Building Love







Building Love




Nenhum deles sabia. Eram jovens demais, ainda cheirando a pergaminhos e dias de sol, e não sabiam quase nada sobre o futuro, sobre as dores, sobre o amor em tempos de guerra; mas eles tentaram – eles foram suficientemente bravos ou estúpidos para tentarem.


Era acordar ao lado dela todas as manhãs. Era dirigir-lhe um sorriso cheio de dentes e morder seu ombro de brincadeira. Era ouvir o riso e compartilhar a pele. Era preparar o café da manhã vestida na camisa dele. Era dizer que as panquecas estavam boas, mesmo que estivessem intragáveis.


Era dar um beijo em sua testa e sair para lutar por eles. Era o acreditar na promessa da volta. Era contar o tempo olhando pela janela protegida por feitiços. Era conversar com um bebê de três meses, que só lhe fazia sorrir e agitar as mãozinhas gorduchas no ar. Era preparar um chá de camomila e esperar apenas mais vinte minutos.


Era contar o tempo em feitiços, acabar a luta e só pensar nela e no filho. Era voltar para casa, porque aquele era o único lugar em que queria estar, sempre. Era tomar o chá e comer biscoitos de chocolate à tardinha, tendo como único futuro garantido a metade do último biscoito.


Era contar historias reais fantásticas ao seu filho para ele dormir. Era cobri-lo com um cobertor e lhe dar um beijo de boa noite, seguido de um sussurro de a mamãe te ama. Era dar as mãos, seguindo em frente, apesar de tudo. Por tudo.


Era a conversa cheia de verdades e pausas e planos antes de dormir. Era dormir abraçado, só pelo prazer de se sentir segura.


Era não desistir. Era lutar até o fim por aqueles que se ama. Era enfrentar um raio verde com a certeza de partiria amado, perdoado, em paz. Era a certeza de que o raio verde tinha pouco significado frente ao motivo por recebê-lo.


Eles descobriram que amar era cada pequeno gesto, cada olhar e cada sorriso. Eles aprenderam que amar era olhar juntos na mesma direção. Eles aprenderam que não existe nenhum significado exato para o amor, mas que ele era feito a cada momento. Que cada um tem seu jeito e seu modo de amar, e que nenhum deles é errado.


Eles construíram seu significado aos poucos, nos risos e nas lágrimas do cotidiano. Eles morreram sem entender, porque amor não se entende. Eles morreram, mas o amor que construíram juntos perdurou.


Na eternidade.


.




N/A.: OOOOI =D


Outra JL, porque esse é um casal que eu gosto, mas nunca escrevo HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA


Para o V Drabble-A-Thon James/Lily, com o prompt Amar.


Comentários são como chocolate para os olhos.

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Comentários (1)

  • Nina Granger Potter

    Bom, não sei há exatamente quanto tempo essa fic foi postada, mas só a li agora. Nossa, foi uma das melhores que já li em todo meu tempo de Floreios e Borrões. Simples, bem escrita, mas emocionante e profunda na medida certa.Adorei! Parabéns!beijos 

    2013-10-15
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