Um Feitiço Mais Próximo da Per



Um Feitiço Mais Próximo da Perdição

Minhas horas e meus dias se estendiam igualmente à alguns anos atrás, antes de tudo acontecer, nenhuma notícia ruim, ou agourante, era publicada no Profeta Diário, apenas acasos irrelevantes. Mas eu sabia que havia algo errado, meu filho continuava desapareciso e Otto cintinuava a tramar planos para me derrubar.


        Minhas aulas em Hogwarts continuavam a mesma coisa, mas a falta de Tiago ainda assolava alguam parte da minha amente, me deixando inquieto.


Numa noite qualquer, tive um sonho mais sombrio de todos.


        Me via revirando gavetas de uma escrivaninha de madeira arrebitada de detalhes, quando achei um envelope pardo escondido entre algumas fichas de presos, eu o pegeui e com força o segurei na mão, me virei para trás e lá estava Otto. Ele balançou a cabeça positivamente e se retirou da sala. Eu o segui. Nós fomos andando ofegantes pelos corredos confusos, iguais e infinitos do Ministério. Até que chegamos numa porta igual a todas as outras, mas algo nela me intrigava. Olhei – a atenciosamente de cima para baixo percebndo cada detalhe, e no meio dela havia uma tarja de ouro com os dizeres: Percy Weasley, Sub – Ministro da Magia. E me preocupei.


        — É aqui! — Disse Otto. Ele abriu a porta e nós entramos.


        A sala ovalada, compsta por dois andares, tinha a mesma decoração que a casa de Rony, não era à toa que eles eram irmãos, esse fato era verídito. As paredes eram forradas de carpete felpudo vermelho, vinho à luz do anoitecer, para mostrar o amor que tem por sua casa de Hogwarts. Nela também haviam diversos quadros inclusive um com a Mulher Gorda de Hogwarts e outro com a noiva de Percy Penelope Clearwatet. O teto do escritório era composto por diversas abóbadas brancas e azuis que se uniam em um único mastro, em que a escada se entrelaçava espiralmente e subia em direção ao segundo andar. O Teto era planejado para se parecer com o teto do Salão Comunal de Hogwarts, e as cores pintadas para imitar o dormitório da Corvinal, que era a casa de sua noiva em Hogwarts.


        — Não está aqui! Vamos... — Otto estava para terminar a frase quando foi interrompido pelo grito da Mulher Gorda, ele reagiu instintivamente, pois não queria ser visto, muito menos reconhecido, e gritou — Obscuro!


        —  O quê... Quem está aí? — Otto não respondeu, apenas gritou:


        — Colloportus! Reducto! — Mas era tarde, a Mulher Gorda já havia ido à outro quadro seu, e a explosão do quadro foi fútil e inútil, serviu apenas pra quem estiver no ministério saber que alí estariam invasores.


        — Vamos subir! — E nós subimos as escadas em espiral até o segundo andar.


 


 


Ao chegarmos, nos deparamos com Percy Weasley sentado em sua escrivaninha escrevendo num pergaminho. Ao terminar de escrever ele prendeu o pergaminho dobrado no bico de sua coruja, estalou seus dedos magros e ela voou. Ao chegar a poucos centímetros da janela circular lateral da sala, a coruja foi surpreendida com uma maldição lançada por mim, a coruja caiu no chão imóvel e o papel se cortou sozinho e depois queimou – se.


        — Bom, Otto... — Disse Percy se levantou cuidadosamente da cadeira de sua escrivaninha — Pelo jeito você não está aqui para brincadeiras.


        — Agora que percebeu isso, Weasley?!


        — Mas para que avisar seu mestrezinho, quando ele chegar aqui você já estará morto!


        — Otto Harpford! — Percy disse mexendo a cebça de um lado para o outro em tom de reprovação e tirando a varinha do bolso de suas vestes, cuidadosamente, porque se fizesse um movimento errado poderia ser explodido ou morto — Você se corrompeu, pensava que tinha boa índole. Mas no fundo, sempre suspeitei de você.


        — Fassa – me o favor, Weasley. Enganei a todos do Ministério inclusive você! E pode me fazer um favor, poupe suas palavras, odeio matar pessoas que falam muito.


        Um aceno de varinha e cordas pretas grossas e resistentes voaram ao encontro de Percy, que com sua varinha as cortou em pedaçinhos.


        — Pode vir, traidor!


        Outro aceno de varinha e o duelo começou. Otto foi desarmado rapidamente por Percy, que comemorava silenciosamente, mas avarinha por alguma motivo antes de chegar a mão de Percy parou de rodopiar no ar e caiu no chão. Otto deu uma combalhota e a pegou. Logo depois, ainda no chão, tentou estuporar Percy , que desviou o raio do feitiço fazendo com que ele se achegasse para o lado, e fizesse um buraco do tamanho de uma bola de futebol em sua escrivaninha. Eu estava imóvel, sem participar do duelo, estava sentado na cadeira mais próxima do duelo, num ângulo em que pudesse ver todos duelando mas que os feitiços ricochetiados não me alcançavam.


        O som da sala era baseado em vários estampidos seguidos de jorrões de luz cada vez mais altos e luminosos. Percy e Otto duelavam com uma destreza incrível porém era evidente quem iria vencer, Percy duelava bravamente mas Otto era gracioso com sua varinha seus movimentos eram precisos e contínuos como água saindo da torneira, Percy só tinha como defender. Otto lançava séries de feitiços que incurralavam Percy, quando não incurralavam explodiam ou dava vida as coisas do seu redor. Como o quadro de sua noiva, Otto a fez sair do quadro e querer atacar Percy que ficou sem o que fazer, afinal ele tinha um certo afeto por sua noiva morta, mas no final ele teve que explodir sua própria esposa.


        —  Canalha! — Disse Percy após explodir sua noiva do quadro   


     Ele caiu no chão em prantos enquanto eu ria calorosamente de sua fraqueza emocional. Segundos depois, ele se levanta com um fogo nos olhos, antes nunca visto. Seu ódio havia amadurecido. Ele estava decidido a matar Otto.


     Desejava acordar com todas as minhas forças, porém, algo me prendia na cena, parecia ser o desejo de Voldemort que eu visse Percy ser morto.


     Mais feitiços e estampidos e a cada um deles, algo me dizia que estava mais próximo. Mais próximo do fim de Percy. Otto graciosamente lançava maldições de morte. E por um acaso teve seu braço cortado profundamente por Percy, que rapidamente de um grito de agonia de Otto, lançou muitas bolas de fogo que brilhavam incandescentemente; tais bolas passaram a centímetros de Otto, que se abaixou e lançou um último feitiço.


     E um brilho verde-azulado foi a última coisa que Percy viu.


     Era estranho ver um companheiro que te acompanhou por quase toda sua vida, uma pessoa vital. Nós não éramos próximos, porém, a dor de ver seu corpo caindo imóvel no chão foi indescritível, as palavras corretas para descrever a sensação se foram junto com a vida de Percy.


— Vamos achar o que viemos procurar. — Otto disse à mim.


     Nós procuramos nas gavetas quebradas e nos destroços do duelo. Eu achei então um livro preto. Após disso descemos os degraus da escada vagarosamente. O tempo no sonho parecia ter vida própria, ora era rápido ora era devagar. Uma voz surgindo do corredor nos surpreende.


— Quem está ai?! — A voz rígida de Kingsley me fez pular de dentro da mente de Tiago e avisar a Kingsley que a morte o rondava tanto de Percy quanto a dele — Otto... O quê? Percy? — Ele vira os pés de Percy postos de modo irregular no chão, isso apenas poderia significar uma coisa.


     Ele caminhava cautelosamente em direção ao corpo de Percy, enquanto nós em direção a saída mais próxima. Eu fazia certo esforço enquanto andava, Otto balançava a cabeça negativamente. Algo era para ser feito ali, após acharmos o livro, algo que não precisaria ser adiado, essa era a razão pela qual não desaparatamos dali rapidamente.


     Kingsley chegara ao corpo de Percy e nós a porta. Otto balançou sua varinha e lava selou a porta.


— Nenhum de nós irá sair, até eu acabar o que vim fazer! — Otto disse e outro duelo começou. Kingsley tentava lutar por dois, protegendo também o corpo de Percy.


     Mais um silêncio se estendeu, eles se estudavam imaginando vinte movimento a frente. Agora ela um duelo balanceado. O Ministro da Magia duelando com o maior Comensal da Morte de todos os tempos.


— Reducto! — Eu disse, minha voz era familiar e minha varinha também, a escada antes bamba desabou em cima de Kingsley que rapidamente criou um escudo.


     Após a poeira abaixar, uma sombra tremeluzia com a mão para cima, envolto por um campo quase invisível azul. Ele se levantou e disse:


     — Por que Tiago? Você era um bom menino, igual ao seu pai! — As palavras de Kingsley ardiam dentro de mim, farpas de madeira entravam em minha pele me causando não dores físicas mas um incômodo insuportável. Foi nesse momento que eu percebi que estava na mente de Tiago. Por mais surpreendente que parecesse, acho que já sabia disso — E você... Otto... Eu sempre tive algo contra você, mas te achava confiável.


     Tiago nem Otto responderam. O silêncio reinava e foi nele que o duelo começou novamente, mas dessa vez com uma pequena diferença, eu participava.


     Corridas e respirações ofegantes, eles eram resumidos a isso. Por mais que tentassem, um adversário a altura chegou, eles não conseguiam achar uma brecha na defesa perfeita de Kingsley.


     — Kingsley, quer saber como seu protegido morreu? — Tiago dizia tentando atingir Kingsley que por mais difícil que fosse, não mostrava nenhuma fraqueza ou emoção.


     — O que você fez com ele, Otto?


     — Apenas o mostrei a luz no fim do túnel, ou o melhor caminho para ela. Apenas o dei um pouco de poder. O resto já estava oculto em seu coração.


     — Por quê?


     — Ele foi prometido ao Lorde das Trevas.


     O quê? Eu pensava. O que Otto falava, não era possível, ninguém nunca prometera Tiago a Voldemort. Eu estava em agonia. Queria sair dali e matar Otto, deixá-lo em pedaços e trazer Tiago de volta para mim.


     — Vocês meros mortais, não entendem a quão gênio ele é. Tudo isso fora planejado. Ele sabia que Harry era uma Horcrux desde o começo.


     — Tiago por quê?


     — Morre logo! Avada Kedavra!


     Não acreditava no que via. Tiago matara alguém. Kingsley caía em câmera lenta no chão, enquanto uma última lágrima saia do seu rosto. Ele olhava na direção de Tiago e via uma alma conturbada com olhos e cabelos brancos.    


     Ele era amedrontador.


     Acordei...


     Eu estava me sentindo o mais horrível possível, minha mente ainda rodopiava, eram muitos fatos para se processar. Tiago matara alguém. Mas Tiago não era forte o suficiente para matar Kingsley, torci para aquilo ser apenas um sonho, uma peça pregada por minha mente.


Hogwarts estava quieta, até mesmo os pássaros inocentes que voavam em volta do Salgueiro Lutador não estavam mais ali. Parece que o que vi era verdade. Levantei-me e fui ao encontro da diretora.


Era estranho andar nos corredores de Hogwarts com a escuridão o tomando. Estava com a varinha acesa e correndo assim como no terceiro ano.


A porta do escritório da diretora agora jazia em minha frente, meu impulso fora mais forte que eu. Não queria alarmá-la sem necessidade. Mas gritei para toda Hogwarts e mundo trouxa ouvir:


— Percy morreu!


adu� q`��se aproximando dela cada vez mais com oculos embaçados e empoeirados, com vestes descuidadas e com pequenos cortes e um corte profundo no braço direito que sangrava pouco.


 


        — Sr. Potter?!


        — É!


        — Como? — Perguntou ela estontiante e surpresa.


        — Eu o encontrei no portão de Hogwarts.


        — Eu fugi! — Disse me virando para Neville que agora estava atrás de mim — Me sequestraram porque queriam reviver Voldemort.


        — Quem?! — Perguntou a diretora.


        — Otto... Ronald... Drina... e...


        — E...Quem?


        — Tiago!


        A conversa foi adentrando a superfície escura e misteriosa da noite, não sei ao certo se ficamos conversando durante muitas horas ou poucos minutos, pois nada de interessante havia se falado alí.

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