Sonhos e Surpresas.



Harry se mexia inquieto na cama, sonhos estranhos povoavam a mente do garoto, mas dessa vez não eram sobre Voldemort:


“Ao longe um pontinho vermelho cortava os céus com uma velocidade incrível, Harry Potter estava à busca do pomo de ouro, o clima estava tempestuoso, raios e relâmpagos eram vistos e os sons de trovões ecoavam. Harry não via nada a sua frente, estava tão absorto naquela sensação maravilhosa que se sempre o tomava enquanto voava que não percebeu que um raio vinha na sua direção só tomou conta da situação quando estava a poucos metros dele, tateou a procura da varinha mas ela não estava ali, o menino que sobreviveu apenas fechou os olhos esperando o momento em que não sobreviveria mais:


- Que Merlin me ajude! - Disse Harry, porem quando abriu os olhos ainda estava vivo. - Mas o que...! - Exclamou ele olhando para o próprio corpo; Harry estava flutuando e aparentava estar envolto por energia elétrica, porem ele não sentia nada, seus olhos anteriormente verdes estavam azul tempestade, extremamente escuros e sua cicatriz em forma de raio emitia um brilho azulado.


- Você foi escolhido como meu guerreiro, e se faz merecedor disso, eis um jovem forte de extrema coragem e bravura. Por isso te agracio com meus poderes, tu és agora filho de Zeus, deus dos deuses, do céu e dos raios.”


 O garoto acordou assustado sua cicatriz ainda emitia o mesmo brilho azulado e Harry estava encharcado de suor. Aquele fora o sonho mais estranho que já tivera.


- Merlin o que foi isso! - Harry estava assustado com tudo aquilo, desejou que Rony ou Hermione estivessem ali, Rony provavelmente apenas piscaria os olhos um par de vezes e diria “Poxa cara!” ao contrario da Granger que teria uma resposta lógica e cetica na ponta da língua. - Sabe-Tudo! - Ele maneou a cabeça afastando esses pensamentos enquanto sentava-se na beirada da cama e pegava um copo d’água, mas antes que pudesse faze-lo um pequeno raio de eletricidade saiu de sua mão diretamente para o copo fazendo com que o mesmo rachasse. - Wooa! Isso foi estranho!


Harry recuou até encostar-se na parede olhando fixamente para as mãos após algumas horas pensando sobre o estranho sonho e a eletricidade que saia dele, resolveu dormir dizendo para si mesmo que aquilo fora fruto da sua fértil imaginação e que estava agitado por que amanha iria para Toca.


 Não muito longe dali Hermione Granger dormia aparentemente tranqüila, porem sonhos confusos povoavam sua mente:


“Hermione andava por uma extensa biblioteca, mil vezes maior do que a biblioteca de Hogwarts. Estava tudo completamente escuro apenas uma única fonte de luz vinha dos fundos em uma das ultimas prateleiras, andou até la cautelosa:


- Alô quem está ai?! - Tateou nas roupas a procura de sua varinha, mas ela não estava ali, engoliu em seco. Chegou ao ultimo corredor, notou que la havia uma mulher que era bem parecida consigo. Era alta e tinha a pele alva, cabelos e olhos de um tom castanho muito escuro. - Quem é você?!


- Eu sou Atena, deusa da guerra justa, dos planos de batalha, da justiça, da sabedoria. - A mulher tinha uma voz de quem sabia de tudo. - E você Hermione, será minha guerreira.


- O que?! - Perguntou a morena perplexa.                                                       


- Isso mesmo, tu és digna de receber meus poderes és uma garota de grande inteligência e sabedoria. Eu te agracio com meus poderes, agora tu és minha filha Hermione Granger. - Atena fez um sutil movimento em direção a Hermione, a garota flutuou alguns centímetros do chão, uma luz esverdeada começou a irradiar dela, seus olhos anteriormente castanhos agora emitiam a mesma luz esverdeada.


- Proteja-o Hermione, como você sempre fez! - “Foi a ultima coisa que a deusa disse antes de sumir.”


A morena quase caiu da cama, tamanho o susto que levou, estava suada e com uma tremenda dor de cabeça como seu sue cérebro estivesse absorvendo varias informações de uma vez só, ela fechava os olhos tentando lembrar-se do sonho.


- Que coisa estranha! - Estava com o cenho franzido e passava os olhos pelo próprio corpo. - Que isso?! - Hermione assustou-se com uma espécie de tatuagem gravada em seu pulso direito, era o símbolo da justiça, uma balança e em baixo tinha um nome uma inscrição em Grego “Αθηνά”. - Atena. - Disse baixinho e se assustou ela não sabia ler em grego antigo... Bom agora sabia. Um flash do sonho passou por seus olhos “Proteja-o Hermione!”


- Mas quem... - Ela esforçava-se para lembrar quem ela podia proteger, era apenas uma garota de 17 anos. Então a resposta veio como um flash, uma imagem de dois olhos verdes. - HARRY! - Colocou a mão na boca com o susto, alguma coisa iria acontecer com ele! Alguma coisa SEMPRE acontecia com ele. Precisava falar com ele urgente, mas ele devia estar dormindo, amanha na toca falaria com ele e com Rony também.


Falando nele Ronald Weasley roncava alto como sempre, completamente esparramado em sua cama, mas sua expressão confusa denunciava seus sonhos:


“Ron andava por uma gigantesca estrada que era ladeada por uma floresta semelhante à floresta proibida, estava sem varinha e com um tênis estranho era um All Star preto tinha ganhado um desses de Harry no seu aniversario de 15 anos, porem este continha duas asinhas em cada lado, que começaram a bater e impulsioná-lo para cima.


- OOOO ME POE NO CHÃO, CARAMBA! - Bradava amedrontado, o tênis o estava levando cada vez mais alto.


- Não tenha medo rapaz, minhas pédilas não o farão mal! - Quem falava era um homem alto, de cabelos loiros e encaracolados, tinha um rosto angular e o nariz fino e reto, olho de um tom castanho quase dourado segurava um bastão alado e ladeado com duas serpentes.


- Quem é você?! E que por** eu to fazendo aqui?! - O ruivo perguntava assustado, não gostava nada, nada de voar sem sua vassoura. Uma luz dourada parecia sair do garoto, essa luz aumentava conforme as palavras do homem:


- Eu sou Hermes, deus dos ladrões, mensageiros, viajantes e medicina. E tu Ronald Weasley foi escolhido como meu guerreiro, tu és leal, amigo e corajoso por isso se faz merecedor de mus poderes. Eu te abeçoo, tu eis agora meu filho Ronald Weasley. Agora vá! - Ordenou o deus e Rony começou a despencar em alta velocidade...”


- PUTA QUE PARIU! - Bradou furioso, ao cair da cama por causa do susto. Depois de sentar-se na cama, reparou que seus pés estavam muito doloridos como se tivesse corrido léguas e léguas. - Aah cara isso ta me assustando! - Disse ele reparando em uma marca no seu pulso direito, era um caduceu, o mesmo bastão que aquele tal de Hermes estava segurando abaixo da figura havia um nome escrito em grego “Ἑρμής” - Hermes! - Ele arregalou os olhos com o que disse Ron mal sabia ler algumas palavras em inglês quanto mais em grego. - Dorme Ron, dorme que é melhor.


Alguns andares a baixo, certa ruivinha dormia inquieta metade de seu corpo já estava para fora da cama. Sonhos não a deixavam dormir em paz...


“Ginny, estava em um grande anfiteatro, um sol escaldante parecia acompanhar seus passos. O som de uma harpa a fez virar-se, a ruiva se deparou com um homem muito bonito: Ele era forte, tinha cabelos ruivos e cacheados, seus olhos eram dourados como o sol e ele tocava a grande Harpa.


- Esse é o melhor sonho que já tive! - Disse ela insinuante. - Posso saber seu nome?!


- Sou Apolo, deus do Sol, das artes, das profecias e dos homens. E tu fostes escolhida como minha guerreira, és uma garota esperta e vivas e por isso merecedora dos meus poderes, agora tu és minha filha Ginerva Weasley. - Enquanto ele dizia isso ao mesmo tempo em que tocava sua Harpa. Gina flutuava a alguns centímetros do chão, o sol estava exatamente em cima dela e uma luz alaranjada irradiava dela. - Agora vá!”


- CARALHO! - Bufou ela levantando-se do chão, havia caído por causa do susto. - Que sonho estranho! Muito estranho! - Ela passou as mãos pelo rosto e foi ai que notou uma marca em forma de sol. - Eu nunca fiz uma tatu... Alguma coisa! Não que eu me lembre. - Disse preocupada, mas resolveu esquecer esse assunto e dormir, amanha Harry e Hermione chegariam à toca.


Próximo dali uma garota de longos cabelos loiros dormia com a mesma expressão inquieta, Luna Lovegood também era vitima de sonhos confusos...


“Luna estava em uma bela praia, a areia era branquinha e as águas de um azul tão claro. Seu rosto adquiriu um tom vermelho ao perceber que estava de biquíni, sem consciência de seus atos se, pôs a andar por um caminho de pedras que levava até a arrebentação da praia.


- Onde estou?! - Perguntou-se a garota e assustou-se de como sua voz saia doce e melodiosa. - Oh Meu santo Merlin! O que diabos é isso?! - Uma figura começou a emergir da água tomando a forma de um homem, ele era alto e forte, tinha cabelos negros cortados em estilo militar e uma barba mal feita, seus olhos eram de um azul celeste da cor das águas daquela praia. - Quem é você?!


- Eu sou Poseidon, deus dos mares, dos terremotos, das tempestades e dos cavalos. - O homem falou, sua voz lembrava trovoes de tempestade. Ele fez um movimento com a mão e Luna foi em direção a água, uma espécie de redoma d’água e uma luz azul começaram a envolvê-la. - Tu foi escolhida como minha guerreira, és uma jovem honesta e acolhedora, por isso és digna de receber meus poderes Luna Lovegood tu és agora minha filha.”


- Meu Santo Nargulé! - Disse a loira assustada, seus pulmões estavam doendo como se tivesse passado vários minutos em baixo d’água sem respirar e todo seu corpo estava frio como se tivesse acabado de sair do banho. - Eu to acostumada com coisas estranhas, mas isso foi demais. - A garota levantou-se para ir ao banheiro, ao olhar-se no grande espelho que havia notou uma marca em seu pulso direito: Um tridente com uma inscrição em baixo “Ποσειδῶν” - Poseidon! - Ela sussurrou passando os dedos pelo local, ao colocar as mãos na pia a água começou a sair da torneira afastou-se da pia, colocando as mãos na cabeça. - Isso foi só a sua imaginação Luna, volte a dormir isso volte a dormir! - Disse para si mesma, voltando para a cama e dormindo.


Muito longe dali um rapaz loiro, dormia inquieto seu rosto se contorcia em susto...


“Draco se encontrava em um enorme campo de batalha, mas não era uma guerra trouxa comum nem uma guerra bruxa, homens de espada e armadura duelavam para todos os lados, corpos espalhados pelo chão era uma cena aterrorizante. Percebeu que ele mesmo se encontrava vestido da mesma forma e em suas mãos estava uma bela espada.


- Barbárie! - Sussurrou ele enojado, até para Draco Malfoy que não era um das pessoas mais pacificas do mundo aquilo era horrível. Do nada todos os homens pararam de lutar, e curvaram-se.


- Bem Vindo aos meus domínios! - Disse uma voz atrás de Draco, la estava um homem que parecia ter saído do filme do Rambo, era alto e extremamente musculoso, tinha olhos azuis ameaçadores e era careca.


- Quem é você? Onde eu estou? E o que você quer comigo?! - Perguntou o loiro em tom ameaçador, odiava ficar sem entender o que estava acontecendo. Instintivamente ele ergueu a espada a sua frente.


- Sou Ares, deus da guerra e tu fostes escolhido como meu guerreiro, tua audácia e valentia o fazes merecedor dos meus poderes, agora tu és meu filho Draco Malfoy. - Enquanto o Deus falava, uma luz vermelha envolvia todo o corpo do jovem e seus olhos anteriormente acinzentados emitiam uma luz também vermelha.”


O Malfoy acordou assustado, todos os músculos do corpo pareciam doloridos, sua visão demorou a entrar em foco mas logo percebeu que continuava em seu quarto na Ordem da Fênix, sim Draco Malfoy agora residia na Ordem da Fênix pois fora expulso de casa por não aceitar se tornar um Comensal da Morte, então foi abrigado na sede por Alvo Dumbledore. - Santo Merlin! Que porra é isso... - Exclamou ele assustado com uma marca em seu pulso, duas espadas cruzadas com uma inscrição em baixo “Ἄρης” - ARES. Ok, ok isso ta me assustando! - Draco levantou-se e caminhou em direção a cozinha afim de tomar um copo d’água.


A alguns metros de distancia, uma garota de longos cabelos cacheados e loiros dormia completamente atravessada na cama, os mesmos sonhos não a deixavam dormir em paz...


“Lilá estava em uma enorme floresta, não era densa como a floresta proibida de Hogwarts, as árvores eram espaçadas e o chão era forrado dos mais diversos tipos de flores.


- Bem Vinda! - Disse uma mulher, que estava apoiada em uma das arvores era absolutamente linda, tinha cabelos loiros e ondulados os mesmos estavam ornados com duas belas rosas prendendo-os de cada lado, tinha olhos verdes escuro da mesma cor das arvores daquele local.


- Agradecida! Mas quem é você?! - Perguntou ela confusa.


- Sou Deméter, deusa do clima e da agricultura e tu Lilá Brown fostes escolhida como minha guerreira és uma jovem determinada e justa, e se fazes merecedora de meus poderes tu agora és minha filha. - A Deusa fez um movimento com as mãos e pétalas de rosas envolveram a moça, uma luz violeta começou a emanar do corpo dela. - Pode ir!”


- Jesus amado! - Disse a garota colocando a mão no peito, estava suada e seus olhos ardiam, quando conseguiu por sua visão em foco percebeu que se encontrava em seu quarto na Ordem da Fênix, Lilá havia sido trazida para la desde que seus pais figuram para o México, reparou na mesma tatuagem só que desta vez era uma flor que continha uma inscrição em baixo “Δημήτηρ” - Deméter! - Disse confusa, desde quando sabia ler em grego antigo?! Resolveu deixar esses pensamentos de lado e desceu da cama em direção porta, quando abriu-a deu de cara com Draco. - Ah que susto Malfoy! O Que faz acordado a essa hora?! - Perguntou com a sobrancelha erguida.


- Tive um sonho e vou beber água, e você Brown? - Disse ele indiferente como sempre, desde que a garota chegara ali vinha tentando ser educado.


- Meus olhos estão doendo, vou colocar um colírio. - Disse a garota fechando a porta e em silencio desceram até a cozinha.


-~-~-


Alguns andares a cima um outro garoto de rosto rechonchudo roncava altamente, mas a inquietude de suas pernas demonstrava seus sonhos...


“Neville estava na borda de um grande vulcão plenamente ativo, magma e lava eram expelidos para todos os lados porem o calor que de la emanava não o afetava.


- Seja Bem-Vindo Neville!Seremos breves, então não faça perguntas. - Quem falava era um homem alto, extremamente musculoso seu rosto não era dos mais bonitos e ele parecia estar sujo de fuligem. Ele fez um movimento com as mãos e uma redoma de lava envolveu todo o corpo de Neville e dele começou a sair uma luz vermelha, era visível que os músculos do garoto cresceram magicamente. - Eu, Hefesto deus do fogo e dos metais o nomeio meu guerreiro, apesar de todos os preconceitos tu és fiel aos teus amigos e isso o faz merecedor de meus poderes, tu és agora meu filho Neville Longbottom.”


- AAAAAAAAH - O Garoto gritou assustado e imediatamente Draco e Lilá entraram no quarto, o loiro vasculhou todo o quarto atrás e alguma coisa enquanto Lilá via se Neville estava bem, ele estava tremendo e muito suado todo seu corpo estava dolorido e muito quente.


- O que aconteceu Nev? Merlim, você está fervendo! - Perguntou a garota assustada, foi passando as mãos pelos braços do rapaz que notou uma marca em seu pulso direito. - O que foi isso Neville?


- Isso o que?! - Ele perguntou confuso e seguiu o olhar da garota até seu pulso direito, havia uma marca um escudo com as seguintes inscrições em baixo “Ήφαιστος” - Hefesto!


- Esquece isso Neville, volta o dormir, você também Lilá volta pro quarto. Próxima semana a gente pergunta isso para o professor Dumbledore. - Disse Draco em tom de ordem, os outros apenas assentiram, Neville voltou dormir e roncar, Lilá e Draco voltaram para seus respectivos quartos.


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Harry acordava com batidas frenéticas na sua porta e gritos que infelizmente ele reconheceria de longe, sua Tia Petunia:


- HARRY, ACORDA MULEQUE! TEM VISITA PRA VOCÊ! - Gritou ela esmurrando a porta como se sua vida dependesse disso. A menção da palavra “VISITA” Harry pulou da cama, praticamente arrancando o pijama do corpo, agora era notável o quanto ele havia crescido durante o verão, evitava ao máximo ficar parado e começar a pensar na morte de Sirius e a única forma era trabalhar ao máximo.


- To indo, to indo! - Gritou ele de volta, enquanto abria a porta do cubículo de quatro paredes que ele chamava de quarto. Ao chegar na sala dos Dursley ele viu uma cena um tanto incomum para não dizer bizarra ninguém mais ninguém menos do que Alvo Dumbledore, Remo Lupin e Arthur Weasley estavam sentados no imaculado sofá de Tia Petúnia. Os Dursley estavam encolhidos junto a uma parede todos de olhos arregalados e uma expressão de nojo no rosto:


- Olá Harry! Já fez suas malas? - Perguntou Lupin sorrindo para Harry de uma forma estranha, bom Lupin é estranho.


- Fiz sim, primeira porta a direita. - Disse Harry indicando a escada, o garoto direcionou o olhar para os dois homens na sala. - Como vão Sr. Weasley, Profº Dumbledore.


- Bem querido! Molly está ansiosa a sua espera, mas antes vamos passar em um lugar que tenho certeza que você vai gostar. - Respondeu o ruivo sorrindo. O Garoto arqueou as sobrancelhas perguntando-se para onde iriam.


- Vamos, vamos Harry! Temos muito caminho pela frente. - O Professor sorriu como só ele sabia fazer. - Adeus Sr. E Sra. Dursley.


Do lado de fora da casa dos Dursley estava estacionado o velho Ford Anglia Azul dos Weasley, Harry sorriu de lado ao lembrar-se do que ele e Ron aprontaram nesse carro no inicio do segundo ano e da bela bronca que levaram de Hermione. Os quatro entraram do carro e o Sr. Weasley deu partida, Harry não se conteve de curiosidade e perguntou:


- Onde estamos indo? - Dumbledore, sorriu parecia que sabia exatamente o que Harry ia perguntar. Não duvido nada que ele sabia mesmo.


- Confie Harry, você vai gostar. - Disse o professor e sorriu cúmplice para Lupin. - Estamos chegando, desça Arthur.


 Eles desceram mais suavemente do que Harry lembrara, talvez pelo fato de quando dirigiu esse carro ele tivesse apenas 12 Anos. Estavam em frente a uma grande casa, aparentemente em um condomínio fechado, a fachada da casa era branca e violeta. De umas das janelas uma garota de cabelos castanhos e encaracolados que iam até um pouco abaixo do ombro viu o carro descer e de imediato reconheceu o dono daqueles cabelos negros e revoltos, saiu correndo em direção a porta:


- Harry! - Hermione o chamou enquanto saia correndo da casa e atirava-se nos braços do rapaz, apertando-o em um forte abraço, Harry ainda meio surpreso com o abraço da amiga envolveu-a pela cintura levantando-a um pouco do chão. - Senti sua falta, fiquei preocupada.


- Hermione, eu, não, consigo, respirar. - Gemeu ele com o rosto vermelho, ela soltou-o corando. - Preocupada com o que?! - Perguntou Harry segurando o rosto da amiga.


- Crianças vocês terão muito tempo para conversarem e... Fazerem o que quiser. - Esse ultimo comentário de Dumbledore fez os dois revirarem os olhos.


- Então Hermione já falou com seus pais? - Perguntou Lupin, Hermione assentiu, eles pegaram as bagagens da garota e rumaram para o carro e seguiram para A Toca.


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- Querida Cheguei! - Anunciou o Sr. Weasley quando chegaram ao enorme jardim d’A Toca. Harry e Hermione se entreolharam segurando o riso, ele - Sr. Weasley. - parecia Fred Flintston falando aquilo. Imediatamente três cabeças ruivas surgiram nas janelas da casa Ron, Gina e Molly saíram da casa para receber os morenos, a Sra. Weasley chegou primeiro e deu seu famoso abraço-não-sinto-meus-musculos.


- Mamãe o Harry ta começando a ficar roxo. - Disse Ron ao notar a vermelhidão no rosto do amigo.


- Não seja bobo Roniquinho! Ah Hermione querida como está linda. - Os comentários da mulher deixaram Ron e Hermione muito vermelhos. Depois da sessão de abraços assassinos eles foram para dentro da casa.


- Vamos la pra fora! Aqui dentro ta um forno! - Exclamou Gina, desde ontem ela havia ficado muito calorenta.


- Nossa Gina nem ta tão calor assim. - Disse Harry, mas recebeu um olhar mortal de ruiva. - Ta bom, ta bom vamos la pra fora!


- Que isso Harry com medo da minha irmã. - Riu Ron mas a irmã direcionou-lhe o mesmo olhar. - Você me assusta sua capetinha!


- Gente eu tenho que contar uma coisa pra vocês. - Hermione que até então estava calada se manifestou, todos olharam para ela.


- Isso tem alguma coisa haver com o fato de você estar preocupada? - Harry questionou e a morena apenas assentiu.


- Ontem eu tive um sonho muito estranho, eu tava em uma biblioteca enorme cheia de livros, cada um mais interessante que o outro. - Os outros reviraram os olhos, e Rony sibilou algo parecido com “CDF”. - Enfim voltando: Estava tudo escuro só tinha uma luz no fim da biblioteca e eu segui até la, a luz vinha de uma mulher era bem parecida comigo, ela disse que era a deusa Atena e que eu fui escolhida como guerreira dela. E quando eu acordei tinha essa marca no meu pulso. - A Morena explicou tudo e mostrou a marca em seu pulso direito.


- Nossa! - Exclamou Ron coçando a nuca. - Eu tive um sonho parecido: Eu tava numa estrada enorme e muito escura, sabe aqueles tênis que você me deu Harry?! Então eu estava com eles só que eles tinham asas, isso mesmo asas e elas me levaram pra bem alto, alto pra Ca... - Hermione direcionou ao ruivo um olhar assassino. - Carambola, la no céu tinha um homem ele parecia uma versão de cabelos cacheados do Malfoy, ele me disse que era um deus, o deus Hermes e que eu tinha sido escolhido como o guerreiro dele, e quando eu acordei também tinha tipo uma tatuagem, olha só. - Ele mostrou a imagem do Caduceu no pulso.


- Isso ta realmente me assustando. Eu tive um sonho parecido, eu estava em um anfiteatro ao ar livre estava um sol do caramba e parecia que pra onde eu andava ele me seguia, la tinha um homem ele parecia com o Fred só que com os cabelos cacheados e os olhos dourados, ele me disse a mesma coisa só que ele era Apolo o Deus do Sol. E eu acordei com uma marca também olha só. - Ela mostrou a marca em forma de Sol em sue pulso, todos olharam para Harry.


- Se eu falar que também tive um sonho assim vocês vão ficar muito assustados? - Ele coçou a nuca arrepiando ainda mais os cabelos. - Só que eu não acordei com marca nenhuma. 


- Qual foi o Deus que você sonhou Harry?! - Perguntou Hermione, uma vaga hipótese passando por sua cabeça.


- Se eu não me engano, foi Zeus.


- É Obvio! - Ela exclamou e Ron revirou os olhos, detestava quando ela falava isso. - Zeus é o Deus do Raio, e você já tem uma marca de raio Harry.


- Crianças entrem já esta ficando frio! - Molly apareceu na janela da casa chamando-os, imediatamente eles foram para dentro.


Uma semana depois...


 - Crianças acordem! Vamos Ronald deixe de preguiça. - A Mulher tentava acordar os dois rapazes. - Gina e Hermione já estão la em baixo.


- Ta bom mãe! Estamos indo. - Resmungou o ruivo. Em menos de dez minutos Harry e Ron já estavam na cozinha da casa dos Weasley tomando café da manha.


- Sra. Weasley para onde nos vamos? - Perguntou Harry observando as malas próximas à porta.


- Para a Ordem meu querido. - Os olhos de Harry brilharam em expectativa. - Falando nisso, nÓs temos hospedes, quero que vocês sejam educados. Ouviram bem?


- Quem esta na casa? - Perguntou Hermione.


- Hospedes um tanto quanto inusitados. Mas eles são muitíssimos educados e eu exijo que vocês sejam educados com eles. Estamos entendidos? - Os quatro assentiram. - Ótimo agora terminem logo isso e vamos.


 Logo após do Café da Manha os Weasley juntamente com Harry e Hermione se apertaram novamente dentro do Ford Anglia da família e rumaram para o Largo Grimmould. Assim que estacionaram, encontraram Remus:


- Olá. Entrem, Molly querida suba e acorde as crianças, por favor, tenho que fazer mais um serviço. - Pediu o lobisomen quando estavam na Sala da casa. Harry vagava o olhar pelo lugar, lembranças de Sirius invadiram sua mente, convivera pouco tempo com o padrinho, mas esse tempo marcou muito sua memória e pensar que nunca mais o veria doía, doía mais ainda saber que era por sua causa.


- Não foi sua culpa. - Disse Hermione colocando seu queixo no ombro de Harry. - Você só queira protegê-lo.


- Se eu tivesse te escutado, ele ainda estaria aqui.


- Mas é da sua natureza Harry, você nunca me escuta, nunca! - Eles riram, mas era verdade Harry nunca a escutava e por isso sempre se metia em confusão.


- Se fosse comigo eu já tinha te derrubado a muito tempo! - Eles ouviram uma voz familiar vindo da escada.


- Fica na sua Malfoy! - Os que estavam na sala ficaram de boca aberta com a cena que viram. Lilá Brown estava fazendo Neville de cavalinho e ao lado deles estava nada mais, nada menos do que Draco Malfoy. -Temos visitas meninos.


- Oi pessoal! - Disse Neville sorrindo. - Lilá desce!


- O que ele esta fazendo aqui?! - Perguntou Rony seus olhos azuis estavam escuros de raiva. Draco revirou os olhos.


-Não ligue para ele Draco, você já tomou café querido?! - Perguntou a Sra. Weasley para o loiro.


- Ainda não, nenhum de nos três teve coragem de acordar cedo. - Respondeu ele educadamente, e rumaram para a cozinha porem Harry estava parado em frente a porta.


- Saia da casa do meu padrinho! - Vociferou ele. - Sirius não admitiria que um Malfoy e ainda por cima um Comensal entrasse na casa dele.


- Primeiro Potter, tecnincamente eu não sou mais um Malfoy, meu pai me deserdou. - Falou com desdém


- Porque você foi deserdado Malfoy? - Hermione perguntou com uma sobrancelha erguida, segurando Harry pelo braço o garoto estava vermelho de raiva.


- Porque eu me neguei a tornar-me um comensal da morte, a prova para tornar-se um era matar um sangue ruim, sem motivo, eu não gosto de sangues ruins isso é fato humilhar é até divertido, mas não mataria um que nunca me fez nada, se fosse a Granger eu poderia até pensar no caso... - Rony e Harry avançaram em cima dele.


- Vocês dois parados, não batam nele, ainda não! - Rosnou Hermione.


 - Ta que seja. Então Lucio me deserdou e me expulsou de casa, Dumbledore me encontrou e me trouxe pra cá, a Lilá já estava aqui quando eu cheguei. - Draco explicou tudo muito calmamente e com sua costumeira frieza, como se onde deveria haver um coração houvesse uma pedra de gelo.


- Eu não acredito em você Malfoy, Black que seja! Pra mim você ainda é um Comensal imundo.


- Ronald Abilio Weasley, seja educado não fale assim com ele! E você Harry saia daí. - Ordenou a Sra. Weasley.


- E vocês porque estão aqui?! - Perguntou Gina a Lilá e Neville.


- Meus pais fugiram, eu me neguei a ir, não iria arregar. E bem cá estou.


- Minha avó me mandou pra cá, é mais seguro. - Disse Neville fazendo pouco caso. - Agora vamos comer?


- Esse é o meu garoto. - Comentou Rony dando um soquinho no braço de Neville.  


Eles foram para a grande Sala de Jantar da mansão, o clima ainda era tenso. Todos olhavam desconfiados para Draco, menos Lilá e Neville que conversavam normalmente com ele.


- Venham até aqui, tem visita para vocês! - Eles escutaram a voz de Lupin da sala, os sete jovens fizeram cara de “De novo?!” e foram para a sala. Luna Lovegood estava em pé na sala e observava toda a decoração com seu costumeiro olhar de constante surpresa.


- Luuuuuuuuuuuuna! - Gina correu na direção da amiga e deu-lhe um forte braço. - O que você faz aqui?


- Não sei, Lupin apareceu la em casa, conversou com meu pai e bom... Aqui estou. - Disse ela com simplicidade. Draco riu do jeito inocente da garota.


- Crianças porque não vão para o quarto do bicuço para conversarem.


 Os oito subiram até o terceiro andar onde se encontrava o antigo quarto do Bicuço que agora estava reformado, no local agora se encontrava com uma mesa de bilhar no centro.


- Nev, o que aconteceu ontem pra você acordar tão assustado? -Perguntou Lilá enquanto ela, Draco e Neville jogavam sinuca.


- Eu tive um sonho muito estranho. Eu tava na borda de vulcão em erupção, mas o calor não me afetava de repente um cara surgiu do nada, ele era fortão mas tinha um rosto feio ele disse que era Hefesto um deus olímpico e disse que eu tinha sido escolhido como guerreiro dele, eu acordei muito assustado.


- Ok, isso é coincidência demais! Eu tive um sonho parecido, eu tava um floresta muito bonita por sinal, tipo assim do nada surgiu uma mulher ela disse que era Demeter deusa do Clima, disse que eu tinha sido escolhida como guerreira dele e... - Começou Lilá.


- Quando você acordou tinha uma tatuagem no seu pulso e você magicamente sabia ler em Grego. - Disse uma voz atrás de Draco, o garoto imediatamente se virou e deu de cara com Luna, ele estreitou os olhos focando nos olhos grandes e inocentes dela, mas logo voltou a si, afinal ela era só a Di-Lua Lovegood.


- Como você sabe disso Lovegood? - Perguntou Draco. - Você também teve esses sonhos com Deuses. - A garota assentiu mostrando a tatuagem em forma de tridente no seu pulso. O loiro pegou o pulso dela nada delicadamente. - Poseidon, Deus dos Mares.


- Isso já é demais!Vocês também?! - Ron disse alto assustando a todos, Lilá que estava sentada em cima da mesa de bilhar se desequilibrou com o susto e caiu, mas Ron chegou a tempo de segura-la passando as mãos pela cintura dela, quando a garota estava caindo o ar pareceu ficar mais frio e seus olhos verdes escureceram. - Desculpa!


- Na... Não tudo bem! - Disse ela ainda meio tonta mas não pelo susto e sim pela proximidade do garoto.


-Mas agora falando serio, vocês também tiveram esse sonho? - Perguntou Hermione ela estava abraçada a Harry que ainda olhava Draco enviesado.


- Sim, eu tive um desses também. Foi horrível, eu estava em um campo de guerra era bem tenso. O deus que “me escolheu” foi Ares o Deus da Guerra, ele disse a mesma coisa: Que eu tinha sido escolhido como guerreiro dele. - Disse Draco com sua costumeira frieza.


- Ninguem te chamou na conversa Malfoy! - Disse Ron com arrogância, o loiro trincou os dentes dando um passo a frente Lilá que estava ao lado dele se afastou e postou-se na frente de Draco.


- Não faça nada que possa piorar as coisas! Você sabe da sua verdade, você sabe que mudou e não precisa provar isso pra ninguém. - Disse ela tentando acalmar o loiro, mas sem sucesso ele pareceu não escutar nenhuma palavra do que a garota dissera e nada delicadamente empurrou-a para o lado. - Merda Malfoy!


- Olha aqui Weasley! Eu estou me esforçando ao Maximo para nos termos uma convivência normal e não enfiar a mão nessa sua cara sardenta de cavalo, mas você esta abusando demais da minha paciência. Eu errei, e não me arrependo eu fui criado para ser daquele jeito. Eu mudei Weasley! E estou aqui na sua frente admitindo os meus erros, e você não sabe o quanto isso esta sendo difícil pra mim. Mas se vocês não quiserem acreditar eu não me importo, eu sei da minha verdade. - Desabafou ele, seus olhos acinzentados ganharam um tom vermelho assustador.


- Eu acredito em você. - Luna foi a primeira a se pronunciar, ela sorriu para o garoto e estendeu-lhe a mão o mesmo aceitou de bom grado.


- Eu ainda te odeio por tudo que você me fez, mas todo mundo merece uma segunda chance. - Hermione disse com um tom brando recebendo olhares estupefatos.


- A você eu devo mais desculpas do que a ninguém Granger.


- É. - Aquele era o jeito Weasley de dizer que perdoavam ao Malfoy. Apenas Harry mantinha-se calado.


- Não consigo! - Disse ele e Hermione, foi até a janela apoiando seus braços nela.


- Hermione, fala com ele! O Harry só escuta você, vai la. - Pediu Lilá, a morena assentiu e foi até onde Harry estava colocando a mão no ombro dele.


- Harry...


- Não dá! Não consigo esquecer tudo que ele disse de você, do Rony. - Ele virou-se e bagunçou os cabelos com força.


- Então é por nós. - Disse ela segurando o rosto do garoto entre suas mãos, ele não precisava responder, Hermione via em seus olhos que sim era por ela. - Harry eu também não esqueci, mas dei uma segunda chance. Vamos Harry, você não precisa ser amigo dele, só precisa ser sociável.


- Ok eu vou ser sociável com ele, por você. - Disse ele vencido e sorriu para ela, puxando-a para um abraço apertado. - Trégua permanente, Malfoy! Mas se você...


- Eu sei Potter! - Disse o loiro apertando a mão de Harry.


- Ok! Ok isso tudo é muito tocante mas é melhor nos descemos para o almoço. - Disse Gina que já estava na porta esperando todos passarem.


 O Almoço foi bem mais tranqüilo, eles conversavam normalmente. Gina e Neville principalmente, não paravam de conversar. Após o almoço a Sra. Weasley pediu para Draco mostrar o quarto de Luna:


- Bom chegamos. Quer ajuda pra arrumar as coisas? - Tinha que ser educado não é? Então, era só por isso que se propunha a ajuda-la.


- Agradeceria muito Draco. - Ela sorriu, Draco franziu o cenho nenhum deles ainda havia o chamado pelo primeiro nome. - Deixa ver onde vou colocar isso...


- Que tal ali? - Draco apontou para umas prateleiras. Os dois passaram o resto da tarde arrumando o quarto da garota, o loiro que era muitíssimo curioso perguntava sobre cada objeto estranho dela que explicava o que era cada um com muito entusiasmo. Era estranho para ele, ninguém nunca o tinha tratado assim com tanta doçura e o jeito de Luna era encantador, era inocente, leve, Draco pegou-se observando cada mínimo movimento dela e riu ao notar como ela era parecida consigo, a mesma pele clarinha os mesmos cabelos loiros apenas os olhos eram um pouco diferentes, os dela eram de um azul muito claro, eram grandes e inocentes os dele eram acinzentados e intimidadores.


- Acabamos! - Disse ela animada, tirando Draco de seus devaneios. - Muito obrigada Draco!


- Eu vou chamar a Lilá, ela vai dividir o quarto com você. Tchau Luna. - Dito isso ele saiu em direção ao seu quarto.


-=-=-=-=-=-=-=-=-


- Entra! -Disse Harry ao escutar as batidas nas portas e deu de cara com Hermione. - Ah oi Mione! O que a senhorita faz acordada essa hora?!


- Vim ver como você estava. Imagino como deve ser difícil pra você pisar nessa casa de novo, depois de tudo. - Ela sentou-se ao lado dele e encostou a cabeça no braço do moreno.


- É impossível não me lembrar dele. Mas você ta aqui, pra me fazer companhia. - Ela sorriu para o garoto e passou uma mão no cabelo dele.


- Eu sempre vou estar aqui Harry, sempre! Como eu sempre estive.


- Eu não sei o que seria de mim sem você Mione, provavelmente eu teria morrido envenenado no primeiro ano, ou petrificado no segundo, quem sabe morto por um dementador, ou por um dragão ou... - Ele enumerava cada fato com os dedos.


- Para Harry! Eu não gosto nem de lembrar isso, me da um calafrio em pensar que você quase morreu, que eu quase perdi meu melhor amigo. - Ela abaixou a cabeça mordendo os lábios.


- Ei, ei nem ouse chorar! E você tem razão não vamos falar nisso.


- Tudo bem! Boa Noite Harry! - Ela se levantou e ele fez o mesmo. Hermione ficou na pontinha dos pés e deu um beijo na bochecha dele, que por instinto passou os braços pela cintura da garota. Eles ficaram assim por um bom tempo, apenas desfrutando da companhia um do outro, se encaravam profundamente verdes e castanhos, como chocolate com cobertura de menta:


- Harry me... - Ron parou de súbito ao ver que os amigos estavam abraçadinhos e bem próximos. - Opa mal ae!


- Não foi nada Ron, eu só estava dando boa noite ao Harry! - Disse Hermione saindo dos braços de Harry ficando muito vermelha. Mas Ron não pareceu convencido.


- Eu acho que ele ta com ciuminho Mione! - Disse Harry divertido. - Ta querendo um beijinho também é Roniquinho? Vem cá, vem.


- OOO Sai daqui Potter! Ta me estranhando é. - Disse o ruivo se esquivando de Harry que ria muito. - Mas eu aceito um beijinho de boa noite da Mione! Porque só o Harry ganha beijo? - Perguntou ele fazendo beicinho.


- Deus do céu, eu mereço! - Hermione riu enquanto dava dois beijinhos nas bochechas dele. - Boa noite, e Ron... - Chamou Hermione. - Nada de sonhos impróprios com a Lilá viu!


- Ah vai te catar Hermione! - Disse ele vermelho e jogou uma almofada em sua direção mas ela fechou a porta.


-=-=-=-=-=-=-=-


Na noite seguinte quando o trio chegou à sala de estar da casa dos Black encontraram uma cena no mínimo inusitada, Draco, Lilá, Neville, Gina e Luna estavam arrastando todos os moveis da sala abrindo um grande espaço no meio:


- O que vocês pensam que estão fazendo?! - Hermione perguntou com cara de poucos amigos, todos reviraram os olhos Hermione conseguia ser bem chata quando queria e ela sempre queria.


- O que você acha Mione?! Estamos fazendo uma pista de dança particular. - Explicou Gina, como quem explica que 2 + 2 são 4. - Nev, traz as cervejas.


- Oopa carregamento chegando! - Anunciou Neville trazendo duas pesadas caixas de cerveja amanteigada.


- What? Neville, até ontem você não conseguia nem com você mesmo, agora ta ai carregando essas caixas.


- Inveja Malfoy? - Perguntou Hermione, esse foi seu maior erro. Draco puxou-a pelo braço atravessando e inclinando o corpo dela.


- Acredite Granger, nem um pouco. - Disse ele sedutor e depois gargalhou com a cara de susto da menina. - Você precisava ver sua cara Granger!


- Malfoy você deixou a Hermione sem graça. Subiu no meu conceito garoto. - Riu-se Gina batendo sua mão na do garoto.


 Eles passaram o resto da noite assim rindo e conversando, foi muito divertido a única que se mantinha meio afastada era Lilá, Rony percebendo isso foi falar com ela:


- O que ta acontecendo hein?! Você definitivamente não é de ficar caladinha!


- É não sou mesmo. É que eu to com saudade do meu irmão, alem do mais eu não me sinto integrada la. - Apontou para os outros. - É como se eu não fizesse parte daquilo.


- Quanto aos seus pais eu sinto muito, imagino como deve ser difícil. Quanto ao pessoal, sem problemas como diz aquele ditado trouxa: Se Merlin não vai até a Montanha, a Montanha vai até Merlin.


-Rony, é Maomé não é Merlin. Merlin nem existe no mundo trouxa, se bem que existe sim. Faz parte da História do Rei Arthur.


- Rei Arthur?! Conta isso direito. - Pediu Ron entusiasmado. Eles conversaram até tarde. - Meus pais sempre quiseram uma menina, só que a Gina nunca vinha ai... - Depois de muito tempo conversando Lilá acabou pegando no sono e só agora Rony perceberá, ele se ajoelhou ao lado dela passando um braço seu pelas costas e o outro no joelho dela, levantando-a do chão.


- Você também Weasley?! - Rony virou o rosto e se deparou com uma cena bem estranha: Draco Malfoy estava em pé no primeiro degrau da escada, ele carregava Luna nos braços como uma criança, as pernas da garota estavam enroladas na cintura dele e sua cabeça estava repousada na curva do ombro e do pescoço.


- Elas dormem e a gente que paga o pato! - O ruivo riu enquanto subia as escadas, seria mais lucro coloca-la sobre o ombro. Draco ajeitou melhor Luna nos braços vagarosamente para não acordá-la, mas sem sucesso, a garota abriu seus grandes olhos que sempre continham uma expressão de surpresa, surpresa essa que Draco interpretou como medo:


- Calma eu não vou te fazer nada. - Explicou ele, não queria que ela se assustasse.


- Eu sei, você é meu amigo não é?! Não me faria mal. - Ela falou com a voz pastosa de sono e logo voltou a dormir.


- Sim, sou seu amigo. - Ele disse chegando ao quarto da garota ele a depositou na cama, Lilá já estava la dormindo a sono solto.  Draco balançou a cabeça negativamente enquanto fechava a porta, aquilo não estava certo, ele não merecia a confiança deles.   

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Comentários (4)

  • Jéssica Occhi

    Adorei, espero que você não demore muito para postar. Interessante essa ideia d emisturar Harry Potter com mitologia grega... Amei!! :D

    2011-11-06
  • Jéssica J

    adorei a escolha dos Deuses, e rim muito com algumas passagens do cap, como a do sonho de Ron e os calores de Gina. rs  

    2011-10-08
  • Angeline G. McFellou

    srsrssrsrs Ser semi-deus por imposisão é uma coisade louco não? quero só ver o tipo de coisas que eles vão atrair. Mais pelo menos ele estão se entendendo bem, o que já é alguma coisa. Curiosa pelo treinamento dos novos poderes!!! rsrs Amei o capítulo, curiosa pla contiuação, att assim que der, por favor. Beijos...

    2011-10-02
  • rosana franco

    Achei estranho este pensamento final do Draco mais espero q seja apenas arrependimento mesmo.To supper curiosa pra saber qd eles vão começar a treinar os novos poderes e o clima de romance ja esta no ar qual vai ser o primeiro casal a se formar?

    2011-09-18
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