Capítulo XIV

James Potter

 

 

Imagine seis adolescentes sem experiência usando uma chave-de-portal e um cavalo-alado  saindo da Escócia para o Brasil. Dá pra ter noção de como a nossa aterrissagem foi sutil?

Assim que levantei dei a mão a Lily para ajudá-la a se levantar. Ela simplesmente me ignorou e se ergueu sozinha.

-Cai fora, Potter!- ela não é um doce?- Uau! Que mansão!- minha ruivinha expressou em palavras o que eu estava pensando. Só a parte do "Uau! Que mansão!", tá?

A casa da Lene era gigante, tinhas uns três andares, portas largas e altas de vidro, paredes brancas, as telhas eram beges e havia também um grande portão branco de alumínio que era a entrada para a garagem.

Em frente a porta da garagem estava um Troller T4 preto, um espetáculo. Na frente da casa havia uma grande piscina, as escadas que levavam a ela eram de mármore. E à beira da piscina havia uma mesa redonda com guarda-sol e quatro cadeiras, e ao lado três espreguiçaderas de madeira com estofado branco.

Atrás da casa podiamos ver uma praia com areias extremamente brancas e águas bem azuis. O lugar era cercado por uma floresta densa.

- Que casa, hein, Lene!?- falou a Dorcas.

A anfitriã sorriu sem graça.

- A gente deixa de bobagem e vamos entrar.

Ela nos guiou pelo caminho de pedras que levava até a porta da casa.

- Iih, peraí!- ela parou no meio do caminho.- Esqueci o Pégasus.

- Mãe desnaturada!- Almofadinhas a acusou. E nós rimos.

Ela foi até o cavalinho voador e soltou as rédeas. Em seguida levantou a varinha e fez alguns feitiços silenciosos.

- Não tem perigo dele fugir?- Aluado perguntou.

- Coloquei barreiras invisíveis no terreno.- ela piscou.- Bora entrar, povão!

A  sala era grande e arejada. A televisão de LED ocupava toda uma parede, de frente pra ela estavam dois sofás brancos e três poltronas da mesma cor. Um tapete de pele cobria o chão, daqueles que dá vontade de ficar descalço e dançar em cima deles, sabe?

Em um rack embaixo da TV, estavam um aparelho de DVD, home-theater, e video games de última geração (isso mesmo, no plural!). Conheço essas maravilhas trouxas, porque para tentar entender minha ruivinha comecei a fazer aula de Estudo dos Trouxas. Bom, continuo sem entendê-la, mas a professora é gostosa por isso continuo frequentando as aulas.

Do outro lado da sala havia um piano preto de cauda, de frente para a varanda.

 - Sua mãe toca piano, Lene? - Meu anjo de cabelos de fogo perguntou.

- Não, na verdade sou eu que toco.

- Você? Há! Duvido. Mais fácil o Dumbie ser gay.- Eu não pude acreditar que a Lene, aquela garota que mais parecia um moleque sabia tocar piano.

-Por incrível que pareça é verdade. É a única coisa que a Lene faz que presta. E a homossexualidade do Dumbie explicaria aquela boneca de pano.- O Almofadinhas pareceu refletir bastante sobre a última frase.

Foi ali que comecei a desconfiar da masculinidade do nosso querido diretor.

- Ah é, Sirius? E os meus brownies não prestam não?- Lene se fingiu de magoada.

- Tá, tá. Tocar piano e cozinhar, mas só isso que você faz de bom.

Um pop característico de aparatação interrompeu a discursão dos dois. Um elfo doméstico surgiu no meio da sala.

- Srta.Marlene!- o elfo deu um grande sorriso, que foi retribuído por Lene.

- Que saudades! Gente, essa aqui é a Suzie. Suzie, esses são Remus, James, Sirius, Dorcas e Lily.- ela nos apresentou indicando cada um enquanto falava. A elfa ia repetindo os nomes baixinhos, imagino que para decorá-los.

- Posso ajudar em alguma coisa, Srta. Marlene?

- Por enquanto não, Suzie. Obrigada.-Suzie assentiu e aparatou.- Vamos lá pra cima, vou mostrar o quarto a vocês.

 Nós subimos as escadas e quando chegamos ao corredor do segundo andar a Lene parou e se virou para a gente:

-Vamos deixar umas regras bem claras.

-Regras?- Sirius e eu perguntamos ao mesmo tempo.

-É.- Ela apontou pra mim e pra Lily.- Nada de brigas.- nós assentimos e ela se virou para a Dorcas.-  Nada de livros.- Dorcas ia retrucar, mas a Lene impediu.- Você não vai ler nessas férias.- a morena disse entre dentes.

- Isso ai, Lene! - a Lily concordou.

- Tá bom então,né?- a loirinha ainda parecia inconformada.

Por último a Lene se virou para o Almofadinhas.

- Nada de sair pelado do quarto.

O Almofadinhas gargalhou, Aluado, Lily, Dorcas e eu alternávamos os olhares entre  a Lene e ele. Finalmente a morena decidiu se explicar.

- No último verão antes do Sirius sair de casa- o cachorro a interrompeu.

- Antes do Sirius ir pra casa.

Lene e Aluado sorriram, a Lily e a Dorcas fizeram um coro de "oowwn" e eu apertei a bochecha do Almofadinhas e disse:

- Como ele é lindinho gente!- ele piscou os olhos diversas vezes  pra mim finginfo flertar.

- Passa no meu quarto mais tarde.- ele me jogou um beijo.Os outros riam.

- Continua sua história, Lene.- a Dorcas pediu.

- Então o imbecil aqui - ela apontou pro Almofadinhas- pediu que eu fosse pra casa dele porque a família toda tinha saído e ele  tava com medo de ficar sozinho- ele a interrompeu de novo.

- Eu não estava com medo, estava com fome e eu não sei cozinhar.- Ela continuo como se ele não tivesse dito nada.

- Eu fui pra lá e fiquei esperando na sala. Ele tinha ido tomar banho  e não me ouviu chegar. O idiota tinha esquecido a toalha. Bom, pra resumir, ele foi buscar a toalha na lavanderia passou pela sala e eu tive o desprazer de ver a bunda albina do Sirius.

Nós riamos e o Almofadinhas com o tom magoado falou:

- Minha bunda não é albina. Ela é linda.

Ele agarrou a dita cuja e a gente gargalhou.

-Albina - Lene acusou.

- Linda - ele rebateu.

- Albina.

- Linda.

- Albina, albina, albina...- ela cantalorou.

- Só tem um jeito da gente acabar com isso.- Ele se virou de costas e abaixou as calças.- E então, albina ou linda?

- Humm...- Dorcas refletiu.- Albina.- ela deu seu veredicto.

- Mas até que é bonitinha - a Lily falou rindo.

- A minha é muito mais, tá, ruivinha? - eu disse com a voz enciumada.

Ela apenas revirou os olhos.

- Almofadinhas, faz o favor de subir as calças? E vamos parar de falar da sua bunda na frente da minha namorada?- o Aluado pediu.

A Dorcas o beijou e apertou a bunda dele.

- Prefiro a sua, meu amor- ela falou depois que eles se separaram.

O Almofadinhas bufou e fez aquela cara de quem acaba de perceber algum absurdo.

- Por que o Aluado não tem nenhuma regra?

- Porque eu sou perfeito.- o lobinho deu o seu melhor sorriso à la Black.

- Primeiro: essa frase é minha! E segundo: perfeita é a minha bunda! - depois que o Almofadinhas disse isso todo mundo gargalhou.

A Lene indicou os quartos de cada um  e nós fomos nos arrumar para sair pra jantar.

 O quarto era na verdade uma suíte e parecia pertencer a um hotel de luxo. Coloquei as minhas coisas no armário, tomei um banho e depois de pronto desci.

Quando cheguei lá embaixo o Almofadinhas e o Aluado viam TV sentados no sofá, me juntei a eles e ficamos esperando as garotas.

A Dorcas foi a primeira a descer e se sentou do lado do lobinho. Um tempinho depois a minha ruivinha desceu ainda mais linda que o norma, se é que isso é possível. Ela se sentou em uma das poltronas e ficamos esperando a Lene.

Uns quinze minutos se passaram até que ela chegasse e quando ela desceu as escadas nós cinco começamos a cantar "Aleluia". Ela fez careta pra gente e nos guiou até o carro.

 - Lene, somos seis e só cabem cinco no carro.- a Dorcas constatou. Depois dizem que as loiras são burras.

- O Sirius não vai com a gente.- a Lene informou.

- Não? - o Almofadinhas parecia confuso.

- Não nesse carro - ela jogou pra ele uma chave e com um controle abriu o portão da garagem.

Lá dentro estava uma moto Harley Davidson preta. A moto que o Almofadinhas sempre sonhou.

- Você tá brincando, né?- ele perguntou com os olhos brilhando.

- Não, estou não.- ela sorriu - Anda logo, porque estou com fome.

O cachorro agora motorizado foi até a garagem com um sorriso de orelha a orelha. A Lene foi pro banco do motorista, eu fui pro do carona e a Lily, Dorcas e o Aluado para o banco de trás.

A casa dos McKinnons era bem, afastada da cidade por isso demoramos um pouco para chegar no centro.

As margens do Canal havia uma feirinha.l Na hora que viramDorcas e Lily surtaram com a possibilidade de fazer compras.

- Estão com fome? - A Lene inquiriu depois que havíamos soltado do carro e Sirius da moto.

- Pra caralho!- eu admiti.

- Que bom, porque vocês vão ter a honra de provar o melhor cachorro-quente do mundo!

 A Dorcas  nunca tinha ouvido falar de cachorro-quente e pela cara que ela tenho a impressão de que ela se imginou comendo poodles.

Fomo até uma das barraquinhas e pedimos seis cachorro-quentes e seis coca-colas. Colocamos tudo o que tinha direito em cima do sanduíche: Catchup, maionese, mostarda, milho, ervilha, queijo, ovo de codorna, uva passa e tudo mais que a carrocinha de comida disponibilizava. Nos sentamos em um dos bancos da rua para comer  e conversar, principalmente comer.

Foi a primeira vez que tomei refrigerante na vida e foi uma sensação tão prazerosa quanto dormir com a Siena da Lufa-Lufa, a garota que é considerada por muitos a mais gostosa de Hogwarts. Na minha opinião a mais linda, gosotsa, maravilhosa e perfeita é a minha Lily.

Enquanto comiamos um trenzinho colorido parou na rua. Uma música alta e infantil saia dos alto-falantes dele e alguns de seus passageiros era alguns dos mais famosos personagens da Disney (os quais conheci graças as aulas de Estudo dos Trouxas).

- O que é aquilo?- O meu lírio quis saber.

- Aquilo é simplesmente uma das partes mais importantes da minha infância!- Os olhos da Lene brilhavam enquanto ela falava.- Bora andar no trenzinho do Mickey,  povão!

A gente subiu no veículo colorido, no primeiro banco se sentaram Lene e Sirius, no segundo Dorcas e Remus e no terceiro, para minha felicidade e desespero da ruivinha, ficamos eu e a Lily.

Durante todo o passeio rimos com as palhaçadas do Mickey e da Minie e interagimos com eles. Demos uma volta de trenzinho pelo centro da cidade e depois voltamos para onde havíamos deixado o carro.

Durante o caminho para casa Lene e Sirius apostavam corrida, mas eu estava sonolento demais para ver quem ganhou. Quando chegamos cada um foi para o seu quarto e combinamos de acordar cedo para ir a praia no dia seguinte.

 

 

 

 

N/A: Preciso confessar que esse é um dos capítulos que menos gostei, mas eu não queria demorar mais para postar. Prometo recompensar vocês no próximo. E me perdoem pela demora na atualização. Primeiro a critividade me abandonou completamente e depois os meus quatro melhores amigos (os meus marotos da vida real) vieram passar uma semana aqui em casa. Muitas das coisas que eu escrevi nessa fic foi baseada nos quatro.

Miiih McKinnon: Me perdoa pela  demora? Prometo postar o próximo mais rápido.

Adorei o "Sirius + Brasil = Vai dar merda!!!"kkkkkkkk 

Comecei a ler as suas fic e só consegui para depois que já tinha lido todas. Virei sua fã número 1! Amei todas as histórias que vocês ecreveu, mas a minha favorita é "5 coisas que eu odeio em Sirius Black" e a continuação dela também está maravilhosa.

Obrigada pelos seus comentários eles me incentivam a continuar escrevendo. Prometo que o próximo capítulo vem mais rápido e melhor que esse aí.

Beeeijos

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