A 59ª Convenção Bruxa



Todos os Conselheiros, Greg Raiker e Harry foram chamados para uma reunião na sala de Kingsley.


–        Estamos tendo problemas. – disse o Ministro irritado. – Recebi corujas dos secretários pessoais de alguns bruxos dizendo que não querem ficar no Caldeirão Furado.


–        Preferem casas de amigos. – explicou Raiker.


–        Qual o problema? Menos despesas para o Ministério. – perguntou um dos Conselheiros. Jerome Remigio um dos mais velhos e, segundo Patrick contara a Harry, o mais chato; sempre querendo cantar o hino do Ministério no encerramento das reuniões.


–        Essas pessoas estão aqui para a convenção e não para visitas sociais. – respondeu Kingsley. – Estão sob nossa responsabilidade! Patrick! Você e Deanna cuidem disso para mim. Convença-os que para sua própria segurança devem ficar no Caldeirão Furado. Já está tudo arranjado.


–        Certo senhor. – disse Patrick sorrindo para a Conselheira.


Greg Raiker, noivo da Conselheira fechou a cara, mas nada pode fazer. Harry gostou da ordem; talvez Patrick o deixasse ir junto.


–        Essa convenção será um sucesso Kingsley! – disse o Conselheiro Doyle Bertel. Um homem grandalhão que usava roupas feitas de pele de iaque. O cheiro não era nada agradável e os outros Conselheiros e Harry mantinham certa distância.


–        A força e a influência do nosso Ministério serão reconhecidas por todos esses estrangeiros! – disse o Conselheiro Jerome Remigio.


–        Eu espero que nossas posições sejam levadas em consideração. Temos a melhor das intenções. – respondeu Kingsley. – Amanhã nossos convidados chegarão pela Chave do Portal às duas da tarde. Estejam todos prontos!


Todos foram em direção a porta; Kingsley chamou por Harry.


–        Imagino que já saiba da morte do marido da Sra. Twitch.


–        Eu soube. O Senhor e a Sra. Weasley vão ao funeral.


–        Eu também pretendo ir. Gostaria que você nos acompanhasse Harry.


Há muito tempo Harry queria conhecer Ferdinanda Twitch, mas não em um funeral. No momento preferia acompanhar Patrick que passaria à tarde na companhia da Conselheira Deanna Troy.


–        O marido da Sra. Twitch será sepultado num cemitério trouxa. Será mais conveniente chegarmos lá de maneira trouxa. Você pode nos levar de carro?


–        Certamente.


–        Ótimo. Obrigado.


–        Você está preocupado com a segurança desses bruxos. Acha que pode acontecer alguma coisa?


–        Vamos receber pessoas importantes Harry e questões importantes serão levantadas. Não se pode agradar a todos. A questão dos elfos, do ouro nas mãos de um duende como Bunko...


–        Pensamos que era só nos livrar de Voldemort, não? – comentou Harry com um leve sorriso.


–        Com ele fora do caminho as coisas já são mais fáceis. – disse o Kingsley apertando o ombro de Harry.


–        Desculpe por insistir no assunto de Solomon Bluter.


–        Sei que está zangado; eu também odeio aquele verme.


–        Acredita que ele tem contatos dentro do Ministério?


–        Sim...


–        Estive no pub; muitos bruxos de nome o freqüentam!


–        Harry quando conheceu o mundo da magia você teve a sorte de fazer amizades com boas pessoas.


–        Os Weasley.


–        Exato. Apesar de sua condição financeira não ser das melhores a família de Arthur sempre foi decente. Em todas as sociedades existem pessoas que... não são.


–        Eu achava que bastava um bruxo não se envolver com Artes das Trevas para ser uma boa pessoa, mas me enganei. – disse Harry pensativo.


No cemitério de Kensington aquela tarde Harry, o casal Weasley e Hermione encontraram com a diretora de Hogwarts Minerva McGonagall muito abatida; ela contou sobre sua longa amizade com Ferdinanda Twitch. Andrômeda Tonks que, desde o fim da guerra e da perda da filha e do genro, passou a morar no campo com o neto Teddy também estava presente.


–        Ferdinanda ajudou muito meu marido. – disse ela a Harry. – Não podia deixar de vir.


Enquanto um padre dizia algumas palavras Harry prestou atenção na figura de Ferdinanda Twitch; puxou pela memória o dia que esbarrou com ela numa mercearia e o tio o levou aos berros para o carro. A conversa que ela teve com a tia Petúnia insistindo para que o levassem para uma visita ao oculista. A filha ao lado devia se parecer com o pai; era baixa de cabelos castanhos claros bem curtos e também vestia luto. A Sra. Weasley começou a falar sobre a convenção com Hermione.


–        Ferdinanda confirmou que estará no jantar de abertura. É uma mulher incrível...


Harry se desligou da conversa; o Sr. Weasley, que estava bem ao seu lado, tinha sumido. Harry o localizou atrás do grupo de familiares e amigos do Sr. Twitch conversando com um homem. Logo se separaram e o Sr. Weasley entrou na fila para os cumprimentos a Sra. Twitch.


–        Sinto muito nos reencontrarmos nessas circunstâncias. – disse Harry quando chegou a sua vez.


–        Eu sabia que você iria superar aqueles trouxas.


Harry sentiu uma imensa gratidão; cumprimentou a filha e se afastou com Hermione. Encontraram o casal Weasley, Kingsley e McGonagall ao lado do carro do Ministério. O Sr. Weasley insistiu para sentar ao lado de Harry para vê-lo dirigir sem magia. No meio do caminho Harry o deixou pegar o volante. Não foi uma idéia muito boa...


 


Patrick entrou no apartamento de três cômodos que ocupava sobre uma loja de ingredientes para poções no Beco Diagonal. A decoração da sala se resumia a uma estante com livros e escrivaninha.


–        Um Conselheiro devia morar num lugar melhor. – disse Solomon Bluter atrás dele.


Patrick se virou e apontou a varinha para ele.


–        Como entrou aqui?


–        Pela porta. O prédio é meu, esqueceu?


–        Achei que estava fora.


–        Deveria estar, mas graças a você matar meu assistente tive que ficar para escolher outro. Tarefa difícil meu amigo.


–        O que está fazendo? Entrevistando vigaristas?


–        Isso é problema meu caro Conselheiro Rent. Vamos falar dos seus problemas.


Como Patrick previra Solomon o viu no Profeta Diário; trouxe até o jornal e o atirou em Patrick.


–        Explique-se.


–        Faz parte de um plano...


–        O jovem Malfoy mencionou sua queda pela moça dos elfos. Séculos e séculos de conhecimento e jovens ainda perdem a cabeça por causa de uma bruxa bonita. Graças a sua amiguinha meu lucro com os elfos caiu pela metade.


–        Essa multa para famílias que comprarem elfos foi um das poucas leis que não passou pelo Conselho, se passasse a maioria votaria a favor. Hermione é muito popular.


–        Bobagem! Tem uma figurinha com a cara dela num doce.


–        Você ainda tem extorsão, contrabando, jogo e aquelas Veelas. Não vai morrer de fome Solomon. Pode aumentar o preço da sua taxa de proteção.


–        Resolvi de outra maneira Patrick; vou tirar a diferença da sua parte. Você realmente não esperava que sua nova carreira fosse só flores não é?


Patrick tornou a apontar a varinha para Solomon.


–        Eu podia...


–        Me matar aqui mesmo, eu sei. Você acha mesmo que viria visitá-lo sem cobertura? Encoste em mim e...


–        Você acha que é fácil me matar? Sabe quantos já tentaram?


–        Se algo acontecer comigo Patrick sua entrega de ingredientes proibidos será suspensa e você perderá esse belo rostinho imberbe que tanto agrada as mulheres. Já imaginou se olhar no espelho toda manha com aquela aparência repugnante que seu pai lhe deu?


Patrick abaixou a varinha e respirou fundo.


–        Estou pensando num jeito de levar os bruxos que vieram para convenção até o pub sem que a vigia do Ministério descubra.


–        Ah! Esse é o Patrick que eu conheço!


Solomon entregou o jornal com a foto de Patrick ao lado de Hermione, Rony e Harry. Era uma boa foto pensou Patrick.


–        Vocês até que formariam um casal bonito. Pena a moça dos elfos ter se metido no meu caminho.


 


–        Se você a matar só fará a causa ficar mais forte.


–        Você tem alguma idéia para impedi-la?


Patrick sorriu.


–        Quando Rony Weasley morrer ela não vai conseguir pensar em mais nada disso.


 


Na Toca a Sra. Weasley pela décima vez chamava o marido para jantar. O Sr. Weasley estava na garagem revirando papéis. Impaciente resolveu buscá-lo pessoalmente.


–        Desde que chegamos você não sai daqui. Nunca ficou agitado desse jeito depois de encontrar Waxflatter.


–        Ele estava na Índia e leu o nome do marido de Ferdinanda no obituário de um jornal e quis vê-la. Estive remexendo nos meus arquivos e devo ter enviado mais coisas do que devia para Harry quando ele me pediu minhas listas de batidas. Perguntei a Gina e ela me disse que ficaram com Hermione.


–        Com Hermione? Ah, Arthur!


–        Que gritaria é essa? Jorge e Percy estão brigando de novo?


O casal entrou na cozinha onde Percy e Jorge se encaravam com raiva; Gina tentava acalmá-los.


–        O que foi dessa vez? – perguntou a Sra. Weasley.


–        Percy está se metendo no que não lhe diz respeito pra variar.


–        Você não andou atrás dela pra pregar uma peça não foi? Ela lançou uma maldição em si mesma!


–        Claro que não! Não tenho nada a ver com isso! Mas gostaria de apertar a mão de quem fez isso!


–        Não diga isso filho. – disse a Sra. Weasley.


–        Seria um prazer! Fred também acharia isso!


–        Parem com isso já! Sentem-se os dois! – mandou o Sr. Weasley.


–        Perdi a fome. – disse Jorge saindo da cozinha.


–        Jorge não faria isso. – disse Gina a Percy.


–        Ele não perderia a chance de pregar uma peça em algum desafeto. Acredite em mim Gina! Ele vive disso!


–        Também não acredito nisso. – disse a Sra. Weasley séria.


–        Jorge ainda não cresceu mamãe.


–        Ele trabalha duro naquela loja com Rony.


–        Pode ser, mas Dolores Umbridge está completamente fora de si e precisou ser amarrada para conseguirem levá-la ao St. Mungus.


–        Não acuse seu irmão de uma coisa tão seria ainda mais sem ter provas! Está entendendo Percy? – disse o Sr. Weasley nervoso.


–        Escute seu pai. Não quero mais discussões entre vocês! Vocês são seis agora... só seis... – disse a Sra. Weasley baixando a voz.


–        Então, na mesa de quem vamos sentar nesse jantar de abertura da convenção? – perguntou o Sr. Weasley.


–        Pai... – murmurou Gina olhando a mãe com os olhos cheios de lágrimas.


–        Espero que longe daquele Conselheiro que fede a iaque... – continuou o Sr. Weasley começando a se servir.


 


Às duas horas o Ministro da Magia, todos os Conselheiros e funcionário de varias áreas do Ministério incluindo Harry olhavam fixamente para um tinteiro velho. Um clarão tomou conta da sala e todos cobriram os olhos. Harry sentiu a mesma excitação de quando aguardava as delegações de Beauxbatons e Durmstrang em Hogwarts; estava prestes a conhecer bruxos importantes no mundo da magia. Conforme iam surgindo os bruxos apertavam a mão do Ministro e paravam ao seu lado. Harry passara a noite repassando a biografia de cada um com Hermione. E logo os que achava mais interessantes chegaram.


Lena Kessler. A responsável por escrever mais de cem livros sobre Artes das Trevas, inclusive sobre Horcruxes. A bruxa chegou sozinha; deu um sorriso formal ao Ministro e conjurou uma cadeira com um longo encosto com suas iniciais gravadas.


O bruxo seguinte Samuel Corso passou anos em Azkaban por desacato a pessoas importantes do Ministério; era um expert em leis da magia e em muitos de seus livros passou a defender penas diferenciadas para crimes cometidos por não bruxos. Mesmo afastado Harry pode sentir um forte cheiro de tabaco. Usava barba e óculos grossos e era bem magro; estava acompanhado de uma garota loira razoavelmente bonita; diferente dos outros assistentes usava roupas mais formais e até mais próximas do estilo trouxa.


Um bruxo especialista em feitiços chamado Ederleth era o mais estranho pensou Harry. Parecia que lutava para manter os olhos abertos, era magro demais para o tipo de vestes que usava. Cumprimentou Kingsley muito rápido; parecia não gostar de contato, pois ignorou outros convidados que lhe estendiam a mão.


Por último Duke Duralumínio um homem baixo, gordo e com cabelo só nas laterais da cabeça. As grossas sobrancelhas lhe davam um ar tão engraçado quanto sinistro. Estava acompanhado do filho que provavelmente devia ter no máximo dezoitos anos. Nenhum dos dois deu sequer um sorriso para as pessoas em volta. A presença de Duralumínio se devia a ele ser dono de uma grande propriedade onde séculos atrás encontraram ouro. Segundo o que Harry tinha lido Duke Duralumínio passou a cunhar seu próprio ouro e a ser uma espécie de banco. Era mais rápido e mais fácil trocar qualquer tipo de moeda bruxa ou trouxa pelo ouro dos Duralumínio. O resultado disso era que muitas moedas com o brasão da família começavam a circular no Beco Diagonal desvalorizando os galeões de Gringotes e criando um impasse com Bunko, o líder dos duendes que presidia o banco. Kingsley tentaria um acordo com os dois.


Depois de um breve discurso de boas vindas Kingsley informou que os Revistadores do Ministério acompanhariam os bruxos até as suas acomodações e que na noite seguinte um jantar de gala junto à ex-membros ilustres do Ministério e personalidades, abriria oficialmente a maior convenção bruxa da história.


Harry contou a Hermione e Rony todos os detalhes da chegada dos bruxos para convenção.


–        Gostaria muito de conversar com a Lena Kessler! – disse Hermione entusiasmada. – É a única grande estudiosa das Artes das Trevas ainda viva! Ela documentou mais feitiços proibidos e pesquisou mais bruxos das Trevas do que qualquer outro bruxo.


–        Ela conheceu Voldemort logo após ele sair de Hogwarts. Kingsley me contou. Ele era ainda era o jovem Tom Rede.


–        O que achou de Ederleth?


–        Estranho. O cara parece que tem nojo de tudo.


–        Ele estudou e descreveu a execução de feitiços e encantamentos muito raros. A obra dele serve de base para acadêmicos como Flitwick.


–        Serio? – disse Rony abrindo a pagina sobre quadribol do Profeta Diário. – Que interessante!


 


Harry não conseguiu segurar o riso. Hermione ignorou e continuou falando muito rápido.


–        E Samuel Corso! Sabia que ele é a favor de uma profunda reformulação nas leis bruxas? É um homem brilhante. Essa convenção vai reunir as maiores autoridades em vários assuntos e lideres de vários movimentos; é o primeiro passo para uma mudança na estrutura na sociedade! Os próximos dias entrarão pra historia.


–        Certo, mas não precisavam ter cancelado a rodada da semana. Logo que o Chudley Cannons estava ganhando confiança com os últimos resultados.


–        Eles perderam todas as partidas. – disse Harry.


–        É, mas cada vez por menos!


Rony e Hermione dividiram o Profeta Diário em dezenas de folhas em cima da mesa. Harry tomou mais uma xícara de chá pensando que um monte de bruxos especialistas no que fosse discutindo seus próprios interesses pouco ajudaria a tirar Solomon Bluter de circulação.


Uma multidão agitada de curiosos cercava o salão escolhido para o jantar de abertura da convenção no Beco Diagonal.


–        Não foi uma boa idéia realizar esse jantar aqui Ministro. – disse Greg Raiker.


–        Não podíamos nos esconder! – respondeu Kingsley nervoso.


–        Manterei os Revistadores atentos.


–        Por que não podemos entrar? – gritou um homem. – Nós que bancamos todo luxo desse Ministério.


–        Se elfos tem direito por que não nós?!


–        Raiker avise todos os convidados para aparatarem dentro do salão.


–        Impossível avisar a todos em cima da hora! Muitos já estão a caminho!


–        Dê um jeito Raiker!


A chegada das primeiras pessoas foi acompanhada por gritos de protestos. Harry desceu do carro com Gina, Rony e Hermione. O casal Weasley, Percy e a namorada chegaram logo atrás.


–        Vamos! Não vamos esperar que alguém tenha a brilhante idéia de começar a jogar alguma coisa em nós. – disse Rony.


–        Não tinha idéia que as pessoas estivessem tão descontentes com essa convenção. – disse o Sr. Weasley.


Passaram em frente ao grupo de repórteres de Rita Skeeter. Os Revistadores não a permitiram fotografar a multidão.


–        Isso é censura! – berrava ela. – O Ministério quer só o registro das pessoas felizes lá dentro?


–        Nunca pensei que diria isso, mas ela tem razão. – disse Hermione.


O clima dentro do salão era de total indiferença às pessoas na rua; algumas mesas já estavam ocupadas por grupos que conversavam animadamente. 


–        Kingsley nos colocou na mesma mesa da Sra. Kessler. Você poderá finalmente conhecê-la pessoalmente Hermione.


–        Que ótimo! Obrigada Harry!


–        Patrick pediu para avisá-la que aprendeu alguns passos de dança. E não vai embaraçá-la hoje.


–        Ele quer dançar com você. – disse Rony.


–        Você não se importa não é?


–        Na verdade sim. Gostaria que não dançasse com ele.


–        O que mais não posso fazer Ronald?


–        Por hora é só isso.


A Sra. Kessler se apresentou a Hermione; logo as duas começaram a conversar sobre livros raros. Rony sorriu satisfeito, era provavelmente o último assunto para um jantar divertido, mas isso manteria Hermione ocupada e longe de Patrick.


–        Artes das Trevas nunca deixará de existir minha querida. – disse a Sra. Kessler a Hermione.


–        É por isso que é considerada uma arte. – disse Samuel Corso se aproximando da mesa.


–        Corso! – exclamou a Sra. Kessler sorrindo.


Samuel Corso apresentou a assistente a todos a mesa.


–        Heckett é meu braço direito.


–        Adorei seu cabelo! – disse ela a Gina.


–        Estamos procurando um lugar com alguma privacidade.


–        Corso! Você já está bêbado? – perguntou a Sra. Kessler rindo muito.


–        Estava conversando com Duralumínio e o filho sonso dele. Acredite minha querida não havia outra saída.


–        Como está sua expectativa para convenção Sr. Corso? – perguntou Percy.


–        Não servirá pra nada como todas as convenções de magia. Não enquanto as pessoas dessa sala estiverem vivas! São todos repugnantes!


–        Corso pare. Eu gosto daqui; fomos muito bem tratados. – disse Heckett.


–        Diga isso para as pessoas lá fora! Pena não estar chovendo; os deixaria mais enfurecidos!


–        Você sempre quer que o pior aconteça Corso. – comentou a Sra. Kessler.


–        É verdade! Srta. Granger saiba que compartilho de suas idéias de igualdade entre bruxos e outras criaturas. Usar a varinha é só uma auto-afirmação... Inclusive conheço uma ótima piada sobre um duende e uma Veela que explica melhor o que quero dizer...


–        Corso, por favor, essas pessoas pretendem jantar essa noite. – interrompeu Heckett.


Corso deu uma gargalhada e saiu puxando a namorada. A Sra. Kessler balançou a cabeça.


–        A senhora conheceu Tom Riddle. – disse Harry.


–        Sim, conheci Sr. Potter – respondeu a baronesa calmamente. – Quando coloquei os olhos nele sabia que alguma coisa aconteceria, mas é claro que não poderia prever que fosse tão terrível.


–        O livro que a senhora escreveu sobre Horcruxes foi de extrema ajuda para derrotá-lo.


–        Horcruxes são fascinantes! Não concorda Srta. Granger? Academicamente falando é claro.


–        Sim, são. – respondeu Hermione e nem reparou o olhar de Harry e Rony para ela.


–        Saber que Dumbledore guardou alguns livros que escrevi... – continuou a Sra. Kessler. – Alvo sempre foi muito critico em relação a minha obra. Sei que ele preferia Ederleth...


Uma música que parecia uma valsa começou a tocar. Os casais se levantaram. Harry conduziu Gina até o centro da pista de dança.


–        Corso esteve preso em Azkaban na mesma época que Sirius e só saiu depois da guerra. – disse Harry. – Hermione diz que ele é um gênio.


–        Se ela diz...


–        Ainda está zangada? Eu vou falar com seu pai, mas preciso do momento certo só isso...


–        Não é justo! Não acha?


–        Pelo ponto de vista dele... Você é a única menina da família.


–        Não acho que seja isso. Ele e mamãe não têm passado muito tempo juntos. Acho que ele quer que eu fique perto dela porque ele não consegue ficar...


Os dois viram Ferdinanda Twitch e a filha entrarem no salão e ocuparem uma mesa. Acenaram para cumprimentá-las. Junto a elas estava o representante trouxa; um homem de meia idade chamado Strickland.


Harry deu uma boa olhada ao redor; havia grupos conversando sobre os mais diversos assuntos. Viu Ederleth conversando com Conselheiro Remigio e a esposa. A voz do bruxo era tediosa.


–        Como numa convenção dessa importância não há nenhum representante de Hogwarts? – perguntou.


–        McGonagall não vê importância em debater os rumos que o mundo da magia pode tomar. Se negou a vir e nem mandou um representante! – respondeu o Conselheiro.


–        Que grosseiro. – comentou a esposa.


–        Ela está muito bem no cargo de diretora da escola.


–        Vamos Harry! – disse Gina o puxando antes que ele pudesse entrar no meio de alguma conversa.


As frases soltas que Harry podia ouvir enquanto passavam o deixavam preocupado e impressionado com a complexidade da sociedade bruxa.


–        Pretensão! Como se nenhum outro Ministério tivesse lutado conta as Artes das Trevas! – exclamou outro bruxo passando por eles.


–        Pagar elfos? O Ministério tem ouro aos montes! Os impostos, as taxas e querem nos empurrar mais essa!


 


–        Eles tem razão – comentou Harry – eu vi o ouro no cofre do Ministério. Está cheio. Dava para melhorar, e muito, o que pagam ao seu pai e outras pessoas que ajudaram a lutar contra Voldemort. Parece que tudo isso já está no passado.


Harry e Gina ainda ouviram alguns bruxos questionando Patrick sobre detalhes de Gringotes. Patrick apenas ouvia; pelo que Harry já conhecia do amigo ele não iria discutir ou discordar apenas colher informações.


–        O ouro de Duralumínio não deve ser aceito!


–        Discordo!


–        Os duendes podem se matar uns aos outros desde que continuem a produzir nossos galeões.


–        Se eles se organizarem estamos perdidos! Temos que ter uma segunda opção.


–        E centralizar a economia na mão de um único bruxo? Loucura!


–        Agora só restou política. – disse Gina apertando a mão de Harry. – Acho que não estamos realmente preparados para essa parte...


Após alguns minutos na pista de dança Rony deixou Hermione conversando com a namorada de Percy e foi em direção ao toalete. Encontrou Emily no caminho; quase não a reconheceu com os cabelos presos e maquiada.


–        Você está muito bem.


–        Estou engordando a cada dia.


–        Não me diga que está aqui a trabalho.


–        Um tio de Córmaco é amigo de alguém que trabalha para o Ministério que não tinha companhia; como não tenho muito que fazer naquela casa acabei aceitando o convite.


–        Como está Córmaco?


–        Bem melhor e com um sorrido mais completo digamos assim.


Rony riu. Apesar de no começo não gostar de Emily agora tinha por ela uma imensa gratidão. Ela nunca o acusou de dar uma surra no marido, pelo contrário, acreditava que outra pessoa estava por trás. Acreditava que ele era inocente antes mesmo dele próprio acreditar.


–        Escute, vou ajudá-la a descobrir quem enfeitiçou Córmaco e a mim. Estive pensando... eu podia ter matado Córmaco naquele dia! Iria parar em Azkaban e seu bebê não teria pai. Se eu passasse a vida lá seria pouco perto do seu sofrimento e eu nunca me perdoaria.


–        Rony, se você puder ouvir o que descobri...


Rony a puxou para um canto menos iluminado.


–        Eu ouvirei. Prometo.


Gina se aproximou dos dois.


–        Lembra-se da minha irmã? – disse Rony se afastando de Emily


–        Claro. – disse Emily. – Ninguém esquece uma companheira de tortura.


–        Como vai?


–        Muito bem, mas tenho que sentar. Meus pés estão me matando. Foi bom vê-la de novo.


–        O mundo é mesmo pequeno. – sussurrou Gina quando Emily se afastou. – Não é uma enorme coincidência ela e a mãe de Córmaco usarem o mesmo perfume?


Rony tentou fazer uma cara surpresa, mas provavelmente fez uma que o entregou mais rápido; se apressou em entrar no banheiro para escapar do olhar da irmã. Harry entrou logo depois.


–        A comida é horrível; acabei tomando mais cerveja amanteigada do que devia. – disse rindo parando ao lado do amigo.


Ouviram uma discussão do lado de fora e o Sr. Weasley entrou no banheiro seguido do homem que Harry viu no funeral do Sr. Twitch. quando os dois viram os rapazes pararam de falar e o amigo do Sr. Weasley saiu apressado.


–        Quem é esse Sr. Weasley?


–        Um velho amigo.


–        Ele está com problemas?


–        Ele sempre tem problemas Harry. Não sei como conseguiu entrar aqui hoje.


–        Se ele conseguiu essa multidão também conseguirá. – disse Rony olhando pela janela. – Deve ter pelo menos umas mil pessoas aí fora.


–        Não vai ter comida pra toda essa gente. – disse o filho de Duke Duralumínio espiando atrás deles.


–        Vou avisar Patrick e Greg. – disse Harry.


Ao sair do banheiro Harry procurou Patrick e contou sobre a multidão agitada do lado de fora; os dois discretamente avisaram algumas pessoas. O Ministro saiu de sua mesa e os seguiu até a entrada do salão. Rita Skeeter os acompanhou.


–        Não deixe essa mulher documentar nada disso! – ordenou Kingsley a um grupo de Revistadores.


–        Tiramos o feitiço que impedia qualquer um de entrar aqui para os convidados poderem aparatar dentro do salão. – disse Greg Raiker.


–        Lance-os novamente. Essa multidão pode invadir a qualquer momento. – disse Harry.


–        Podemos nos defender!


–        Alguém pode se machucar. Não são nossos inimigos! – respondeu Harry.


–        Vou falar com eles. – disse Kingsley.


–        Senhor... – advertiu Raiker – não acho que seja uma boa idéia.


–        Harry tem razão. Eles me ouvirão.


Kingsley saiu para calçada e pediu que a multidão se acalmasse.


–        Ministro! Nós sustentamos esse Ministério e ficamos de fora. – gritou um homem que Harry reconheceu. Era Urda o bruxo miudinho dono do pub em que estivera com Hermione e Rony e que lhe mostrou a primeira pista sobre o Thuru. Lembrou-se também dele ter reclamado que o Ministério só aparecia para recolher o dinheiro dos impostos.


–        Olhe para seu Ministério Kingsley! Uma bruxa levou alguns dias para subjugar o Beco Diagonal inteiro! Roubar nossas varinhas e nos fazer prisioneiros! Onde estavam esses Revistadores que agora apontam varinhas para nós e deixam vampiros e lobisomens entrarem pela porta da frente?!


–        Verifique se alguém diferente entrou. – disse Patrick para Greg Raiker.


–        Não vou deixar o Ministro Patrick! Vá você verificar!


Patrick fez sinal para Harry ficar de olho e deu meia volta. No salão encontrou Hermione e Gina conversando com a Conselheira Troy.


–        O que está acontecendo? – perguntou Hermione. – Vimos os Revistadores lançarem feitiços de proteção em volta do salão.


–        Algumas pessoas estão descontentes lá fora. É possível que um vampiro e um lobisomem tenham conseguido entrar; o lobisomem na forma humana, claro e o vampiro...


Emily o tocou no braço.


–        Problemas Sr. Rent?


–        Ah, olá. – respondeu Patrick a encarando por um momento. Também não a reconheceu de imediato. – Você está muito bem hoje Emily.


–        Obrigada, eu acho...


–        Não se separem! – disse Patrick com firmeza ao grupo. – Chamem se precisar!


–        Por que ele acha que vamos precisar de ajuda? – perguntou Emily.


–        Tem um vampiro no prédio. – explicou Gina.


–        Vi Corso e a namorada subirem aquelas escadas; deve ter salas vazias lá em cima. – disse Hermione. – Vampiros são atraídos pela essência feminina; se tiver certeza que não há nenhum homem perto de nós ele aparecerá.


–        Vamos lá. – disse Gina e todas puxaram as varinhas.


Entraram na primeira sala que encontraram. Não havia mesas ou cadeiras ficaram em pé perto da janela. Emily se apresentou a Conselheira. Gina a surpreendeu espiando o perfil de Hermione.


–        Ele vai... nos farejar? – perguntou a Conselheira Troy.


–        Vampiros são atraídos pela essência feminina; ele vira mais rápido com todas nos reunidas e principalmente se nas últimas horas alguma de nós fez... – disse Hermione corando um pouco.


Gina e a Deanna olharam de lado.


–        Exibidas. – disse Emily rindo.


–        Você tem namorado? – Gina perguntou a Emily.


–        Mais ou menos.


–        Mais ou menos como?


–        Você conhece os homens; assumir compromissos não é o forte da maioria.


–        Nem me fale. – disseram Hermione e Deanna.


–        Patrick deve estar nos procurando. – disse Hermione passando a mão pela nuca.


–        Sempre tive vontade de pedir para ele me chamar de Deanna...


–        Aquele ar misterioso que ele tem é tão... misterioso. – disse Emily sorrindo.


Gina pensava em Patrick sentindo-se ofegante. Voltou por um momento a si quando ouviu Hermione mencionar Rony; a amiga estava elogiando certos atributos do irmão que com certeza nunca diria em publico. Deanna e Emily riam. Gina viu um vulto praticamente em cima delas e tentou estuporá-lo. As garotas levaram um susto e pararam de falar atordoadas; o vampiro tentou fugir, mas foi pego por Patrick. Era um ser bem repugnante; esverdeado com a cabeça cheia de calombos, sobrancelhas muito grossas e emanava um cheio que parecia vinagre. Não se parecia com o vampiro do sótão dos Weasley.


–        Quando Hermione mencionou Rony o efeito sobre mim diminuiu. – disse Gina.


–        Estão bem? – perguntou Patrick às garotas.


–        Sim! – responderam juntas.


Acompanhado do Sr. Weasley e mais alguns Revistadores Patrick levou o vampiro para outra sala onde um garoto estava sendo vigiado.


–        Este é o lobisomem? – perguntou Gina.


–        É praticamente uma criança. – disse a Conselheira Troy ainda se sentindo estranha.


–        Ele passa despercebido na maioria das vezes. Se fosse acostumado a usar vestes a rigor passaria pelo filho de alguém. Mas esses colarinhos são mesmo apertados hein? – disse Patrick rindo. O garoto lhe lançou um olhar raivoso.


–        Como estão as coisas lá fora? – perguntou Hermione.


–        Harry e Kingsley estão acalmando a multidão; é melhor vocês saírem. Ele e o vampiro são parceiros; ele deve saber vários feitiços não verbais para atrair mulheres.


–        Aonde você vai? – perguntou Hermione a Patrick.


–        Ajudar lá fora!


–        Quero ir também! Rony está lá!


–        Não! – disse o Sr. Weasley. – Vocês já ajudaram bastante! A Conselheira é esperada em sua mesa e a senhorita...


–        Emily.


–        Seu acompanhante deve estar preocupado. – disse Percy.


Deixando os protestos das garotas para trás Patrick e Percy se juntaram ao grupo que conversava com os manifestantes.


–        Vamos nos encontrar amanha; dou-lhe minha palavra que ouvirei tudo o que tem a dizer. – disse Kingsley.


–        É um bom homem Sr. Potter. – disse Urda apertando a mão de Harry.


Harry se virou para retornar com Rony para o interior do salão. No segundo seguinte um Revistador apontava a varinha para multidão e Urda foi arremessado contra o chão.


–        Não! – gritou Harry voltando para trás e colocando a mão sobre o peito do homem no chão.


–        Ele está morto. Urda está morto! – gritou alguém. – Morto! Um Revistador o matou!


A multidão começou a gritar e sacar as varinhas. Greg Raiker puxou Kingsley para dentro e começou a lançar feitiços nas pessoas que conseguiam se aproximar. Os Revistadores levantaram um escudo de proteção. Sem condição de voltarem para o salão Rony e Harry correram na direção contraria a multidão.


–        Por Merlin o que aconteceu? – perguntou Rony.


–        Não sei! Alguém acertou Urda! Ele bateu a cabeça no chão com tanta força... ele está mesmo morto Rony.


A multidão que não conseguia chegar perto deu meia volta e começou saquear as lojas do Beco Diagonal. Em alguns minutos começou uma correria e Harry e Rony ouviram uma explosão e muitos gritos.


–        Vamos! – disse Harry. – Temos que impedir que alguém se machuque.


Os dois abriram caminho pela multidão; uma bruxa caiu abraçada com o filho e Rony a ajudou a levantar e devolveu à criança a mãe.


–        Aparate pra longe daqui! – mandou Harry.


–        Vamos até a loja! – disse Rony. – Jorge e Angelina às vezes passam a noite lá.


Quando chegaram viram Jorge tentando evitar que invadissem a loja. Harry afastou um grupo que pretendia quebrar a vitrine.


–        O que está acontecendo? O discurso Kingsley foi tão ruim assim? – perguntou Jorge.


–        Rony! A loja do Olivaras! Estão invadindo! – apontou Harry.


O Sr. Olivaras saiu para a rua enquanto dezenas de pessoas roubavam caixas de varinhas.


–        Parem! Adso! Onde você está?


Harry o segurou.


–        Meu aprendiz esta lá dentro! Ele me ajudou a sair... Acho que alguém o machucou!


–        Nós o encontremos Sr. Olivaras! Fique tranqüilo.


Um raio azul quase acertou Harry.


–        Estão lançando maldiçoes! Covardes! Não fariam isso com suas próprias varinhas! – gritou Rony.


As pessoas na rua aparatavam carregando grandes quantidades de mercadorias. Poucos bruxos revidavam ao saque; preferiam deixar que levassem a mercadoria.


–        Tire-o da rua. – disse Harry a Jorge. – Vou achar o rapaz!


Jorge conjurou um escudo sobre o Sr. Olivaras. Rony acertou uma cotovelada em um homem que tentou arrancar sua capa.


–        Foi mal amigo, mas foi presente da minha namorada!


Adso estava ferido no fundo da loja; Harry estuporou dois homens carregando uma pilha de varinhas. Os dois correram para o segundo andar da loja e Harry os seguiu. No telhado os dois aparataram e Harry pode ver a multidão se digladiando na rua. Os mais ágeis subjugando e ferindo os mais fracos. Perguntava-se se eram ladrões ou pessoas comuns em um surto. A atenção de Harry, no entanto foi para o prédio vizinho; ele piscou várias vezes para ter certeza do que via. Um dragão em uma das salas.


Aparatou no telhado e desceu até a sala onde um enorme Rabo Córneo Húngaro lançava rajadas de fogo.


 


Rony gritava por ele e Harry podia ouvi-lo cada vez mais alto. O amigo estava no prédio e poderiam usar o feitiço engasga dragão juntos.


–        Aqui! Na sala abaixo do telhado! Venha rápido!


O dragão abriu as asas, deu uma cusparada de fogo e saiu pela janela.


–        Ainda dá para acertá-lo.


–        Acertar o que? – perguntou Rony.


–        O dragão!


–        Que dragão Harry?


–        Ah, ele escapou.


A sala estava intacta e a janela aberta. Como um dragão daquele tamanho passou por uma janela de tamanho normal Harry não soube explicar, mas ainda sentia calor na sala.


–        Ele se foi. Quem teria um dragão no Beco Diagonal?


–        Pensamos nisso outra hora! O Sr. Olivaras e o assistente estão bem! Mas o resto está uma bagunça. Temos que voltar para o salão Harry! Temos tirar aquelas pessoas de lá!


No salão de festas Hermione seguia Patrick.


–        Hermione, por favor, fique com os outros. Tem uma multidão forçando a entrada e nem metade dos Revistadores estão...


Jorge, Rony e Harry surgiram na lareira.


–        Não da pra aparatar e não da pra sair pela porta da frente então imaginei que precisaríamos disso! – disse Harry mostrando um saco cheio de Pó de Flu.


–        Pensou bem! – disse Patrick apertando a mão de Harry.


Hermione abraçou Rony.


–        Por favor, não se beijem agora! Estamos com pressa! – disse Harry interrompendo o casal. – Jorge! Você e Percy distribuem o Pó de Flu e organizem a fila para a lareira.


Jorge olhou para o irmão; ainda estava zangado, mas a situação era de emergência.


–        Deixa com a gente Harry! – disse Jorge piscando. Percy sorriu e concordou.


–        Vou buscar o lobisomem e o vampiro; vamos levá-los para o Ministério. – disse Patrick.


Aos poucos as pessoas foram deixando o salão; Duke Duralumínio e o filho reclamavam sem parar.


–        Pó de Flu! O modo mais vulgar de transporte.


–        Pai posso levar alguma coisa pra comer?


–        Claro. Vá pegar alguma coisa para mim também, a comida dessa cidade é horrível, mas fome é fome!


–        Não saia da fila, por favor. – disse Percy impedindo a passagem do garoto.


–        Você sabe com quem está falando rapaz? – perguntou Duke Duralumínio.


–        Ele sabe. – disse Sra. Twitch. – A menos que queiram voltar para o fim da fila calem a boca e andem!


Rony encontrou com Emily na fila; estava próxima do Conselheiro que usava pele de iaque. Rony entendeu que ele era o contado dela dentro do Ministério.


–        Você está bem? – perguntou.


–        Sim. Achei que seria uma noite com discursos intermináveis e só.


–        Ultimamente as festas do Ministério têm me surpreendido também. Mando uma coruja para conversamos está bem?


–        Tome cuidado!


Rony passou por Harry e Gina conversando e sentiu o peso do olhar dos dois.


–        Sua amiga está bem? – perguntou Harry.


–        Sim! Hermione! – disse Rony a abraçando. – Você vai com Gina e minha mãe.


–        Diminuiu a quantidade de pessoas querendo invadir.


–        Isso é porque estão saqueando o Beco Diagonal. Mesmo assim ainda é perigoso. Vamos entre na fila!


–        Rony... – murmurou Hermione segurando o braço dele.


–        Harry e Patrick vão ficar por último junto com Kingsley. Eu também!


–        Eu já disse que acho você muito corajoso? – disse Hermione soltando o braço dele.


–        Acha?


–        Sempre o tom de...


–        Vamos! – disse Jorge empurrando Hermione e ajudando a mãe entrar na lareira.


–        Te amo... – murmurou Rony a vendo prestes a partir para um lugar seguro.


–        O que? O que você disse Rony?


As chamas verdes a envolveram junto com Gina e a Sra. Wesley.


Antes de os Revistadores trazerem o vampiro e o garoto. Harry forçou a equipe de Rita Skeeter a entrar na lareira.


–        É muito corajoso da sua parte querer ficar, mas infelizmente não será possível. Estação Kings Cross! – disse Harry jogando o Pó de Flu.


–        Genial Harry! – disse Rony.


Todos deixarem o prédio em segurança e a multidão acabou entrando e destruindo o que não pode carregar.


 

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