Dolorosas Memórias... Parte 2



Capitulo Cinco
Dolorosas Memórias... Parte 2


XXX--XXX 


No capitulo anterior...
“(...) mas não foi por causa das portas que ouve os suspiros dos presentes.
E sim a Marca Negra, símbolo de Voldemort e seus Comensais da Morte, que pairava acima da casa”


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Todos já estavam com suas varinhas na mão. Lily tomou a frente da situação, e começou a passar pelo portão destruído da casa. Nunca tinha visto aquele olhar que tinha em seu rosto antes, era felino, mas pior que isso, ela tinha um mortífero no rosto, se alguém ainda estivesse naquela casa, ele certamente não sairia inteiro. Esse pensamento fez com que Dumbledore se arrepiasse, mas logo espantou isso de sua mente e voltou sua atenção para o que acontecia ao seu redor.


 


Atrás de Lily, vinha James (com uma expressão similar a Lily e que Sirius e Remo também compartilhavam), Sirius, Remo, Minerva e ele próprio.


 


Entraram cautelosos na casa, no entanto, seus instintos lhe diziam que não haviam mais nada a temer. Mas, no fundo de sua mente algo lhe dizia que nenhum deles sairia ileso daquele lugar.


 


Tirando as portas quebradas, a casa estava imaculada por dentro, estava limpa e arrumada, exceto por um par de brinquedos no chão da sala, onde mais cedo naquele mesmo dia, ele e Minerva haviam ficado brincando com Harry. Continuaram em frente, pelo pequeno corredor e começaram a subir para o segundo andar depois da escada havia mais um corredor com portas de ambos os lados, porém, a única que os interessava ficava no final do corredor a direita.


 


Por um momento todos pararam, lado a lado, no topo da escada. Certamente os outros haviam sentido o mesmo que ele. O ar ao redor deles parecia de alguma maneira, diferente, sentira o mesmo quando entrara na casa, e ficava cada vez mais forte a cada passo que davam em direção ao andar de cima, onde provavelmente encontrariam Harry.


 


Todos estavam mais alertas do que estavam antes, e era realmente surpreendente como era resistente o material de suas varinhas, porque se não fossem, elas certamente já teriam quebrado, tamanha a força em que eram empunhadas.


 


Lentamente seguiram em direção ao quarto de Harry, que era o único que estava com a porta aberta, dando para ver uma fraca luz que era emitida de lá de dentro.


 


Lily foi a primeira a entrar, já que havia praticamente corrido em direção a porta, sua entrada foi seguida por um grito horrendo. Por um milésimo de segundo  todos pararam, havia algo naquele grito que os tinha feito parar, talvez fosse a tristeza, ou a dor, ou o desespero, ou ainda, a completa agonia que aparecia sentir do mais profundo de seu der.


 


Todos se adiantaram, James entrou logo seguido de Sirius e Remo.
Ele havia parado na porta, assim como Minerva, ao verem tal cena a frente deles.


 


O quarto era de tamanho médio, as paredes eram de um tom azul claro, com vários pomos de ouro voando velozmente pelas paredes, a janela do quarto estava aberta, fazendo com que o vento mexessem as cortinas furiosamente. Os moveis do quarto eram apenas o guarda-roupa, um grande baú cheio de brinquedos e o berço.


 


O berço estava no canto oposto a janela, também de cor azul, acima dele deveria estar flutuando um hipogrifo de pelúcia, com o embalo de uma suave musica de ninar, no entanto, no lugar dele, a poucos centímetros antes de tocar o teto, flutuava uma mensagem em vermelho sangue.


 


Então fora dali que viera aquela “sensação” ruim. Uma mensagem feita com magia negra, que além de aumentar o sofrimento da vitima, deixava “gravado” como ela morrera.


 


Da porta ele e Minerva observavam o que acontecia dentro do quarto com um horror mal contido.


 


Sirius estava a poucos passos da porta, ajoelhado no chão com o rosto entre as mãos, entre lagrimas e soluços; Remo estava ajoelhado ao seu lado, com um braço ao redor de seus ombros, tentando conforta-lo e falhando miseravelmente, já que estava em um estado tão ruim quanto, seus olhos porém, não se desviavam de seus dois amigos, ainda de pé. James e Lily.


 


James e Lily, estavam ao lado do berço, James a tempos já deixara sua varinha cair no chão, sem mais forças para empunha-la, ele se segurava com a mão direita no berço para não cair, enquanto a mão esquerda estava na boca tentando sufocar os soluços que acompanhavam seu rosto banhado em lagrimas.


 


Lily parecia estar em transe, sua varinha ainda estava em sua mão, olhando fixamente para dentro do berço.


 


Estava sentindo uma dor que pensara nunca sentir novamente, um movimento ao seu lado chamou sua atenção. Minerva estava tremendo, se apoiava com uma mão no batente da porta, enquanto a outra tampava a boca, lagrimas caiam sem parar de seu rosto, seus olhos também não saiam do berço. Rapidamente a puxo para meus braços, a abraçando forte contra meu peito enquanto ela começava a soluçar, seus próprios olhos já estavam marejados.


 


Dentro do berço, estava Harry, com o pequeno corpo contorcido e com uma expressão de dor, seus olhos estavam fechados, e havia uma coloração azul em seu rosto. Em volta de seu pescoço havia uma cobra coral, vermelha e preta, já morta, mas mesmo assim a força que exercia no pescoço de Harry não era aliviada.


 


Lily pareceu sair de seu transe, ela apontou sua varinha para a cobra e a baniu, logo em seguida a deixou cair no chão. Se debruçou sobre o berço e pegou seu filho nos braços, por um momento, ela apenas o segurou firme, para em seguida, começar a chorar desesperadamente. James vendo o estado de sua esposa, se aproximou e abraçou a ela e a Harry.


 


Ao ver aquela cena, a barreira que construíra em torno de si, acabara de quebrar, toda a força, determinação, calma e serenidade que tentara manter desde que saíra de seu escritório simplesmente fora destroçada. Sentia dor, talvez não com a mesma intensidade como James, Lily, Sirius e Remo, mas chegava perto, perto demais, e sabia que Minerva sentia o mesmo que ele.


 


 Pela primeira vez, desde que sua irmã morrera, estava chorando sem reservas. Chorava por Sirius que tinha perdido seu afilhado, por Remo que perdera se “sobrinho”, por ele mesmo e Minerva que tinham perdido um “neto”, por James e Lily que perderam um filho, e chorava por toda dor e destruição que Voldemort causara e que ainda iria causar.


 


Uma hora depois de terem entrado no quarto, os aurores haviam chegado. Já havia conseguido recuperar grande parte da sua compostura, assim como Minerva, mas ela ainda estava com um aspecto que de longe se parecia com a severa Professora de Transfiguração Minerva McGonagall.


 


Os aurores entraram rapidamente na casa, e em alguns segundos estavam no segundo andar. Mas, pararam abruptamente ao verem que o clima definitivamente não era bom. Talvez fosse porque seu corpo estava criticamente tenso, talvez fosse porque a sempre severa e inabalável professora McGonagall que eles conheciam, estava com os olhos vermelhos e inchados e ligeiramente lacrimejantes. Obviamente, Minerva não estava mais em seus braços, pouquíssimas pessoas sabiam até onde realmente ia o relacionamento deles.


 


Com alguma dificuldade Minerva adentrou no quarto, se aproximou de dois dos alunos favoritos e convenceu Lily a soltar Harry, Minerva o pegou no colo, dando um pequeno suspiro, uma única lagrima escapou de seus olhos enquanto o colocava novamente no berço. Amparando Lily, com a ajuda de James, eles saíram do quarto em direção à sala. Remo ajudou Sirius a se levantar do chão e os seguiram logo em seguida.
Apenas havia sobrado ele na soleira da porta.


 


Os aurores entraram e começaram a averiguar o que havia acontecido.  Depois de terem tomado o seu depoimento sobre o ocorrido, ele ainda estava parado na porta olhando para aquele quarto sombrio, onde uma vez esteve impregnado de vida, alegria e felicidade, varias memorias começaram a passar por seus olhos , um nó estava se formando em sua garganta.


 


Os aurores pareciam estar terminando quando resolvera ir ver como estavam as coisa lá embaixo.


 


Estavam todos sentados na sala, ao redor da lareira. Lily chorava nos braços de James descontroladamente, ele a segurava firme, como se tivesse medo de que ela também fosse arrancada dele. Remo e Sirius estavam sentados em silencio , perdidos em seus próprios pensamentos, assim como Minerva.


 


Após alguns minutos saíra da casa, acompanhado pelos aurores que lavavam o corpo do pequeno Harry para a autópsia. Aparatou então, na casa dos Longbottom.
Por fora a casa estava igual a dos Potter, exceto pela porta da entrada que estava em cinzas. Por dentro, o primeiro andar estava destruído, havia vários aurores pela casa. Com uma olhada na sala, percebeu dois aurores abaixados e tomando nota, entre eles, a jovem babá que cuidava de Neville, jazia morta. Mais tarde receberia um relatório contando as inúmeras monstruosidades pela qual a moça evidentemente passara. Mais um filho tirado de seus pais.


 


Chegando ao segundo andar, as coisas não estavam melhores. No final do corredor, em um canto, Alice chorava desesperada nos braços do marido, Frank não fazia questão de esconder a sua dor, e chorava junto a esposa. Mais dois de seus amigos haviam perdido o filho, não era justo.
A paços largos entrou a terceira porta a direita, do corredor.


 


O lugar estava iluminado, os únicos que estavam ali eram Moody e Kingsley, eles o olharam e com um aceno de cabeça saíram do quarto sem uma palavra.


 


As janelas do quaro estavam abertas, o guarda-roupa e o baú de brinquedos, continuavam em seus lugar habitual.
Mas, no berço. Oh, novamente no berço. Pensava ele com uma profunda tristeza e amargura.


 


Chegando em frente ao berço, deixou com que um suspiro escapasse de seus lábios. Poderiam dizer que o pequeno Neville Longbottom estava dormindo , a não ser, pela adaga que transpassava seu peito. O lençol antes branco do berço, agora estava totalmente vermelho.


 


Aquilo não pareceu o suficiente, porque na parede atrás do berço os dizeres, Um presente para a minha querida prima traidora do sangue”, estava escrito com sangue, sangue do pequeno Neville Longbottom.
Poucos sabiam, e muitos haviam se esquecido, mas, Alice antes de se tornar a Sra. Longbottom, era Srta. Black. Apenas um tolo ou um idiota esperaria que Bellatrix Lestrange deixaria sua prima, traidora da família , de seu próprio sangue, membro ativo da Ordem da Fênix, auror, a alguns anos membro de umas das famílias mais antigas e respeitáveis do mundo bruxo, em paz.


 


Os próximos dias não foram bons, havia comparecido a dois funerais, os funerais de dois garotinhos inocentes, e de que gostava muito. Neville foi enterrado junto com seus ancestrais, e Harry foi enterrado no cemitério de Godric’s Hollow. Curiosamente no dia do enterro dos garotos o tempo parecia refletir os sentimentos sombrios que todos compartilhavam ao ver aqueles pequeninos caixões serem enterrados.


 


Ao observar nos dois enterros os dois pequenos caixões serem baixados, tentou por um minuto ignorar a dor e a ardência que sentia na garganta, e olhou para os parentes e conhecidos mais próximos, a dor que os pais daquelas crianças era a mais forte que tinha ali, podia apostar que se não fosse por seus maridos, Lily a Alice se jogariam naqueles buracos de terra e arrancariam seus filhos de lá. Mas, não importava o quanto o amor ou a dor fosse forte, nada poderia trazê-los de volta, nada acabaria com aquela dor, com sorte ela diminuiria com o tempo e ficaria apenas as boas memorias, com o tempo... Apenas com o tempo...


 


“Alvo!”


“Alvo!!”


“ALVO!”


 


Piscou, voltando a realidade. Estava novamente sentado em seu escritório tomando chá. Minerva continuava a sua frente, ela o estava chamando, com uma expressão preocupada. Estava secretamente aliviado por ela o ter tirado de suas lembranças sombrias.


 


“O que foi Alvo?”
Esboçou um pequeno sorriso, tentado tranquiliza-la.


 


“Esta tudo bem minha querida, apenas me perdi em pensamentos”.


 


Minerva parecia prestes a argumentar, mas a lareira irrompeu em chamas.
Era Poppy, ela parecia agitada.


 


“Alvo, Minerva! Vocês precisam vir ao meu escritório, achei uma coisa!”
Ele e Minerva se entreolharam e rapidamente entraram na lareira, aparecendo em seguida no escritório de Pomfrey.


 


Ela estava de pé em frente a sua escrivaninha, com a cabeça baixa olhando para o que segurava nas mãos.


 


“O que é Poppy?” Perguntou McGonagall. Pomfrey olhou pra eles um pouco alarmada.


 


“Eu acabei de encontrar isso” Respondeu ela. Lançando um rápido olhar para o que tinha nas mãos.
Dumbledore e McGonagall se aproximaram, até ficarem apenas a dois passos de Pomfrey, conseguindo ver a que ela se referia.


 


Em suas mãos havia uma caixa de tamanho médio de cor escura. Aquela pequena caixa era... Magnifica.


 


Não havia tampa ou abertura visível. Era de uma cor marrom escura, quase preta, por toda a caixa havia runas em baixo relevo, que era preenchido com finos fios de ouro, havia apenas um lugar que não tinha runas, na superfície, um pequeno espaço em branco que formava um circulo
perfeito. Dumbledore ergueu as mãos para tocar na caixa, McGonagall e Pomfrey não tiravam os olhos dela, era quase como se a caixa os atraísse, mas ao mesmo tempo os repelisse, deixando-os quase hipnotizados. Dumbledore estava quase tocando a caixa quando um alarme estridente soou no escritório, o transe em que estavam se extinguiu, eles piscaram por um momento e se entreolharam, Pomfrey colocou cuidadosamente a caixa na mesa e foram mais do que rapidamente para o quanto privado daqueles “visitantes” misteriosos.


Abriram e fecharam a porta abruptamente, e esperaram para ver qual dos dois estava acordando.
Um pequeno movimento os alertou. Os três prenderam a respiração.


 
Era hora de algumas respostas...


                                                       XXX--XXX 


ATENCÃO


Caso alguém ainda não tenha nota nessa fic o Dumbledore e a McGonagall estão juntos, não sei porque, mas sempre vi eles como um casal (mesmo que a Tia Jo tenha falado que o Dumbledore é gay).


 


Ninguém atacou ou prendeu o Sirius, porque viram que ele só estaria ali (ainda vivo) se ele não fosse o fiel do segredo, os aurores tomaram o depoimento de todos é claro.


 


Eu sei que eu demorei pra atualizar, e eu tinha dito que eu seria mais rápida, me desculpem, estou um pouco enrolada e não consegui seguir adiante. Não sei quando postarei o próximo cap, mas serei o mais rápida possível.


NO PROXIMO CAP teremos uma conversa bem interessante na minha opinião, então terei que ser cuidadosa, em como escreve-la. Acho que o cap não vai ser muito grande, mas nunca se sabe.


 


Estarei atualizando minha outra fic, Harry Potter e o Mundo Sem Nós, até o começo da semana que vem, é uma promessa.


 


[email protected]
Esse é o meu e-mail de contato, caso alguém queira falar comigo, ou comentar alguma coisa, dar dicas, criticar, qualquer coisa, se mandarem perguntas, irei responder ou pelo e-mail ou no final do próximo cap.


 


Muito obrigado pessoal, por lerem essa fic, e pela paciência. ADORO VOCÊS!!!!!


 


AGRADECIMENTOS...
Bruneca Granger Weasley (Brigada pelas dicas e aquelas correções kkkkkkk), Bruna.Jean.Granger.Hale.Cullen.Potter, Kika.Cerridween, Rosana Franco, PamyPotter, Melissa Hashimoto (Brigada por toooooodos os comentário e apelos, kkkkkkkkkkk)


 


Obrigada a todos vocês!!!!!!!!!!!!!!


 


Espero que gostem.
Deixem seus comentários.
Qualquer dúvida ou crítica é só falar.

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Comentários (9)

  • Cristin

    Leitora nova A história está íncrivel, não vejo a horade ler a continuação, espero que não demoremuito senão morro de curiosidade. 

    2012-09-11
  • alylyzinha

    Nossa comecei ler a fic agora e adorei !! espero que vc atualize logo!!!Não  vejo a hora de ver o Harry e a Mione acordados!!!bj 

    2012-07-10
  • PamyMalfoy

    Esse capítulo me arrepiou dos pés a cabeça. Meu Deus, você é boa para escrever cenas tristes assim, de verdade.  Eu acho esse mistério incrível e o fato do Tio Dumby e da Minerva juntos. E EU QUERO VER ESSA CONVERSA! OMG! Tá ótima a fic, sério, continua!

    2012-07-09
  • maria elisa

    adorando a fic , nao demora para atualizar  por favor 

    2012-07-09
  • maria elisa

    adorando a fic , nao demora para atualizar  por favor 

    2012-07-09
  • maria elisa

    adorando a fic , nao demora para atualizar  por favor 

    2012-07-09
  • maria elisa

    adorando a fic , nao demora para atualizar  por favor 

    2012-07-09
  • maria elisa

    adorando a fic , nao demora para atualizar  por favor 

    2012-07-09
  • Cristin

    Sua fic esta incrivel,quando vejo q vc atualizou, corro pra ler, e cada capitulo é mais empolgante e misterioso do q o outro.   Espero q ñ demore, para atualizar.

    2012-07-09
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