Capítulo único



              A neve começara a cair fina naquela manhã. Uma ruiva estava sentada diante à lareira acesa com um rolo de pergaminho nas mãos e um pequeno bebê moreno aninhado na outra. Ela parecia apreensiva quando terminou de ler a carta. Passou a mão no rosto e levantou-se, ainda com o neném no colo.


- James? – chamou – James, venha ler isso!


James Potter desceu as escadas rapidamente.


- O que houve?


Ela entregou a carta na mão do marido, arrumando o pequeno embrulho moreno em seus braços.

Querida Lilian,
Não lhe trago boas notícias.
É claro que já deve estar ciente do atual ocorrido com Alice e Frank. Eles continuam internados no St Mungus, e eu vou visitar-lhes todos os dias, esperando por alguma melhora. Acabo de voltar de lá com o pequeno Neville, ele chora todos os dias sentindo falta das cantigas de ninar que Alice lhe cantava antes dormir.
Os Curandeiros não me trouxeram boas notícias: Os danos são realmente irreversíveis, e, para bem de todos e deles mesmo, não poderão voltar para casa. Meu filho e sua esposa estão fadados a permanecer naquele hospital pelos restos de suas vidas.
Escrevi a você pois sei das suspeitas de Dumbledore, e, somente agora posso ver o quanto é importante a segurança dos dois. Frank subestimou o conselho de Dumbledore e agora não lembra nem mesmo como comer sozinho, não reconhece o próprio filho e se tornou totalmente inútil à ordem. Não cometam o mesmo erro.
Mande minhas lembranças ao James e ao pequeno Harry.

Esperando que estejam todos a salvo

Augusta Longbotton.
 

Ele levantou os olhos lentamente, espelhando a preocupação da esposa.
- Pelo visto Bellatrix estava muito mais empolgada do que ficamos sabendo. Danos irreversíveis?
- James eu estou ficando realmente assustada. Você leu o que Augusta disse: As suspeitas de Dumbledore não estão equivocadas. Ele não lhe...
- Eu já lhe disse que não, Lily. Ele não me fala nada a não ser ”Mantenham-se seguros e atentos.”.
Ela mudou o peso de lado, e o pequeno Harry mexeu-se na manta.
- Tão pequeno... Ele é um dia mais novo que o filho de Alice! Imagina se fossemos nós no lug...
- Shii... – ele calou a mulher com os dedos – não diga algo assim. Nada irá nos acontecer. Temos ao Aluado e Padfoot. Até mesmo Rabicho tem aparecido mais para nos visitar.
- Ele parece cada vez mais... Estranho.
- Rabicho sempre foi estranho!
- Mas ele parece agora que... Evita ficar sozinho com a gente... Pode parecer coisa da minha cabeça mas acho que ele está aprontando alguma!
O homem riu e a abraçou.
- Ele tem se metido com Mundungo! É claro que não está fazendo boa coisa... Mas não se preocupe com isso.
Ele a beijou e o pequeno bebê se mexeu novamente, abrindo os olhinhos e rindo para os pais.
 


- Não canso de olhar para os olhos dele. São a cópia perfeita dos seus.


- E o resto dele é totalmente copiado de você.


- Não diga isso da criança, Lilian! Ele pode crescer revoltado! – bradou uma voz rouca atrás deles. Lily pulou e gritou, mas James apenas levantou a cabeça e amarrou a cara.


- Dia desses, você ainda vai chegar aqui e ver algo que não quer ver, Almofadinhas.


- Nada que eu não tenha visto antes, Pontas!


- Estou falando da Lilian.


- Eu também.


- Sirius! – ralhou a mulher, revirando os olhos


- Não poso fazer nada se seu marido é um péssimo oclumente!


- Black! – rosnou o homem, pegando a varinha e atacando o outro.


Sirius fora rápido, defendendo os feitiços e rindo alto.


- Você pode mais que isso, Potter...


Lilian apenas revirou os olhos novamente e entrou na cozinha, enquanto falava num tom mais alto:


- Se quebrarem alguma coisa, consertem. E nada de pendurar ninguém no teto, Potter.


O pequeno bebê riu para o pai que ensaiava uma pequena dança com o padrinho, e seus olhos verdes brilhavam vendo as fagulhas saindo das varinhas.


- E então, Sirius? Notícias do Remo? – Perguntou Lily, servindo-se de batatas.


- Ainda não. Já faz dois dias que a lua cheia se foi. Já era pra ele ter aparecido.


- Augusta nos enviou uma carta hoje – contou James – Frank e Alice não voltarão. Os curandeiros dizem que é... Irreversível…


O outro homem não respondeu; apenas olhou significativo para ele.


Antes que Lilian pudesse registrar a troca de olhares, um brilho invadiu a pequena cozinha e uma Lontra prateada se materializou ao lado de James.


Caros James e Lilian, e Sirius, se estiver ai, - bradou a voz forte de Arthur Weasley – Molly pediu para que eu os convidasse para almoçarem no dia de natal aqui na Toca conosco. Ela pede para que estendam o convite à Remo. Esperamos por vocês.


O patrono se desfez, mas ninguém deu o menor sinal de ter se abalado.


- Pontas, encontrei Rabicho essa semana.


- Onde? - perguntou o outro, olhando desconfiado


- Londres. E você não vai adiantar com quem ele estava...


- Nem faço idéia.


- Ranh... Snape. - concertou, ao notar o olhar de Lilian sobre eles.


- O que Severo iria querer com o Pedro? – perguntou Lily, sublinhando o nome do homem.


- Não sei, mas quando me viu ele ficou mais branco do que é e saiu correndo.


- E Pedro?


- Balbuciou algo sobre uma informação e começou a tremer a guinchar feito um rato velho.


James e Sirius trocaram um olhar demorado, mas nada disseram.


Já era tarde quando James expulsou Sirius da casa, e junto com a esposa foi para o andar superior. Eles colocaram o pequeno Harry no berço e foram para o quarto ao lado. James foi para a janela, e lançou os já costumeiros feitiços de proteção.


- O que foram aqueles olhares com o Sirius, hein? – disse a mulher, abraçando a cintura do marido.


- Nada, Lily... Só algumas suspeitas...


- suspeitas?


Ele suspirou e voltou-se para a mulher.


- Malfoy procurou Srius há algumas semanas.


- Malfoy? Mas o que ele queria com Sirius?


- Convencê-lo a se juntar a eles... Mais uma vez. Assim como Dumbledore sugeriu, eles estão nos cercando. Primeiro Alice e Frank, depois almofadinhas. Com toda a certeza o ranhoso...


 


- Snape. O nome dele é Severo Snape.


- Que seja, Lilian – ele balançou a mão com desprezo – De toda forma ele não procurou Rabicho para tomarem um chá. E Aluado não nos deu notícias, mesmo dois dias depois da lua cheia.


- Remo nunca se juntaria a eles, querido. E além do mais Voldemort nunca iria querer um lobisomem no seu círculo de amigos.


- Meu medo não é esse. Confiaria a eles minha vida. Sei que ele nunca iria se aliar aos comensais, e nem nos trair.


- Então...?


- Remo está debilitado, Lilian. Sirius seria capaz de duelar com Malfoy com as duas mãos amarradas, Pedro, por mais lerdo que fosse, conseguiria aparatar em um lugar seguro, mas Remo... Ele não teria força suficiente para duelar e menos ainda para aparatar.


 


O homem se afastou da ruiva, sentando-se na cama e esfregando o rosto com força.


- Hey – ela se abaixou na sua frente – não aconteceu nada com ele, ouviu? Remo é um dos Marotos. Ele é safo e inteligente, mesmo que debilitado. E nenhum comensal seria idiota suficiente pra se aproximar de um lobisomem em plena lua cheia, James.


Ele pareceu se acalmar um pouco.


- Vamos dormir. Amanhã temos que fazer a arrumação de Natal. É o primeiro natal de Harry!


A mulher sorriu e deitou-se ao lado dele.


- Nosso primeiro natal como uma família de verdade – completou ela.


- O primeiro de muitos.


Os dias passaram correndo. A notícia de Alice e Frank logo se espalhou. Enquanto a maior parte dos membros da Ordem usou isso como estímulo para trabalhar mais, alguns passaram a se negar a sair em missões e outros simplesmente fugiram para fora do país. Com isso, o sumiço de Remo e os preparativos para o Natal, os Potter praticamente não viram o tempo passar.


A neve se acumulava como algodão no parapeito da janela. Lilian preparava o café enquanto James lia o jornal atentamente, balançando com uma das mãos o carrinho onde o pequeno Harry ria, enquanto fazia nevar com a varinha do pai.


- James, você pode, por favor, olhar o seu filho?


Ralhou a ruiva, tirando a varinha das mãozinhas gorduchas do filho.


- Venham, vamos abrir os presentes enquanto tomamos café.


- Lilian, ele tem cinco meses. Acha mesmo que ele entende o que é o natal e o que são presentes?


Ela apenas lançou-lhe um olhar mortal, e levou o bebê para a sala, fazendo o prato de wafflles flutuar à sua frente.


Lilian sentou-se com o bebe em suas pernas e começou a desembrulhar os pacotes. Logo o marido se juntou aos dois, e juntos desembrulharam alguns pacotes. Metade deles ela mesmo havia embrulhado na noite anterior. Além dos presentes dos pais – roupas, uma varinha falsa e um pomo de ouro que voava de verdade – Harry ganhou uma fênix de borracha que pegava fogo de verdade (dada pelo padrinho, Sirius), uma versão do livro “Os contos do Beedle – o bardo” com figuras que se mexiam de verdade (dada por Dumbledore) e um conjunto completo de vestes de quadribol (Mandados em nome de Frank e Alice).


Passaram uma manhã agradável, vendo o pequeno menino esticar os bracinhos tentando alcançar o pomo de ouro dado pelo pai. Lilian arrumou as coisas e aprontou o filho para o almoço na casa dos Weasley, enquanto James preparava uma chave de portal.


Surgiram no quintal coberto de neve, à frente da casa torta A moto de Sírius já estava estacionada na garagem da família. Eles entraram no calor da cozinha pequena, e logo foram recebidos por Molly.


- Lilian! James! - A mulher correu em direção ao casal, abraçando-os - E olha como Harry está grande!


A mulher baixa e ruiva tomou Harry nos braços e sorriu para o casal.


- Venham, estão todos ai já! Vou levar Harry para Augusta, ela está cuidando de Ron e Neville lá em cima!


Ela sumiu na escada estreita, enquanto os outros dois seguiam para a sala.


Era um comodo pequeno, mas aconchegante, com uma lareira pequena a um canto. Todos pareciam estar lá. Arthur, ruivo e com o rosto cheio, conversava feliz com Dumbledore e Minerva. Andrômedra e Teddy Tonks riam de alguma piada contada por Sirius, podia-se ouvir a gritaria vinda do quintal, mostrando que as crianças brincavam animadas na neve. Lily e James foram se juntar a Sirius.


- Olha, se não é o pulguento! - cumprimentou James, socando o ombro do amigo.


- Hey, como vai galhada? - o homem abraçou Lilian rapidamente, e se afastou puxando James com ele.


Lilian apenas observou os dois e virou-se para o casal a sua frente.


- Lilian, querida! Você está ótima! - cumprimentou a mulher - Cadê Harry?


- Molly levou ele para cima. Acho que Augusta está lá com os outros meninos. - respondeu a mulher - Mas e Dora? Onde está ela?


- Lá fora brincando com os meninos! Agora ela aprendeu que também consegue mudar a forma do rosto, passa o dia...


 


Do outro lado da sala, sem que ninguém percebesse, James e Sirius conversavam seriamente próximos à porta dos fundos.


- Nenhum sinal dele?


- Não. E Rabicho também não responde às corujas que mando.


- Isso está me cheirando muito mal, Pontas. Remo nunca sumiu por mais tempo que necessário, ele sempre manda notícias assim que pode.


- É isso que me preocupa. - o homem olhou para a esposa que ria descontraída do outro lado da sala - Se ele não aparecer em dois dias eu vou atrás dele.


- Você quis dizer nós, naturalmente...


- Não. Eu vou atrás dele, e você ficará pra cuidar da Lilian e do Harry.


- HÁ! E perder toda a diversão? Não, mesmo! será como nos velhos tempos... Nós dois tentando livrar ele de meter aquela bunda peluda em confusão...


- Esperava mais respeito para com a minha bunda, Almofadinhas.


Remo Lupin estava parado junto à porta. Parecia mais magro e cansado do que sempre voltava. Suas roupas estavam em frangalhos e ele tinha vários cortes e arranhões espalhados pelo corpo e rosto.


- Minha nossa! - Molly, que adentrava a sala naquele minuto, olhou exasperada para Remo - O que houve com você homem de Deus?


Ela o empurrou em uma cadeira e começou a curar seus ferimentos com a varinha


- Andei... Investigando por ai.


- Embaixo de um caminhão, acredito? - perguntou Lily, que se aproximava dos outros. - O que houve, Remo?


Àquela altura todos na sala já prestavam total atenção em Lupin, que trocava olhares silenciosos com James e Sirius. Por fim falou.


- Estive infiltrado entre os lobos.


A cara de espanto de Lily se espelhava em todos os outros, exceto Dumbledore, que continuava em silencio, apenas observando-o com expressão de total entendimento. Seus olhos brilharam quando encontraram os de Remo.


A cara de espanto de Lily se espelhava em todos os outros, exceto Dumbledore, que continuava em silencio, apenas observando-o com expressão de total entendimento. Seus olhos brilharam quando encontraram os de Remo.


- Entendo... - disse o mais velho, sem que ninguém mais entendesse - conte a eles, Remo...


- Eles estão tentados a se juntar aos comensais. Voldemort ofereceu proteção e vitimas para eles, e Fenrir está começando a tomar o poder, começando a querer liderá-los. Vocês sabem o caos que será se Fenrir liderar uma matilha de lobos sedentos de sangue a mando de Voldemort?


Ninguém respondeu. Nem precisava, o horror transparecia na face de cada um presente na sala. Até Dumbledore abandonara sua posição calma e começava a andar de um lado para o outro na pequena sala, com o cenho franzido e a expressão preocupada.


- Inferius, Lobisomens, Gigantes... Isso será massacre não só de bruxos, mas de trouxas também. Se ao menos os membros da ordem não estivessem fugindo da raia poderíamos tentar agir em uma missão de paz, mas com todas essas baixas na Ordem...


- Se ao menos você deixasse que eu e Lilian saíssemos para ajudar. Mas você nem nos deixa agir e nem nos diz porque não podemos.


- É perigoso, James. E não só...


- Não só para nós, é, já entendemos isso, Dumbledore - respondeu Lilian - Mas Harry ficaria seguro com Andromedra e Teddy.


- Já conversamos sobre isso, Lilian. Não cometa o mesmo erro que Alice.


Seu tom deixara claro que o assunto estava mais que encerrado. O silencio imperou na sala durante alguns segundos, até que uma voz ecoou e uma pequena menina de cerca de 7 anos e cabelos azuis entrou correndo na sala.


- REEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEMO!!! - Ninfadora Tonks pulou nos braços do homem, sorridente - você sumiu!


- Olá Ninfadora - A garota fez uma careta ao ouvir seu nome - Gostei do cabelo azul.


Ela sorriu e foi abraçar Lily e James


- Cadê o Harry? - perguntou.


- Lá em cima com Rony, Neville e Augusta.


A garota saiu pulando escada acima.


Foi Molly quem quebrou o silêncio.


- Lilian, querida, me ajude a arrumar a mesa para o almoço?


As duas mulheres entraram na cozinha, enquanto as outras crianças entravam na sala fazendo estardalhaço.


Já era tarde, mas os três ainda conversavam animados sentados à lareira da sala espaçosa dos Potter.


Sirius contava piada, enquanto Remo e James riam e jogavam xadrez. Vendo o sorriso jovial dos três era quase impossível lembrar que uma guerra começava a se formar no mundo bruxo. No andar de cima, Lilian cantava para o pequeno Harry James dormir. Ele ainda brincava com o pequeno pomo de ouro que ganhara naquela manhã. Harry não tardou a dormir. Passara a tarde brincando com Rony Weasley, o mais novo da família, que era apenas alguns meses mais velho que ele. Lilian sorriu ao lembrar das crianças e das brincadeiras - a maior parte liderada por James de Sirius.   Fred e Jorge, os gêmeos weasley, tinham apenas três anos, mas já aprontavam todas. Roubaram a varinha do pai, e, sabe-se Merlin como, tocaram fogo nos cabelos do irmão Percy - de 4 anos. Todos riram, mas Molly ralhara com Arthur por mais de vinte minutos por deixar a varinha ao alcance dos filhos.


Sirius, James e Remo prepararam fogos de artifício e os soltaram na hora do jantar, fazendo todas as crianças vibrarem com a festa. Achando que ninguém estava de olho, Carlinhos roubara um beijo de Tonks, que, envergonhada, deixou os cabelos rosa chiclete. A noite terminara alegre, com Tonks transformando suas orelhas em orelhas de duendes e James transfigurando um rabo de cachorro em Sirius.


Um dia maravilhoso.


O que estragou a noite foi a carta que chegara a noite, de Petúnia. Era mais um bilhete do que uma carta, e apenas insinuava que Lilian e o marido não eram bem-vindos na Rua dos Alfeneiros na passagem de ano.


Lilian deixou o pequeno no berço e retornou à sala. Sentou-se ao lado do marido e o abraçou forte, enquanto Sirius ainda fazia palhaçada para os outros.


- Hey, almofadinhas, acho que está na hora de irmos. - disse Remo, sorrindo para o casal que agora estava totalmente alheio aos dois em um beijo carinhoso - Antes que tenhamos que presenciar uma cena de sexo explícito na sala.


- Ou participar dela. - disse Sirius, jogando uma almofada dos dois - Vocês podem respeitar as visitas, por favor?


- Esse é o meu jeito simpático de dizer que já está tarde pros dois desocupados estarem acampados na minha sala - Respondeu James, atirando a almofada de volta.


Os outros riram e se despediram, deixando o casal a sós.


- Então, onde foi que paramos, senhora Potter? - Perguntou maroto, segurando-a pela cintura.


Ela o fitou nos olhos, e em segundos caiu no pranto, escondendo o rosto em sua camisa. James afagou seu cabelo sem nada entender, esperou que ela se acalmasse e então a guiou para o sofá, onde sentaram-se ainda abraçados.


- James... E se... Eu to com medo, James.


- Meu amor, fica calma. Você está com medo de que?


- Dumbledore quer manter a gente enclausurado dentro de casa, James. Você acha que isso é normal, James? Alguma coisa está acontecendo.


- Dumbledore está ficando caduco, Lily. Não fizemos nada que pudesse nos colocar como alvos únicos, e não vejo ele tentando esconder ninguém mais da Ordem.


- Frank e Alice...


- Eles foram imprudentes e não adotaram as mais simples formas de proteção. Não cometeremos os mesmos erros


- James, eu acho que... Acho que quem está correndo perigo não somos nós. Acho que é Harry.


Ele não respondeu imediatamente, mas quando o fez tinha um sorriso nos lábios.


- Ok, agora a caduca aqui é você! Você se ouviu, Lilian? Porque cargas d'agua Voldemort iria querer pegar o nosso filho? ele não tem nem um ano, que perigo iria oferecer a ele?


- Eu não sei. Mas Dumbledore insiste em falar que o perigo não é só para a gente.


- É a forma que ele achou para nos convencer a não fazer nenhuma besteira.


A mulher avaliou a situação por alguns minutos.


- Talvez você tenha razão.


- Claro que eu tenho. Sou James pontas, sempre tenho razão!


- Você é extremamente convencido, isso sim - ela sorriu para ele


Ele a beijou com amor, puxando=a para mais perto.


- Amor, se esse for nosso ultimo natal...


- Não fala besteiras, Lilian.


- Mas se for nosso...


- Não será.


- Mas e se...


- Bom, se esse for nosso ultimo natal, e não será, então eu acho que deveríamos subir e transformar ele no melhor de nossas vidas. - disse ele, com malícia na voz - e então, no natal do próximo ano repetiremos o feito. E no próximo também... E nos próximos 80 natais.


Ele se levantou e pegou-a no colo, subindo as escadas e arrancando risadas da ruiva.


- Eu amo você. - sussurrou, quando o marido abriu a porta do quarto, a deitou na cama e começou a espalhar beijos por seu pescoço. - Para sempre.


 


 


De fato, aquele fora o ultimo natal de Lilian e James, mas também fora o melhor que já haviam passado juntos.


 

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