O Renascer da AD



CAPÍTULO 6


O RENASCER DA AD


 


 


 


 


Com um ranger de freios, o trem parou na plataforma da estação de Hogsmeade. Hermione e Rony saíram juntos para supervisionar o desembarque e a ocupação dos coches. Quando viram o que havia entre os varais, puxando os carros, Rony comentou:


_Agora sei o que Harry quis dizer quando disse que era melhor eu desejar que o Testrálio continuasse invisível.


Lembrando-se de que, após presenciarem a morte de Karkaroff, passaram a poder enxergar os Testrálios, Hermione concordou:


_Tem razão, Rony. A primeira visão dessas criaturas é mesmo um choque.


Harry e Gina seguiam em direção aos coches, Gina superando o impacto que fora o primeiro contato visual com os Testrálios e Harry recebendo uma piscadela do animal, que ele reconheceu como sendo Tenebrus, o que ele havia montado quando voaram até Londres, até que ouviram aquela conhecida voz:


_Alunos do primeiro ano! Venham comigo, alunos do primeiro ano!


_Hagrid! Que bom vê-lo.


_Gina! Harry! Que saudades. _ e , vendo-os de mãos dadas _ Que bom vocês terem se acertado. Desde que Gina entrou para Hogwarts eu tive a certeza de que foram feitos um para o outro.


_Antes tarde do que nunca, Hagrid. _ disse Harry. _ Ainda bem que criei coragem a tempo de dizer a Gina o que sempre senti por ela.


_Procurem ser discretos, ou aqueles mal-amados do Filch e do Snape poderão encrencar. E, por enquanto, fiquem BEM LONGE da Torre de Astronomia!!


_Saberemos nos cuidar. _ disse Gina _ e embarcaram em um dos coches, onde Neville e Luna já os esperavam.


_Hagrid nos mandou ficar longe da Torre de Astronomia. _ disse Gina.


_Nós também. _ Neville falou _ O que será que ele pensa que somos? Maníacos sexuais?


_Adolescentes. _ sentenciou Harry. _ Adolescentes apaixonados, com hormônios em ebulição. Aquela torre tem a fama de ter presenciado mais virgindades perdidas do que um quarto de motel.


_Mas temos a cabeça no lugar ou, pelo menos, supomos ter. _ concluiu Luna. _ Da minha parte, estou certa de que a última coisa de que precisamos são mais encrencas.


_Pode crer. _ concordaram todos os outros, rindo.


Os coches pararam à frente dos portões e os alunos desembarcaram, dirigindo-se ao Salão Principal. Rony e Hermione já se encontravam sentados à mesa da Grifinória. Luna despediu-se de Neville e foi para o seu lugar, na mesa da Corvinal. Os amigos sentaram-se, juntos, e aguardaram a chegada dos calouros que, tradicionalmente, chegavam de barco pelo lago, capitaneados por Hagrid. Não puderam deixar de notar que haviam caras novas na mesa dos professores. Ao lado do Prof. Snape, conversando com ele, estava Derek Mason, o novo professor de Defesa Contra as Artes das Trevas e, em um assento extra em posição de honra, à direita de Dumbledore, encontrava-se... Rita Skeeter. Antes que pudessem fazer qualquer comentário, as portas se abriram e Hagrid entrou, seguido pelo contingente de alunos do primeiro ano, que aguardaram agrupados à frente do estrado pela Cerimônia de Seleção.


A Profª Minerva McGonnagall levantou-se e, sobraçando o Chapéu Seletor e o tradicional banquinho, posicionou-os à frente dos candidatos. Um rasgo próximo à aba se abriu e o chapéu entoou sua canção para aquele ano:


_“Há mais de mil anos haviam


quatro bruxos admiráveis


os quais, preocupados,


com os caminhos prováveis


que podiam ser trilhados


pelos bruxos que surgiam,


resolveram ensiná-los


a bem usar seus poderes


e os caminhos do mal não trilhá-los


Esses quatro luminares


das artes da Magia


Gryffindor, o valente


que o perigo não temia,


Ravenclaw, a inteligente,


com a luz de sua mente,


Hufflepuff, a bondosa,


meiga e carinhosa


e Slytherin, o astuto


resolveram em um minuto


um castelo erigir.


Esse refúgio, esse lar


teve eras de harmonia


mas, quando começou a se infiltrar


a semente da negra magia,


plantada por um de seus pilares


a instituição, por certo ruiria,


não fosse a decisão


que Slytherin tomou, então,


de o grupo abandonar


pois, para o caminho das Trevas,


começou a se inclinar.


Retornando os tempos de luz


e o perigo indo embora


restou a incerteza


sobre como fazer agora


pera saber onde alojar


cada novo ramo tenro


que os viesse a procurar.


Dotando-me de raciocínio,


astúcia, coragem,


bondade e tirocínio,


Gryffindor me confiou


a nobre e importante missão


de, a cada ano, então


seus destinos escolher


e suas novas casas saber


para melhor alojá-los


e bem situá-los


para, em caso de perigo,


saberem onde há um amigo.


Agora que o mal retornou


com a força da tempestade


aconselhá-los devo e vou


a, com o poder da amizade,


não importando onde esteja


um correto bruxo seja.


Em sua cabeça me coloque e,


antes que se dê um toque


direi o seu destino


seja menina ou menino.


Sejam bem-vindos, então.


Comecemos a Seleção.”


 


O Salão Principal prorrompeu em aplausos ao final da canção. Assim que as palmas cessaram a Profª McGonnagall retirou um pergaminho do bolso das vestes e começou a chamar os candidatos:


_Allen, Sílvia.


Uma garota de cabelos negros, cacheados, sentou-se ao banco e a professora colocou o chapéu sobre sua cabeça. Ele imediatamente disse:


_Corvinal!


A mesa da Corvinal aplaudiu sua nova aquisição e um outro foi chamado:


_Abrams, David.


_Sonserina!


E a seleção foi seguindo, até que foi chamada...


_Skeeter, Arianne.


A sobrinha de Rita Skeeter, uma bela garota de cabelos loiros lisos e olhos verdes sentou-se, apreensiva. O chapéu foi colocado em sua cabeça e comentou:


_Skeeter, não é? Sua tia foi a única pessoa, até hoje, que me deixou desconcertado com a humildade de seu pedido. Mas ela foi feliz na Lufa-Lufa. Porém, no seu caso, não tenho a menor dúvida de que sua casa só pode ser...a Grifinória!


Surpresa, a pequena Arianne ainda disse ao chapéu:


_Não sei se mereço, mas confio no seu julgamento. Obrigada.


_Não há de quê. _ respondeu, polidamente o chapéu.





"Não sei não, mas leva um jeitinho de ser bem parecida com a titia..." (Misturinha de Chisame Hasegawa com Kazumi Asakura)


Finalmente a chamada chegou ao fim, com a seleção de Lancelot Zimmermann para a Corvinal. Então, Dumbledore fez uso da palavra:


_Sejam bem-vindos, novos alunos de Hogwarts. Aos veteranos, é uma grande satisfação tê-los de volta. Vamos saborear este inigualável banquete e, depois, procederemos aos tradicionais avisos de início de ano.


Bateu palmas e as travessas encheram-se, magicamente, com as mais deliciosas iguarias. Mesmo com seu idealismo quanto à condição dos elfos domésticos, Hermione não deixou de comer, com excelente apetite. Rony percebeu e comentou:


_E o que aconteceu com o FALE, Hermione?


_Descobri que não devo ser tão radical assim. Os elfos domésticos são servos há tanto tempo, que querer libertá-los assim de cara seria um choque. É melhor deixar que aqueles que quiserem ser libertados se manifestem espontaneamente. Talvez Dobby possa passar essa mensagem a eles.


_É, Mione, realmente é melhor assim. _ disse Harry _ sendo sincera com eles eles não se sentirão pressionados.


Após a sobremesa, as travessas se esvaziaram e Dumbledore falou novamente:


_Bem, agora que estamos com o nosso apetite saciado, é hora de dar os avisos prometidos. Primeiro, devo dizer que Rita Skeeter é minha convidada, pela importância que teve a sua entrevista com Harry, no ano passado. Ajudou muito a abrir os olhos da Bruxidade para o retorno de Lord Voldemort (e não pareceu se importar com as reações que aquele nome provocava nas pessoas), além de dar a ela o prazer de assistir, pessoalmente, à seleção de sua sobrinha, Arianne. Tenho também o prazer de anunciar o seu novo professor de Defesa Contra as Artes das Trevas, o Auror Derek Mason.


A audiência aplaudiu e Dumbledore continuou:


_Devido à formatura de vários jogadores, há vagas para os times de Quadribol das Casas. Os testes de seleção foram marcados para daqui a três semanas. Anuncio, como em todos os anos anteriores, que a Floresta é teminantemente proibida para os alunos, exceto quando acompanhados pelo professor de Trato das Criaturas Mágicas, para as aulas e, por último, procurem FICAR LONGE da Torre de Astronomia, quando não estiverem em aula. Os horários serão distribuídos amanhã, na hora do café. Boa noite a todos e vamos nos recolher. Desejo-lhes um excelente ano letivo em Hogwarts.


Todos se levantaram, os monitores reuniram os alunos e começaram a dirigir-se para suas respectivas Casas. Neville e Luna despediram-se e acompanharam seus monitores. Dumbledore aproximou-se da mesa da Grifinória e disse:


_Harry, uma palavrinha com você na minha sala, por favor. Depois poderá ir dormir.


Hermione disse a ele:


_Tudo bem, Harry, estaremos à sua espera. A senha é “Dança das Espadas”.


Harry acompanhou Dumbledore até a entrada para a sala do Diretor, guarnecida pela estátua de uma gárgula. Dumbledore disse: “Mousse de Maracujá” e a gárgula afastou-se, permitindo que subissem pela escada em espiral que os elevou até a sala. Entraram e Dumbledore perguntou, bem-humorado:


_Ainda com raiva de mim, Harry?


_Jamais tive raiva do senhor, Prof. Dumbledore. Eu estava era cego de tristeza e mágoa, achando que era o único responsável pela ida de Sirius ao Ministério, até que compreendi que nada o seguraria em casa naquela noite. Acho que, se ele não tivesse ido, talvez ainda estivesse vivo porém morto por dentro. Aprendi a aceitar o que aconteceu.


_E, pelo que vejo, você tem um belo anjo a lhe consolar o coração.


Harry corou e disse:


_É verdade, professor. O amor que Gina e eu temos um pelo outro é o melhor conforto para a alma. Só sinto ter sido tão míope e demorado anos para descobrir.


_É como eu disse, Harry, o amor é um poder e você o possui em grande quantidade, se é que tal sentimento pode ser medido. Acredite, é isso que o torna mais poderoso do que Voldemort e, no final, poderá e deverá ser usado para a derrota dele. Mas, por enquanto, é mais importante que nos ocupemos de nossa defesa. Harry, você deverá reativar a Armada.


_Reativar a Armada, professor? Isso seria ótimo.


_Sim, principalmente porque haverão dois professores. É importante que haja outro, além de você.


_Quem seria?


_Eu. _ disse Mason, aproximando-se dos dois _ Dumbledore quer que os membros da Armada também tenham treinamento em artes marciais, como um trunfo contra os Death Eaters. Eles jamais esperariam que um grupo de jovens fosse, na realidade, uma reunião de armas mortais. Talvez possam ser a última linha de defesa de suas famílias.


_Eu acho perfeito, professor. O senhor mesmo nos disse que os bruxos das Trevas desprezam as artes marciais, considerando-as “bobagens de trouxas”. Essa será a nossa arma secreta. Estou de pleno acordo, mas como reunir novamente o pessoal?


_Acredito que todos vocês ainda devem ter aqueles galeões falsos que a Srta. Granger enfeitiçou. É hora de usá-los novamente.


_Tem razão, Prof. Dumbledore. Há algo que o sr. não saiba?


_Muitas coisas, Harry, mas fique certo de que sei o necessário. Marque uma reunião para quarta-feira, às 20:00 horas.


_Está bem.


_Outra coisa, Harry, devo lhe dar conhecimento do testamento de Sirius. Além do que Cornelius disse, seu padrinho estava se prevenindo e deixou expressas suas vontades. Veja na Penseira. _ e tocou a superfície com a varinha. A figura de Sirius Black elevou-se, diáfana, da bacia de pedra e disse claramente:


“Dumbledore, sei que estamos todos em perigo, portanto quero fazer algo para que, se algo acontecer comigo, Harry esteja amparado ao menos materialmente, embora ele já tenha a renda da patente das Capas de Invisibilidade, que pertencia ao seu pai, herdada de um ancestral, que as inventou. Logo ele atingirá a maioridade e precisará de uma casa. Deixo para ele a mansão do Largo Grimmauld, Nº 12, a qual ele poderá reformar como quiser, para tirar aquele jeito de casa de bruxo das Trevas que ela tem. O único inconveniente é que ele também herdará o Monstro. Todos os bens da família Black, propriedades, negócios, dinheiro nas várias agências do Gringotes pelo mundo, ações de empresas bruxas e trouxas, etc, são o meu legado para ele. Acredito que minha motocicleta voadora ainda deva estar aos cuidados de Hagrid. Ela é dele, mas só poderá recebê-la após atingir a maioridade. Não ficaria nada bem ele ser multado por voar sem habilitação. Conto com você, Dumbledore, para continuar sendo o mentor de Harry e não deixar que ele se consuma em depressão e autopiedade e, principalmente, não achar que tem alguma culpa, no caso de eu lhe faltar. Diga a Harry que eu o amo como se fosse meu próprio filho e que, se Tiago já era bom, ele é ainda melhor.”


A imagem de Sirius foi se desvanecendo e, finalmente, desapareceu. Harry, com os olhos marejados de lágrimas, encarou Dumbledore e perguntou:


_Ele disse isso tudo?


_Sim, Harry, e mais uma coisa. _ tocou a Penseira com a varinha e a figura de Sirius reapareceu, dizendo:


“Ah, Dumbledore, dê a Harry um último recado, o qual espero que ele tome como um lema: Caiu sete vezes, levante-se oito.” – e, novamente, desapareceu.


_Entendi o que ele quis dizer, professor. Jamais desistir, retroceder ou me render.


_Exatamente, Harry. Agora acho que já está na hora de você voltar à Torre da Grifinória. Amanhã será um dia cheio. Boa noite.


_Boa noite, Prof. Dumbledore. _ e saiu da sala do Diretor, tomando o caminho de sua Casa. Chegando ao retrato da Mulher Gorda, ela perguntou, sonolenta:


_Boa noite, Sr. Potter. Não é um pouco tarde para estar pelos corredores?


_Estava com o Diretor. Dança das Espadas.


O quadro afastou-se para o lado e Harry disse:


_Boa noite. Até amanhã.


_Boa noite, Harry. _ despediu-se a Mulher Gorda.


Adentrando a Sala Comunal, Harry viu Rony, Hermione, Gina e Neville sentados nas costumeiras poltronas, em frente à lareira. Contou a eles o que ocorrera no gabinete do Diretor e Hermione disse:


_Bem, poderemos convocar o restante da AD, com as moedas.


_Mas não há o risco de, novamente, sermos denunciados? _ perguntou Neville.


_Sem problemas. A azaração do pergaminho ainda tem força e, depois do que aconteceu com Marieta, acho que ninguém iria querer se arriscar. Pode convocar o pessoal, Harry.


Harry mudou a data no seu galeão para a quarta-feira seguinte e, instantaneamente, todos aqueles que haviam participado da AD no ano anterior sentiram um calor emanado do bolso das vestes. Descobriram que estavam de volta à ação. Só não sabiam que iriam enfrentar a maior dureza.


Como já estava ficando tarde e o sono estava começando a pegar, todos resolveram se recolher. Harry e Rony deram um beijo de boa noite em suas namoradas e Neville despediu-se de Luna, através da jóia de comunicação que ambos usavam, desligando-a em seguida. Subiram para seus respectivos dormitórios e, após colocar o pijama e olhar para aquelas camas com cortinas vermelhas, aquele quarto cheio de amigos e a vista da janela, deitou-se na que lhe pertencia e fechou os olhos, novamente sentindo-se em casa e mergulhando em um sono no qual todos os sonhos tinham como principal figura uma garota ruiva, com olhos verdes salpicados de castanho-dourado.


 


Na manhã seguinte, todos estavam reunidos à mesa, para o café da manhã. Os monitores de cada Casa passaram, distribuindo os horários das aulas. Harry pegou o seu, comentando:


_Bem, hoje começamos com Trato das Criaturas Mágicas... praga... novamente com a Sonserina.


_Espero que o Malfoy não tente dar uma de engraçadinho, como sempre. _ disse Neville.


_Não sei não, gente. _ riu-se Dean Thomas, que não sabia que seu conceito com Harry e Rony havia baixado substancialmente, mas os dois eram suficientemente polidos para não demonstrar. _ parece que depois daquele incidente das cuecas, lá no trem, ele murchou um pouco a bola.


_Vamos ver até quando. _ sentenciou Rony. _ Aquele sujeito tem o dom de sempre encontrar a melhor maneira de estragar qualquer situação.


_Em seguida, Poções. Sonserina de novo. Ninguém merece! Depois, Feitiços e...beleza! Defesa Contra as Artes das Trevas. Depois do almoço, Transfiguração. Vamos ver se a Profª McGonnagall vai nos ensinar Transfiguração Pessoal Completa. Dizem que é bastante difícil. Hmmm...Estudo dos Trouxas.


_Você resolveu fazer Estudo dos Trouxas, Harry?


_O Prof. Mason me recomendou. Disse que é útil para Aurores.


_Então você pretende mesmo ser Auror? Não pensou em seguir o Quadribol, profissionalmente?


_Gosto de Quadribol, mas creio que seria mais útil combatendo contra as Trevas.


_É uma barra o treinamento, pelo que dizem. Bom, gente, vamos nessa. Hagrid deve estar à nossa espera. _ concluiu Seamus.


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"Sem contar História da Magia. Não sei como a Mione agüenta sem dormir" 


Desceram para a cabana de Hagrid, próximo à Floresta Proibida, vendo que muitos ainda não haviam chegado. Olhando para o bando da Sonserina, Harry notou que Draco estava estranhamente quieto, como que alheio aos próprios colegas, fato que vinha se repetindo ultimamente. Com a chegada de todos os alunos, Hagrid deu início à aula, trazendo um ser mágico estranho, que jamais haviam visto: um garoto negro retinto, perneta, vestindo uma tanga e um gorro vermelhos, com as palmas das mãos furadas e um cachimbo no canto da boca. Todos ficaram espantados, porém Malfoy sorriu, parecendo estar perfeitamente à vontade. Hagrid perguntou:


_Muito bem, jovens, alguém sabe quem é esta criatura?


Todos esperavam que Hermione respondesse, mas o que se ouviu foi a voz arrastada de Malfoy:


_É um Saci, professor.


_Excelente, Sr. Malfoy. Cinco pontos para a Sonserina. _ disse Hagrid, surpreso. Geralmente Malfoy só se manifestava para estragar suas aulas. _ E o que é um Saci?


Novamente Malfoy levantou a mão e disse:


_É um ser mágico típico do Brasil. Adora fazer travessuras, tipo fazer as costureiras perderem dedais e agulhas, as cozinheiras queimarem a comida, principalmente o feijão, dar nós nas crinas dos cavalos, entre outras. São fumantes inveterados, portanto quem quiser ficar em paz com eles deve dar-lhes fumo para o cachimbo. Enquanto não lhes faltar fumo, são amigos fiéis e protetores de quem os capturar.


_E como se captura um Saci, Sr. Malfoy?


_Existem duas maneiras. Uma delas é, já que os Sacis viajam em redemoinhos, atirar em um deles uma peneira que tenha uma cruzeta no fundo. De lá, passá-lo para uma garrafa escura, tampada com uma rolha que deve ter uma cruz pintada. Ele fica invisível, até que chegue um dia de muito calor e preguiça, um dia de modorra. Então ele se manifesta e pode sair da garrafa. Seu gorro fica com o captor, até que ele resolva libertá-lo.


_E a outra maneira?


_É mais rápida, porém mais difícil. Deve-se surpreendê-lo por trás e tomar o seu gorro. Como os seus sentidos são muito aguçados, é quase impossível.


_Esplêndido, Sr. Malfoy. Mais trinta pontos para a Sonserina. Diga-me, como obteve tanta informação sobre os Sacis?


_Internet. _ disse Draco, com a expressão mais inocente e angelical do mundo.


Se Lord Voldemort aparecesse em pessoa, vestido de bailarina e dançando o Quebra-Nozes, o espanto não seria maior. Draco Malfoy, o sonserino puro-sangue, filho do braço direito do Lorde das Trevas, que desprezava as coisas trouxas, acessando a rede mundial de computadores?


_Para que essas caras, gente? _ perguntou Draco, rindo por dentro. _ Até parece que eu sou o único bruxo do mundo que sabe usar um computador.


_Pode não ser o único, mas é o que nós menos esperaríamos que usasse. _ disse Hermione admirada, não tanto pelo fato de Draco demonstrar conhecimento e desenvoltura com tecnologia trouxa, mas muito mais por ele estar colaborando com uma aula de Hagrid, em lugar de tentar atrapalhá-la.


_Há muito sobre mim que ninguém sabe, Granger. _ e mudou de lugar, indo sentar-se em uma vaga da última fileira, sozinho.


Ao término da aula, os Inseparáveis permaneceram para ajudar Hagrid a recolher o material e ele comentou:


_Malfoy está diferente este ano.


_Nem parece ele. _ disse Neville.


_É quase como se ele estivesse, deliberadamente, mudando seu perfil. _ sugeriu Harry. _ Mas, tratando-se dele, é como dizer que a Maldição Cruciatus só faz cócegas.


_Ele está até pegando leve nas brincadeiras de mau gosto e, quando pregam uma peça nele, nem está esquentando. _ disse Rony.


_Deve ter acontecido algo de muito especial no último verão. _ Hermione ponderou.


_É. _ concluiu Harry, rindo _ Merlin, em pessoa, retornou e concedeu coração e juízo ao Malfoy. Vamos, gente. Se nos atrasarmos, Snape tira o nosso couro.


Despediram-se de Hagrid e retornaram ao castelo, indo para as masmorras e para mais uma aula de Poções.


Nas masmorras, com os alunos já sentados em frente aos seus caldeirões, Snape adentrou a sala.


_Bom dia, classe. Vocês vão notar que a turma está reduzida, porque só restaram aqueles que têm alguma chance de obter alguma nota decente nos N.I.E.Ms, embora possam haver alguns...deslizes. _ e seu olhar recaiu diretamente sobre Neville mas, surpreendentemente, dessa vez ele não se encolheu e sustentou o olhar do professor. Snape percebeu e, em vez de criticá-lo, deixou-o em paz.


_Vocês verão que, neste ano, iremos preparar misturas mais complicadas, que demandam mais tempo de maturação e que, se feitas de forma errada, podem ter resultados desastrosos. Começaremos hoje a preparar a Poção Polissuco (Harry, Rony e Hermione entreolharam-se conseguindo, a custo, segurar o riso), cujos efeitos vocês já conhecem. Ela permite, durante uma hora, transformar-se em outra pessoa, mediante a adição de uma parte do corpo da referida pessoa, preferencialmente um fio de cabelo, que é considerado menos...repugnante do que outras partes do corpo (“Não no seu caso”, pensaram os alunos, em sua maioria). Os ingredientes estão ali (e, com um movimento de varinha, as portas do armário se abriram) e a receita está aqui (com outro movimento, a receita e instruções de preparo surgiram no quadro-negro). Prestem atenção e NÃO ME VÃO FAZER BESTEIRAS!


Como Harry, Rony e Hermione já haviam, clandestinamente, preparado aquela poção quando estavam no segundo ano, não houve dificuldade. Hermione fez par com Neville e surpreendeu-se com a melhora do colega. Quase que não foi preciso orientá-lo. Ao final da aula, Snape passou por entre as mesas, observando quais os caldeirões em que a mistura apresentava a cor, consistência e cheiro (Eca!) corretos. Nas mesas dos Inseparáveis não havia o que criticar mas, mesmo assim, Snape disse:


_Vocês parecem estar melhorando de nível. Vamos esperar, daqui a um mês, quando a poção estiver adequadamente maturada, se o resultado é o que esperamos. Os caldeirões têm feitiços de segurança, portanto ninguém deve se meter a engraçadinho e vir alterar a composição da mistura. Quanto a você, Longbottom...


_Senhor?


_Continue assim e me fará acreditar em milagres. Classe dispensada.


Quando saíram da sala, Neville comentou com os amigos:


_Eu já estou acreditando em milagres. Snape não tirou nenhum ponto da Grifinória na aula de hoje.


Entre risos, os três acompanharam o restante da turma, em direção à sala do Prof. Flitwick para a aula de Feitiços.


A aula de Feitiços foi muito interessante. Aprenderam os fundamentos do Feitiço da Desilusão, que transformava a pessoa em um camaleão humano e que Harry já conhecia, pois Olho-Tonto Moody o havia utilizado nele, no ano anterior. Flitwick ficou admirado da rapidez com que os alunos aprendiam a forma correta de executar o feitiço e ficavam transparentes à sua volta, retornando ao normal logo depois.


_Excelente, jovens. O Feitiço da Desilusão é um dos mais pedidos nos exames de N.I.E.M. , além de ser bastante difícil. O fato de vocês conseguirem dominá-lo logo na primeira aula revela que estão todos em condições de obterem boas notas.


Depois seguiram para a última aula da manhã: Defesa contra as Artes das Trevas, com o Prof. Mason. A sala estava decorada com fotos que demonstravam a correta execução de feitiços defensivos e técnicas de defesa pessoal, inclusive manejo de armas de fogo. Mason explicou:


_Nós, bruxos, não usamos armas de fogo. Defendemo-nos com nossas varinhas ou através de combate com arma branca. Quando muito, flechas. Mas não pensem que, se um Death Eater ou qualquer outro bruxo das Trevas tiver uma delas nas mãos e souber usá-la, ele não irá lhe dar um tiro. Isso já aconteceu comigo. Durante uma perseguição, um bruxo das Trevas matou um policial trouxa com um Avada Kedavra, antes que eu o encurralasse e nos desarmássemos com feitiços Expelliarmus. Ele tirou a pistola da cintura do policial morto, apontou para mim e atirou. Por sorte ele não percebeu que a pistola estava travada e não havia munição na câmara. Assim, eu chutei a pistola da mão dele. Ele alcançou a varinha e ia me matar mas, pegando a pistola, fui mais rápido e atirei no ombro dele. Assim ele soltou a varinha e eu o capturei.


As aulas de Mason davam importância à teoria, mas enfatizavam a prática. Primeiro revisaram o que fora aprendido até então. Os membros da AD demonstravam grande desenvoltura, pois haviam passado grande parte do ano anterior aprendendo e executando esses mesmos feitiços, azarações e contra-azarações.


Terminada a aula, foram para o almoço e, depois, aproveitaram para uma pequena sesta, antes da aula de Transfiguração.


Como imaginavam, a Profª McGonnagall começou a ensinar Transfiguração Pessoal Completa. Primeiro começaram com cor e aspecto da pele, seguindo pela cor e textura dos cabelos e cor dos olhos. Ao final da aula todos se entreolhavam, admirados. Harry estava loiro, com olhos castanhos. Rony estava com os cabelos negros, lisos, olhos azuis e o rosto sem uma sarda. Hermione parecia uma cópia de Naomi Campbell e Neville estava com a cara do Chuck Norris. A professora deu-se por satisfeita e ensinou-os a desfazer as transformações:


_Vocês começaram muito bem. Só precisam aperfeiçoar o controle sobre o processo de mudanças, para aumentar sua estabilidade. Com controle total, somente a fórmula de reversão fará com que voltem às suas formas originais. E, olhando de esguelha para Harry, completou: _A transfiguração é muito útil para aqueles que, no futuro, pretenderem seguir a carreira de Auror. E, agora... Revertere ad forma vostra! _ E todos os alunos voltaram às suas verdadeiras aparências e a Profª McGonnagall perguntou a Neville, antes de dispensar a classe:


_Por que esse ator em especial, Sr. Longbottom?


_Puro acaso, professora. Assisti a um filme com ele e foi a primeira imagem que me veio à mente.


_Ficou muito boa, Sr. Longbottom. O senhor levou a sério meus conselhos do último ano. Parabéns. Cinco pontos para a Grifinória, pelo seu progresso. Quero cinqüenta centímetros de pergaminho, para a próxima segunda-feira, sobre os principais enganos que se pode cometer em Transfiguração Pessoal e como evitá-los. Dispensados.


Todos saíram e foram para a Torre da Grifinória, menos Harry e alguns que cursavam Estudo dos Trouxas. Achou bem interessante o ponto de vista dos bruxos sobre coisas do dia-a-dia dos trouxas que, aparentemente simples, escapavam à compreensão da maioria, principalmente dos puro-sangue. Porém o seu maior espanto foi dar de cara com...


_Malfoy?! Você, fazendo Estudo dos Trouxas?


_Recolha seu queixo, antes que ele caia no chão e quebre, Potter. Faço Estudo dosTrouxas desde o segundo ano. Como você acha que eu conheço tanto sobre tecnologia?


_Para mim foi um choque.


_Como eu disse à Granger, há muito sobre mim que ninguém sabe.


Ao final de um dia bastante movimentado, Harry ainda achou tempo para dar uma corrida no campo de Quadribol, antes de tomar um banho e descer para o jantar. Dedicou a noite, assim como todos os colegas, a revisar as matérias do dia e dar início ao dever proposto por McGonnagall. Mesmo com tudo isso, ainda houve tempo para dar atenção a Gina, que também tinha a sua carga de obrigações bem pesada, afinal, era o ano dos N.O.Ms para ela. Recolheram-se e, antes de dormir, Harry ainda fez o seu habitual treino de Oclumência. Depois disso, simplesmente apagou, até o dia seguinte.


A terça-feira não foi diferente, bastante movimentada, mas Harry resistiu à tentação de se largar na cama ao final da tarde e foi, novamente, correr no campo de Quadribol. Muitos bruxos achavam isso algo sem sentido, mas outros conheciam os benefícios da atividade física. Porém, o que havia de bruxos sedentários...


Harry corria, dando voltas no campo, sem perceber que era observado. Encarrapitada em um galho de uma árvore próxima, Cho acompanhava os seus movimentos, sem entender que coisa era aquela que ele tinha nas orelhas. A batida ritmada de techno, que ele ouvia no discman, ajudava e incentivava a continuar. Ao final de dez voltas, Harry parou de correr e caminhou, até a pulsação cair um pouco mais e ele começar a se alongar. Cho começou a descer da árvore mas, ao ver que os outros Inseparáveis apriximavam-se do local, murmurou um palavrão entredentes e subiu de novo, permanecendo escondida.


_Ei, Harry, como foi hoje? _ perguntou Luna.


_Dez voltas. Acho que é um bom padrão para manter. Não preciso de mais do que isso, afinal, não estou em competição. _ disse ele, começando seu alongamento.


_Acho que vou começar, qualquer dia. _ disse Rony.


_Seria bom. Com certeza iria ajudar no Quadribol.


_Então, vamos providenciar material. _ disse Hermione.


_Ótimo. _ concordou Harry. _ Com companhia é muito mais gostoso.


Gina aproximou-se de Harry e o abraçou.


_Gina, eu estou todo suado.


_E daí? Como se eu me importasse. _ disse ela, pregando-lhe um beijo apaixonado.


Naquele momento, ouviu-se um grito e o barulho de algo caindo ao chão. Indignada com a cena que acabara de ver, Cho Chang desequilibrara-se e caíra do galho no qual se encontrava, atingindo o chão como uma fruta madura.


O Tombo de Cho "Credo, Cho!! Não dava para ter caído de um jeito menos escandaloso?" (Obrigado, Ken Akamatsu) 


Massageando o traseiro dolorido (mas não tão dolorido quanto seu ego), Cho fez menção de se levantar mas, ao erguer a cabeça, deu de cara com um par de olhos verdes fitando-a e ouviu a voz de Harry:


_Cho, está tudo bem com você?


Ao dar-se por conta da situação, percebeu que estava cercada por Harry e seus amigos, todos preocupados com ela.


_Que tombo. _ disse Luna.


_Tem certeza de que está bem, Cho? _ perguntou Rony.


_Não se levante. _ disse Hermione _ Vamos ver se não quebrou nada.


_Obrigado, gente, não é nada sério. – disse Cho, levantando-se. Mas, ao dar o primeiro passo, seu tornozelo direito falseou e ela teria caído, se Gina e Harry não a tivessem amparado pelos braços, um de cada lado.


_Ai!


_Calma, Cho. Sente-se. _ disse Gina _ Tire as botas e vamos ver estes tornozelos. Bom, o esquerdo está legal e o direito...caracas, como inchou! Deve ter, no mínimo, torcido quando você caiu. Só a Madame Pomfrey para dar um jeito mas, até chegarmos à área hospitalar, isso deve servir. _ e, apontando a varinha para o tornozelo de Cho, disse: “Ferula!” e ataduras foram conjuradas, imobilizando e estabilizando a articulação.


_Onde você aprendeu isso? _ perguntou Harry.


_Rony me ensinou.


_Lembra-se, Harry, quando estávamos no terceiro ano, Sirius me arrastou e minha perna quebrou em uma das raízes do Salgueiro Lutador? Lupin usou esse mesmo feitiço para imobilizar a fratura. Agora, vamos.


E, amparada pelos Inseparáveis, Cho Chang foi levada mancando,mas com menos dor, até a ala hospitalar onde Madame Pomfrey já estava esperando.


_Sabia que, mais cedo ou mais tade, o senhor ia aparecer por aqui, Sr.Potter. Só não imaginava que seria já no segundo dia de aulas. Mas nessa sua fase de atleta amador isso já era de se esperar.


_Desta vez não sou eu, Madame Pomfrey. Cho Chang caiu de uma árvore e torceu o tornozelo.


_Nem vou perguntar o que estava fazendo, Srta. Chang. A senhorita vai passar a noite aqui. Essa torção lhe rendeu uma fratura de maléolo externo. Amanhã já estará curada. Obrigada, Sr. Potter. Sem a sua ajuda e a de seus amigos ela não poderia nem andar. Aliás, quem conjurou as ataduras?


_Fui eu, Madame Pomfrey.


_Excelente, Srta. Weasley. A senhorita deveria pensar em ser enfermeira ou, quem sabe, até mesmo medi-bruxa.


_Isso já me passou pela cabeça. Quem sabe?!


E foram para as suas Casas, deixando deitada em um leito da ala hospitalar uma Cho Chang fervendo de raiva por várias razões: tivera frustrada a sua chance de tentar uma reaproximação com Harry, pagara o maior mico com aquele tombo, descobrira que ele estava namorando “aquela irlandesinha enferrujada” e, o pior de tudo, estava em dívida com ela. “Ninguém merece”, pensou ela. E ficou, pelo resto do dia e da noite, a remoer maldições contra ela, sobrando uma boa quantidade para Harry. “Quatro-olhos miserável.Se eu não gostasse tanto dele... O QUE AQUELA {[(+/-*&¨%$#!!)]}!!! TEM QUE EU NÃO TENHO?!?!”


Antes de Luna seguir para a Corvinal, achou oportuno comentar com os amigos:


_E o que será que Cho estava fazendo naquela árvore, para começar?


_Não faço a menor idéia. _mentiu Harry _ E acho melhor que a gente nem procure saber. _ no fundo, todos tinham uma leve suspeita, mas preferiram deixar como estava.


 


Na noite seguinte, por volta das 20:00 h, os membros remanescentes da AD estavam reunidos na Sala Precisa, aguardando que Harry falasse, estranhando a nova decoração, que incluía tatames, obstáculos e equipamento Ninja. Cho Chang, já recuperada, também fazia parte do grupo e parecia ser dos poucos que não estavam admirados. Então Harry falou:


_Amigos, o Prof.Dumbledore me pediu para reativar a AD e eu aceitei. A situação agora é muito mais grave, porque não é mais só uma questão de driblar uma professora incompetente, mas sobrevivência. Agora todos sabem que Lord Voldemort está de volta e ativo, nós e nossas famílias estamos correndo perigo. Por isso, mais do que nunca, saber se defender é fundamental. Então vamos continuar a treinar e treinar duro porque, desta vez, é para valer. Teremos também uma novidade. Eu não serei o único professor. Haverá outro para ensinar algo que só ele pode, artes marciais (e os olhos de Cho brilharam). Com a AD, o Prof. Derek Mason.


Mason subiu ao estrado, ao lado de Harry e disse:


_Vocês aprenderão muito, mas alguns ultrapassarão certos limites. Quantos e quais eu não sei, só dependerá de vocês próprios, dedicação e disciplina serão fundamentais, além de outra coisa: trajes adequados. Indumentaria cambio! _ e as roupas que os alunos usavam transformaram-se em trajes Ninja negros, com o escudo da Casa de cada um do lado esquerdo do peito. Harry novamente fez uso da palavra:


_Vocês já viram e eu não vou mentir. A coisa será difícil e vai ser preciso muita disciplina, mais do que já tiveram até agora. Deveremos deixar de lado quaisquer desavenças ou diferenças pessoais, pois isso é muito maior. Aquele que não se sentir capaz de acompanhar o grupo ou que não puder deixar de lado essas questões, diga agora. Receberá um belo Feitiço de Memória e retornará, feliz, para sua Casa sem saber que estará deixando de contribuir para defender sua família e seus amigos contra as Trevas. FUI CLARO?!


_Sim, Harry. _ todos disseram, admirados com a firmeza demonstrada pelo colega. Até mesmo o cético e mal-humorado Zachary Smith reconheceu que Harry tinha razão.


Mason começou a ensinar exercícios básicos de aquecimento, seguidos por técnicas e golpes simples. No decorrer das semanas, foram progredindo para katas e manejo de armas Ninja. Todos evoluíram rapidamente, especializando-se nas técnicas e armas com que mais se adaptavam. Era admirável a desenvoltura com que Harry manejava a espada e o bastão. Gina era certeira com as Shuriken e a zarabatana. Hermione melhorava a olhos vistos com o leque de aço, também sendo muito eficiente com espada e garras Tekagi. Neville especializara-se na Kusarigama, a foice com corrente e peso, juntamente com Luna. Mas Rony era insuperável com uma das armas de mais difícil manejo, as temíveis adagas Saï, excelentes para ataque e defesa. Todos iam ficando cada vez mais afiados em todas as técnicas, que eram aprendidas paralelamente aos feitiços. Nem mesmo Cho que, por sua ascendência oriental era familiarizada com artes marciais desde criança, conseguia atingir o nível dos Inseparáveis. E assim, com as aulas, os treinos de Quadribol, as reuniões da AD e mais as sessões de musculação e as corridas, nas quais Harry agora tinha companhia, o tempo foi passando e, quando menos se esperava, já estavam no mês de outubro, com a primeira visita a Hogsmeade, no Dia das Bruxas, cada vez mais próxima.

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