisas que os trouxas inventam por não terem magia” e ficava o tempo todo comentando tudo o que via, assim como uma criança quando descobre uma coisa nova: “Mione, pra que serve isso?” “Mione, viu só aquilo? Como eles conseguem usar uma coisa dessas?” e aí por diante, e a morena ria da cara de bobo do namorado enquanto ela explicava tudo. Eles chegam a uma praça e sentam-se em um banco debaixo de uma árvore, Draco paga um sorvete pra eles (precisou de uma grande ajuda de Hermione com o dinheiro trouxa) e eles ficam sentados pegando um sol. Ele fica encarado ela por um tempo, apenas observando as curvas do rosto dela, o jeito que os olhos dela brilhavam enquanto ela sorria, o contraste de cada raio de sol em seu rosto, e percebeu como era um homem de sorte.


                - Mione, definitivamente, você foi a coisa mais maravilhosa que já aconteceu na minha vida. – diz ele sorrindo olhando para a morena. Ela sorri deliciada, (com o sorvete e com o comentário) – não sei como eu pude te odiar por tanto tempo, sem nem te conhecer, e ver essa pessoa maravilhosa que tu és. Eu te amo muito sabia? – ele termina depositando um beijo nela.


                - Eu também te amo muito Draco, pena que demorei tanto pra perceber isso. – responde ela com um sorriso encabulado.


                - Bom, a gente vai recuperar bem esse tempo perdido. – diz ele sorrindo malicioso, e beijando ela enquanto eles riam.


                Terminam o beijo ainda sorrindo feito bobos um para o outro, quando inesperadamente (sentiram o trocadilho com o título agora né? Kkkkk me forcei nessa) chega uma coruja e vem em direção a Draco. Ele encara a coruja por um tempo, mas não a reconhece. Pega então a carta que ela traz, e ela volta voando de onde veio. Draco para por uns instantes no endereço da carta. Era do hospital. Ele abre tremendo a carta, e le seu conteúdo, o sorrindo que tinha desaparecendo aos poucos até se tornar apenas um borrão e ser substituído por uma tristeza imensa.


                - Draco, o que houve? O que diz na carta? Aconteceu alguma coisa? – Hermione perguntava insistentemente, mas não obtinha respostas do namorado. Ele então, lentamente entrega a carta para ela.


“Caro Sr. Draco Malfoy,


                Comunicamos ao senhor que seu pai foi vítima de uma tentativa de homicídio e se encontra internado em estado grave, e corre riscos de não sobreviver, ele está resistindo, e está reagindo ao tratamento, porem não temos certeza por quanto tempo. Sua mãe não encontra em condições de escrever no momento e nos pediu para que o avisasse. Sua mãe pede sua presença aqui o mais breve o possível.


Att. Secretaria do Hospital St. Mungus”


O sorriso de Hermione também havia desaparecido, e ela abraça o namorado beeem apertado, pra que ele soubesse que ela estava ali, pra o que der e vier.


- Preciso ir lá Mione. Preciso ver o meu pai. Apesar das brigas e tudo o mais, ele é meu pai. E eu quero que você vá comigo.


Ela ficou em silencio. Queria muito isso, mas assim como ele tinha medo. Ainda mais pois o pai dele abominava trouxas, e ela não sabia se estava preparada pra ouvir os insultos dele. Mas ela precisava fazer isso, por Draco. E por ela.


- Eu vou. Mas primeiro preciso avisar meus pais. – respondeu ela, se erguendo do banco já.


- Você sabe que ele pode ser, digamos, grosso contigo, não é? – pergunta ele meio encabulado pelas atitudes do pai.


- Sei. Mas você vai estar lá. E eu não vou te deixar sozinho numa hora dessas. Nunca. Eu to contigo pra tudo, tu sabe disso. – respondeu ela.


Ele levanta subitamente, e a beija. Ele sabe que há um caminho longo pela frente, mas ele esta disposto a enfrenta-lo.


- Eu vou na frente, pra ver como tão as coisas, enquanto você avisa teus pais. – diz o loiro.


- Tudo bem. Eu te amo. – diz ela.


- Eu também te amo. – responde ele, e num giro, não esta mais ali.


Hermione da uma olhada para os lados pra ver se ninguém notou que ele simplesmente “evaporou”, mas as pessoas parecem estar concentradas demais nas suas vidas para reparar em qualquer coisa. Então é a vez dela de desaparatar e aparatar na porta de casa. Quando ela entra, seus pais ficam preocupados por ela estar sozinha e perguntam de Draco.


- Ele esta no hospital. Aconteceu um acidente com o pai dele. Eu vou ir pra la também, mas primeiro precisava avisar vocês. – diz ela, com o peito pesado pelo que o namorado estava enfrentando.


- Tudo bem minha filha, vai sim. – responde a mãe dela dando um abraço apertado na filha. – espero que de tudo certo, e que ele fique bom logo.


- Eu também, ele é muito importante pra Draco perde-lo.


- Você tem hora pra voltar? – pergunta o pai dela.


- Não sei pai, essas coisas são complicadas.


- Tudo bem filha, vai la. Se cuida, e boa sorte.  – diz o pai abraçando a filha também.


Ela sai então, e para na porta de casa, agoniada com o que esta por vir. Não é só o acidente do pai de Draco, mas também o fato que agora ele vai conhecer ela oficialmente, e ela teme muito esse momento. Seus pais foram tranquilos, mas ela sabe que ele não vai ser, e que ela tem que estar muito bem preparada para isso. Ela respira fundo, e gira.


Hermione chega no hospital e vai direto a fila da recepção para pedir informações sobre Lúcio. Descobre em que quarto ele está e sobe cautelosamente as escadas enquanto pensa no que vai dizer, no que vai fazer, em como vai agir... Ao chegar lá encontra Draco conversando com sua mãe na sala de espera.


- Oi. – cumprimenta Hermione encabulada.


A mãe de Draco encara ela friamente. Pode não ser como o pai, mas ainda assim não é muito fã de trouxas. Acena a cabeça para Hermione tranquilamente, mas é como se não estivesse lá, é como se estivesse aérea, em outro planeta, um pouco mais distante do que o deles.


- Mãe, essa é Hermione, a minha namorada, de quem eu estava lhe falando. – fala Draco, levantando-se e indo em direção a morena, passando o braço por trás de suas costas de maneira protetora.


- Olá. – responde a mãe de Draco, como se estivesse voltado ao mundo, mas ainda meio perdida. Encara Hermione por alguns instantes como se analisasse cada detalhe dela, mas permanece em silencio. Até que não foi tão ruim, pensa Draco.


- Bom, eu vou entrar, falar com o papai e ver como ele esta. Hermione você fica aqui com a minha mãe? – pergunta ele com um olhar de culpa por deixar sua namorada em uma situação tão constrangedora como aquela, tanto para ela, quanto para sua mãe. Pelo menos sua mãe estava tentando ser simpática, mesmo que do jeito dela.


- Claro, vai lá. Boa sorte. – responde a morena, deposita um beijo na bochecha do namorado e ocupa o lugar que antes estava sendo ocupado por ele.


Elas ficam em silencio por alguns instantes, um silencio daqueles constrangedores em que nenhuma das duas sabe o que dizer ou como agir. Hermione resolve dar o primeiro passo.


- Então, hã, como a senhora está? – pergunta ela a Narcisa.


A outra analisa um pouco a pergunta, como se cogitasse responder ou não, mas resolveu que tentaria ser simpática, o filho havia implorado a ela que fizesse um esforço pra ser legal com a morena, e ela sempre fez tudo pelo filho. Fora que ela percebeu o amor de um pelo outro. Mas ainda assim não era fácil conversar com uma trouxa. Resolveu então tentar fingir que ela era apenas uma pessoa normal.


- Estou bem... – responde ela.


Outro silencio constrangedor, mas dessa vez Narcisa resolve tomar a dianteira:


- Que bom que você veio, sabe. Draco vai precisar que você esteja do lado dele nesse momento. Ele gosta muito de ti.


- Era o mínimo que eu podia fazer por ele, depois de tudo o que passamos juntos. – responde Hermione. Outro silencio, mas dessa vez nenhuma das duas resolveu quebrar. Na verdade, elas nem precisaram, os gritos enraivecidos do quarto onde estavam Draco e Lucio fizeram isso por elas...


 


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reta final minha genteeeeee, ta quase no fim. o que será que eles estavam discutindo??? aguardem os próximos capitulos uuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuh ~o~ 




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Comentários (1)

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