Draco Malfoy



N.A.: O que acham da fic até agora (se é que alguém lê...)? Sei que é chato pedir, mas eu quero a opinião de vocês... Beijos e Boa leitura *-*


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                Draco acordou cedo naquele dia, o sol ainda não havia nascido. Apesar de não conseguir dormir, não poderia sair da sala comunal aquela hora, mesmo sendo monitor. Então uma lembrança veio a cabeça, a melhor de todas as lembranças que ele já tivera...


                                                 FLASHBACK


                "Draco estava seguindo Harry pelos corredores de Hogwarts. Não demorou muito, chegaram a uma sala pequena muito conhecida por ele. Quando entraram, Harry olhou um instante para os olhos de Malfoy, que percebeu o quão o moreno estava nervoso. Quebrando o silêncio, Harry falou:


- Vi seus olhos... Estão vermelhos. Por quê?


                Draco ficou sem reação por um momento, não sabia o que falar... Pensou um pouco.


- Culpa sua Harry! Ontem de manhã, saindo daquele jeito, me deixou muito triste. Chorei a noite toda por você. Não saia mais daquele jeito, ok? - Disse, por fim. Ele estava nervoso, não queria que Harry se assustasse com tudo aquilo. Era estranho de mais até para ele próprio.


- Er... Tá, mas eu tenho um problema. - Harry parecia estar muito nervoso, não parava de mexer nas mãos.


- O que foi Harry? - Draco estava preocupado com Harry. Nunca sentira isso antes, era estranho estar se sentindo mal por causa de uma pessoa estar se sentindo mal também.


- Eu estou muito confuso, não me entendo mais... Não sei o que pensar.


- Será que eu posso ajudar? - Se arrependeu logo depois de soltar a frase, pois percebeu que tinha sentido duplo. Mas na frase não tinha malícia, era como se eles fossem amigos há muito tempo.


- Acho que... Talvez sim. - No momento em que Harry falara aquilo, gelou. Ficou parado, sentindo uma pressão na boca do estômago, como se estivesse descendo uma montanha-russa.


                Então, levou um susto imenso quando Harry deu-lhe um selinho rápido. Sentiu aquele estranho "frio na barriga" se espalhar pelo corpo inteiro. Nunca sentira tal coisa antes...


– Er... Ahn... Malfoy? Tudo bem? - Harry perguntou, mas Draco estava surpreso de mais para falar. Estava pensando no que faria a seguir quando percebeu o olhar de Harry para ele, parecia preocupado.


- Harry... Você e eu... O que você... Harry...!


                Draco não pensou duas vezes para fazer aquilo. Atirou-se nos braços de Harry e o beijou, sentiu novamente a sensação da montanha russa. Quando Malfoy sentiu as mãos de Harry puxando-o foi sem problemas, queria muito ficar perto do moreno. Então, sentiu uma das mãos de Harry subindo até seus cabelos... Ah, era a melhor sensação que ele já sentira na vida...


                Até então, tudo estava maravilhoso, mas todo aquele momento encantado acabou quando Harry o soltou.


- Por Merlin! O que eu fiz?! O que nós fizemos?! - Harry começou a andar de um lado para o outro na sala, e isso fez Draco lembrar de quando o moreno havia batido a porta logo depois de eles conversarem, naquela mesma sala. Draco ficara exatamente assim - E Hermione? Como... Como eu posso falar para ela que eu.. Que eu... - Harry respirou fundo - Que eu estou completamente louco por você, Malfoy.


                Harry sorriu para Draco e deu-lhe mais um selinho, e então, pela segunda vez, deixou o loiro sozinho naquela sala, mas dessa vez, Draco não se desesperou. Pelo contrário, ficou parado, sorrindo feito um bobo para todos os cantos. O cheiro de Potter estava em suas vestes, mas ninguém iria notar, a não ser os melhores amigos do mesmo. Mas Malfoy não se preocupou, já que não ficaria perto deles. Pegou sua mochila e saiu da sala, ainda sorrindo.


                                         FIM DO FLASHBACK




                Depois que voltou a si, Draco sentiu muita falta de Harry. Não exatamente dos beijos, mas  de Harry mesmo. De falar com ele, de olhar para ele... Fechou os olhos e forçou-se a dormir, mesmo sem sono.


                Acordou com Blásio chamando-o para tomar café. Pensou como seria acordar com o abraço de Harry. Se levantou, foi ao banheiro e trocou-se. Estava quase desistindo de descer quando lembrou que Harry estaria lá, talvez pensando nele enquanto tomava café.


                Chegando no Grande Salão, olhou para a mesa da Grifinória e viu Harry ao lado da Sangue-Ruim, o que fez Draco ficar com raiva.


                Enquanto andava triste até a mesa da Sonserina, olhou mais uma vez para Potter e os dois trocaram olhares rápidos. Ocorreu-lhe que o moreno havia sentado de frente para sua mesa, para ficar olhando-o. Uma onda de alegria invadiu lhe o corpo, ele queria correr e abraçar e beijar Harry, não importava mais o que os outros pensavam disso, mas alguém o segurou. Levou um susto quando viu que era Pansy. Aquela garota não desgrudava mais dele. Notou que ela ficou surpresa quando ele se soltou.


- Draco? Está bem? Parece um tanto... Pálido. O que houve? – A garota perguntou.


- Nada Pansy. Eu só estou com dor de cabeça hoje... Acho que vou para a ala hospitalar. – Falando isso, Draco saiu de sua mesa e contornou a da Grifinória, deixando discretamente um bilhete na mão de Potter.


                Ele resolveu ir para o corujal, não estava com dor de cabeça. Aquele bilhete já havia sido preparado há muito tempo, estava escrito que era para encontra-lo no corujal. Draco escolhera aquele lugar pois era o menos frequentado de toda Hogwarts, lá ele podia pensar. E pensar muito.


                “Será que ele vem? Não, ele não seria bobo de sair da mesa agora. Que desculpa ele daria? Não poderia dizer que iria ao banheiro, seria capaz de o Weasley ir com ele... Se falasse que viria para cá, mandar uma carta, a Granger viria também... É , ele não vem.” – Draco estava sentado na escada do interior do corujal, tentando se conformar que não veria Potter aquela hora. Resolveu esperar e, enquanto o moreno não chegava, foi procurar Edwiges. Quem sabe a coruja fizesse-lhe bem? Olhar para uma coisa que Potter amava e cuidar um pouco da mesma só faria com que Harry gostasse mais dele.


                Quando já estava voltando para perto da porta, ela se abriu. Por instinto, ele se escondeu.


- Será que ele já esta aqui? – Uma garota falava.


                “Não pode ser ela. O que ela veio fazer aqui?” – Pensou Draco.


- Não sei Mi. Espero que sim, deu um trabalhão convencer Ron que nós dois íamos sair. Obrigado de novo, pode ir se quiser. Eu procuro por ele.


- Ah não, Harry. Eu vou procurá-lo com você. Se ele não estiver aqui, nós voltamos. Ron pode me encher de perguntas e você sabe que não sei mentir muito bem.


                “Como a Granger sabe de alguma coisa? Ela pode ser a sabe-tudo nas aulas, mas ela não poderia ter descoberto isso sozinha. Mas o bom é que ela já sabe.” – Draco ficou mais calmo e foi cumprimentá-los.


- Sang... Quer dizer, Granger. Oi Harry. – Ao ver que Potter estava ali, ele sorriu, mas não sabia se Hermione tinha ciência de algo.


- Draco! Achei que não estava aqui. Eu já estava voltando para o castelo com a Mione.


- Malfoy, você não vai me chamar de Sangue-Ruim? Está bem? Quer ir à ala hospitalar? – Perguntou Hermione, séria.


- Mi, ele não vai mais te ofender. Eu pedi isso a ele. – Explicou Harry.


- Melhor assim. – Ela respondeu.


                Depois de um longo momento de silêncio, e os três constrangidos, Hermione falou:


- Ok, já vi que não precisam de vela então... Vou ver o Hagrid. Torçam para que o Ron não esteja lá.


- Ele não estará. – Afirmou Harry.


                Depois que a garota saiu e fechou a porta, os dois garotos ficaram em silêncio novamente.


- Sós. – Draco falou.


- É... Sós. – Disse Harry, pensativo.


                Como Draco detestava quando o assunto acabava. Sempre voltava para aquele vazio no ar, era horrível. Detestava aquela pressão nos ouvidos.


- Harry?


- Quê?


- Sabe, eu não paro de pensar no nosso primeiro beijo, mas ele é...


                Draco fora interrompido por Harry, que o beijara de repente. Fechou os olhos e correspondeu. Tinha medo de que Harry saísse de perto, tentasse se livrar dele ou algo do tipo. Mas, para sua surpresa, o contrário ocorreu. Harry abraçou-o, fazendo com que o loiro ficasse mais perto dele. Já Draco puxava de leve os fios do cabelo escuro de Potter, e pelo que parecia ele estava gostando, já que não tinha se afastado ainda e segurava Draco para impedi-lo de fugir. Essa era a última coisa que Draco pensava no momento, ele queria ficar para sempre sentindo os lábios de Potter encontrando com os dele... Até que eles se separaram.


- Desculpe Draco, mas eu ainda não me acostumei com isso. É tudo muito novo para mim. Também é estranho pensar que eu namoro com você.


- Para mim também Harry. Tenho medo de muitas coisas e também acho isso estranho. – Draco contornava a cicatriz de Harry enquanto falava isso.


- Mas Draco, porque agora?


- Por que, ano que vem eu provavelmente não estarei aqui. Eu nunca tive coragem de admitir para você nada do que eu falei em toda essa semana. Então eu percebi que esse seria o meu último ano aqui, não importava mais o que você acharia disso. Quer dizer, importaria, mas se você não gostasse de mim eu não iria ligar, sabe? – Enquanto falava isso, Draco entrelaçou seus dedos nos de Harry, que apertou a mão.


- Er... Draco?


- Fale.


- Você não acha que devemos contar para todos isso? Que estamos namorando?


- Harry, você não sabe como eu gostaria disso. Hoje mesmo, na mesa do café, quando vi você me olhando, eu pensei em sair correndo e sentar do seu lado, mas Pansy me segurou e...


- Você tem alguma coisa com a Pansy? – Perguntou Harry, sério.


- Pirou Harry? Eu e a Pansy? Ela é muito chata e possessiva.


- É que ela chegou tão perto hoje que eu pensei que vocês tivessem um caso. – Explicou Harry.


- E você e a Granger, como estão? – Perguntou Draco, curioso.


- Ela sabia.


- Sobre nós? Como ela...


- Não sobre nós, mas ela sabia que eu estava... Em outra


- E você não contou ao Weasley, não é?


- Ron? Não, ele pensa que eu saí com a Mione. Er... Draco? Acho melhor sairmos daqui, já deve ter acabado o café e alguém pode vir aqui e nos ver juntos... Podem pensar alguma coisa.


                Por um longo momento, eles ficaram se entreolhando e sorrindo. Draco notou que eles estavam se aproximando bastante, até a distancia entre eles fosse de apenas alguns centímetros, deixando possível um sentir a respiração do outro. Então a porta se abriu e eles se separaram rapidamente.


- Harry, você esta com a Hermi... O que você faz aqui, Malfoy?


                Os garotos ficaram sem palavras enquanto Ron entrava gritando no corujal.


                “Harry me disse que tinha convencido o Weasley que tinha saido com Hermione, então o que ele faz aqui?” – Draco estava confuso.


- Harry, a Mione está lá em cima?


- Ron, ela me falou que ia chamar você... Ela não está ai?


- Ora, ora... Será que a Sangue-Ruim está te traindo, Potter? – Draco pensou que precisava irritá-los, para Ron não pensar nada.


- NÃO CHAME A HERMIONE DE SANGUE-RUIM, MALFOY! - Berrou Ron, empunhando a varinha e a apontando para Draco.


                O loiro se assustou quando um vulto entrou na sua frente.


- Ron, não! – Harry devia ter percebido o que fizera, porque se afastou – Porque as corujas vão se assustar e alguém vai perceber o que houve e então ficaríamos os três em detenção!


- Mas Harry, ele chamou a Mione de Sangue-Ruim!


- Sei disso Ron, não sou surdo. Mas aqui e agora não. Bom, como já mandei minha carta, vou ver o Hagrid. Vamos Ron? – Harry saiu sem se despedir de Malfoy, mas na porta falou alguma coisa ao ruivo que foi andando na frente e Harry voltou para o corujal. Pegou uma pena que estava no chão, perto de Draco e deu-lhe um selinho.


- Até mais. – Harry disse.


- Até. – Draco respondeu, mas quando terminou de falar, o moreno já estava fechando a porta.


CONTINUA...

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