Ato II – Esperanças além do Ho

Ato II – Esperanças além do Ho



Fora difícil para mim chegar até aqui. Cá estou eu, parado em frente a um dos escritórios da família Malfoy – curiosamente em Paris, e isso me deixava mais nervoso ainda, porque eu tenho lembranças de Paris que, em outra ocasião, poderiam me fazer exclamar uh-la-la com um sorriso malicioso e o sotaque francês que Draco me ensinou.

Sim, nós havíamos tido algumas aulas de francês a pedido de Dumbledore, quando estávamos perto do fim do nosso sétimo ano. Draco, nessa época, já estava ajudando a Ordem da Fênix – e até então eu desconfiava de todas as suas atitudes. Afinal, um Malfoy é sempre um Malfoy, escorregadio, esquivo, misteriosos e sempre com um jeito que indicava haver planos maquiavélicos sendo bolados na cabeça de algum deles.

Eu iria para a França pelo único e simples motivo de que, agora que eu fizera dezessete anos, Dumbledore sabia que eu não retornaria nem morto à casa dos Dursley. Apesar da proteção – involuntária – que o sangue de minha tia me conferia se eu estivesse sob seu teto, eu não queria voltar para lá. A casa dos Dursley nunca fora, nem nunca seria um lar pra mim. Saí de lá numa boa, sem arranjar confusão, e sei que tio Vernon adorou me ver finalmente pelas costas por tempo indefinido, talvez eternamente. De qualquer modo, seria melhor para eles ficarem longe de mim – eu não podia deixar de pensar na sua segurança, que agora seria maior já que meus laços estavam sendo cortados.

Bem, Remus trouxe para mim minhas coisas de lá – aparentemente ele conseguira entrar na casa de meus tios e sair com minhas coisas sem ser expulso ou coisa assim. Nem era muita bagagem, já que a maioria das coisas eu sempre trazia comigo para Hogwarts. Apenas alguns trapos velhos, livros dos anos anteriores, etc...

Minha bagagem estando em Hogwarts, a próxima providência era fazer com que eu aprendesse o idioma da França. Sendo a família Malfoy originária daquelas bandas, Dumbledore concluiu que Draco seria perfeitamente capaz de me ensinar o idioma que, mesmo estando ele na Inglaterra, lhe fora ensinado como herança de família. E foi assim que eu comecei a ter aulas particulares de francês com o meu maior desafeto – ah, saudades da época em que eu podia dizer isso. – à noite, numa sala escondida, sem que quase ninguém soubesse – é óbvio que eu havia contado a Ron e Hermione (eles haviam se indisposto com Dumbledore por algum tempo por causa disso, mas depois apenas aceitaram a situação).

Como Hermione sabia francês, eu comecei a insistir com Dumbledore que seria ela a pessoa ideal para me ensinar – pelo menos eu gostava de Hermione, e não queria vê-la pelas costas cada vez que nos encontrávamos, como inevitavelmente acontecia entre eu e meu professor. Ele, entretanto, revelou que tinha outros planos – e países – para Hermione, e que ela também estaria atarefada demais para ter tempo de me ensinar. E, o pior de tudo, ele revelou que o Malfoy me acompanharia naquela viagem idiota à França.

Nossa, aquilo sim me deixou puto da vida. Eu quase acabei com a sala de Dumbledore como havia feito no dia em que Sirius morreu. Como ele me mandava para um país onde eu não conhecia ninguém, com uma cria de Comensal da Morte “supostamente” melhor que o pai, que eu tinha certeza de que me entregaria a Voldemort na primeira oportunidade?

“Você deveria dar um voto de confiança ao senhor Malfoy, meu jovem”, ele respondeu.

“E entregar de bandeja a guerra para Voldemort? Pelo amor de Deus, Dumbledore, raciocine!”, eu resmunguei. Havia ficado com a língua mais solta em relação ao diretor depois daquela conversa na sala dele onde ele revelara sobre a profecia e tudo o mais.

“Eu estou raciocinando, senhor Potter”, ele respondeu, naquele tom que indicava que era melhor eu me acalmar. “Eu confio inteiramente no senhor Malfoy para acompanhar você à França. Ninguém suspeitaria dele levando você, e de qualquer forma, ele conhece o país muito bem. Se algo der errado, ele saberá aonde levá-lo para que fique a salvo.”

“Sim, ele vai me estuporar e me levar direto à toca de Voldemort assim que você der as costas, é isso o que ele vai fazer”, eu respondi, ainda ácido. “Eu não sei como ele ainda não tentou nada, estando nós dois a sós nesse castelo quase todas as noites graças a você!”

“Se quer mesmo saber, Harry, você deveria parar com essa implicância”, ele resmungou, obviamente irritado com a minha insistência. Eu parecia ser o único capaz de tirar a paciência dele. “Eu sei que você está curioso pra saber o que fez o jovem Malfoy se juntar a nós, e o que me fez aceitá-lo numa organização tão restrita quanto a Ordem da Fênix”, ele disse, surpreendendo a mim, “Mas se você e o senhor Weasley continuarem com essa bobagem de brigas com o senhor Malfoy, nunca descobrirão. Por Merlin, vocês têm dezessete anos. Será que não cresceram? O jovem Draco nem mesmo os perturba como antes”, retorquiu ele. “Quer dizer, talvez um pouco, mas enfim, na maioria das vezes vocês provocam.”

Eu apenas o olhei como se houvesse nascido outra cabeça sobre os ombros do diretor. “Você não entende, Dumbledore”, finalizei, e retirei-me da sala dele em seguida.


Depois daquela conversa eu fiquei matutando comigo mesmo sobre o que Dumbledore havia falado. Ele tinha alguma razão. Até Hermione havia percebido que o Malfoy já não nos provocava como antes. Desde que eu mandei o pai dele pra Azkaban, ele parecia ter finalmente “amadurecido e usado as próprias pernas”, como diria Mione.

Mérde, eu respondia a mim mesmo internamente, sendo sarcástico ao máximo ao xingar em francês. Dumbledore estava muito certo. Malfoy só nos perturbava quando havia realmente algum bom motivo para isso. Eu mesmo vinha sentindo que ele estava guardando dentro de si tudo que tinha contra mim, mesmo durante nossas aulas de francês. Eu poderia provocá-lo de todas as maneiras, que ele continuaria agindo como uma cópia jovem do Snape: frio e distante, como se eu fosse um mero inseto que não merecesse sua atenção.

O engraçado era que eu estava aprendendo a nova língua. Talvez para provar a ele que poderia ser melhor em qualquer coisa além do Quadribol, ou só por ter meu orgulho ferido já que ele não reagia às minhas provocações.

Em um mês eu já tinha um bom domínio do idioma, e poderia procurar um toilette na França sem ter que gesticular feito os turistas doidos que viajam para lugares onde não conseguem falar bem a língua dois meses, saberia manter uma conversa curta e superficial com uma das mulheres francesas – que Hermione me alfinetara dizendo que ia me gamar nelas. Com três, poderia ler um dos periódicos franceses sem grande dificuldade. E com quatro, finalmente, eu estava muito parecido com um francês.

Nesse meio tempo, resolvi seguir o conselho de Dumbledore: parei de provocar o loiro azedo. E, por incrível que pareça, nós dois aos poucos fomos encontrando um ponto de equilíbrio: ele, por algum motivo, pareceu levar a sério meus esforço e evitava ao máximo me provocar. Eu sentia que havia algum pensamento em relação a isso sendo formado dentro da mente dele, mas era incapaz de adivinhar o que era.

Ron chegou ao cúmulo de me acusar de fazer amizade com o Malfoy, e eu quase o soquei quando ele falou isso. Hermione apartou-nos – para a surpresa dos três, já que geralmente era eu quem apartava as brigas deles. Nós caímos na risada, e depois eu e Mione dissemos ao Ron que já era hora dele crescer. Depois os três voltamos a conversar normalmente.

Era por isso que eu amava os dois: nós éramos amigos acima de todas as coisas – mesmo que o Ron de vez em quando fique sem falar com um de nós dois por algum motivo. Mas nós sabemos que cedo ou tarde voltaremos a ser amigos. Isso é uma amizade verdadeira pra mim.

De modo que eu sabia não estar me “amigando” com Draco Malfoy. Na verdade eu estava apenas “não implicando” com ele. Então, quando finalmente nos formamos e partimos cada um para um lugar – Hermione visitaria a América do Norte, Ron ia até a Holanda e eu e Malfoy para a França – eu estava disposto a ser agradável com ele enquanto nossa parceria durasse.

“Então...”, eu comecei, incerto, enquanto nos acomodávamos numa cabine de um trem trouxa. Era assim que chegaríamos a Paris, onde faríamos contato com alguns dos aliados da Ordem da Fênix e onde receberíamos bom treinamento em duelos – os franceses eram campeões em duelos na época em que eles eram permitidos.

“Sim?”, questionou ele, observando-me sempre com aquele olhar neutro. Eu me incomodava muito com aquele olhar, preferia o velho Malfoy, esquentado e louco por um duelo. “A propósito, Potter, sua gravata está torta.”

Eu ajeitei a gravata, após a indicação. Estava disfarçado, com a ajuda de alguns feitiços e poções preparadas por Snape – outro dos participantes da Ordem em quem eu não tinha a mínima confiança. Meu cabelo havia crescido, chegando quase á minha cintura (eu o havia amarrado num rabo de cavalo, pois não me acostumava com ele solto de jeito nenhum). Minhas sobrancelhas engrossaram, a marca na testa havia sido encoberta por uma camada de pele falsa (outra das habilidades de Snape) e eu havia deixado crescer um pequeno cavanhaque.

Dumbledore havia agregado a tudo isso um rápido feitiço de envelhecer, que me deixaria com jeito de alguns anos mais velho, e duraria apenas até nós chegarmos até nosso contato. A partir de então, eu assumiria outro disfarce, que me deixaria parecido com Gui: cabelos vermelhos (longos também), brinco de canino de dragão, roupas mais coladas e despojadas (coisa que eu nunca usei).

“O que te fez aceitar me acompanhar até a França, passar um ano lá aprendendo duelos bruxos e mais algumas técnicas trouxas, e ainda por cima ir de trem trouxa até lá?”, perguntei, por fim.

Ele apenas me observou por alguns segundos. “Eu tenho minhas razões.”

“E eu diria
merci beau-coup pra você se me contasse pelo menos alguma”, respondi, sarcástico. “Dumbledore falou para confiarmos mais um no outro do que em nossos contatos em solo francês. Mas para confiar em você precisarei ter alguma razão para acreditar que esse trem não vai parar do nada e alguns dementadores, ou mesmo Comensais da Morte, virão e me levarão a Voldemort.”

“É só esperar até a viagem terminar, Potter”, ele respondeu, inatingível. “Se até lá não aparecer nenhum Comensal ou dementador, dê-se por satisfeito.”

Eu resmunguei algo em voz baixa. “Ok, um a zero para você, Malfoy. Mas eu preciso de mais do que essa resposta para me dar por satisfeito.”

Ele bufou, começando a se irritar. “O que você tem, Potter? Pensei que finalmente tivesse entendido que se cada um de nós ficasse em seu canto, as coisas seguiam menos atribuladas. Parece que eu continuo esperando mais do que devia de alguém como você...”, completou, azedo.

Eu ergui uma sobrancelha. “E desde quando você espera algo de mim, Malfoy?”

Ele pareceu amaldiçoar a própria língua naquele momento. “Esqueça o que eu disse, Potter.”

“Não, Malfoy, eu não vou esquecer”, respondi, cruzando os braços e me acomodando melhor no assento. Ele, sentado no assento à minha frente, fuzilou-me com o olhar. “Eu estou curioso pra saber como você convenceu Dumbledore a confiar em você. Aliás, como você descobriu sobre a Ordem da Fênix?”

“Que diabos, Potter”, ele resmungou. “Eu não convenci
ninguém da minha lealdade. Dumbledore confia em mim porquê acha que deve. Não sei se ele pensa em mim como um novo Snape. A questão é que ele me contou sobre a Ordem da Fênix e me chamou para entrar”, completou, com um sorriso superior.

Eu devo ter ficado branco de tão surpreso, pois ele caiu na risada. Eu, Mione e Ron enchemos o saco do diretor para que ele nos deixasse tomar parte, e de repente eu descubro que ele não só contou ao Malfoy sobre a Ordem, como também
chamou-o para ingressar nela. O que, afinal, estava dando em Dumbledore? Ele parecia não reconhecer mais cobras quando estas estavam à sua frente.

“Não acredito”, repliquei, com o cenho fechado. “Você deve tê-lo coagido de alguma maneira.”

“E com qual finalidade? Entregar a Voldemort os planos da Ordem?”, perguntou ele, já conhecendo a linha de raciocínio que eu seguia.

“Sim.” Olhei diretamente para o braço dele. “Você tem a Marca Negra, Malfoy. Eu pus seu pai na cadeia. Voldemort provavelmente quer libertá-lo. Se nós ganharmos a guerra, seu pai provavelmente passará o resto da vida em Azkaban. O que te faria ficar do mesmo lado que o meu?”

Ele me observou, ainda com o sorriso superior no rosto.

“Responda!”, eu exigi.

Ele suspirou, satisfeito em ver que me irritara – e depois Dumbledore reclama de mim e do Ron... “Você está pensando em Malfoy, Potter. E está esquecendo que, além de um sobrenome, eu tenho um nome também. E isso significa muita coisa.”

Eu apenas fiquei olhando nos olhos dele por algum tempo. Ele, então, pediu licença e retirou-se, voltando apenas quando faltavam poucos minutos para o fim da viagem.


Eu lembrei daquela conversa enquanto ouvia a porta do escritório abrir. E observei em silêncio, encostado a um poste, enquanto ele seguia em direção ao automóvel. Tão loiro quanto sempre, os olhos cobertos por óculos, e um porsche da cor deles. Aproximei-me devagar, com passos leves, mas mesmo assim ele percebeu-me.

“Excusez-moi. Parlez-vous français?”, perguntei, dando uma de idiota só para conseguir falar algo – não pensei em nada mais inteligente, ainda fascinado pela figura que eu não via há quatro anos.

Ele tirou os óculos escuros e me encarou, analisando-me com aquele olhar neutro que eu odiava. Por fim, entrando na minha brincadeira, ele respondeu. “Oui. Est-ce que je peux vous aider?”

Perguntar-me se eu queria ajuda era jogo sujo. Eu sorri maliciosamente. “Jeu ne nettoyez-vous jamais, Malfoy?” (“Você nunca joga limpo, Malfoy?”)


“Non”, ele respondeu sem o menor remorso. Em seguida mudou o idioma de nossa conversa. “Que surpresa, Harry.”

Ouvi-lo chamar-me pelo primeiro nome mais uma vez me fez sentir borboletas dentro da barriga. “Acredite, Draco. Porquê eu mesmo não consigo acreditar.”

Ele sorriu maliciosamente também. “Então, vamos ficar parados aqui o dia todo?”, perguntou, desligando o alarme do carro e entrando nele. Eu o ouvi destrancar a porta do passageiro e, sem ter alternativas, entrei também.

“Você é mesmo Draco Malfoy?”, perguntei, entre divertido e surpreso. Nunca imaginei que conseguiria falar com ele tão naturalmente de novo depois de tantos anos. “Carro trouxa, escritório em bairro trouxa, óculos escuros... Eu é que estou surpreso.”

“Eu sou um bruxo inteligente, só isso”, ele respondeu. “Utilizo algumas das boas coisas do mundo trouxa enquanto debocho deles e não sinto nenhum remorso.”

“Oh, se você sentisse, aí eu realmente ficaria surpreso.”

“Pois é, algumas coisas nunca mudam.”

Um silêncio agradável caiu sobre o carro, enquanto eu observava todas as ruas pelas quais já havia passeado milhares de vezes naquele ano que se tornou ao mesmo tempo um dos melhores e piores anos da minha vida. Eu não sabia se ele estava olhando pra mim ou não, mas era como se sentisse aquilo. Depois de tanto tempo sem estar perto dele, meus instintos ainda respondiam à proximidade com uma força descomunal.

Depois de um tempo, parecia que finalmente havíamos chegado aonde ele queria. Eu li as inscrições talhadas em madeira, tão antigas quanto qualquer um de nós dois.

Lumières des jouets de ciel

Jouets pour tous les ages


“Brinquedos Luzes do Céu. Para todas as idades.”

“É, você não enferrujou o francês”, ele observou.

“Com o professor que eu tive, seria impossível”, eu respondi, fazendo careta, e nós dois caímos na risada. “Não acredito que você ainda vem aqui!”

“Hoje é o dia de ajudar os Learch com a loja, lembra?”, ele perguntou.

“Sim, vínhamos aqui todo sábado. E hoje é véspera de Natal”, eu respondi, sorrindo. “Eles pediram para que nós passássemos aquele Natal com eles.”

“Foi um dos melhores natais da minha vida”, Draco comentou, com uma displicência que, para qualquer observador, daria a entender que falavam de algo superficial. “Eu volto aqui quase todo sábado, e nas vésperas de Natal. Eles vão gostar de te ver de novo.”

“Será?”, eu perguntei, com uma sobrancelha erguida. “Eu nunca mais falei com eles depois que nós nos separamos definitivamente. Era muito doloroso.”

“Você sempre foi uma menina por dentro, Potter”, ele falou, rindo abertamente. “Nunca agüentou bem a dor.”

“Não mesmo”, eu respondi, sério. “Eu me apego fácil demais às pessoas.”

Ficamos nos encarando por algum tempo, olhos verdes contra olhos prateados, enquanto os ruídos dos brinquedos de natal chegavam aos nossos ouvidos. Draco inclinou-se para mim, chegando a boca para perto do meu ouvido, mas sem falar nada por algum tempo. Eu sentia a minha pele se arrepiando a cada segundo que a respiração dele tocava em meu pescoço. “Isso é tortura”, resmunguei.

“Vou te contar um segredo, mon cher”, murmurou ele, com um tom rouco que ele sabia que me fazia pensar em coisas que não devia. “Eu não consegui vir aqui no primeiro mês.”

E cobriu a pouca distância que nos separava, colando a boca dele com a minha. No começo foi um contato simples, delicado, tão leve que eu mal sentia pressão sob meus lábios. Mas depois ele começou a pedir passagem com a língua, e quando eu finalmente cedi à vontade dele – e, não posso negar, à minha – foi como voltar para casa depois de um longo inverno. Só que durante esse inverno, ao invés de hibernar como um urso, eu sentia insônia. Sentia frio. Sentia falta. Não comia, não bebia, não agia.

E de repente tudo estava mudando para uma primavera quente e com uma brisa agradável. Eu nunca pensei que fosse me sentir assim quando o beijasse novamente. Parecia irreal. E de repente eu me toquei de onde nós estávamos (na porta da loja de brinquedos), da hora (fim de tarde) e da nossa situação (quatro anos sem sexo e um beijo, atualmente) e desgrudei dele.

“Ei, espera aí!”

“Que foi?”, Draco perguntou, meio aturdido com a interrupção.

“Porquê de repente você está me beijando?”, eu perguntei, preocupado. “Não é possível que você pense que vamos começar do mesmo ponto em q...”

“Sossegue, Potter”, ele respondeu, apontando para cima. Eu segui a direção indicada e vi um ramo de azevinho. “Tradições de Natal, lembra?”

“Sim”, respondi, a contragosto. Quando um casal para embaixo de um ramo de azevinho, tem que se beijar. “Tradições estúpidas.”

Ele apenas riu. “Vamos, estão nos esperando.”

Seguimos para dentro, e eu logo fui ao chão quando Marie pulou em cima de mim.

“HARRY!”, gritou a adolescente, me cobrindo de beijos no rosto. “Que saudades que eu estava de você, seu traidor!”

Nós dois nos levantamos, enquanto Draco ria da minha situação. Eu apenas o fuzilei com o olhar. Joanne, a mãe de Marie, aproximou-se de nós.

“Como vai, querido?”, ela perguntou, feliz, enquanto me abraçava. “Ficamos com saudades de você. Porquê nunca mais nos escreveu?”

“Ah, Joanne, você sabe como as pessoas são...”, eu disse, meio sem-graça pela ótima recepção que recebi quando os havia esquecido por tanto tempo.

“Sorte que o Draco nos mantém informados sobre como você anda!”, exclamou ela, e pareceu não notar o olhar de surpresa que eu lancei a ele, e ele sorrindo maliciosamente para mim. “Venha, precisamos de toda a ajuda possível hoje.”

Ela nos guiou até os fundo da loja, onde nos deu aventais. Saímos de volta para o balcão, onde os pais aguardavam para serem atendidos. “Oi, Zach!”, cumprimentei o marido de Joanne de passagem, e ele acenou alegremente.

“Seja bem-vindo de volta à França, Harry!”, gritou do estoque.

Eu troquei um olhar com Draco, que apenas murmurou: “A gente conversa sobre isso depois.”

Eu, derrotado, assenti em concordância e me lancei em mais uma das maratonas Lumière de vendas.

N/A.1: As falas em francês foram feitas com ajudar de um tradutor eletrônico, portanto, perdoem-me se houver alguma falha. E não, o Draco não está OOC, as coisas vão ser explicadas aos poucos, ok?

N/A.2: Eu queria muito, muito MESMO agradecer os reviews que vocês deixaram. Quando eu abri o meu e-mail e vi um monte de “review alert” eu quase caí da cadeira. O.o Nunca achei que essa fic faria tanto sucesso. Bem, vamos lá:

DL -> Meninaaaaaa, muito obrigada pelo review. Você sabe que a fic não está tudo isso que vc falou, mas tudo benhe, hehehe. E não me cape, vc leu vários fragmentos desse cap enquanto eu o escrevia. Aqui está ele inteirinho pra vc não me capar. o/ E viva o pinhão! XDDDDDD

Dani -> Vc tbm mente tão bem quanto a moça aí de cima, Dani. Q boa q nada! Hauahauahauahua! Obrigada pelo prestígio, vc sabe q eu te mamuto mto neh? E aí está mais um pouco do caminho que a carruagem percorrerá! ) Enjoy it!

Mione03 -> Moça, mto mto obrigada pela review, me pegou de surpresa. Não creio que tenha ficado tão bom assim quanto você diz, mas se te agradou, é o que importa. Espero que tenha gostado desse aqui também, e mande quantas reviews quiser. . Eu as adoro! XD

Lien -> Moça, vc eh ÓTIMA! Hauhauaahua! Rolei de rir com o “companheira de escravidão”, mas somos mesmo, não é? Um beijo, e enjoy it pra você também!

Lya -> Hey, girl! Você por aqui! Agradeço o tempo q vc tirou pra ler e deixar review, foi mto importante pra mim, viu? Um beijo!

Baby Potter -> Moça, pra você também o meu MUITO obrigada! Vc chorou MESMO? O.o Nossa! D Sim, vou explicar aos poucos como a coisa rolou, ainda tem mto caminho a percorrer essa carruagem (usando a linguagem da Dani). Continue lendo e mandando reviews lindinhas .


Anna-Malfoy -> Aqui está mais um capítulo, Anna! Não garanto que o próximo saia tão rápido, pois sou uma vestibulanda pra lá de ocupada – e preguiçosa, rs – e com outras fics pra cuidar. Mas espero que curta esse tanto quanto o outro.

Agathabell Black -> NAN! . Minha alpha linda! ) Xodades de vc. Se cuida, e vê se não some. Mais um cap ae! Me diz se gosta!

Thaís -> Moça, muito obrigada pela review, espero que continue lendo. Você foi a única aqui do Floreios e Borrões que me deixou comentário. MEU MUITO OBRIGADOOOOOOO! =)


Bjos para todas! ) C-ya!

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