Capítulo Único



N/A: Essa songfic fiz bem rápido, no ócio da madrugada. Recomendo ouvir a música "Oasis" da Tarja Turunen. É bem tocante tanto é que resultou na fic :p


É super simples, mas gostaria muitíssimo que comentassem, bjs bem duradouros a todos!


Enjoy it ;)





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     De braços cruzados, apoiados sobre o berço, Lílian não se cansava de olhar o pequenino Harry. Seu querido menino que nasceu de seu eterno amor James. Seu bebê era risonho e muito destemido, de olhos curiosos que olhavam sua criadora sem sequer piscar, a intimidava; mas acabava por se abrir num gigantesco sorriso.
- Que doçura! – com os olhos levemente marejados, Lílian cobriu os lábios com a mão direita e prosseguiu - James ele sorriu para mim.


- Querida - James saiu pela porta da cozinha da casa do casal, e enlaçou sua amada pela cintura –, quando é que ele não sorri para você?


- Você é o bebê mais fofo desse mundo – pegou o filho do berço e encheu-o de beijos.


- E você não se cansa de mimá-lo?


- Nunca.


- Posso saber quando será minha vez?


- James! Não se esqueça que estamos numa guerra.


- Por isso mesmo, Lily. O amor sempre vence não, é?


James beijou-lhe a face ternamente.  Apertou sua cintura com mais força e com o olhar convidou-a para o amor.


- E Harry?


- Ele vai sabe se virar sozinho, não é garotão?  - O pai pegou o filho nos braços e jogou-o várias vezes para cima e só parou diante do protesto da esposa:


- JAMES!   


- Ele gosta, olha. – o pequeno Harry gargalhava e erguia os bracinhos no ar pedindo por mais.


- Mas a mãe dele não.


- Só paro se subirmos.


Lílian zangou-se com o marido, mas James sabia bem como fazê-la mudar de idéia. Tinha o dom de persuadi-la como ninguém, e dessa vez não foi diferente.


As carícias de persuasão continuaram no leito do casal. Os corpos ladeados, lábios unidos e sensíveis um ao outro. James estava certo. Nada vence o amor, o mundo poderia estar em guerra lá fora; mas eles, ali, se amando, estavam fortalecidos para tudo.


- James eu lhe amo – sussurrou ao ouvido de seu homem, que retribuiu a amando sem pressa.


Mesmo após o amor os corpos estavam colados, Lílian pousara a cabeça no tórax daquele homem que amou, contornava os músculos do marido com o dedo indicador e só parou quando barulhos externos a casa chamou à atenção.


 


- Harry!


 


- Calma, nós sabemos o que fazer. Eu vou à frente.


 


Lílian vestiu-se rapidamente, aflita, trêmula; mas sobretudo decidida. O que tinha de fazer era simples, se Dumbledore tinha lhe assegurado que resolveria, resolveria. Lílián desceu as escadas e olhou em volta. 


 


 


Lílian olhava aquele grosso livro de capa dourada em suas mãos. Leu e depois releu o conteúdo diversas vezes. Após se certificar que era só aquilo o que poderia deter o Lord de machucar seu pequeno, olhou perplexa para o senhor de cabeleiras grisalhas e oclinhos meia lua, que estava à sua frente.


 


- É só?


 


- É tudo, Lílian. – sorriu-lhe Dumbledore.


 


- Parece pouco.


 


- O amor lhe parece pouco?


 


- Digo que é algo simples para alguém tão poderoso como Ele.


 


- Muitos ignoram o simples. – vendo a interrogação em seus olhos, o velho continuou - Eu o conheço. Não sabe a magia que está em amar, e na proteção que cai naqueles que conhecem o amor.


 


Lílian ainda com o livro aberto, tornou a olhar o que ali estava escrito. Deslizou os dedos sobre cada uma das palavras do feitiço, que era a única coisa que poderia ser feita para proteger seu Harry, tinha de se agarrar aquela pequenina esperança, que naqueles tempos de guerra era um Oasis.


 


Seu coração palpitava, sua boca tremia e seu corpo ainda insistia em tremer. Ela não podia vacilar. Chegou a hora. A porta rompeu-se, caiu ao chão pelo feitiço jogado.


 


- Lílian, FAÇA!


 


Um clarão verde iluminou os olhos da ruiva. Não era a hora de vacilar, não podia. Não.  


 


- Vamos Lily, você consegue! – disse a si mesma.


 


- Li-ly. Lil-y.


 


A sombra da bondade esconde a lágrima,


dá um passo em direção ao encontrado.


 


Emocionada, Lílian chorou. Seu pequeno havia pronunciado seu nome. Sua primeira palavra de tantas. Teria de ser de tantas. Contudo provavelmente seria a última que ela ouviria. Confiante pegou seu bebê no colo e lhe disse:


 


- Mamãe vai cantar pra você meu pequeno. – e cantarolou:


 


“Que a paz esteja repousando no berço de ninar.


A esperança se mantém, o caminho para o amor,


o caminho para a profunda liberdade.”


 


Ao terminar de cantar o feitiço, a mulher pôs seu filho de volta ao berço. E, aquele mesmo clarão que tinha iluminado seus olhos, os apagaram. O mesmo feitiço maligno que lhe tinha tirado seu amado, a eliminou. Mas, objetivo maior, a proteção do garotinho, fora conseguida como Dumbledore havia garantido. Pelo menos, o amor tinha vencido aquela batalha, só faltaria; a guerra, na qual o próprio sobrevivente teria de enfrentar, mas com a vantagem de não estar sozinho... Teria proteção de sua mãe velando por ele.



 

.Fim.

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