Nada dura para sempre



 A vida estava muito tranquila desde aquele ataque de bolas de neve sonserinas. Mas em uma noite de lua cheia, as coisas agitaram, muito.


 Eu tinha feito o esquema de sempre, dizia para as meninas que iria estudar, andava com feitiço desilusório até o salgueiro, me transformava... Etc. Pelo menos não foi na ida nem na volta que tudo deu errado: foi na Casa dos Gritos, durante a transformação de Remo.


 Estava tudo normal, ele arranhando as paredes, uivando, batendo na gente de vez em quando, até que ele sem querer me jogou (coisa que ele sempre fazia, mas dessa vez,) com muita (muuuuuuuuuuuuuuuuuuuuita) força na parede, e eu fiquei inconsciente. Pelo menos o sol banhou Remo em poucos momentos, pois se isso não tivesse acontecido, eu estaria morta ou seria uma lobisomem no momento (pelo fato de ter assumido minha forma normal quando caí).


 Eu acordei algumas horas depois, na ala hospitalar, piquei e olhei meu relógio: se eu fiquei inconsciente lá pelas 5 e pouco e eram 11 horas da manhã... Merlin... E se pensavam que eu morri? Me virei e vi alguém, parecia ser Sirius, andando para fora da ala hospitalar. Meu olhar se encontrou com o de Madame Pomfrey, que se virou para a porta e gritou pelos meninos. Em alguns estantes Remo, James e Sirius (Pedro não estava.) estavam debruçados sobre mim, cochichando o que aconteceu tão rápido e baixo que eu só escutei:begrfylegbvilwegfvywgevwip8gerugvhwuiwvçe.


 Fiz uma cara de ´´?´´ e eles fizeram o sinal de explicaremos depois. Madame Pomfrey perguntou como eu me sentia, eu disse que estava com uma forte dor na cabeça e pernas. Ela me disse que eu havia torcido o tornozelo esquerdo e o outro caiu em uma posição estranha. Fiquei assustada ao ouvi-la dizer ´´Caiu´´ e perguntei:


-O que aconteceu comigo?-Eu me lembrava perfeitamente bem de Remo ter me jogado, mas queria saber se ela também sabia


-Você escorregou na escada para o dormitório das meninas, caiu a escada toda. -Madame Pomfrey respondeu me olhando como se eu fosse uma criança de 5 anos. Me virei para os meninos que fizeram o sinal de não discorda ou morreremos! Então eu assenti silenciosa e tentei me virar de lado, o que foi impossível por causa do meu tornozelo.


 Enquanto Madame Pomfrey me entregava a poção para ´destorcer´meu tornozelo, percebi que Remo me olhava numa expressão estranha. Parecia uma mistura de angústia com medo junto com tristeza, angústia e aflição. Estava inquieto e não parava de morder o lábio inferior. Estava pensando em algo complicado, provavelmente.


 


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No dia seguinte, Madame Pomfrey me deu alta e eu voltei para o salão comunal. Era um domingo, então eu não tinha perdido nenhuma aula. Lily, Alice e Anne me receberam preocupadas, dizendo que eu devia ter mais cuidado com as escadas (o que me fez rir). Os meninos ficaram felizes em me ver de pé novamente e o resto do grifinórios... Bem, os meninos pareceram ficar aliviados ao me ver acordada. Já era 9 horas da noite, como teriam aulas amanhã, muitos alunos já estavam na cama; ou melhor todos menos a gente.


-É bom a gente ir dormir... - Pedro falou nervoso consultando o relógio. Os outros assentiram menos Remo.


-Vocês vão indo, eu já vou. -Falou ele nervoso


-Bem, nós também vamos... -Lily disse Alice e Anne assentiram, quando eu ia assentir, Remo me impediu:


-Não vai dormir agora Julieta, eu tenho que falar com você.


-Eu já subo meninas - Falei para elas, que nos olhavam ansiosas.


 Remo ficou um minuto me olhando depois que todos já haviam subido.


-Julieta... -Ele estava me olhando tristemente - Acho... Que não... Devemos continuar.


-Como assim?-Estava muito confusa: como assim?Tá falando de terminar?! Tá maluco?! - Como assim Remo?


-Eu te machuquei sério... -Ele já estava em pé, andando de um lado para o outro- Eu não vou aguentar se isso acontecer de novo Julieta, não vou. Eu podia ter te matado...


-Podia! No passado!- Eu estava muito aflita. -Eu sabia no que estava me metendo quando pedi aquilo, Remo!


-Mas eu não!- Ele disse nervoso- Eu fui irresponsável ao arriscar a sua vida para nada! Você podia ter morrido em vão hoje a noite, por pura irresponsabilidade minha! Eu não vou permitir que isso aconteça com você. Eu...


-Em vão? Em vão?-Eu cortei com lágrimas saindo de meus olhos- Como assim em vão Remo? EU NÃO ESTOU MORTA! - Sim, eu berrei.


-Por isso que estou terminando, porque você por sorte não está morta! E se eu acordar um dia após uma transformação e descobrir que matei a pessoa que mais importa na minha vida, que eu mais amo... – Remo disse com voz engasgada. Ele me ama... FOCO!Ele está terminado com o namoro!FOCA GAROTA! - Você não entende isso Julieta... Não entende e se ter sorte, nunca entenderá.


-E se eu parar de ir com vocês...


-Não vai adiantar! O fato de estarmos juntos te põe em perigo.


-Você precisa confiar em mim!-Falei olhando fundo em seus olhos que brilhavam com lágrimas que eu senti que ele forçava para não deixá-las sair. - Confiar que eu sei no que estou me metendo! Se me ama vai confiar em mim!


-Eu te amo Julieta- Sua voz saiu cortada- e confio em você. Só não confio é em mim!


-Mas Remo... - Eu não ia deixá-lo ir, não mesmo - Eu faço qualquer coisa! Se for necessário eu levo uma mordida, só pra ficar com você


-Você está propondo a coisa que eu mais temo! - Ele estava ficando mais nervoso agora- Eu não quero que você se torne um monstro igual a mim Julieta, eu quero sua segurança.


- VOCÊ NÃO É UM MONSTRO REMO! EU TE AMO DO JEITO QUE VOCÊ É SEM MUDAR NEM UM FIO DE CABELO DO LUGAR! PARA DE SER BOBO! EU ESTOU VIVA E PRONTA PARA O QUE DER E VIER! – Gritei


- Julieta... Desculpa, mas o fato de você me amar não muda o que eu sou. – Remo disse tristemente – Eu sou um mostro sim. Até que uma semana por mês, eu sou.


Eu não aguentei mais, caí em soluços escondendo o rosto embaixo das mãos. Pelo jeito que falava, ele também deveria estar sofrendo muito, só pelo fato de me fazer sofrer... Mas eu estava mil vezes pior que era imaginável. Como eu gostaria que ele gritasse ´´primeiro de abril´´ agora... mas estávamos em outubro. Maldita data...


-Então tá Remo - falei com voz engasgada entanto olhava para para ele - Não dá mais para dizer nada. Você é muito teimoso para mudar de idéia Lupin. Mas eu só te lembro que é muito difícil se livrar de mim. Muito mesmo.


  Uma lágrima correu pelo rosto dele. Eu me levantei e subi  para o dormitório, pulando dois em dois degraus. Elas me olharam assustadas e me confortaram mesmo sem saber o que aconteceu. Ficaram insistindo, perguntando o que aconteceu? .Então perceberam que eu não iria dizer nada, então continuaram a me consolar. A única coisa que consegui dizer, após muito tempo, foi:


-O Remo... Terminou... -E caía nos soluços novamente.


 


 


 

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