Capítulo Unico



“Talvez fosse esse o momento certo para se iniciar toda essa corrida, mas talvez fosse a hora errada para começar a contar a todos que a quiserem ouvir. Eu posso tentar ser bem explícita em minhas palavras e acabar por ninguém entender nem ao menos um parte do que estou dizendo, mas é assim. Há apenas uma pessoa capaz de me compreender como sou, mas será que ela ainda pode me ouvir?


Não. Não vá embora agora. Fique por mais um instante. Isso logo irá começar não se acanhe por ficar.


Sei bem que para ti essa espera pode se tornar um tanto cansativa demais, porém tente entender-me, é difícil a eu contar toda essa história, não é longa, nem tampouco curta, talvez um espetáculo dos mais famosos, só que por estar antigo fica esperando na gaveta para ser novamente apresentado. Podes não estar me compreendendo neste momento, isso é totalmente aceitável, porque não dizer normal.


Naquela época eu poderia-me ver sendo um tanto mulher, um tanto criança, um pouco de cada para ser exata e nada de nenhum deles sendo verdadeira. E aquele garoto, ele não poderia ser chamado assim de garoto tendo em suas costas os trinta anos que tinha. Mas do que estou falando se eu sendo um ano mais velha ainda me considerava particularmente sendo uma criança presa naquele corpo? Bom, ele poderia ser um homem sério e brincalhão ao mesmo tempo, sem problema algum, pois quando o viam dentro do terno azul marinho em seu trabalho de grande empresa não resistiam a suas piadas fora de hora e caretas sem sentido.


Como o conheci? Simples. Da mesma maneira da qual conhecemos muitas pessoas por toda a nossa vida. Através da escola.


Os anos nos separavam, ele foi para outro lugar distante e eu continuei na mesma cidadezinha minúscula de interior em que vivíamos. Então depois de anos ele voltou e sabe onde foi o primeiro lugar que passou para anunciar sua volta? Se disse em minha casa está carreta sua afirmação. Um abraço tão forte foi compartilhado entre nós dois, ele me rodava tirando meus pés do chão. Ah, sim, o nome dele. Já iria me esquecer desse detalhe. Era Draco Malfoy. Um louro metido, de cabelos oleosos e olhos azuis acinzentados que eu odiava e amava. Por que odiava e amava? Simples novamente: ele era chato e arrogante, rico que não gostava das pessoas, mas quando nos conhecemos nos tornamos tão amigos que eu o amo.


Chega a ser engraçado como nessa vida as coisas acontecem de um modo ao qual nos levam a pensar e refletir, chegando ao ponto final, sem sair do ponto de partida. Pois do começo se tem o fim, e sem ter um final não haveria o porquê de ter começado. E sem errar não há como viver, pois nos erros aprendemos a crescer.


E nós dois íamos a todo lugar juntos, talvez fosse por mania, talvez por saudade, ou talvez apenas porque ele não conhecia mais nada da cidade que mudara desde que fora. Quem nos via tão assim pensava que namorávamos, mas nós nunca ligamos para o que quisessem dizer, só queríamos curtir.


E não sabia ao certo, poderia temer se soubesse bem daquilo, mas será que faria alguma diferença?


E era numa tardezinha fria de inverno, nevava um pouco lá fora e nós estávamos aconchegados em minha casa vendo um filme, tomando chocolate quente e uma bacia grande de pipoca para acompanhar. Filme aterrorizante, um amigo idiota ao lado e sustos. Apagão. Grito.


E agora era o momento mais temido da história. Talvez o ALEPH de tudo, o ponto central desse universo que se consumia naquela tarde. Com a neve o céu se fechava e os raios de sol eram poucos, mas ainda assim podia-se sair e ver algo. Saímos, assim também fizeram os vizinhos.


Eu estava me aconchegando em mim mesma naquela tarde, esfregando as mãos para passar o frio que me cobria, mas algo me gelou mais profundamente. Não, fique tranquilo, não era uma dor. Não passava de uma mísera bola de neve jogada em meu rosto. Eu avistei o atirador, era aquele louro metido que eu amava. Montei em minhas mãos uma bela e grande bola branca e atirei contra ele que não consegui se desviar e assim começamos aquela inocente coisa de criança. Numa brincadeira em que eu descobriria agora que meu amigo tão amado era um verdadeiro artesão, suas mãos conseguiam moldar a fria neve formando bonecos de neve invejáveis, mas eu, como voltara a ser pequena naquele instante, usava da infantilidade para destruir seus bonecos.


E aquilo durara horas e mais horas, e nós nos perdíamos no tempo, na corrida da imaginação saltando para fora e tomando conta do seu espaço naquele lugar tão branco quanto estava. E mais branco ainda parecia estar ficando aquele espaço, esvaziando como bóia furada ia a rua, ficando cada vez mais deserta, excetos por dois adultos-crianças jogando bolas de neve um no outro. Éramos nós.


O frio da neve que nos caia foi tomando conta dos frágeis corpos humanos, e correndo ainda pudemos entrar. Talvez aquele um tanto encantador frio que nos corrompia por sobre nossa frágil pele possa ter sido a causa primária do ocorrido. Ou talvez já estivesse descrito em algum lugar. Mas destino? Não. Não há essa coisa tola de destino, se engana friamente quem acredita que possa acontecer o que for tudo isso já estava escrito em algum lugar. Isso é a desculpa dos tolos para seus erros. Por que se houvesse tal escrita, talvez muito de sua vida fosse sem graça, e se tudo dependesse de algo já programado para seguir não passaríamos de meras marionetes, controladas por cordões presos em nós, e quando os cordões são cortados o show se acaba. Se fosse programação seríamos atores de nossa própria existência seguindo um script que nunca lemos, mas que somos forçados a cumprir todos os detalhes sem reclamar. E para que haveria então os sentimentos verdadeiros se a falsidade seria tão parte de nós todos?


E depois de nas águas descidas de algo eletrônico criado para melhoras, ou resumidamente em outras palavras, depois de um banho de chuveiro. Então fomos para a sala novamente, a luz voltara, mas fora por pouco tempo até novamente se esgotar. Parecia não ser um dia muito bom.


Ele teria de ir embora por agora, mas a neve que caía lá fora era o que o impedia de ir. E na escuridão ficamos lá, sentados num sofá, sem chocolate, sem filme, sem pipoca, sem nada a fazer.


Mas que ideia que foi lhe surgir, caro Draco, mas era eu outra inconseqüente que apoiei tudo isso. E saímos novamente para a rua. O inverno desse ano estava acabando com as pessoas, as nevascas haviam derrubado uma torre por ali perto, eis aí a causa da falta de energia em minha casa.


E fomos nós, dois loucos de pedra andar por sobre tanta neve assim. E ele me dizia para ficar abaixada com as botas na rua lisa, me puxava escorregando no gelo ali. E nós riamos feito dois bobos que éramos. E no céu que ia se limpando pudemos ver somente uma estrela, talvez aquela a qual quando realmente pequenos nomeamos, com tal nome do qual nem consigo me recordar.


E foi quando eu estava olhando fascinada a estrela que ele me disse as palavras que minha mente não consegue nunca esquecer, e se ela um dia o fizer, meu coração me lembrará. Eu distraída a olhar uma solitária estrela a brilhar naquele imenso céu e ele ao meu lado, sentados os dois em punhados de neve. Ele olhava meu rosto sorrindo, seus lábios arroxeados se abriam devagar, e só se movimentaram da primeira vez, ao que eu não dei importância. Na segunda tentativa dele eu pude ouvir o doce som daquelas palavras ao saírem de seus lábios. Talvez mesmo que eu as ouvisse de milhões de outras pessoas nunca me recordasse da mesma forma com que recordo quando ele me disse, não sentiria o que senti aquela noite. As suas palavras adentraram fundo no meu coração e me cortou a língua sem me deixar dizer nada mais. No momento que me olhava ele me dissera: EU TE AMO.


Eu virei bruscamente o rosto para observá-lo, meus cabelos bateram em seu rosto sem ele se importar, ainda sorria. Como podia continuar a sorrir? Eu estava com a boca entreaberta e os olhos fixos nos dele, certamente hipnotizada cm aquilo. Sem movimentos meus. A chance ele viu por si só ser aquela e agiu se aproximou, sua mão direita e gelada foi para minha nuca me fazendo me arrepiar. Seus lábios aqueceram os meus tocando-se naquele instante. Não era como brincar de bolas de neve em que a gente ria de felicidade, a gente somente demonstrava através daquele gesto. E sua língua passeou por minha boca encontrando a minha que acabou por infiltrar-se por seus lábios. E era o melhor momento que eu poderia sentir.


E dentro daquele contexto todo foi que depois começamos a rir sem sentido. Talvez por toda a alegria que estava escondida por dentro de nós dois, ou talvez somente por ter vontade de rir de tudo aquilo. E ele era aquela mais brilhante, porque cada um dentro de mim é uma estrela, o meu coração pode ser colocado como o céu e ele é aquela estrela que aparece primeiramente todas as noites, que mesmo por sobre nuvens ainda está ali, me reconfortando e decorando minha vida, dando um brilho especial a tudo o que acontece. É cada vez posso me complicar mais com as palavras. Mas sei que até hoje está comigo.


Ficamos sem graça, talvez ambos deveríamos estar corados, mas quem iria descobrir com aquela escuridão? E somente agora as nuvens haviam desistido de cobrir a bela artista da noite, aquela que só pode por poucas vezes encontrar o seu querido amor, a companheira dos solitários, a amiga dos amantes, a inspiração dos poetas, a aprendiz da luz. A lua surgira, cheia e toda revigorante. Seu brilho era intenso e iluminava a tudo a nossa volta. E naquele momento eu me levantei de um salto, sem explicação, só senti vontade de fazer aquilo.


Tirei as botas e os dois pares de meias que eu usava para agasalhar do frio, depois sai correndo e deslizando na rua, somente pela emoção. O chão gelado em várias partes poderia servir com um espelho a mim, eu me via rodando e correndo. Louca. Era isso que eu era. E o louro? Ele acabou por me acompanhar naquela loucura, também se descalçou e colocou-se a correr e rodar pelo gelo da rua.


Imprevisível o que poderia vir a acontecer naquela simples brincadeira. Talvez fosse melhor a gente ter juízo em nossas cabeças e voltar para dentro, dormir logo, ao invés de ficar do lado de fora brincando de voltar à infância.


 Então uma mulher se atrasara a pegar o táxi, ele espera um pouco mais e depois com outra pessoa sai. A mulher fica a esperar outro passar. O celular do motorista toca e ele pára o carro por um tempo para atender, e enquanto esse motorista falava ao telefone, a mulher conseguira outro táxi, e nós dois brincando no gelo. O inverno frio deixara algumas ruas interditadas, então o desvio para o táxi que a mulher pegara seria inevitável. O outro táxi, que o seu motorista acabara de falar ao celular dera partida. O passageiro começa a conversar com o taxista, que olhava para trás enquanto continuava o caminho, a rua era reta e de passagem apenas para aquela direção. E nós demos as mãos e começamos a rodas com os pés gelados do inverno. E de tanto rir nossos rostos já escorriam água salgada, não suor, pois era impossível suar com todo aquele frio, mas escorria de nossos olhos algumas lágrimas de alegria.


Podem estar se perguntando por que falei tanto desses táxis, mas talvez possa já estar imaginando o que virá a acontecer a seguir. Não sei. Sua mente eu não posso ler, nada posso descobrir, mas talvez eu esteja certa de que você entendeu tudo o que está havendo. Mas se não, eu explico.


E a mulher chega a seu destino, porém quando vai sir do táxi na esquina que pedira um outro carro vinha por sua direção. O motorista distraído do outro táxi era o mesmo do celular, ao escutar o passageiro avisando ele vira para a rua mais próxima conseguindo não bater na mulher. Ficam o passageiro e ele a olhar para trás vendo como estava a mulher sem perceber o que havia a frente. E Draco me havia colocado em suas costas e estava rodando. Depois me derrubou em um monte de neve onde fizemos anjos de neve.


E o taxista continuava a olhar para trás.


Talvez se ele tivesse olhado para frente na hora que virou nada disso tivesse de acontecer. Talvez se ele não atendesse o celular. Ou se a mulher não precisasse pegar um segundo táxi...


Quem sabe se nada disso tivesse acontecido talvez ele continuasse ao meu lado ainda.


E quando o motorista olhou para frente já era muito tarde. Eu me levantara da neve de costas para a rua, os pneus do táxi escorregaram no gelo da pista e ficou desgovernado. Vinha em minha direção um carro, sem parada, sem controle. Quando me virei pude imaginar sendo prensada contra a parede e por falta de ar falecer. Imobilidade. Meus músculos não conseguiam se mexer com o medo, meus olhos não piscavam, estavam muito abertos. Eu o vi perto demais, então a única reação foi fechar os olhos e esperar.


Um braço gelado por sobre minha cintura, abri os olhos, fui arremessada para o lado com força e cai em um monte de neve enquanto via o táxi prensando Draco em meu lugar. Se sua boca vi saindo sangue e de meus olhos eu vi saírem muitas lágrimas. Meu grito abafado pelo desespero. O corpo alto e forte dele caído por sobre a frente do carro. A multidão de pessoas que se aproximava para tentar ver algo do que acontecia. A luz acabara de voltar e todos se espantavam com o que estavam vendo.


E a estrela lá no alto céu havia sido coberta por uma nuvem negra, a lua fora junto e o seu brilho não aparecia mais naquela imensidão. Corri talvez não uma corrida, mais uma caminhada rápida, pois a cada passo meu eu escorregava um pouco até chegar onde ele estava. Minhas lágrimas me haviam esquentado a face. Segurei forte a mão dele, gritava seu nome, ou gaguejava com a pouca voz que ainda me podia sobrar. Ele se virou para mim, com o rosto ensangüentado: ‘Toda noite não se esqueça de olhar para o céu. Hermione, toda história tem um final... E talvez esse seja considerado o final da minha, mas você ainda tem a sua para contar. Não... Não deixe sua história morrer.’


E foi naquele momento que ele piscou para mim pela ultima vez, tossiu, fechou os olhos e se deixou ser levado. Sua mão na minha ficou frouxa, eu senti um arrepio na espinha, como se algo houvesse acabado de passar por dentro de mim. Na verdade havia, sua alma me dera o último adeus e agora ele subia por sobre as nuvens. Um sorriso em meio as lagrimas, eu sabia que talvez não fosse realmente um adeus e que ele não dissera essa palavra porque dizer isso significa ter de ir embora.


Mas e se naquele dia de aula, em que uma menina de cabelos castanhos chorava em um canto da escola por ser inferiorizada, e um louro foi perto dela com a intenção de piorar seu sofrimento, ao invés disso viu um brilho especial na garota. E ele que era o arrogante e riquinho da escola, o garoto que ninguém era bom o suficiente para ser seu amigo. Aquele menino que dava risada das desgraças de outras pessoas e adorava ver aquela menina castanha a chorar.  E se ele não visse esse brilho especial em mim naquele dia, não me desse a mão para levantar e um abraço de ânimo, e se me tivesse piorado? Talvez eu o odiasse e ele não estivesse aqui hoje para isso acontecer.


Mas ele parou de me desprezar e me ensinou a ser feliz, ensinou o que era ter um verdadeiro amigo em nossa vida e ele foi a pessoa mais especial que eu pude encontrar. Seria possível ter outra pessoa assim?


E ele no dia de meu aniversário todo ano me quebrava um ovo na cabeça, mas ele fazia questão de pintar todo o ovo.


Mas agora quem iria estar ao meu lado quando eu caísse e ralasse o joelho? Quando eu fosse para uma caverna cheia de aranhas e tivesse medo? Quando eu fosse assistir a um filme de terror em uma noite de sexta feira treze? Quem iria estar ao meu lado para brincar descalço em uma noite fria de inverno?


E tudo agora parecia ter sido feito para dar errado.


Soltei sua mão, me senti fraca, com frio, sozinha e sem forças para prosseguir, então não vi nada mais a minha frente, só negro tomando conta de meus olhos. Encontrei-me depois em um lugar muito branco, com uma mulher também de branco ao meu lado mexendo em alguma bolsa de soro. Eu estava no hospital.


E foi o momento em que vi meus pais que abri realmente os olhos. Há quanto tempo que eu não os via... Eles viviam ocupados demais para poder me visitar, mas agora lá estavam eles, ao meu lado. Então eu consegui sorrir.


É tão estranho ver que as coisas ruins às vezes trazem certa recompensa. Uma vez que por aquele acidente eu perdi o melhor amigo que eu alguma di a já pude ter em minha vida, ele fez com que eu recuperasse meus pais.


Então qual a razão de tudo poder acontecer? É que cada dor que você sofre pode depois ser coberta por um sorriso, e cada sofrimento é somente uma prova para a pessoa. Nenhum obstáculo que nos é colocado é grande demais, Deus só dá a dor a qual podemos suportar para nos tornamos pessoas mais fortes e melhores. E se você mostra que pode vencer então a vitória lhe virá com juros.”


-Vovó, isso é tudo verdade?- pergunta a garotinha ruiva sentada ao pé da cadeira de balanço.


-Sim, querida.


-Mãe, acho que já chega de histórias por hoje. Crianças, o jantar está na mesa.


-Rose, você até hoje não acredita em mim não é?


-Mãe, você aumenta a história a tal ponto... Olha só, Hermione Granger, essa pode ser a história mais linda que você conhece, mas eu não posso me deixar acreditar.


-Você que sabe. – a senhora idosa ali sentada via os netos correrem para a cozinha, depois a filha sorrir para ela e sair.


-Quando quiser venha jantar. – dizia caminhando para a cozinha.


Hermione levanta da cadeira e vai até o canteiro de rosas, aspira fundo o perfume.


“Toda noite não se esqueça de olhar para o céu”- Ela se lembrava dessas palavras e toda a noite parava naquele canteiro e ficava observando a estrela deles, a estrela que mais brilhava lá no céu. E ela sempre notava que não importava o quanto de nuvem tivesse cobrindo o céu, o brilho dela sempre era maior e sempre aparecia. Somente para ela, ninguém mais via tal brilho.


Ela sorria, e quando fazia tal gesto a estrela piscava e ficava azul acinzentada.


E fora naquele momento a muitos anos, ao meio daquela brincadeira que ela descobrira que uma amizade verdadeira não precisa de aproximação, não necessita de coisas materiais e muito menos de lugares mágicos, a única coisa necessária realmente é a pessoa. Em pequenos gestos ela descobrira que um amigo não é somente alguém especial, é o herói da sua vida, porque ele sempre te salva da solidão. Em um abraço ele te apresenta o mundo.


 

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