A rotina continua



Acordei bem cedo, provavelmente com a ansiedade de estar neste castelo novamente. Não abri os olhos por alguns momentos, sentindo o cheiro de umidade e rosas de minha cama. Então os abri e deparei com as cortinas vermelhas escuras que me cobriam pelos lados. Passando os dedos nelas delicadamente, lembrei da viajem do dia anterior: eu ganhara amigos novamente. Fazia muito tempo que eu conversava com algum garoto sem ele me chamar para sair, tentar me dar um beijo ou me chingar (coisa que acontecia muito quando eu falava com sonserinos) ; mas eles falavam comigo como amiga, do mesmo jeito que os meninos da minha antiga cidade trouxa falavam.


 Sorri por um momento lembrando-se de suas piadas e de seus apelidos estranhos. Então abri um pedaço da cortina para ver minha mesa de cabeceira: Com uma escova de cabelos, uma foto de meus pais, os meus brincos de ontem, um pequeno vaso com uma mini roseira e meu relógio: que era antigamente de bolso, mas eu consegui imitar os trouxas e torná-lo de pulso.


 Eram 4:15 da manhã, mas eu não sentia o menor sono mais.Então me levantei e deparei com as outras quatro camas, 4 das qual, cobertas. Alice a minha frente, Lily ao meu lado, Anne ao lado de Lily e a cama vazia que era de uma garota chamada Fiona, que foi morar na França alguns anos antes.


 Depois de um banho, já com minhas vestes pretas com brasão da Grifinória, de cabelos penteados e mochila arrumada, levantei e fui até o salão comunal. Já eram 5:00, então o movimento só incluía poucos aluninhos do primeiro ano ansiosos.


-Tão fofinhos... - pensei ao olhar para dois garotinhos testando suas varinhas recém compradas em um gato malhado que estava em cima de uma das poltronas.


 Resolvi treinar feitiços convocatório, convocando minha pena de um lado para o outro da mesa. Já estava fazendo meu estojo levitar quando vi que já eram 7:00 da manhã e o café da manhã já estava na mesa.


 Óbvio que eu estava faminta, então arrumei minhas coisas, guardei minha varinha no bolso interno das vestes e sai correndo para o Salão Principal.


 Depois que todos os alunos chegaram as suas mesas e estavam comendo ferozmente o café da manhã, o correio chegou. É uma das minhas horas favoritas do dia, pois é um espetáculo todas aquelas corujas de cores de formas diferentes voando até os donos das cartas e entregas.


 Mas uma em especial me chamou atenção: Era pequena, do tamanho de uma bola de baseball (um esporte trouxa muito conhecido), cor de caramelo e levava uma carta bem grande amarrada na pata.


-Cooks- murmurei com um sorriso, tirei a carta de sua patinha e ofereci a ela um pequeno pedaço de torrada, a qual ela aceitou feliz.


Reconheci a letra de minha mãe na carta, e deduzi que era a resposta daquela que mandei do trem. Então a guardei na mochila e olhei o meu horário. Aula de herbologia com os sonserinos. Uma mistura tão boa quanto vinho com água da privada. Ouvi o sinete tocando, e me dirigi as estufas com s outros alunos do sexto ano.


 Nas estufas fomos divididos em três mesas. Éramos 15da Grifinória e 17 da Sonserina. Eu, graças a Merlin, fiquei na melhor mesa; quando se trata dos meus colegas de casa. Eu, Remo, Black (não pararei de chamá-lo assim até o desculpar), Anne (que estava rubra só de sentar ao lado do Black). Mas também fiquei na pior mesa quando se trata dos sonserinos que estavam aqui: Snape, Avery, Lestrange e Mcnair.


 A parte boa é que sou boa em herbologia e é divertido quando sementes começam a pular, mas percebi que eu era a única que achava isso. Snape deixava suas sementes nos acertarem sem querer. Discuções e discuções e só eu fazendo minha plantinha assassina brotar. (Sim, aquelas sementes cresciam em 5 minutos e viravam plantar que eram capazes de engolir um hipogrifo inteiro em uma mordida só. Francamente eu não acho muito seguro deixá-las nas mãos de sonserinos, mas ta tudo bem.)


-Dá pra parar de tacar essas sementes na gente Snape?!-Sirius pediu impaciente


-Na verdade, não - Retrucou Snape tacando uma na cara de Sirius


-Me deixa tentar-Cochichei para Sirius que sacava a varinha- Severo, você pode, por favor, parar de nos atacar?-Disse com meu sorriso encantador (que uso para ganhar oque quero quando falo com garotos)


-Ele já disse que não vai parar Giucci-Disse Avery tacando uma no meio da minha cara também


Ia me levantar e azarar ele da forma mais humilhante o possível, mas quando vi, Remo e Sirius já estavam em cima dele. É tão bom ter alguém que me defende *-*


-Você vai desejar nunca ter feito isso Avery-Ouvi Remo ou Sirius dizer. Na verdade, é muito dificil destinguir de quem é a voz quando eles estão tão grudados (não leve para o 2º sentido, por favor).


-Senhor Black!Senhor Lupin! Senhor Avery!Parem AGORA!-Iiiii, ferrou Profª. Sprout tava brava-Impedimenta!-Ela berrou e Remo, que foi atingido, foi jogado pra traz. Corri até ele, pois estava caindo em cima de uns vasos enormes e cheios de terra batida.


-Impedimenta!-A professora ordenou de novo e dessa vez Avery foi jogado em cima de Lestrange, que ria muito


-Não me obrigue a usar isto contra o senhor, Sr. Black. -Ameaçou a Profª para Sirius, que estava avançando para Avery novamente.


-Você ta bem?-Perguntei pro Lupin, agora que levantou


-Ótimo - falou, limpando as vestes sujas de terra


-Detenção para o senhor Avery! E vocês também Black, e você também Lupin! Agora de volta para as plantas!-Ordenou a Profª. Sprout, rubra de raiva


-Obrigada por me defenderem, vocês me pouparam de transformar a cabeça dele numa abóbora.-Disse para os meninos, já sentados e cuidando de suas plantas


-Sempre ao dispor das damas- sorriu Sirius


-o fato de ter me defendido não significa que deixei de estar brava com você Black - Cortei


Logo estávamos rindo de novo.


 


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 As outras aulas foram bem mais produtivas: Descobri que fiquei ótima em poções ( desconfio que tem algo a ver com o fato de eu ter caído de um cavalo nas férias...), transfiguração, com a Profª Mcgonagall, nunca é fácil, mas eu sou boa nesta matéria.Trato com Criaturas Mágicas, a única aula que não faço com meus amigos, pois muitas poucas pessoas fazem, e eu adoro.Sou apaixonada por criaturas mágicas, isso significa que a aula foi boa.A única que foi deprimente nesse dia foi História da Magia, que eu passei olhando o Lupin fazer sua anotações.Acho que to começando a gostar dele...


- Não. Não. Não. Não!-Disse uma voz na minha cabeça. -Você não pode gostar de um cara que conheceu ontem! Tem razão... É uma idéia boba. Virei o olhar e percebi que o Prof. Binns estava falando de guerras. Ri internamente. Como alguém fazia uma guerra sangrenta e destruidora ser tão chata? Só esse professor mesmo... Então me rendi ao sono, apoiando minha cabeça levemente nos braços.


 Acordei depois de oque me pareceram 15 minutos com a sineta avisando o término das aulas do dia. É incrível como meu sono evaporou. Subi para o dormitório, peguei alguns pergaminhos e deci para o salão comunal, para fazer meus deveres.


 O professor de TCCM, não pode passar dever, porque teve que levar um aluno da Lufa-Lufa para a ala hospitalar. A profª Mcgonagall passou para a turma praticar. Prof. Binns pediu 20 cm de pergaminho sobre uma guerra ai...


 Me sentei e comecei a procurar no livro de História da Magia aquela guerra que vimos hoje, mas não achei. É tããããããão fácil procurar por uma coisa que não se sabe como é... Continuei procurando por uns 15 minutos e só consegui escrever 10 centímetros. Então uma voz atrás da minha poltrona me fez dar um sobressalto


-Por favor!


-Não!


-Pela nossa amizade!


-Devia ter prestado atenção na aula


-Por favor, Aluado! Só uma olhadinha!


Virei-me e vi que os Marotos estavam fazendo as lições também. E pelo visto Sirius estava tentando colar do Remo no dever de História da Magia. Enquanto James brincava com um pomo de ouro e Pedro olhava para ele entusiasmado.


-Não!-Disse Remo mais alto ainda enquanto se levantava (eles estavam sentados no chão) e ia sentar em uma poltrona, que por acaso, era do lado da minha. Ele deu um pequeno sobressalto a me ver ali então sentou e continuou a fazer suas lições.


 Acabei o resto em 5 minutos. Sei que é errado, mas não dá pra deixar de colar quando tem um trabalho ótimo na sua frente. Então peguei meu exemplar de Nas garras do amor, um livro sobre uma mulher que se apaixona por um lobisomem. É muito interessante, principalmente porque é baseado em fatos reais.


 Percebi que Lupin desviou o olhar de suas lições para a capa do livro. Arregalou os olhos como se tivesse medo do livro ou algo assim. Levantei o olhar para ele, que desviou enquanto corava e voltou a fazer suas lições.


- Estranho... - pensei


Então recolhi minhas coisas, desejei boa noite a eles e subi para meu quarto, cansada e confusa.


 


 


 


 

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