Vestida pra matar O.O



VESTIDA PRA MATAR


 


 Pansy Parkinson olhou-se mais uma vez no espelho, com medo de parecer ridicula aos seus próprios olhos. O que poderia significar estar ridicula aos olhos dos outros. Isso não poderia acontecer, afinal, a intensão em estar vestida daquela maneira era impressionar.


 Ela estava usando o uniforme da escola, com pequenas alterações: a saia esta dois dedos mais curta, a camisa branca estava com três botões abertos, a gravata larga em seu pescoço. Nos pés, Pansy havia posto uma bota preta de couro, sem salto e que lhe machucava tanto os pés, que ela quase não usava. Nada de capa. O visual estava simples, mas a simplicidade lhe caía bem. O cabelo estava repicado, em um corte novo.


 O dia estava meio frio, mas ela não se importou. Pegou sua bolsa (que não era assim tão nova quanto a de suas amiguinhas ricas) e colocou no ombro. Deu uma última volta na frente do espelho e desceu as escadas do dormitório com aquele sorriso irônico no rosto, completamente sonserino.


 Blaise Zabine examinou Pansy de cima a baixo, com um sorriso zombeteiro no rosto.


 - Hoje, você esta vestida pra matar. – disse e depois riu alto.


 Pansy fechou a cara, jogou o cabelo para trás e saiu andando elegantemente em direção à saida da Sala Comunal da Sonserina, ignorando o garoto. Isso fez Blaise parar de rir e seguir a morena, caminhando ao seu lado.


 - Desculpe. Só quis dizer que você está bonita hoje.


 - Obrigado.


 - Não por isso.


 A garota tentou não ficar chateada pelo fato de Blaise não se lembrar do seu aniversário. Aliás, não havia motivo para que ela ficasse chateada com o amigo, afinal, ele se esquecia de seu aniversário todos os anos.


 Mas Pansy sabia que aquele aniversário não seria como os outros. Ela estava fazendo quatorze anos naquele exato momento e estava decidida a dar seu primeiro beijo naquele dia. Nada iria pará-la. E Blaise nunca mais poderia caçoar dela. A sonserina sorriu com aquele breve pensamento.


 Devagar, eles andaram para o Salão Principal para tomar o café da manhã. Pansy passava e atraía olhares, o que a deixou muito animada. Talvez ela escolhesse algum deles para beijar. Poderia escolher a dedo se quisesse, embora nenhum deles lhe atraísse particularmente. E mesmo que assim o fosse, nenhum deles teria a coragem de se quer tentar, já que Blaise olhava feio para cada um que dirigisse seu olhar para a morena que andava à sua frente.


 Ao se sentarem na mesa da Sonserina, Pansy correu seus olhos pela mesa, à procura de seu alvo principal naquele dia. Draco Malfoy estava sentado em um canto, afastado dos outros alunos. Blaise foi se sentar ao seu lado, deixando a garota com algumas amigas que insistiam em mexer no cabelo o tempo todo.


 Terminado o café da manhã, todos os alunos partiram para suas respectivas aulas.


 Blaise, Pansy e Draco seguiram para a aula de Transfiguração em um primeiro período que prometia ser chato. Apenas Pansy parecia verdadeiramente animada, o que não parecia normal aos olhos de Draco Malfoy. Para ele, sonserinos eram pessoas cultas que não deviam se rebaixar ao nível dos outros, sendo que aquele comportamento específico pareceu completamente baixo. Para Blaise, ela parecia linda.


 Sentaram os três juntos, um pouco mais ao fundo da sala, como de costume, para ficar longe da McGonnagal. Estava na hora de começar a colocar um plano em prática se Pansy realmente quisesse beijar Draco naquele dia. Agarrou um pergaminho e começou a escrever. (N/A: eita, como é legal interromper a leitura bem no meio só pra escrever uns bocadinhos nada a ver pra vocês entenderem melhor a fic... Pois é, gente, o que tá escrito em itálico é a Pansy, o que tá escrito em negrito é o Draco, e o que tá sublinhado é o Blaise.).


 


 Aula chata. Vamos fazer algo mais interessante?


 Só se quisermos levar uma semana de detenção.


 Seria melhor do que ficar aqui.


 Na verdade, tenho coisas melhores para fazer no meu horário livre do que ficar de detenção.


 Ainda acho a idéia atrativa. Ainda mais que ficaríamos NÓS DOIS de detenção.  


 Não acho uma boa idéia.


 Blaise?


 Não, Neville Longbotton, minha morena.


 Morena sim, sua não.


 Gente, que garota estressada.


 Você acha?


 Você acha?


 Claro.


 E você considera isso uma boa coisa?


 Malfoy, acho que a Pansy te quer.


 Você acha?


 Porque não cala a boca, Zabine?


 Ora, porque não estou falando, estou escrevendo.


 U-A-U. Pansy quer o Draco?  


 Deixe de ser tarado, Malfoy, e fique longe da minha garota.


 Eu não sou a sua garota!


 Realmente, porque se fosse, você já teria dado seu primeiro beijo à anos, meu amor.


 Hum... Não acho que eu queira alguém que conserva a boca como se conserva pepinos. *risos*


 Vamos prestar a atenção na aula.


 


 Conversa nem um pouco satisfatória, pensou Pansy. Malfoy havia deixado claro que não ficaria com ela nem mesmo se ela se transformasse em uma Hermione Granger da vida. Sim, porque, como todos – leia-se “todos”: Pansy e Blaise – sabiam, Draco Malfoy tinha uma quedinha (bem parecida com um tombo) pela detestável Granger que, segundo ele, tinha cérebro e bunda. Tudo o que uma garota precisava.


 Bem, nesse caso, Pansy ou tinha só bunda ou tinha só cérebro, porque Draco se recusava a ficar com ela (deixando claro que ela ainda não havia pedido). Pior seria se Pansy não tivesse nenhum dos dois.


 De tão destraída, Pansy mal notou quando McGonnagal se aproximou dos dois garotos, arrancando-lhes o bilhete trocado à poucos minutos atrás e jurando que os colocaria em detenção se aquilo se repetisse. Mal ouviu quando o sinal de fim de aula tocou e só se levantou quando Blaise a chamou da porta, esperando por ela, enquanto Draco se distanciava à frente.


 No caminho para a próxima aula, Blaise começou a assoviar uma musiquinha irritante, que irritava muito mais do que deveria, principalmente com o novo humor que Pansy havia adquirido depois da conversinha por bilhetinhos. Fechou os olhos, respirando fundo, contando até dez e lembrando a si mesma que sua irritação era irracional.


 Mas não adiantou.


 - Você quer parar?! – perguntou, parando de andar e cruzando os braços.


 Blaise sorriu ironicamente para ela.


 - Infelizmente, não estou com a minima vontade de parar. – respondeu e voltou a assoviar alegremente a mesma música.


 Pansy bufou.


 - Por que está sendo tão infantil?


 - Eu sou infantil?


 - Sim, você é infantil.


 - Isso não pareceu te incomodar ontem. – Blaise disse com um sorriso malicioso no rosto, sugerindo coisas que Pansy fez questão de ignorar.


 - As coisas mudam.


 - Tenho certeza de que não é a minha infantilidade que te incomoda.


 Ela levantou a sobrancelha.


 - Então o que seria, Zabine?


 - O simples fato de que Draco Malfoy esqueceu seu aniversário.


 Pansy abriu a boca uma ou duas vezes, mas reconheceu sua derrota. Não havia o que dizer. Ele estava certo, como sempre.


 - Você também não se lembrou... – ela disse, tentando não se sentir chateada, mas falhando consideravelmente.


 Blaise pareceu surpreso.


 - Eu? Esqueci seu aniversário? – ele bufou, contrariado, como se achasse a idéia ridicula. – Nunca.


 - Você nunca se lembra.


 - Me lembro, sim. Todos os anos. E te mando um presente no final da tarde. Todos os anos.


 - Isso é só porque você se lembra no meio do dia e me manda à noite pra se redimir.


 - Ah, sim. Como se eu tivesse tempo de sair correndo atrás de um presente em pleno dia de aula. – ele ironizou.


 Certo. Pansy não havia se dado conta disso até aquele momento. Era verdade, Blaise nunca se esquecia.


 - Então, porque nunca me dá os parabéns?


 - Você realmente se importa com isso?


 - Todo mundo faz isso.


 - Eu não sou todo mundo.


 Pansy sorriu.


 - Pelo menos um de vocês dois se lembra. – disse tristemente ao se dar conta que Malfoy realmente se esquecera do seu aniversário.


 - Não fique magoada por causa do Draco.


 - Mas ele nunca se lembra do meu aniversário.


 - Não foi isso o que eu quis dizer.


 A morena olhou para Blaise com as sobrancelhas juntas, a testa franzida em confusão.


 - O que quis dizer, então?


 - Você quer beijá-lo.


 Não foi uma pergunta. Muito menos uma acusação. Soou mais como a simples declaração da verdade. Mas foi o suficiente para que Pansy abaixasse a cabeça, envergonhada.


 - E daí?


 - Sério? Vai perder seu tempo com ele?


 - Perder meu tempo?


 - Ele não presta.


 - Não fale assim. Ele é seu amigo.


 - Malfoy é meu amigo?! – Blaise gargalhou alto. – Acha que eu confiaria minha vida à ele?


 - Não?


 - É claro que não. – Blaise disse, como achasse aquilo um absurdo. - Posso me divertir com ele, andar ao lado dele. Mas isso é o que conhecidos fazem. A palavra “amigo” não serve para nós dois.


 - Isso não me importa. Não o quero como amigo.


 - E você acha que ele te quer como mais que uma amiga?


 - Não sabe o que está dizendo.


 - Não. Você quem não sabe.


 Blaise disse isso com tanta seriedade – uma coisa anormal nele – que, por um momento, Pansy realmente acreditou nele. Era bem verdade que todas as garotas com quem Draco ficava aparecia chorando duas horas mais tarde, alegando que ele havia lhes dado um fora. Mas fez questão de lembrar a si mesma que ele era do mesmo nível, se não pior, que Draco Malfoy. Sem contar que ela era diferente. Era amiga dele e era realmente bonita. Quem sabe ele não sentia alguma coisa por Pansy. Ou podia, pelo menos, aprender a sentir.


 Naquele meio tempo de dilema, Blaise havia se aproximado dela e pegado uma de suas mãos.


 - Pense bem, Pansy. – ele disse, passando o polegar pelas costas da mão dela. – Vai deixar mesmo que ele seja o primeiro a beijá-la? – acrescentou, passando os dedos da mão livre nos lábios de Pansy.


 Ela se afastou dele.


 - Vamos para a aula.


 - A aula deve estar no final, à esta hora.


 - Então iremos direto para a próxima.


 - Temos horário livre na próxima aula. Dois, para ser mais exato.


 - Darei uma volta no jardim. – a garota disse e começou a caminhar pelo corredor.


 Blaise ficou observando até que ela sumisse de vista. Bufou, passou as mãos pelos cabelos e caminhou na direção contrária, indo para a biblioteca pegar alguns livros.


 


X&X


 


 Pansy Parkinson andou até o jardim sem pressa, sabendo que teria dois horários livres para aproveitar antes de ter que andar até a torre de astronomia. Aliás, ela gostaria de aproveitar aquele tempo de um jeito nada inocente. Sorriu com aquele pensamento e continuou a caminhar. As botas estavam machucando seus pés.


 Avistou, sentado na beira do lago, rodiado de garotas, Draco Malfoy. Rodiado de garotas... De novo. Parecia que sempre que Pansy o via, era desta maneira. Ela sabia que metade dos esforços dele em ficar daquela maneira se baseava em Hermione Granger notá-lo. Claro que aquilo nunca acontecia, pois a única coisa que aquela garota chata fazia era estudar. Talvez fosse mentira aqueles boatos sobre ela e Krum, pensou Pansy.


 Mas a morena não iria perder seu tempo com pensamentos sobre Hermione Granger.


 Aquele seria o momento de seu primeiro beijo, ela podia sentir. Só não sabia como executar. Pensou um pouco sobre o assunto, paralisada no lugar, até que notou que parecia estranha, assim, parada no lugar, observando Malfoy e suas seguidoras.


 Sem pensar muito, Pansy andou até o grupinho que ria alto na beira do lago, torcendo para não ser rejeitada na frente de todas aquelas garotas mil vezes mais bonitas do que ela. Respirou fundo e plantou um sorriso ironico no rosto, enquanto andava calmamente, ignorando as garotas e se dirigindo à Draco:


 - Draco, será que seria pedir demais, se você me cedesse uns minutos da sua preciosa atenção? – disse, apoiando uma mão na cintura e se torturando por ter falado daquela maneira. Porque alguém simplesmente não me dá um Avada Kedrava?, pensou ela, enquanto esperava.


 - Claro, Pansy. – Malfoy respondeu, rindo um pouco com as outras garotas ao ouvir Pansy falar.


 Com uma garota normal, tudo aquilo a faria corar. Mas aquela era Pansy Parkinson, sonserina até a última raíz de cabelo. Por isso, ela sorriu mais abertamente e empinou o nariz, virando-se e andando para longe dali, com Draco em seu encalço.


 Andou até estar suficientemente longe dali – sem que as garotas ouvissem –, até finalmente se virar para Malfoy. O movimento foi tão abrupto, que o garoto teve que brecar para não esbarrar em Pansy, que não teria se importado nem um pouco com aquilo.


 - Ahn... o que você quer, Pansy? – perguntou ele. Pansy achou esse um modo muito rude de se iniciar uma conversa, mas deixou o assunto de lado. 


 - Você esqueceu meu aniversário. – declarou apenas, tentando esconder a mágoa atrás do sorriso ironico.


 Malfoy levantou as sobrancelhas em incredulidade para ela.


 - E... – disse, pausando para se virar e sorrir para as garotas que ainda aguardavam na beira do lago. – E... – repetiu, o sorriso desapareceu quando se virou para Pansy. – E eu deveria ter me lembrado?


 Pansy sentiu o estomago se revirar em desconforto.


 - Tudo indica que sim. – ela respondeu, deixando o sorriso ironico morrer e adotando uma expressão impassível.


 O loiro riu, debochado.


 - Na verdade, Pansy, tudo indica que não. – disse, colocado as mãos nos bolsos. – O que você não entende, é que seu aniversário não é uma data importante no meu calendário. Mas, já que esse é o pretexto para você vir me interromper... – ele estendeu a mão para ela. – Feliz aniversário.


 Pansy olhou para a mão dele por alguns segundos, até que Draco deu de ombros e voltou a colocar a mão no bolso.


 - Já terminou? – ele perguntou, lançando mais um olhar para as garotas, como se quisesse desesperadamente estar lá.


 - Não, eu queria que você me ajudasse a resolver umas paradas, sabe... – Pansy disse, quase correndo dali por ter falado “paradas”.


 - Paradas?


 - É.


 - Tem que ser agora? Estou meio ocupado. – Malfoy olhou mais uma vez para as garotas, acenando para elas.


 Isso fez com que a morena perdesse a paciencia.


 - Escute aqui, Malfoy, hoje é um dia importante para mim. Estou fazendo quinze anos e pretendo terminar com as gozações que você e Blaise fazem por eu nunca ter beijado na minha vida. E não é só por isso, eu quero beijar alguém. Sinto vontade. Te tirei daquele grupinho pensando que pudesse me ajudar nessa tarefa. – ela terminou e se torturou por ter falado tanta besteira de novo. Normalmente isso acontecia quando ela estava nervosa.


 E Pansy percebeu quando ele tentou prender o riso. Não conseguiu, então Draco começou a gargalhar.


 Ela percebeu o quanto parecia ridicula ali, falando para Draco Malfoy que queria ter seu primeiro beijo com ele.


 Ela sentiu vontade de chorar por um garoto pela primeira vez. Mas não conseguiu. As lágrimas não saíam. E ela soube o porque de sonserinos não chorarem. Não era porque não queriam. Era porque não conseguiam.


 Devagar, Pansy virou-se e começou a andar de volta para o castelo, deixando as gargalhadas de Draco para trás, sabendo que novas surgiriam assim que ele contasse o que aconteceu para as outras garotas. As botas estavam machucado seus pés e ela fez força para não mancar.


 Não demorou muito, e ela estava em frente à entrada da Sala Comunal da Sonserina, as mãos tremendo de raiva e vergonha. E percebeu que havia esquecido completamente a senha para que pudesse entrar. Bufou, contrariada e por um segundo, desejou que Blaise estivesse ali. Logicamente, ele iria rir dela e faria uma piada idiota, pedindo desculpas logo em seguida, pois nunca gostava de magoá-la. E o mais importante: ele com certeza iria saber a senha para entrar na Sala Comunal.


 Pansy desmoronou no chão, lamentando por não poder ficar de pé. As botas estava acabando com os seus pés. Ela pensou em tirá-las, mas decidiu que isso seria um tanto desagradável para quem passasse ali.


 E, como se tivesse escutado os pensamentos dela, Blaise Zabine apareceu, subindo a escadaria que dava para a entrada da Sala Comunal, com os braços cheios de livros. Ele parou ao ver Pansy sentada e levantou a sobrancelha, um sorriso maroto iluminando-lhe a face.


 Com toda certeza, aquele sorriso espentaria qualquer sonserino, pelo simples fato de ser um sorriso tão... grifinório. Pansy diria que Blaise estava tendo um de seus “ataques grifinórios” – como ela costumava chamar – e sairia jogando o cabelo. Mas a verdade era que ela adorava aquele sorriso. Pois era um sorriso dirigido apenas à ela.


 - Sabe o que se diz para uma morena sentada no chão? – Blaise perguntou, depositando os livros no chão e se agachando em frente à Pansy.


 - O que se diz? – ela sorriu.


 - Eu não sei. – ele disse dando de ombros. – Foi por isso que te perguntei.


 Pansy riu baixinho.


 - Você é impossível.


 - Não sou eu que estou sentado no chão.


 - Tem razão. – ela concordou e abaixou a cabeça.


 Blaise segurou seu queixo e levantou seu rosto.


 - O que foi que houve?


 Pansy não queria contar à ele. Não queria que ele tivesse um motivo para dizer “eu te avisei”. Por isso, ela fingiu interpretar errado a pergunta.


 - Eu esqueci a senha.


 - Porque não foi até a sala do Snape para perguntar?


 - Essa bota está machucando meus pés. Não sei se conseguiria chegar até lá. – explicou.


 Blaise franziu o cenho em concentração, examinando os pés da garota.


 - Hum... – disse. – Deixe-me ver.


 As mãos de Blaise foram em direção ao joelho de Pansy, onde começava o zíper da bota. Ele o abriu devagar, retirando a bota da garota logo em seguida. Depois, retirou a meia, revelando o pé machucado.


 O garoto fez a mesma coisa com a outra bota, deixando Pansy descalça.


 - Está bem feio. – ele comentou.


 - Eu sei. Está doendo bastante também.


 Blaise pegou o pé direito de Pansy e examinou com cuidado, as mãos sendo gentis.


 - Vem. – disse, entregando os livros para a morena. Blaise passou um braço por baixo dos joelhos de Pansy e passou um braço dela em volta de seu pescoço, pegando a garota no colo.


 Ele disse a senha e entrou na Sala Comunal da Sonserina, carregando Pansy no colo sem dificuldade. Algumas pessoas que estavam ali, olharam para a cena com um olhar ironico, tipicamente sonserino. Blaise ignorou a todos, depositando Pansy sentada em um dos sofás e pegando os livros para depositá-los em cima de uma das mesas.


 - Você esqueceu minhas botas lá fora, Blaise. – avisou Pansy com um sorriso divertido.


 - Você está abusando de mim. – ele riu, mas correu para pegar as botas.


 Blaise colocou as botas no chão, em frente ao sofá onde a garota estava, e se postou em frente à ela, voltando a examinar seus pés.


 - Está doendo? – ele perguntou delicadamente, se referindo ao toque dele em seus pés.


 - Não. – ela respondeu sorrindo.


 O moreno colocou as mãos dentro das vestes, procurando a varinha, apontando-a e murmurando um feitiço baixinho para curar os pés machucados de Pansy. A garota observou Blaise com curiosidade evidente no olhar. Percebeu aquela ruguinha que se formava entre suas sobrancelhas quando estava concentrado, os lábios se mexendo em um ritmo indefinido, os olhos cinzentos fixos nos pés de Pansy. Ele era bonito, gentil, educado, ironico e sarcástico. Um príncipe encantado sem aquela parte chata e terrivelmente romântica.


 Pansy o observou atentamente, até que seus pés estavam curados e Blaise sorriu, satisfeito com o trabalho feito.


 - Vai ficar um pouco dolorido, mas daqui à algumas horas vai passar. – ele avisou.


 - Certo. – ela disse, num sussurro.


 - Porque está sussurrando? – Blaise perguntou, se aproximando dela como se estivessem lhe contando um segredo.


 - Eu não sei. – Pansy respondeu sorrindo.


 Blaise sorriu maroto – em um de seus ataques grifinórios – e preparou-se para levantar, mas Pansy agarrou-lhe o pulso mantendo-o no lugar. Ele olhou para a mão que o segurava para o rosto da garota, seu olhar preocupado.


 - Algum problema?


 - Não, não, eu só...


 - O que?


 - Blaise, eu... – ela pausou, mordendo o lábio inferior em dúvida.


 - O que? – ele repetiu.


 - Eu prometi à mim mesma que beijaria pela primeira vez hoje...


 - Já fez isso?


 - Ainda não.


 Blaise abriu o maior sorriso que Pansy já havia visto.


 - E você quer me beijar? – perguntou.


 Pansy balançou a cabela afirmativamente duas vezes e esperou, quieta. Ele acariciou seu rosto de leve, fazendo-a fechar os olhos e entreabrir os lábios. Blaise deu-lhe um selinho, dois... e um terceiro, antes de tomar os lábios dela definitivamente para si.


 Afinal, Pansy Parkinson estava “vestida pra matar” com um único próposito já realizado.


 


X&X


 


N/A: ain, que fofo! A idéia surgiu e eu tive que adaptar para Harry Potter, mas achei que ia ficar muito normal se fosse para um shipper usual, então decidi investir em Pansy/Blaise (adoro esse casal). Realmente acho que o resultado não ficou como eu esperava, mas acho que ficou, no minimo, fofo.


Comentem, pessoal! Comentar lava a alma com Omo (?).


Beijos


 


 

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Comentários (4)

  • Neuzimar de Faria

    Eu me enganei a respeito desta fic, porque gostei muito.

    2012-11-16
  • H. Granger Malfoy

    eles ficaram muito fofos!! E o draco tentando chamar a atencao da mione, acho eles tao lindos!! adorei a short!!

    2012-07-31
  • Marauder Blood

    Que linds *-* Nunca pensei que eu iria de gostar de um shipper como esse, mas na verdade eu adorei!! *--*  Favoritei <3

    2012-02-14
  • Mary Jane W. Granger

    adorei, Blaise sempre do lado dela e no fim ela percebeu isso e que era a ele que queria beijar tao fofo `*.*

    2012-01-01
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