Capítulo único



 


O corredor estava silencioso. Silencioso demais, perante os acontecimentos. Remo Lupin e Kingsley Shakebolt, cada um de um lado do corredor, mantinham os ouvidos apurados. Ao longe podiam ouvir as batalhas acontecendo. Pelas janelas viam feitiços iluminando o pátio totalmente destruído pelos gigantes que pisoteavam tudo. Contudo, naquele andar... Nenhum som além do das respirações dos combatentes à espera de ação.

Remo já estava a ponto de largar seu posto e descer para ajudar no combate que acontecia na parte inferior do castelo, odiava sentir-se inútil ali, sem saber o que estava acontecendo.

Passos, de repente, ecoaram nas paredes de pedra. Todos prenderam a respiração com a aproximação do som urgente. As cabeças virando-se para as entradas do corredor, varinhas em punho, feitiços na ponta da língua

E um novo som ecoou em seus ouvidos. A voz feminina e urgente:

-- Remo! 

-- NÃO! – ele deteve o combatente mais próximo, que apontara a varinha para onde, segundos depois, Ninphadora apareceu. Ela jogou-se ao encontro do marido, segurando seu rosto entre as mãos. – Você não deveria ter vindo. É Teddy quem precisa de você.

-- Ele irá dormir até o amanhecer, e estará roncando como o pai – ela sorriu para ele, abraçando-o forte – É você quem precisa de mim esta noite.

Ele a puxou para mais distante dos combatentes, segurando sua mão.

-- Dora volte para casa, por favor. – ele suplicou – Teddy...

-- Shhh... – ela colocou o dedo indicador sobre o lábio dele – Eu estarei onde você estiver Remo. Não há nada que possa fazer quanto a isso, e já deveria estar mais que acostumado.

Ele não teve o que responder. Nunca a vira tão determinada antes. Ela não voltaria para casa, por melhores que fossem seus argumentos.

O corredor estava silencioso. Silencioso demais, perante os acontecimentos. Remo Lupin e Kingsley Shakebolt, cada um de um lado do corredor, mantinham os ouvidos apurados. Ao longe podiam ouvir as batalhas acontecendo. Pelas janelas viam feitiços iluminando o pátio totalmente destruído pelos gigantes que pisoteavam tudo. Contudo, naquele andar... Nenhum som além do das respirações dos combatentes à espera de ação.

Remo já estava a ponto de largar seu posto e descer para ajudar no combate que acontecia na parte inferior do castelo, odiava sentir-se inútil ali, sem saber o que estava acontecendo.

Passos, de repente, ecoaram nas paredes de pedra. Todos prenderam a respiração com a aproximação do som urgente. As cabeças virando-se para as entradas do corredor, varinhas em punho, feitiços na ponta da língua

E um novo som ecoou em seus ouvidos. A voz feminina e urgente:

-- Remo! 

-- NÃO! – ele deteve o combatente mais próximo, que apontara a varinha para onde, segundos depois, Ninphadora apareceu. Ela jogou-se ao encontro do marido, segurando seu rosto entre as mãos. – Você não deveria ter vindo. É Teddy quem precisa de você.

-- Ele irá dormir até o amanhecer, e estará roncando como o pai – ela sorriu para ele, abraçando-o forte – É você quem precisa de mim esta noite.

Ele a puxou para mais distante dos combatentes, segurando sua mão.

-- Dora volte para casa, por favor. – ele suplicou – Teddy...

-- Shhh... – ela colocou o dedo indicador sobre o lábio dele – Eu estarei onde você estiver Remo. Não há nada que possa fazer quanto a isso, e já deveria estar mais que acostumado.

Ele não teve o que responder. Nunca a vira tão determinada antes. Ela não voltaria para casa, por melhores que fossem seus argumentos.
 -- Eu estarei com você. – disse ela, em um sussurro.

-- Sempre. – completou ele.

-- Eu prometo.

Ele encostou seus lábios, e depois beijou sua testa, abraçando-a forte.

E uma explosão fez o chão tremer e parede de pedra cedeu, formando uma muralha entre os dois e dois comensais que se aproximavam.

Lupin reconheceu a voz de Kingsley dando instruções a seus combatentes, ouviu o som dos feitiços sendo proferidos e atingindo seus alvos. E então, os dois comensais chegaram perto o bastante para que pudessem reconhecê-los. Dolohov e Runcorn não usavam mais a roupa preta de comensais, mas roupas normais, como dois trouxas executivos. Eles avançaram com a varinha em punho, mas Tonks fora mais rápida e derrubou Runcorn com um feitiço. Dolohov olhou de esguelha para o colega caído e sorriu amarelo para o casal, mandando um feitiço em direção à mulher. Lupin defendeu esse, enquanto ela movia a varinha novamente, jogando um novo feitiço.

Eles podiam ter a vantagem do número, mas Dolohov era suficientemente eficiente para dar conta dos dois. O casal dançava no mesmo lugar, lançando feitiços e esquivando-se de outros. Um flash vermelho foi lançado por cima da cabeça de Tonks, atingindo a parede de pedra atrás deles, abrindo espaço para onde Kingsley e alguns estudantes duelavam com os demais comensais.

Oi dois passaram pelo buraco lançando maldições, conseguindo atrasar o outro. Olharam ao redor: alguns estudantes estavam caídos, mas pareciam bem, ao menos vivos, assim como outros comensais. Kingsley estava no centro do corredor duelando com dois comensais. Dentre eles, Bellatrix.

Seus olhos brilharam ao ver a prima entrar em seu campo de visão. Ela sorriu enquanto mandava fagulhas azuis para cima de Kingsley. Tonks correu em direção a eles, os olhos fixos na mulher. A varinha lançando maldições em todas as direções.

E então, antes que qualquer feitiço pudesse atingi-la, Bellatrix gargalhou, seus olhos voltando-se totalmente na direção de Tonks, a varinha apontando displicentemente na mesma direção.

-- DORA! – Remo derrubou outro comensal, e seus olhos arregalaram-se quando viu o olhar ameaçador que Bellatrix a lançava. Mas antes que ele pudesse correr ao socorro da mulher, antes que Kingsley pudesse desarmar o comensal a sua frente para tentar socorrer a colega, antes que qualquer um pudesse notar a sutileza de seus movimentos, ela girou nos calcanhares e disparou a luz verde de sua varinha.

O grito ficou preso em sua garganta quando o feitiço passou a centímetros de distancia e atingiu a parede atrás do homem. Ele, por extinto, jogou-se para o lado, e lançou uma nova maldição contra a comensal. Mas ela a rebateu com facilidade, no mesmo minuto em que lançava um feitiço contra a mulher, lançando-a para trás.

Ele se levantou a tempo de ver Dolohov irromper em direção à Tonks. Lançou-se contra o homem, derrubando-o no chão e apontou a varinha para seu peito.

A gargalhada fria e cruel ecoou pelo corredor. Ele não pode controlar o impulso de olhar para onde Tonks estava caída, mas ela não estava mais lá. Estava de pé, duelando com Bellatrix. O segundo de distração foi suficiente para que o comensal agisse.

-- AVADA KEDAVRA.

Fez-se silêncio no local. Nem mesmo Bellatrix gargalhava. O silêncio durou apenas um segundo, sendo cortado por um grito desesperado.
 -- NÃO! REMO! – Ela não conseguiu sair do lugar – REMO!

Mas ele não a escutaria mais. Seu corpo enrijecido jazia no chão, aos pés de Dolohov, que em poucos segundos já estava fora dali.

Bellatrix voltara a rir, agora zombando da prima.

-- Remo... Oh Remo... – disse a comensal, imitando a mulher.

Sem aviso a mais nova lança um feitiço contra ela, mas a mulher defende, o sorriso sumindo de seus lábios. Mais um feitiço, mais uma defesa.

-- Você quer me matar priminha? – disse, em meio a um sorriso inseguro.

Alguns comensais aproximaram-se delas, mas Bellatrix gritou

-- ELA É MINHA! Saiam! Saiam!

Tonks continuou a investir. Feitiço atrás de feitiço, maldição atrás de maldição. As lágrimas tornando sua visão turva, a raiva consumindo todo o seu ser, a dor queimando em seu peito como fogo latente. O duelo desenvolvia-se como um show a parte. Pelo canto do olho, Tonks notou alguns estudantes duelando contra comensais. Kingsley não parecia mais estar em seu campo de visão. Mas seus olhos estavam cegos para qualquer coisa que não fosse relativo ao ódio pela perda de Remo.

Ela investiu, dessa vez ainda mais concentrada, contra Bellatrix, que agora não ria mais. Seus cabelos assumiram o tom de fogo e a maldição voou em direção à comensal, que a desviou com um floreio da varinha e encheu os pulmões de ar, soltando um grito estridente e maligno. 

-- E você vai se juntar ao seu maridinho mestiço. HAHAHAHA – ela floreou um novo feitiço, defendido por Tonks – Aquele lobo imundo, pelo qual você trocou a honra de sua família. – elas andavam pelo corredor largo numa espécie de dança caótica.

-- Não fale dele. – respondeu entre dentes

-- Se não bastasse sujar o nome de nossa família ainda teve um... Um filho com ele. – ela deu sua risada infantil – e eu irei pessoalmente atrás do bastardozinho, e o matarei. 

-- Não. Se atreva. A tocar. No Teddy. – cada palavra era pontuada por um feitiço, e cada feitiço era desviado pela comensal.

-- Teddy? Ah que meigo! – ela assumiu sua voz infantil – O mestiçozinho nojento tem o nome do trouxa imundo do papai Teddy? Darei tratamento especial a ele.

Ela soltou outra de sua gargalhada estridente. Tonks gritou de ódio. Um clarão verde irrompeu pelo recinto, iluminando tudo.

A auror jazia no chão, próxima ao marido. O cabelo vermelho desbotando aos poucos, suas lágrimas de amor e ódio ainda escorriam pela face lívida e estática.

Assim como prometido, eles estavam juntos. Para toda a eternidade.







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Obrigada por lerem ;* 


 


 

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