Baile de Inverno



CAPÍTULO 11
BAILE DE INVERNO




Os preparativos para o Baile de Inverno estavam quase finalizados. A música seria, desta vez, por conta de uma banda experimental, formada pelos integrantes das Esquisitonas e do Vassouras Douradas, que estavam preparando um disco conjunto de ambas as bandas, a ser gravado ao vivo, durante o baile. Também gravariam um clip, uma inovação do rock bruxo. Afinal de contas, como já era de conhecimento de todos,os grupos bruxos andavam lançando discos no mercado musical trouxa, o que dava um bom lucro. Esses dois grupos acharam que um clip também seria uma boa idéia. Todos estavam dando um trato nas vestes a rigor, querendo se apresentar da melhor maneira possível, inclusive Hermione, Janine e Gina, mesmo que naquela semana as três estivessem estranhamente intratáveis e mal-humoradas, com pequenas nuvens negras sobre as cabeças, as quais soltavam relâmpagos de forma intermitente.
Os rapazes perceberam aquilo e acharam melhor deixar as garotas em paz, o que elas agradeceram.
_Então tudo bem. _ disse Draco _ Assim poderemos nos concentrar em nossa surpresa para o Baile.
_Surpresa? O que vocês vão aprontar? _ perguntou Gina.
_Se nós dissermos... _ disse Neville.
_Deixará de ser surpresa... _ continuou Harry.
_Esperem e verão... _ disse Rony.
_Garantimos que não vão se arrepender. _ concluiu Draco. Os quatro saíram, deixando as garotas mordidas de curiosidade, ainda com as nuvenzinhas sobre as cabeças.
A caminho da Sala Precisa, Neville perguntou:
_E qual era a daquelas nuvens?
_O que você acha, Neville? Comentou Rony _ Sempre convivi com duas mulheres em casa. Aquilo é o que acontece nos dias que antecedem “aqueles dias”.
_Quer dizer...
_T... _ disse Harry.
_P... _ continuou Draco.
_M. _ concluiu Rony.
_Caracas! Mas as três ao mesmo tempo?
Draco achou oportuno comentar:
_Certa vez acessei na internet um site de medicina trouxa, onde li um estudo que dizia o seguinte: se um grupo de garotas convive junto durante um tempo prolongado, seus ciclos tendem a se harmonizar.
_Então quando descer...
_Teremos nossas namoradas de volta ao seu estado normal.
_Só espero que seja antes do Baile.
_Nessa história eu levo vantagem, pois Luna é de outra Casa. E mesmo assim sempre foi bem tranqüila todos os meses.
_Então você deve levantar as mãos para o céu em agradecimento a Deus, a Merlin e a todos os santos bruxos e trouxas, porque sua namorada é uma em um milhão. _ disse Draco _ Minha mãe ficava mais ou menos do mesmo jeito delas e o meu pai vivia reclamando que bruxas não deveriam ter TPM, que era coisa de trouxas e eu expliquei que era outro daqueles desafios à medicina, tanto trouxa quanto bruxa e que não importava se bruxa ou trouxa, bastava ser mulher. Aí ele dizia que TPM significava outra coisa, além de Tensão Pré-Menstrual.
_O que? _ perguntou Harry.
_Tormentos Para Maridos. _ entre risos, os quatro chegaram à porta da Sala Precisa, concentraram-se no que queriam e entraram.

Na noite do Baile de Inverno, os estudantes já estavam em preparativos. Hermione tinha resolvido usar novamente a Poção Capilar Alisante, precisando de três horas para domar seus fofos cachos a fim de compor o penteado que desejava. Harry não teve tanta dificuldade, precisando apenas de uma certa quantidade de gel de cabelo, ficando o retrato vivo de seu pai, como vira em fotos. Novamente envergou as vestes a rigor verde-garrafa. Rony vestia as que havia ganho de seus irmãos, azul-petróleo. As de Neville eram ameixa-escuro e muito elegantes e Draco, como sempre, vestia preto com gola alta, o que lhe caía muito bem.
As garotas, já há alguns dias sem as nuvens de tempestade sobre as cabeças (a TPM já havia passado, pelas razões pertinentes), desceram as escadas do Saguão e, ao vê-las, os quatro rapazes ficaram sem fôlego. Elas estavam simplesmente deslumbrantes, usando uma maquiagem bem suave. Gina usava um conjunto em verde-claro, que destacava seus cabelos ruivos. Usava a jóia de comunicação no pulso e tinha no pescoço a corrente de ouro que Harry lhe dera no Natal. Luna vestia cinza-azulado, em uma tonalidade semelhante à dos olhos de Draco e seus cabelos loiros, agora bastante limpos e bem cortados,prendiam-se em uma trança no alto da cabeça. As vestes de Janine eram azul-celeste, como os seus olhos e ela trazia os cabelos em um coque preso com uma pequena rede de ouro e usava brincos antigos, que haviam pertencido à sua avó. Mas Hermione...
Trajava um conjunto de vestes a rigor lilás, complementadas por pequenos brincos, anéis e pulseiras discretos, tudo em ouro amarelo e branco, assim como a fita que dava forma ao seu penteado. Completava o conjunto uma bela e estreita tiara cravejada de pequenos brilhantes. Uma verdadeira princesa. Draco lembrou-se do que pensara da primeira vez em que havia visto Janine e pensou: “Desta vez não só um, mas quatro anjos desceram à Terra”. Os rapazes ofereceram o braço às suas damas e adentraram o Salão Principal.
Lá dentro, encontraram-se com os colegas, que não puderam deixar de comentar a beleza das quatro jovens, embora houvessem várias outras garotas muito bem vestidas. Alguns convidados de fora de Hogwarts começaram a chegar. Cornelius Fudge e sua esposa cumprimentaram Dumbledore, Harry e seus amigos. Fudge cumprimentou especialmente Draco, felicitando-o por ter resolvido seguir o caminho da Luz. Em seguida, para alegria de Hagrid, Madame Olímpia Maxime, diretora da Academia Beauxbatons, chegou, acompanhada de Fleur e Gui. Viktor Krum, agente da Ordem da Fênix na Região dos Bálcãs, veio acompanhado de sua noiva,uma bela romena chamada Elisabeta Ionescu. Foi cumprimentado por Hermione e Rony, que já havia superado aquele ciúme dos anos anteriores. Madame Rosmerta entrou no Salão Principal trajando vestes a rigor em tonalidade vinho e dirigindo-se, para espanto de todos, até onde encontrava-se o Prof. Snape. Este, ao vê-la, levantou-se e foi ao seu encontro. Ante os olhos admirados de todos os presentes, trocaram um romântico beijo e Snape, oferecendo-lhe o braço, conduziu-a até sua mesa, ajeitando a cadeira para que ela se sentasse. Harry sorriu internamente, lembrando-se da conversa que tiveram no Expresso de Hogwarts, antes do início do ano letivo.
A banda deu início ao baile e os casais começaram a dançar. Gina estranhou o fato de que Harry, que todos sabiam não ser um bom dançarino, deslizava pelo salão a conduzi-la com desenvoltura. Após dançarem umas seis músicas, deram uma pequena parada para recepcionar o casal que acabara de chegar, literalmente um casal de outro mundo. Murta estava entrando de braço dado com... Cedric Diggory.
_Cedric! _ exclamou Harry _ Não imaginava vê-lo mais. É você mesmo?
_Em espírito e ectoplasma, Harry. Não poderia deixar de vir, ainda mais com a companhia que tenho. _ e Murta, que usava os cosméticos ectoplásmicos que Luna inventara, corou violentamente, ficando com o rosto prateado.
_Mas eu pensei que você tivesse prosseguido. Não imaginei que resolveria voltar como fantasma.
_Na verdade eu ia prosseguir, mas o Frei Gorducho me propôs assumir o lugar dele como fantasma residente da Lufa-Lufa, pois pediram que ele retornasse para o seu monastério. Estavam precisando dele por lá. Então resolvi aceitar e não prosseguir, permanecendo como um espírito auxiliador e protetor para os meus colegas. Aí eu e Murta começamos a nos encontrar e, bem vocês estão vendo no que deu. _ e, vendo alguém que conhecia, cumprimentou: “Olá, Cho”.
Cho Chang que havia acabado de chegar, ficou quase da cor do fantasma do seu ex-namorado, ao ouvir sua voz e ver seu rosto. Com o susto, parte do seu pileque passou. Mesmo antes do baile, já consumira uma razoável quantidade de uísque de fogo que contrabandeara para o dormitório, fato que já havia ocorrido anteriormente, por diversas vezes. Usava vestes a rigor vermelhas com detalhes em dourado, de um modelito ousado e provocante, em estilo oriental. Insinuava-se ora para um ora para outro rapaz, já tendo dançado com vários, inclusive Colin Creevey, Roger Davies, Dean Thomas (Martinette ficou uma fera) e Michael Corner, um outro seu ex-namorado. Harry comentou com Gina e Draco:
_Se Cho não parar de beber e de se abrir para todos os rapazes do salão, acho que iremos ter uma cena bastante desagradável logo mais.
_Tem razão, Harry. _ disse Draco. _ Acho melhor chamarmos Rony e Neville, para anteciparmos nossa surpresa.
Draco fez um sinal para Rony, que encontrava-se perto do palco e este fez um sinal para o vocalista. Em seguida ele e Neville juntaram-se aos dois. A banda começou a tocar uma outra música, uma música no ritmo dos antigos clássicos musicais de Hollywood. Imediatamente os quatro enlaçaram suas garotas e começaram a dançar, com estilo. As garotas estavam sentindo uma certa dificuldade para acompanhá-los, ao que cada um deles disse, ao ouvido de seu par: “Apenas sigam pelo Ki”.
Os quatro casais dançavam no centro do salão, todos os outros abrindo espaço e assistindo, de queixo caído, àquele espetáculo digno da Broadway. Mais ou menos pela metade da música, os rapazes soltaram suas damas e deram início a uma elaboradíssima coreografia masculina, mesclando passos de “A Lenda dos Beijos Perdidos”, “Cantando na Chuva”, “Sete Noivas para Sete Irmãos”, “Os Embalos de Sábado à Noite”, “Grease” I e II, “All That Jazz”, “Fama” e “Xanadu”. Seus passos eram totalmente coordenados, cada um seguindo o Ki do outro em uma perfeita harmonia, como se fossem uma só pessoa. Quando aproximavam-se os acordes finais, os quatro deslizaram pelo chão de joelhos, parando cada um à frente de sua namorada, ajoelhado sobre o joelho esquerdo e com o braço direito estendido para a dama. Instintivamente cada uma delas estendeu o braço esquerdo, seu parceiro levantando-se, tomando-a pela mão e atraindo-a para si em um rodopio, enlaçando-a e abraçando-a por trás e, finalmente, ambos inclinando a cabeça, concluindo com um beijo que coincidia com a execução da nota final da música.
O eco dos aplausos reboou pelo Salão Principal, todos batendo palmas, sem exceção. Cho Chang aplaudia, entusiasticamente. Até mesmo os sonserinos mais radicais manifestavam sua admiração pela habilidade demonstrada por Harry, Rony, Neville e Draco. Quando cessaram as palmas, Dumbledore aproximou-se dos quatro, vibrando de contentamento.
_Maravilhoso, rapazes. Absolutamente fantástico. Isso é algo que remonta aos tempos áureos de Hollywood. Uma das mais belas manifestações da cultura trouxa, o cinema, principalmente os musicais. O pessoal que estava gravando o clip para o conjunto registrou tudo, do início ao fim. Mas de onde surgiu essa idéia?
Harry então falou:
_Primeiro eu e Rony pensamos em fazer uma homenagem a Gina, por causa de algo que ela me contou.
_E o que foi? _ Dumbledore perguntou e Gina explicou:
_Contei a Harry que certa vez, quando eu era criança, meu pai levou para casa um projetor de cinema trouxa e vários filmes, inclusive musicais. Enfeitiçou o projetor para que ele funcionasse sem eletricidade e passou os filmes. Todos nós gostamos mas eu me encantei principalmente com os musicais. Desde então elegi o cinema como minha forma preferida de cultura trouxa, embora não tenha tido oportunidade de assistir a muitos filmes. Quando Harry e os outros rapazes disseram que nos fariam uma surpresa nesse baile eu não imaginei que seria isso. Muito obrigada, meu amor. _ e beijou o namorado. Rony continuou a explicação:
_Então pensamos em homenagear a todas as nossas namoradas. Pedimos para que a Sala Precisa recriasse um Home Theater e dezenas de DVDs com musicais trouxas de Hollywood, para aprendermos os passos dos números de dança. Tomamos uma verdadeira overdose de cinema. Mas tivemos uma grande ajuda. _ e apontou para uma das portas do Salão, de onde, vestindo bem talhados smokings, dois fantasmas acenavam para eles. Um era o de um homem alto, magro e meio calvo e o outro era o de um homem mais baixo, com um sorriso cativante, cujos olhos estreitavam-se quando sorria. Fred Astaire e Gene Kelly, dois verdadeiros magos da dança, haviam vindo diretamente do além para prestar uma assessoria ao quarteto de rapazes apaixonados.
Enquanto o baile seguia, foi ficando cada vez mais evidente e desagradável o comportamento de Cho, que parecia estar abrindo caminho até Harry e Gina. Ela comentou com o namorado:
_Ela está totalmente embriagada. E não é a primeira vez. Ela tem bebido um bocado no decorrer do ano e isso inclusive tem interferido com o desempenho dela na AD e no Quadribol. Eu soube pela Luna que ela está a um passo de ser ejetada do time. E, o que é pior, ela não quer admitir que tem um problema.
_Tchuquinha, tchuquinha. _ disse Janine, que dançava com Draco, próximo aos dois _ Daqui a pouco vai fazer um fiasco daqueles.
_???
_É como dizem, na região da Serra Gaúcha, os descendentes de imigrantes italianos, quando se referem a alguém que está bêbado: “Tchuco”.
_É, mas sabe muito bem o que faz. _ comentou Draco. _ Repararam que está meio que abrindo caminho até aqui, pedindo às damas que a deixem dançar com seus pares? Logo você será o alvo dela, Gina. Com certeza ela vai pedir para que você ceda o Harry para uma dança e aposto que vai armar um barraco se você recusar.
_Tudo bem, Draco. Acho que eu vou deixar.
_O que? _ espantou-se Harry _ Vai deixar que eu dance com ela, se ela vier pedir?
_Sim, querido. Vamos dar corda para ver até onde ela vai. Aposto que vai tentar arrastá-lo, discretamente, para os jardins. Se ela fizer isso, acompanhe-a, sem mostrar desconfiança. Está com sua jóia de comunicação?
_Sem dúvida, meu amor. Jamais me separo dela. Vou deixá-la ligada o tempo todo para você saber o que vai rolar. Só que você podia ter um pouquinho mais de pena de mim, Gina.
_???
_Não se esqueça de que sou eu que vou ter de agüentar o “perfumezinho” de destilaria que ela, com certeza, está exalando. Mas será um pequeno sacrifício para resolver essa questão e livrá-la de um mico maior do que o que ela já está pagando.

Dito e feito. Cho pediu a Gina que deixasse Harry dançar uma música com ela e meio que se surpreendeu da ruiva deixar. No meio da música, deu um jeito de arrastar Harry até os jardins. Sentaram-se em um banco e Harry perguntou :
_Por que você está fazendo isso, Chang? Para que esse papelão?
Com a voz pastosa pela embriaguez, Cho disse:
_Harry, essa foi a única maneira de você prestar atenção em mim. O que aquele Leprechaun da Gina Weasley tem que eu não tenho?
_Eu poderia enumerar muitas coisas, entre elas o caráter, a honestidade e o coração puro mas, no momento, basta dizer que é a ela que eu amo. Não há nada que você possa fazer quanto a isso. Além do mais só aquele golpe baixíssimo, no qual você teve a coragem de envolver o pobre do Sheldrake, já mostrou o suficiente quem você é ou, pelo menos, quem você está tentando ser.
_Eu amo você, Harry. E estou disposta a qualquer coisa para tê-lo comigo. Qualquer coisa. E além do mais Sheldrake não parecia estar mostrando desagrado com aquilo.
_Não percebe que atitudes desse tipo só servem para afastar as pessoas de você? Não se iluda. Eu jamais abandonaria Gina por sua causa ou por causa de qualquer outra. Além do mais isso não é amor e sim obsessão. Você inventou que tem de entrar em uma disputa com Gina, na qual o prêmio sou eu. Nada a ver, Chang. Além de eu não ser um troféu, essa disputa só existe na sua cabeça, não passa de um capricho de uma garota rica e mimada, que não admite o fato de não ser o centro das atenções e quer forçar a barra para recriar um amor que não mais existe. Isso é uma grande infantilidade.
_E se ela nos pegasse aqui e agora... assim? _ e pregou em Harry um beijo de sugar a alma. Em lugar de sentir qualquer excitação, ainda que fisiológica, ele sentia-se era enjoado pelo hálito carregado de álcool da garota. Ao término do beijo, ele disse a ela:
_Não aconteceria nada porque, em primeiro lugar, ela está sabendo de tudo o que acontece, através disto aqui. _ e mostrou a Cho a jóia de comunicação no seu pulso. A chinesa ficou cinzenta de susto.
_F-foi tudo combinado? Gina estava sabendo de tudo?
_Pensei que você, assim tão experiente em armações, soubesse reconhecer uma quando a visse. Acha que eu teria te acompanhado com tanta facilidade se não houvesse um motivo para isso? Gina e eu combinamos tudo com a finalidade de tentar trazer você de volta à razão. _ Gina chegava naquele exato momento e complementava as palavras de Harry:
_É verdade, Cho. Nós não lhe queremos mal. Acontece que essa obsessão só está servindo para prejudicar você. De tanto pensar só no Harry, que não está mais disponível, você está perdendo tempo em não perceber outros rapazes. Só que nenhum deles vai querer saber de uma garota que fica por aí se embriagando e se atirando para todos, tentando atrair a atenção de um. Isso apenas os afasta. Além disso, por mais que você tenha tentado nos prejudicar este ano, Harry e eu gostamos de você _ e Harry concordou, acenando com a cabeça _ e ficaríamos muito magoados se soubéssemos ter qualquer parcela de responsabilidade se, por acaso, você se tornar uma alcoólatra.
Cho Chang tinha os olhos marejados de lágrimas, por tomar consciência da seqüência de besteiras que andara fazendo desde o início do ano. Deixou que elas corressem livremente, enquanto era confortada por Gina e Harry, sentados um de cada lado dela. Harry então disse, com voz suave e de maneira até carinhosa:
_Cho, nem sempre as coisas que precisamos ouvir são agradáveis, o que não quer dizer que não precisemos ouvi-las. Agora vamos procurar o Prof. Snape e ver se ele tem um pouco de Poção para Curar Bebedeiras. Aí você toma uma dose e ainda pode aproveitar o restante do baile. Vamos lá.
_Não será necessário, Harry. _ ouviu-se uma voz etérea ao lado deles _ Eu sempre tenho um pouco comigo, para o caso de alguém se exceder nas festas. Podem deixá-la comigo e vão curtir o baile.
_Obrigado. _ disseram juntos Harry e Gina, retornando para o Salão Principal.
_Venha, minha querida. Tome a poção e volte para junto dos outros.
Cho aproximou-se e, de repente, gemeu:
_Ai! Cortei meu dedo no seu anel.
_Desculpe-me, querida. Use meu lenço para estancar o sangue e depois vamos fazer um feitiço hemostático para fechar esse corte. _ e enrolou o lenço no dedo de Cho só que ela, ainda embriagada, não percebeu que uma gota de sangue havia sido pingada no frasco que continha a poção. Em seguida ao som da fórmula “Hemostatikós” o corte no dedo da garota foi fechado e ela tomou a poção. Imediatamente a tontura e a embriaguez passaram.
_Querida, que tal agora você ir para o Salão Principal e, no próximo intervalo que a banda fizer você subir ao palco e se retratar publicamente por suas atitudes, prometendo que não vai mais incomodar Harry Potter e Gina Weasley?
_Sim, senhora. Excelente idéia. _ e, imediatamente, Cho Chang retornou ao Salão Principal, com uma expressão leve e despreocupada em sua face..
Quem olhasse para o rosto da professora de Adivinhação, Sibila Trelawney, perceberia um sorriso, porém muito diferente daquele com o qual os alunos estavam acostumados. Era um sorriso maligno, com a boca crispada em um esgar, encimada por narinas frementes e olhos que, aumentados pelas lentes de seus óculos, brilhavam de modo insano, fanático. O espião que o Lorde das Trevas havia plantado em Hogwarts cumprira sua primeira missão.
No Salão Principal a banda havia feito um intervalo. Nesse meio tempo, Cho foi conversar com o vocalista e, em seguida ele subiu ao palco, dizendo:
_Senhoras e senhores, a Srta. Chang Cho-Yen tem algo a dizer para todos vocês. _ Todos esperavam um monte de abobrinhas ditas com voz pastosa mas, quando ela começou a falar, foi com voz firme e sóbria, depois de fazer uma reverência:
_Boa noite. Tenho muito a lhes dizer. Primeiramente queria pedir desculpas por meu comportamento desde o começo do ano, o qual foi totalmente indigno de uma aluna de Hogwarts, membro da Casa Corvinal e, principalmente, para alguém do clã Chang de Hong Kong. Estou certa de que meus pais e mesmo meus ancestrais mais remotos devem estar bastante descontentes, sentindo-se desonrados pela minha conduta. Me excedi na bebida freqüentemente, permitindo que isso interferisse no meu desempenho escolar, social e esportivo. Acredito que devo estar, no mínimo, beirando a dependência. Me portei de maneira inconveniente, obcecada por um amor que não era recíproco, prejudiquei a harmonia de várias pessoas que só queriam o meu bem. Agi como uma menina mimada e caprichosa, fiz coisas desejando o mal de dois grandes amigos que formam um casal perfeito, apenas porque achava ser possível reacender um amor que já havia se transformado em cinzas. Envenenei meu espírito, impedindo sua elevação e agora, perante Deus e em nome de Merlin, quero me retratar com todos vocês, declarando estar arrependida de tudo o que fiz e prometendo fazer de tudo para consertar o mal que fiz, especialmente a Harry Potter e Virgínia Weasley. Adoro vocês e prometo nunca mais incomodá-los. Minhas mais sinceras desculpas. _ e, fazendo uma nova reverência, terminou de falar e desceu do palco, sendo alvo de estrondosos aplausos. Ao passar por onde estavam os Inseparáveis, foi cercada por eles e calorosamente abraçada recebendo, ao mesmo tempo, um beijo de Gina e outro de Harry, um em cada face. Pouco depois a banda recomeçou a tocar. Cho foi tirada para dançar por Luke Donovan, aluno do sétimo ano, da Casa Lufa-Lufa, que nunca havia escondido o quanto gostava dela, mesmo antes dela ter namorado Diggory. Os dois não se largaram mais por todo o resto do baile. O Prof. Snape, acompanhado por Madame Rosmerta, aproximou-se e disse:
_Não se preocupe, Srta. Chang. Compareça amanhã na ala hospitalar e procure por Madame Pomfrey, para iniciar um tratamento com algo que eu e ela inventamos, a Poção Abstemius. Garanto que, com uma dose diária, a senhorita deverá estar livre da dependência em uma semana.
_Obrigada, Prof. Snape. Prometo que amanhã, sem falta, estarei lá.
Os Inseparáveis divertiam-se, principalmente porque um grande problema se resolvera e tudo estava em paz. Dançavam com grande animação e, graças às aulas dos fantasmas de Fred Astaire e Gene Kelly que haviam ficado para o baile a convite de Dumbledore e davam uma amostra de suas habilidades, apresentavam-se de forma soberba. Mas todos ficaram surpresos com a desenvoltura de Snape, que ninguém imaginava saber dançar, a conduzir Madame Rosmerta pelo salão como se jamais tivesse feito outra coisa na vida. Estava tudo perfeito. Boa música, excelentes comes e bebes e um clima de harmonia como raramente era possível ver. Parecia que nada poderia estragar aquela noite maravilhosa, mas...
Um corvo entrou voando no Salão Principal, suas penas negras retintas reluzindo à luz dos archotes. Sobrevoou as pessoas e pousou no ombro de Dumbledore. Entregou a ele o envelope vermelho que trazia no bico e decolou saindo por uma das janelas, a crocitar agourentamente.
O envelope começou a fumegar nas mãos de Dumbledore e pegou fogo, retorcendo-se em cinzas, enquanto que uma voz gélida e sibilante, magicamente amplificada, reboou pelo salão, dizendo:
“VOCÊ TIROU DE MIM ALGO QUE JÁ ERA PRATICAMENTE MEU E QUE EU QUERO DE VOLTA, DUMBLEDORE! PROMETO QUE VOU RECUPERAR O QUE PRECISO, A QUALQUER PREÇO. VOCÊ E OS SEUS PATÉTICOS PARTIDÁRIOS NÃO SERÃO SUFICIENTES PARA ME DETER E VÃO SER OBRIGADOS A ASSISTIR À MINHA VITÓRIA, ISSO AQUELES QUE SOBREVIVEREM, POIS OS MORTOS TERÃO MAIS SORTE, JÁ QUE SOFRERÃO POR MENOS TEMPO. SEU CRÂNIO, DUMBLEDORE, SERÁ MINHA TAÇA PREFERIDA PARA SABOREAR MEU VINHO, ENQUANTO HARRY POTTER ESTIVER SENDO TORTURADO ATÉ QUE PEÇA PARA SER MORTO. VOCÊS NÃO PERDEM POR ESPERAR. ESTA É A PROMESSA DE LORD VOLDEMORT.”

O berrador consumiu-se por inteiro, diante de todos. A inquietação era geral. Sem perder a calma, Dumbledore disse a todos:
_Ainda temos algumas horas antes que este magnífico baile termine. Vamos aproveitá-las e nos divertir. Amanhã pensaremos no que vamos fazer para nos defendermos de Lord Voldemort mas, por enquanto, boa música, dança, comida e bebida e, principalmente, a excelente companhia de todos vocês são suficientes para afastar quaisquer temores. Não vamos permitir que as ameaças daquele alucinado perturbem a nossa harmonia, pelo menos por esta noite. Banda! Música, por favor! _ e a banda recomeçou a tocar, enquanto Dumbledore era saudado pelos trovejantes aplausos de todos os bruxos, bruxas e fantasmas que participavam do baile, que transcorreu animado, até o seu final.
O baile prosseguia, animado. Certa hora, Snape aproximou-se de Dumbledore, dizendo:
_Diretor, acho mais seguro acompanhar Madame Rosmerta até sua casa. Já estamos nos retirando.
Com um sorriso e uma quase imperceptível piscadela, Dumbledore respondeu:
_Ótimo, Severo. Não tenha pressa para voltar.
Snape e Madame Rosmerta retiraram-se do Salão Principal, rumo a Hogsmeade, enquanto Rony comentava com Neville e Harry:
_Aquele lá só volta amanhã. É muito bom vê-lo contente. Além de fazer bem a ele, isso reflete nos alunos.
_Falando em só voltar amanhã... _ Neville indicou disfarçadamente uma porta lateral por onde saíam Janine e Draco _ Se Harry resolvesse cobrar uma taxa pelo aluguel da Capa de Invisibilidade...
_Teria uma nova fortuna acumulada, até a formatura. _ disse Luna, que acabara de chegar com as outras garotas e abraçara Neville, enquanto que Hermione saía com Rony para os jardins e Gina ia com Harry para dançarem um pouco mais.
_Para onde acha que eles vão? Torre de Astronomia? _ perguntou Gina.
_Não, não faz o estilo daqueles dois. Draco e Janine são bastante criativos e vão, com certeza, pensar em um local mais romântico do que aquele sofá.
_Com inveja, minha vassourinha despenteada? _ perguntou Gina, em um sussurro no seu ouvido, sua voz suave e seu hálito morno provocando um arrepio de prazer em Harry.
_Só um pouquinho, minha pequena leoa. Tenho consciência de que devemos esperar nosso momento. Com certeza ele chegará e, quando for a hora, ambos saberemos. Só posso afirmar que, com certeza, minha primeira vez será especial e inesquecível, porque será com você.
_E é isso que tornará inigualável a minha. _ disse Gina _ Ela será com você, Harry Potter, o homem que amo. _ e continuaram a dançar, felizes e enamorados.

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"Um pequeno instante de despreocupação"

Cobertos pelas Capas de Invisibilidade, Draco e Janine pararam em frente à Sala Precisa. O ambiente a ser recriado desta vez ficaria por conta de Janine, que concentrou-se e aguardou que a maçaneta de latão da porta se materializasse. Ela abriu a porta e eles entraram. O interior reproduzia uma sala iluminada por velas, com decoração indiana, tendo no centro um tapete e vários almofadões bastante fofos, sob um dossel de seda e uma pequena piscina aquecida a um dos cantos e também vários frascos com óleos perfumados diversos. Uma bandeja com frutas tropicais, água fresca e um vinho suave estava colocada próximo ao tapete. O aroma de incensos preenchia o ar, predominando o almíscar, o lótus, o jasmim e o ylang-ylang. Tudo isso tendo o fundo musical de Kitaro, vindo de um aparelho de som, devidamente enfeitiçado, a um dos cantos da sala. Draco olhou para Janine e disse:
_Acho que a senhorita está mal-intencionada, Srta. Janine Sandoval.
_Pelo contrário, Sr. Draco Malfoy, posso lhe assegurar que minhas intenções são as melhores possíveis. _ disse Janine, enlaçando o namorado em seus braços e beijando-o.
_Eu te amo, Janine.
_Então mostre.
_Não precisa me pedir duas vezes. _ e Draco fechou a porta da sala, trancando-a em seguida.

Na Sala Comunal da Grifinória, Harry e Gina estavam em um sofá, próximo à lareira, ela deitada com a cabeça no colo dele, ambos apenas se olhando. Rony e Hermione ainda não haviam regressado e Neville já estava dormindo, depois de haver deixado Luna na entrada da Corvinal. Gina fechou os olhos, logo seguida por Harry. Suas respirações achavam-se sincronizadas. De repente Harry sentiu-se leve e, a seguir, como se estivesse sendo puxado para cima. Olhando para baixo, viu a si mesmo e a Gina, recostados no sofá. Então moveu-se um pouco, admirando-se do fato de ter se deslocado vários metros em um instante. Quando deu por si, estava do lado de fora da Torre da Grifinória, flutuando pelo ar, como se fosse uma pluma ou um fantasma, naquele momento compreendendo que estava a realizar uma projeção astral consciente. Deslocando-se um pouco mais, seguiu na direção de Hogsmeade divisando, lá em baixo, o Prof. Snape e Madame Rosmerta prestes a entrarem na casa dela, também percebendo uma outra coisa:
Oculto pelas sombras, um vulto apontava a varinha para os dois.
Instintivamente, Harry desceu até o nível do solo e tentou deter o vulto segurando seu pulso, mas nada conseguiu. Em desespero, pensou em derrubar algo sobre ele e, naquele exato momento, um balde com água que encontrava-se em posição instável na sacada de uma casa bem em cima da figura caiu sobre ela que, instintivamente, soltou um palavrão. Foi o suficiente para alertar Snape que, rápido como um raio, sacou sua varinha, apontou-a para o desconhecido e disparou seu feitiço, gritando: “Estupefaça!” O vulto caiu ao chão, estuporado. Snape foi até ele, dizendo: “Obliviate!” A memória dele foi apagada e a segurança de Madame Rosmerta estava garantida. A seguir, antes de entrarem, disparou fagulhas vermelhas para o alto, em um sinal preestabelecido para que os Aurores de plantão no povoado viessem recolhê-lo para interrogatório. Nem se importou em saber quem era, resolvido a não deixar que nada estragasse uma noite que o casal desejava que fosse perfeita.
Após ver aquilo, Harry subiu novamente, não se admirando nem um pouco de encontrar Gina flutuando ao seu lado. Sorriram um para o outro e, sem a menor necessidade de palavras, saíram voando em grande velocidade na direção de Londres, lá chegando em um piscar de olhos. Voaram à volta do Big Ben e do prédio do Parlamento, foram ao Palácio de Buckingham e chegaram a ver a Rainha Elizabeth II despachando no escritório, apreciaram o movimento da Praça Piccadilly e resolveram ir mais longe. Quando menos esperavam, estavam em Ottery St. Catchpole, na Toca. Viram o Sr. e a Sra. Weasley tomando uma última xícara de chocolate antes de irem dormir. Em seguida, deslocaram-se até Little Whinging, onde Gina admirou-se da limpeza e decoração caprichada da casa dos Dursley. Indo ainda mais longe, sobrevoaram o mar e foram parar na Irlanda, visitando Dublin e o povoado de Kilbarrack, os lugares de onde os ancestrais de Gina Weasley haviam emigrado para a Inglaterra. Resolveram voltar para Hogwarts e, no caminho, deram uma pequena parada em Londres e assistiram ao final de uma apresentação do U2, em um concerto de Ano Novo. De volta à Sala Comunal da Grifinória, Harry ouviu a voz de Gina dizendo: “Foi uma noite maravilhosa”, mas sem que seus lábios se movessem. Ele ouvia a voz dela dentro de sua mente. Respondeu da mesma maneira: “Foi maravilhosa porque você a fez assim”. Então aproximaram-se e suas mãos se tocaram. No mesmo instante, suas formas astrais começaram a brilhar e se fundir, até que não se sabia mais onde um terminava e o outro começava. Quando os dois tornaram-se um só, houve uma brilhante explosão e uma indescritível sensação de puro êxtase, na qual o tempo pareceu parar. Ao se separarem, sentiram um solavanco e viram-se de volta ao sofá na mesma posição em que estavam, mas agora despertos e conscientes, sentindo e interagindo com o ambiente em um nível jamais pensado. Harry brincou com Gina, perguntando:
_Foi bom para você, também?
_Harry, eu não acredito! Foi maravilhoso, indescritível!
Embora nunca tivessem consumado uma união física, Harry Potter e Gina Weasley tiveram, naquela noite, uma união espiritual de um nível bastante elevado, tornando-se ligados da maneira mais profunda possível. Harry não acreditava totalmente em destino mas, depois do que acontecera, não teve dúvidas de que ele e Gina haviam sido realmente feitos um para o outro, como dissera Hagrid. Mas as surpresas não terminaram por aí. Ao pensar: “Meu Deus, amo essa garota mais do que tudo”, imediatamente ouviu a resposta em sua mente, sem que os lábios de Gina se movessem: “Também te amo, Harry, tanto que não se pode imaginar”. Ambos arregalaram os olhos e falaram ao mesmo tempo:
_Eu te ouvi sem palavras, dentro da minha mente!
A união espiritual que os dois tiveram culminou por gerar um elo telepático entre eles, permitindo que se comunicassem sem a necessidade de falar, bastando pensar.
_Acho melhor manter isso apenas entre nós, por enquanto. _ disse Harry _ Eu ainda consigo controlar em parte, devido às aulas de Oclumência. Mas acho que você vai precisar de um pouco de ajuda. Amanhã vamos procurar o Prof. Mason, pois ele tem um maior conhecimento nessa área.
_Tem razão, Harry. Por mais que nos amemos e sejamos íntimos, os pensamentos são uma coisa muito pessoal e privada. Não me agradaria invadir, mesmo que involuntariamente os seus e eu também ficaria meio vexada se você acessasse alguns dos meus. _ e corou, violentamente.
_Se forem como alguns dos meus, a telepatia não será necessária. _ Harry sorriu e abraçou a namorada. Ficaram sentados no sofá, abraçados, até serem vencidos pelo sono, adormecendo lá mesmo. Só acordaram com a chegada de Rony e Hermione, os dois com uma expressão celestial nos rostos.
_Ei, vocês! _ disse Hermione _ Desse jeito vão acabar com problemas de coluna.
_Aaah, Mione. _ respondeu Gina _ Estava tão bom que resolvemos ficar por aqui mesmo e acabamos pegando no sono. _ Achou melhor não dizer nada sobre suas aventuras astrais com Harry, até que Rony disse:
_Ouvimos, ainda há pouco, que um Death Eater foi preso em Hogsmeade, em frente à casa de Madame Rosmerta. Parece que ia atacá-la e ao Snape, quando um balde dágua caiu em cima dele. Snape percebeu e o estuporou, deixando-o sob fagulhas vermelhas para que os Aurores o levassem. Que sorte do Snape, não é? Parece que Voldemort já não confia mais tanto nele.
Harry e Gina entreolharam-se e, telepaticamente Gina perguntou:
“_Foi na hora em que cheguei?” _ e Harry respondeu:
“_Sim, foi. Eu queria fazer algo para alertar o Snape e, sem perceber, usei telecinese para fazer o balde cair.”
_Que bom, Rony. _ disse Harry _ Justamente agora que o Snape está reaprendendo a ser feliz seria uma injustiça se algo acontecesse a ele e a Madame Rosmerta.
_Pois é. Este ano está sendo especial, por vários motivos. Quem diria que Draco e outros sonserinos abandonariam o caminho das Trevas.
_É isso que me faz crer que venceremos Voldemort, por mais artimanhas que ele crie. _ disse Hermione _ Bem, é tarde e vou dormir. _ deu um beijo em Rony _ Gina, você vem?
_Sim, Mione, também estou cansada. Boa noite, meu amor. _ beijou Harry e subiu as escadas para o dormitório feminino, logo atrás de Hermione. Rony e Harry seguiram para o dormitório masculino, despiram os trajes de gala e vestiram os pijamas. Rony tinha no rosto uma expressão tão radiosa que, mesmo sem ter um elo telepático com o amigo podia adivinhar o que, muito provavelmente, acontecera. Mas não era o caso de comentar.
_Boa noite, Rony.
_Boa noite, Harry. Até amanhã.
Altas horas da madrugada, um vulto esguio entrou silenciosamente no dormitório masculino e depositou um embrulho aos pés da cama de Harry, com um bilhete onde lia-se “Obrigada, novamente”, retirando-se em seguida, rumo ao dormitório feminino. Janine viera, após uma romântica noite com seu amado Draco, devolver a Capa de Invisibilidade que Harry mais uma vez lhe emprestara.

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