O diário de Tom Riddle

O diário de Tom Riddle



Harry, naquela mesma noite, decidiu descer do dormitório até o salão comunal e ver o que havia escrito naquele diário. Sentia-se um tanto culpado por estar violando a privacidade do possível pai de Antony e Katherine. Na verdade, não sabia se T. S. Riddle era realmente pai deles, pois os dois sempre foram discretos em relação ao nome de seus pais.


Abriu o diário, e se surpreendeu. Todas as páginas estavam vazias, completamente em branco. Harry folheou o diário diversas vezes, era impossível não ter nada escrito nele. Procurou um desenho, uma palavra, um risco, mas não achou nada. Nada. Pegou sua pena e pôs uma gota de tinta na folha em que havia parado. A gota sumiu. Harry não entendeu, achou por um instante que a folha havia absorvido a tinta. Virou a página, procurando um borrão. Não encontrou nenhum vestígio de tinta. Havia simplesmente sumido. Harry então, decidira escrever. Começou com algo bem simples.


-Meu nome é Harry Potter. - Foi o que escreveu. Essas palavras desapareceram, mas em seu lugar, surgiram outras em uma caligrafia exemplar.


-Olá Harry Potter! Meu nome é Tom Riddle. - Apareceu. Harry notou que essa frase sumira no exato instante em que acabara de ler. Escreveu de novo.


-Você sabe alguma coisa sobre a câmara secreta?


-Sim. - Foi a resposta imediata. Sumira em alguns segundos. De fato, Harry estava impressionado com tudo.


-Você pode me contar? - Harry perguntou, esperançoso. Talvez pudesse descobrir quem a abriu anteriormente, e talvez até mesmo seu herdeiro.


-Não. - Resposta indesejada. Harry ficou frustrado, mas viu que novas palavras surgiram na folha.


-Mas eu posso te mostrar. Deixe-me levá-lo cinquenta anos atrás.


Harry ergueu o livro. Estava extremamente confuso. As folhas se moveram sozinhas de repente. Pararam. No canto superior, surgiu uma data. 13 de Junho. Uma fresta brilhante se abriu entre as páginas o livro. Harry olhava atentamente para ela. A fresta então, sugou Harry repentinamente. Ele logo se viu em um cenário cinzento. Demorou alguns segundos para Harry perceber que estava em um dos corredores de Hogwarts. E a julgar pelos últimos acontecimentos, a 50 atrás. Andou uns dois metros, e se deparou com a escada que fica ao lado da entrada do grande salão. No meio da escada, ele viu um menino de aproximadamente dezesseis anos parado. Olhava fixamente para cima, em direção ao segundo andar. Harry tentou interagir.


-Ei! Pode me explicar o que está acontecendo? Você é Tom Riddle? - Harry perguntou, sem sucesso. Viu em seguida, algumas pessoas descerem as escadas carregando uma maca coberta por um lençol branco. Um braço escapava por ele. Era possivelmente a aluna morta pelo monstro. O jovem acompanhou-os com o olhar.


-Riddle? - Disse uma voz rouca já conhecida de Harry. Era Alvo Dumbledore.


-Professor? - Tom Riddle respondeu em tom de respeito.


-Não é prudente ficar por aí a uma hora dessas.


-Eu precisava saber se os boatos eram verdadeiros.


-Sim. Os bons, e os maus. - Dumbledore disse calmamente.


-Hum... É verdade que vão fechar a escola, professor?


-Eu receio que o professor Dippet não tem escolha. - Dumbledore respondeu pausadamente. Harry acompanhava o diálogo com bastante atenção.


-Mas eu não tenho pra onde ir... - Tom Riddle disse. - E se o responsávl fosse pego? E se tudo acabasse? - Ele perguntou, esperançoso.


-Tem alguma coisa que você queira me contar? - Dumbledore perguntou, agora desconfiando do jovem, que usava um bottom de monitor-chefe como o de Percy.


-Não senhor, nada. - Riddle concluiu.


Harry observou calmo e calado o professor Dumbledore subir as escadas, e Tom Riddle descer rapidamente. Abriu cuidadosa e silenciosamente um porta. Lá havia uma pessoa, alta demais para ser um aluno, mas a julgar pelo jeito e pela voz, não deveria passar dos 14 anos. Ele falava com um baú aberto. Algo como "Vamos te tirar daqui logo". Logo Riddle pronunciou um nome que Harry temia que fosse pronunciado.


-Hagrid! - No exato instante em que Tom disse, o jovem fechou o baú. Estava nervoso. - Temos que nos livrar desse monstro.


-Não pode! Aragogue não é um monstro, não mataria ninguém, nunca! - Hagrid disse, agora demonstrando preocupação, nervosismo e raiva.


-Os pais da menina morta chegarão amanhã. Vão qurer que o monstro que assassinou sua filha exterminado. Agora saia da frente. - Disse Riddle, ameaçando-o com a varinha.


-Não! - Gritou Hagrid, agora pondo-se na frente do baú.


-Bombarda! - Riddle disse, e uma parte do baú explodiu. Dali saiu uma aranha enorme, do tamanho de uma criança de dois anos.


-Arania Exumae! - Riddle disse, e a aranha foi lançada longe.


-Aragogue! Aragogue, volte! - Hagrid exclamou, mas Riddle o ameaçou coma  varinha.


-Vai perder sua varinha por isso, Hagrid. E você será expulso.


Harry fora novamente sugado. Dessa vez para trás. Voltara para a cadeira onde estava lendo o diário. Depois de tudo o que vira, só pode dizer uma palavra.


-Uau! - Percebera que havia sido Hagrid quem abriu a câmara secreta.

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