Sentimentos, Salvos



Capítulo 1


Eu estava fazendo baforadas coloridas com minha varinha para Harry; ele agitava as mãozinhas tentando pegar a fumaça e ela se dissolvia, ele ria como se não houvesse nada que pudesse o impedir, eu não conseguia evitar e ria junto, saber  que poderia ser a ultima vez  que eu poderia ver meu filho sorrir me deixava com o coração na mão, pensar que eu poderia morrer em poucos minutos ou em poucas horas, a dias a longo prazo, ou aquele sádico filho de um animago morresse, ou talvez viveríamos para sempre escondidos, como clandestinos, ou talvez eu me entregasse para ele em troca de ele deixar Lily e Harry em paz, mas isso só nos tornaria mais vulneráveis e ele não cumpriria com a parte dele, mas afinal eu espero que Peter... eu sei que Peter nunca nos trairia afinal nós faríamos o mesmo por ele.


Estava tentando me fazer de forte para Lily e Harry, sabia que Lily estava fortemente abalada pela morte de Marlene, eu tentava a impedir de chorar, mas nem sempre era fácil porque era o que eu mais queria fazer também, eu estava com uma saudade desgraçada do Pads, do Remus e do Peter, eu não acreditava que Remus pudesse ser o traidor, mas era a vida da minha família, das pessoas que eu mais amava eu não podia arriscar.


Mas também não podia negar que estava com medo, não medo da minha morte, mas de ver Lily e Harry sofrerem mais ainda. Eu não podia deixar, e eu não iria, eu iria até o quinto dos infernos se fosse preciso, eu me forçaria a ter as idéias mais mirabolantes possíveis, e eu não temeria por nada, Lily percebera o quanto eu estava frustrado, mas eu não podia mais deixar isso acontecer, eles precisavam de uma pessoa forte, que os desse apoio e eu estaria ali, para o que eles precisassem  sempre, até onde eu puder ir, eu estarei lá para protegê-los.


Dei um beijo na testa de Harry e o entreguei a ruiva que me deu um beijo, e estava ao pé da escada, quando eu joguei minha varinha no sofá, dei um bocejo, me espreguicei e debrucei sobre a mesa; foi aí que ouve um estampido, e a porta se escancarou revelando a figura ofídica do Lorde das Trevas, com suas pupilas vermelhas, e a capa preta farfalhando ao chão, olhava direto para meu filho e minha Lily, que estavam paralisados de choque, incredulidade e medo. Peter nos traíra não fora Remus que estivera esse tempo todo passando informações secretas, e sim aquele rato desgraçado que entregara minha família para aquele assassino, meu corpo estava paralisado de choque, mas minha mente voltara a processar, e então eu fiz a primeira coisa que veio a minha cabeça, eu gritei para Lily:


- Lily, pegue Harry e vá! É ele! Vá! Corra! Eu vou atrasá-lo...- Ela me ouviu, e subiu as escadas, ela estava sem varinha também, eu sabia que não haveria chance de nossa família sobreviver, mas eu tentaria atrasá-lo...


- Como? Sem uma varinha na mão – falou aquela voz aguda, fazendo a pergunta que eu mesmo tinha em mente, tudo parecia estar acontecendo em câmera lenta.


Eu o vi tirar a varinha da capa, e apontá-la para mim, foi aí que me ocorreu, quão estúpido eu fora de ter largado minha varinha, deixei minha família mais vulnerável ainda, eu sabia porem que não havia como se defender da Maldição da Morte, sequer alguém já tenha sobrevivido a ela, e nada de algum feitiço que pudesse a impedir, mas aparatar não exige varinha. Eu o ouvi dando uma risada seca, penetrada de crueldade e então:


-Avada Kedavr...


CRAQUE!


-Vem Lily, rápido, pegue na minha mão, vamos!


- COVARDE! Volte, - ele gritava escadaria abaixo – abandonando a mulher e o filho? Quanta coragem! Pensei que fosse um homem mais digno Potter!


Percebi que ele estava subindo, peguei na mão de Lily, abracei a ela e Harry, ela chorava silenciosamente, segurava firme Harry e me abraçava, apertando firmemente as minhas costas como se para ter certeza de que eu estava vivo, ali com eles,e então nós três entramos naquela costumeira sensação de estar sendo engolido por uma mangueira, nenhum de nós conseguiu respirar até bater com os pés no chão firme da Street  St. Jean Lugarie, no apartamento de Sirius.


 


Eu sei, curtinho.


Mas eu achei essencial descrever os sentimentos de James, e tentei detalhar o máximo possível, aquele momento, que eu acho tão cruel, a morte deles, ou melhor a sobrevivência deles.


E aí, gostaram?


Deixem alguns reviews.


Talvez eu possa demorar para postar, mas eu continuarei, é que a escola está me deixando muito sobrecarregada, mas a fic só irá parar quando estiver pronta.


Beijos e até o próximo capitulo,


L.


 


 

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Comentários (1)

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