The Reason



          Ela sabia que ele escondia qualquer coisa. Ele sabia que precisava de alguém que o entende-se. Ela sentia necessidade de algo que mudasse o seu dia-a-dia. Ele precisava de uma rotina certa. Ela queria quebrar regras. Ele não sabia o que eram regras. Ela enfrentaria qualquer coisa. Ele nunca iria contra a família. Ela estava pronta para se apaixonar. Ele não brincava com os seus próprios sentimentos.


 




Eu não sou uma pessoa perfeita


Há muitas coisas que eu gostaria de não ter feito


Mas eu continuo aprendendo


Eu não pretendia fazer aquelas coisas com você


E então eu tenho que dizer antes de ir


Que eu apenas quero que você saiba


 


Ela sabia, sempre soube que olhar para ele, ter vontade de o conhecer, vontade de o abraçar e ajudar não era certo, mas quem disse que Virgínia Weasley seguia o que era certo? Ela sentia-se incompreendida queria alguém que mudasse todo o que os outros pensavam, alguém que realmente pode-se fazer a diferença, e então ela o olhava, o observava sempre á espera de um pretexto, sempre á espera para ser notada.·         


Ele reparava nela, desconfiava o que ela queria, imaginava como seria tê-la com ele, mas era cauteloso, ele sabia que corresponder aqueles olhares podia ser o que precisava mas também o que o arruinaria e Draco Malfoy tinha o seu futuro todo planeado, não havia erro, não podia haver falhas. Assim pensava ele.·


Virgínia Weasley aparentava ser uma menina simpática, de boas famílias e com boas maneiras. Alegre, carinhosa, sorridente, bonita charmosa, todo o que os pais esperavam de sua filha protegida. Não tinha segredos obscuros apenas vontades incompreendidas. Era o modelo de uma menina perfeita.

          Draco Malfoy era todo o que aparentava ser, egoísta, filhinho de papai, malcriado, rico, de boas famílias mas não de boas qualidades, educado mas apenas quando necessário, requintado e altivo em todos os minutos do dia, arrogante mas apenas na dose certa, educado para vencer e sair sempre a ganhar, bonito e muito muito atraente


Hogwarts tem sítios únicos, e estes dois tinham um gosto incomum mas igual para os escolher, ele passava todas as suas tardes solitárias num riacho perto da floresta, ela nas noites em que queria estar sozinha refugiava-se aí mesmo, de noite ele “escondia-se” no banco afastado do jardim sítio que ela elegia para fazer os seus trabalhos escolares.


 


            - Hei, Weasley veja por onde deixa suas coisas de pobretona, não sou criado para entregar o que encontro – disse Draco atirando-lhe um livro quando a encontrou no corredor·
 

-Malfoy, você pegou de mim – disse ela acusando-o 

   
- Não preciso de nada seu, encontrei, para a próxima nem a gentileza de devolver tenho – ele resmungou


- Onde estava?


- Para a próxima tenha mais atenção nas coisas – disse ele dando as costas


- Por isso que eu o odeio, filhinho de papai irritante – ele falou sozinha


 


Eu encontrei uma razão para mim


Para mudar quem eu costumava ser


Uma razão para começar de novo


E a razão é você


 


Eles sabiam que sentiam alguma coisa um pelo outro, eles sentiam que precisavam um do outro, o olhar dele, o jeito dela, a voz dele, o sorriso dela. Ela queria dizer que queria falar, ele queria dizer que a queria proteger.


- Que tu estas aqui a fazer? – Ela perguntou quando numa tarde o encontro no riacho


- Isto ainda não é seu não Weasley?


- Tens medo Malfoy?


- Do que pobretona, do que?


- Da guerra


- Tu tens?


- Não de lutar, mas de perder alguém sim, e tenho medo de como o mundo ficará se ele ganhar


- Voldemort?


- Não, o pai natal.


- Sarcasmo não te fica bem ruiva


- Nem burrice a ti


- A insultar-me?


- Porque estas do lado dele?


- Do pai natal?


- Malfoy! – Disse ela revirando os olhos


- Que te interessa saber Weasley? Nem me conheces!


- Posso vir a conhecer


- Não sonhes não, isso nunca vai acontecer! – Ele reclamou e foi embora


- Teimoso – ela sussurrou


 


Atacaram o castelo, ele ficou sem saber como agir, só pensava nela e nem ao menos sabia porque, ela enfrentou os devoradores da morte ajudando como podia na defesa de sua escola, olhava para todos os cantos a ver se o via distraiu-se e acabou por ser ferida. A escola ficou vulnerável a novos possíveis ataques mas neste tinha saído a vencer e as coisas organizavam-se. Virgínia passou algum tempo na ala hospitalar e quando recuperou procurou-o.


- Pensava que tinhas abandonado a escola – Enfrentou-o


- Porque eu faria isso pobretona?


- Quando os vi, semana passada, pensei que tinham vindo buscar os seguidores que tinham aqui


- Alguns, não todos


- Por isso ficas-te, tens de fazer trabalho aqui dentro é? – Ela acusou-o


- Estás-me a acusar de coisa que não tens certeza, já te disse tu não me conheces


- Eu vi, digo, a marca no teu braço


- Andas-me a perseguir, não é ruiva? – Disse ele rindo


- Pará de dar pouca importância ao assunto, ages como se nem te importasses·


- Se tu fosses contar a alguém já tinhas contado – disse ele encolhendo os ombros


- Porque estas do lado dele?


- É meu dever esta bem? É minha família, foi para isto que eu fui criado, foi para isto que nasci!·



Eu sinto muito ter te magoado


É algo com que devo conviver todos os dias


E toda a dor que eu te fiz passar


Eu gostaria de poder retirá-la completamente


E ser aquele que apanha todas as suas lágrimas


É por isso que eu preciso que você escute


 


Virgínia sabia que ia acabar por se apaixonar por ele no meio destas pequenas conversas. Draco sabia que ela iria ser sua ruína. Continuaram a encontrar-se, e pequenas conversas levaram a grandes gestos, quando repararam eram o maior confidente um do outro, apaixonaram-se como o previsto, ele quis mudar mas ela sabia que ele não podia. Virgínia sentiu-se uma traidora sabia de tantas coisas, tantas informações que podiam ajudar a mudar, a prevenir mortes mas nunca disse nada, para ela ele estava acima de qualquer coisa. Ele nunca a enganou, sempre foi sincero:


- Draco, nós não temos de nos encontrar assim, sempre às escondidas como se fossemos criminosos – ela disse-lhe


- Eu sou criminoso ruiva, não te esqueças


- Tu não estas do lado dele porque queres


- Pois não, estou porque nasci para isto, estou porque amo os meus pais, mas isso não me torna menos criminoso, tu sabes que vai chegar o dia…


- Eu não quero falar sobre isso


- Virgínia, cedo ou tarde vamos ter de falar, já te expliquei


- Não agora!


Ela sempre fugia, sempre mudava de assunto, ela só o queria a ele, ela só precisava dele!



Eu encontrei uma razão para mim


Para mudar quem eu costumava ser


Uma razão para começar de novo


E a razão é você


E a razão é você


E a razão é você


E a razão é você


 


Mais rápido do que ela esperava, o dia chegou, ele abandonou a escola assumiu-se Traidor e a favor de Voldemort, deu a cara pela causa, matou e torturou, tornou-se um dos braços direitos do seu Lord, toda a gente o desejava morto menos ela, Virgínia chorava todas as noites por o que ele fazia, chorava e sabia que ele não voltaria.


 


Eu não sou uma pessoa perfeita


Eu nunca quis fazer aquelas coisas para você


E então eu tenho que dizer antes de ir


Que eu apenas quero que você saiba


 


Ele podia não ser uma pessoa perfeita, mas ela o aceitava assim como ele era, ela não queria saber o número de mortes, não queria saber o sofrimento que ele causava, ele magoou-a, deixou-a sem se despedir, não deixou nada para ela se lembrar dele se não as memorias e ainda torturou amigos e familiares dela, ela queria odiá-lo, queria acreditar que ele não era mais o seu loiro mas não conseguia e nunca nenhum Weasley foi morto por as mãos dele, nunca e isso a fazia pensar que ele lembrava-se dela.



Eu encontrei uma razão para mim


Para mudar quem eu costumava ser


Uma razão para começar de novo


E a razão é você


 


A guerra parecia nunca mais ter fim, as mortes eram visíveis nas ruas, toda a gente sofria e vivia com medo. Quando toda a gente pensava que Voldemort ia ganhar, acontece o inesperado para a sociedade bruxa, Draco Malfoy entrega-se dando o paradeiro do seu Lord acabando assim por mudar o curso da guerra, Draco preparou-se para morrer porque sabia que ela tinha medo do como seria se o Lord ganha-se! Entregou-se por ela, arriscou-se por ela, Draco Malfoy hoje poderia ser rico e mandar no mundo, no entanto preferiu ser um fugitivo!·



- Virgínia! – Ele sussurrou quando a viu


- Vem Draco, temos de fugir, eles querem matar-te e eu não posso deixar isso acontecer


- Estas maluca ruiva, protege-te eu tenho o meu fim destinado!


- Claro, ficares comigo e seres feliz loiro, anda!·


 


Eu encontrei uma razão para mostrar
Um lado meu que você não conhecia
Uma razão para tudo que faço
E a razão é você


 

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