Ciúmes?




Narrado por Sophia Granger.

Capítulo 5 : Ciúmes?



Eu e Pansy já estavamos em pé faz tempo, afinal fomos dormir cedo na noite passada. 

- Que aula temos agora? - perguntei enquanto enfiava alguns pergaminhos, tinteiros e penas na bolsa. Pansy passava um gloss transparente mas brilhante.

- Poções, - respondeu e em seguida esfregou os lábios. - com aquele professor novo Slingorn. - me encarou, agora eu estava passando o lápis de olho na parte de cima e de baixo.

- Slughorn. - corrigi. Ela deu de ombros.

- O que é isso que você tanto passa nos olhos? - perguntou.

- Vai me dizer que não sabe o que é isso? - perguntei exasperada. Como era possivel?

Ela balançou a cabeça negativamente. - É um lápis de olho. - vendo a sua cara de que ainda não tinha entendido muito bem, expliquei. - Lápis de olho é um objeto de maquiagem no formato de lápis para delinear os olhos.

- Hum. - disse ela. - Bom, vamos? - perguntou. Revirei os olhos e assenti, joguei a bolsa por sobre o ombro direito e desci as escadas com ela. Malfoy e Zabini conversavam sobre alguma garota pois deu-se para ouvir as palavras '' Gostosa '' - por parte de Malfoy - e '' Muito Gostosa '' - por Zabini.

Eu e Pansy paramos de frente para eles, já que trancavam a passagem pelo quadro.

- Oi rapazes. - disse Pansy.

Ignorei-os.

- Com licença. - pedi enquanto tentava passar pelo quadro. Mas os dois se puseram na minha frente.

- Sabe, - Zabini foi o primeiro a se pronunciar. - eu estava pensando, e eu tive uma ideia.

- Qual? - perguntei já de saco cheio.

- Você, - Zabini apontou pra mim. - beija o Malfoy, e eu ganho um beijo da Pansy.

- HA. - ri ironica. - Mas eu prefiro perder aula do que beijar esse dai. - Malfoy escarava-me com um sorriso divertido e dobochado no rosto.

- Então vai perder, Granger. - disse ele.

- Ah, mas não vo mesmo! - exclamei.

- Vai sim. - disse Zabini. 

- Ai, qual é, - se pronunciou Pansy. - é só um beijinho, não mata ninguém. - me olhou maliciosa. - Se bem, que ontem... - só não continuou por que eu tapei-lhe a boca.

- Ontem nada. - lançei-lhe um olhar furioso e ela levantou as mãos '' se rendendo''.

Malfoy e Zabini se olharam curiosos.

- Então, Granger, o que vai fazer? - perguntou Zabini.

- Você já vai ver. - falei. Caminhei aé uma das poltronas do salão comunal e abri minha bolsa, os três sonserinos me olhavam estranhando o ato. Peguei um pergaminho, o tinteiro e uma pena. Escrevi :



'' Harry Potter '' - escrevi na capa .



'' Querido Harry, estou com problemas aqui na Sonserina. Malfoy e Zabini não querem deixar que eu e Pansy saiamos do Salão Comunal sem beijar-lhes. - eca .

Queria saber, se tem como você pedir ao professor Snape ou outro professor vir nos tirar daqui. O mais rápido possivel, não quero perder a aula de Poções.

Atenciosamente, Sophia Granger. ''





- O que é isso Sophia? - perguntou Pansy.

- Um pedido de socorro. - falei.

Me encaminhei a uma janela no fundo da sala. As masmorras ficavam perto do corujeiro então coloquei os dois dedos na boca e dei um grande assobio.

Os três ficaram sem entender, mas um minuto depois uma ave branca pousou na soleira da janela. Amarrei a mensagem na pata de Lua e sussurrei, '' Harry Potter ''. Lua saiu voando até eu perde-lhe de vista. Voltei para a poltrona, arrumei minhas coisas e me encostei, em pé, nas costas do sofá.

- E agora? - perguntou Pansy.

- É só esperar. - respondi.

Draco e Blaise já haviam retomado um papo sobre garotas cujo qual eu não prestava atenção. Eles ainda bloquiavam a passagem e sempre que tentavamos passar eles mencionavam o beijo.

Ouviusse em um tom de voz muito, muito baixo, por causa da grossa parede, alguém dizer '' Cobra d'água '' e o professor Snape apareceu na porta.

- Muito inteligente da sua parte, Srª Granger. - disse ele lançando um olhar acusador à Malfoy e Zabini que engoliam em seco. - Vamos, rápido para não se atrasarem. - concordamos de imediato e passamos pelo quadro, corremos na direção da sala de poções. Quando chegamos, só tinham alunos da Grifinória. Agradeci mentalmente à Harry. Fiquei em pé ao lado de Hermione e Pansy. Aos poucos os alunos da Sonserina chegaram, assim como Malfoy e Zabini.

O professor chegou deu bom dia e fez um feitiço não verbal que fez com que aparecessem três caldeirões em cima da mesa. E um frasco  pequenininho de alguma coisa. 

- Então, vamos começar? - perguntou retóricamente. - Bom, a preparação tem que ser muito bem feita, não pode faltar um só detalhe, é o pré-requisito de todo o plano.

Ouviu-se um barulho na porta e o professor se virou. Inclinei um pouco a cabeça para ver quem chegara. Avistei Harry e Ron, os dois estavam com suas mochilas nas mãos e as vestas amassadas da Grifinória.

- Ah, Harry meu rapaz! - exclamou o professor. - Já estava preocupado... vejo que trouxe alguém com você. - disse olhando o ruivo ao lado de Harry.

- Rony Weasley, senhor. - se apresentou Rony com um sorrisinho abobalhado. - Mas eu sou muito ruim em poções, uma ameaça na verdade... - Olhei para Hermione que fixava os olhos em uma garota ao seu lado. Me inclinei novamente e pude ver o olhar de Lilá. Uma garota loira, Grifinória. Seus olhos claros fixavam-se em Ron, o que fez Hermione parecer com raiva. - Por isso é melhor... - ia dizendo Ron, mas Harry se pôs atrás dele, fazendo com que o mesmo não conseguisse sair da sala.

- Tolice. - disse o professor. - Nós podemos ajuda-lo, qualquer amigo do Harry é meu amigo. - disse enquando se virava novamente. - Peguem os seus livros. - falou ja de costas.

- Ah, me desculpe, senhor, eu ainda não comprei os livros e nem o Rony. - se pronunciou Harry.

- Não faz mal. - falou o professor os olhando. - Podem pegar no armário. - apontou para uma peça de madeira velha que tinha no canto da sala.

- Agora, como eu estava dizendo... - continuou o professor. - está manhã eu preparei algumas misturas. Algum de vocês tem ideia do que seja esta aqui? - perguntou.

Assim que finalizou a frase um braço ao meu lado foi erguido. Hermione.

- Sim senhorita... 

- Granger, senhor. - respondeu baixando o braço. Ela se aproximou de um dos caldeirões e o observou por alguns segundos, logo voltou a falar. - Esta é uma veritaserum, é uma poção que força falar a verdade. E esta - se dirigiu ao segundo caldeirão. - é a poção polissuco, - enquanto Hermione falava percebi uma movimentação perto do armário, olhei e vi um moreno e um ruivo bringando por, o que parecia ser, um livro.- muito dificil de fazer... - se dirigiu ao último - E esta é amortentia, a poção do amor mais poderosa do mundo... Tem um cheiro diferente para cada pessoa, dependendo do que a atrai. - e voltou ao lugar anterior.

- Excelente. Vinte pontos para a Grifinória. - exclamou feliz o professor. - Então, eu vou chamar quatro de vocês para cheirarem a amortentia. - disse fazendo uma pose, como se estivesse pensando. - A srtª Granger, - falou ele, mas antes de continuar eu interrompi. 

- Qual delas? - perguntei.

- Quem seria a outra? - perguntou olhando todos. Eu levantei a mão.

- Ah, tudo bem... as duas Srtªs Granger's, o Sr. Malfoy e o Sr. Potter. - falou apontando a quem dizia o nome. - Primeiro às damas. - continuou vendo os dois garotos já se olharem com ódio pra ver quem seria o primeiro. Hermione me olhou como se implorasse pra deixar que ela fosse primeiro, assenti e ela entendeu.

Dirigiu-se à frente do terceiro caldeirão novamente enquanto fitava o nada.

- Eu sinto cheiro de... grama cortada, pergaminho novo e pasta de dente de... hortelã.

Voltou ao seu lugar, o professor gesticulou pra mim fazendo com que eu desse uns três passos a frente, assim como Hermione, fitei o nada.

- Eu sinto... água salgada, gel... de cabelo e... - o terceiro cheiro tomou conta de mim, era um aroma maravilhoso pra mim mas não seria nada agradavél aos outros, decidi mentir. - pétalas de rosas. - foi a primeira coisa que veio a minha cabeça. Voltei ao meu lugar e Pansy percebeu alguma coisa, porém tentei não olha-la nos olhos. Depois de mim foi Harry, e depois Malfoy.

- Muito bom, dez pontos para Sonserina e Grifinória. - nesse momento Harry se posicionava novamente no seu lugar ao lado de Rony e atrás de mim, porém dessa vez ele esticou a mão e tocou minha cintura. Olhei em volta para ver se alguém tinha percebido, ninguém notara e estavam todos atentos ao que o professor dizia. Tirei a mão de Harry da minha cintura com rispides, ele entendeu o recado, e não tocou mais. - Mas, amortentia não gera amor de verdade, seria impossível, mas ela causa uma forte paixonite - enquanto ele dizia isso, algumas garotas, tanto quanto da Sonserina quando da Grifinória, olhavam para o caldeirão e davam passor curtos em sua direção. Como se estivessem embreagadas com o cheiro. - ou obsessão. E  por essa razão... É provavelmente a poção mais perigosa, nesta sala. - ele esticou o braço tampando o caldeirão. Nesse momentos, as garotas que se aproximavam, voltaram a si, como se saíssem de um transe, e recuaram... Voltando para seus lugares.

- Professor, - disse uma das garotas da Grifinória. Katia, se não me engano. - ainda não disse o que tem naquele ali. - apontou para um frasco pequenininho.

- Ah, sim. O que estão vendo diante de vocês, - disse enquanto tirava o frasco de seu suporte. - prezados alunos... É uma poçãozinha curiosa... Chamada Felix Felicis. Mas geralmente ela é conhecida por...

- Sorte - sussurrei, mas a sala estava completamente em silêncio,  o que fez com que eu fosse ouvida. Mas não cheguei a terminar, por Hermione terminou o que eu dizia.

- Liquida. - completou.

- Sim, senhoritas Granger. Sorte... Liquida. - falou pausadamente. - Muito complicada de se fazer, e pode ser um desastre se preparar errado... Um gole e você vai obter sucesso em tudo que tentar fazer. - o professor sorria. Percebi que Malfoy de repente começou a se interessar na aula, olhando atentamente o professor, enquanto o mesmo segurava o frasco. - Pelo menos até passar o efeito. - o professor se moveu. - Então, isso é o que ofereço hoje à vocês. Um vidrinho de sorte liquida para o estudante, que  na hora que ainda nos resta, conseguir misturar uma poção do Morto Vivo aceitável. - ele olhava para os alunos com um tom sombrio. Eu tive vontade de rir, mas me conti. - A receita se encontra na página dez de seus livros, preciso dizer... Que somente uma vez um estudante conseguiu misturar uma poção com qualidade o suficiente para ganhar o prêmio. Todavia, boa sorte para vocês, que comecem a misturar! - exclamou.

Hermione foi a primeira a sair do grupo e se direcionar à uma mesa. Eu fiquei na mesma mesa com ela, Ron e Harry.

Abri o livro, onde dizia:

-

‘’ Poção do Morto Vivo ‘’

Essa é uma poção muito poderosa, que faz pessoa adormecer por muitas horas. Ela tem o nome de poção "do Morto Vivo" pois a pessoa que tomá-la, fica tão sonolenta que parece mesmo um morto vivo e não consegue fazer nada, o máximo a ser realiza por essa pessoa é falar durante o sono e pensar que tudo que se passa no sonho seja realidade.



Ingredientes

Losna

Raízes de valeriana

Raiz de asfodelo em pó

Vagem suporífera



Modo de Preparo

Picar raízes de valeriana e botar no caldeirão, após isso deve apresentar-se lisa e cor de groselha, o ideal. Após feito, deve-se cortar a vagem suporifera e botar no caldeirão. Agora mexa no sentido anti-‘’horário, que resulta em uma poção violeta. Adicionar a raiz de asfodelo em pó e a infusão de losna.’’

-

Os ingredientes estavam na mesa, então comecei. Peguei as raízes de valeriana e piquei-as, depois joguei-as no caldeirão. Estava desesperadamente tentando cortar a vagem, mas ela sempre ‘’ escapava’’, por umas quatro vezes quase cortei os dedos. Olhei para Harry, ele estava amassando a vagem com a faca de prata. Fiz o mesmo. A seiva saiu e eu à espremi no caldeirão. Olhei para Hermione, ela ainda tentava cortar, quando viu eu e Harry espremendo a seiva.

- Como fizeram isso? - perguntou incrédula. Ela já estava com os cabelos mais cheios do que o normal, totalmente descabelada. 

- Amasse ao em vez de cortar. - disse ele.

- Não, as intruções dizem especificamente cortar... - foi  interrompida.

- Não, sério... - ele sorriu divertido. 

Ele espremeu treze vagens, eu estranhei pois na receita não dizia isso, mas o imitei.

Agora tinha que mexer, não estava intereçada nisso, alternava fazendo uma brincadeira idiota interna. Sete voltar anti-horário, uma no sentido horário. A poção ficou em um tom de rosa, não sabia qual era já que existiam mil tons de rosas. Coisa idiota. Revirei os olhos com esse pensamento.

Coloquei a raiz de asfodelo, dei uma mexida, e coloquei o último ingrediente. A infusão de losna. Mexi mais um pouco sem prestar atenção e depois parei e fiquei postada ao lado da mesa.

Depois de mais um tempo, o professor passava de mesa em mesa com uma folha, que ele colocava nas poções e dependendo do resultado dizia se estava bom ou não.

Chegou a minha vez.

- Ah, senhorita Granger. Quase perfeita, mexeu um pouco de mais, e colocou muita losna. Mas se não fosse por isso, com certeza ganharia o prêmio. 

Franzi a boca em reprovação, mas azar. Não me importo. O que eu faria com aquele frasco? Nem eu sabia.

O professor foi até Harry e deixou a folha cair sobre a poção.

- Oh, pelas barbas de Merlin, está perfeita! - exclamou contente. - Tão perfeita, que eu diria que mataria todos nós. - Olhei Hermione, ela estava nervosa, o cabelo estava horrível e ainda mexia a poção. Parecia estar com vergonha. 

Harry estava radiante, ganharia a Felix Felicis. Todos nos juntamos esperando o professor entregar o fraso ao moreno.

- Então, aqui está como prometido. Um frasco de Felix Felicis - Harry  tentou pegar o frasco, mas o professor o afastou, o que me fez rir internamente. - Parabéns, e use-o bem... - ele começou a aplaudir, e depois todos, exeto os sonserinos (tirando eu) aplaudiram. Harry segurava o frasco com um sorriso travesso.

- Estão despensados. - e todos saíram da sala com pressa.

Depois de mais algumas aulas, finalmente chegou o almoço.

 Pela primeira vez estava sentada no ‘’ grupinho dos populares’’ na mesa Sonserina. Que, infelizmente, incluía Malfoy, Zabini, Crabbe e Goyle. Na minha esqueda, se encontrava Pansy, na direita, uma garota ruiva que eu não sabia o nome. 

Draco estava sentado na minha frente, encarando a comida como se fosse a coisa mais interessantes que já vira na vida. Ele estava estranho, devia ser pelo objeto na Sala Precisa.  Seus olhos, embora baixos eu podia ver, demonstravam uma mistura de ódio, dor, tristeza e sofrimento. Enquanto todos a nossa volta conversavam animadamente, eu prendi meus olhos à cabeleira loira. Depois de um certo tempo ele pareceu sentir meus olhos arderem no topo de sua cabeça e a levantou, a tempo de me ver olha-lo, mas logo abaixei a cabeça e fitei o prato não muito tocado.

- Então, - a voz aguda de Pansy se fez presente em meu ouvido esquerdo - qual foi o terceiro cheiro que você sentiu na aula de poções? - perguntou. Merda, ela sabia que eu estava mentindo. Eu já tinha contado à ela, quando recebeu flores de um garoto da Corvinal, que eu odiava flores, principalmente rosas.

- Pétalas de rosas. - falei como se fosse obvio. Tentando disfarçar o meu nervosismo. Agora, todos daquela parte da mesa, estavam quietos, atentos a nossa conversa.

- Mentirosa, - falou. - eu sei que você não gosta de rosas. Então, o que, realmente, sentiu? - ai que ódio. Isso que da não pensar direito.

- Ah... eu vou estudar. - falei com a mentira e nervosismo na voz e no rosto. Levantei mais que de pressa e sai quase correndo do Salão Principal. Planejava ir para as masmorras, realmente, estudar. Mas o que me impediu foi uma mão grossa e quente segurando meu braço e me puxando para que eu parasse de andar.

- O que foi? - perguntou Harry.

- Nada, - menti. - ah, Harry... - estava escolhendo as palavras. - precisamos conversar. Sobre... aquele beijo. - ele engoliu em seco e concordou com a cabeça, me puxando para o jardim.

No campo florido e nos bancos distribuidos por ele não havia ninguém. Sentamos um de frente pro outro em um que ficava na sombra de uma árvore. Perto o bastante na porta de entrava para que ouvissemos o sinal das aulas. Harry estava de frente para porta.

- Então, eu querida dizer... - começamos juntos. Sorri. - pode falar.  - disse ele.

- Olha Harry, eu sinto muito... se isso vai te magoar, eu não sei mas... eu queria dizer, que a gente não pode ficar junto. - o sorriso morreu em seus lábios, ele, mais uma vez, engoliu em seco e perguntou:

- Por que? - não iria mentir pra ele, mas também não iria contar toda a verdade.

- Por que eu não estou pronta para um relacionamento, acabei de sair de um no orfanato, que não foi nada... agradavél. - nada agradavél. Aquilo era pouco para descever a porcaria que fora o relacionamento. Se eu pudesse, eu voltava lá e lançava um Cruccio naquele desgraçado.

- Entendo. - ele falou tristinho e cabisbaixo.

- Mas... - falei, a esperança voltou ao seu rosto por um segundo, mas logo sumiu. - por que você não tenta com a Gina? - um brilho nasceu em seus olhos verdes penetrantes. - Ela é linda, meiga, inteligente... isso que eu conheço pouco dela. - sorri. Ele me abriu um sorri também, só que logo desapareceu e ele desanimou.

- Ela tem namorado. 

- É... - concordei. - mas pelo que eu soube, eles brigam muito e logo terminam. E uma coruja me contou... - brinquei. - que ela tem uma quedinha por você. 

Ele riu, e eu o acompanhei.

Ele me olhou malicioso.

- Um beijo de despedida? - perguntou.

Fiz uma careta em reprovação mas quando dei por mim ele já estava me puxando pelo pescoço. Iniciamos um beijo caloroso e com muito desejo, da parte dele. Quando já falava-nos ar, eu separei. Ele olhava algo atrás de mim, me virei e a unica coisa que vi era um borrão lorio-branco, dei de ombros.

- Quem era? - perguntei.

- Não consegui ver. - ele respondeu.

...

Quando o sinal bateu, entramos e nos separamos. Eu tinha aula de Herbologia e ele tinha ido se encontrar com Dumbledore.

Todos os alunos da Sonserina já estavam na estufa três.

A professora Sprout parou na ponta da mesa e começou a falar.

- Bubotúberas. É isso que iremos aprender hoje. Alguém sabe algo sobre ela?

Eu levantei a mão. '' A Granger Grifinória deixou representante na Sonserina.'' - foi o que ouvi do Zabini, se a professor não estivesse olhando daria um belo soco em sua cara.

- Sim senhorita... - droga, ninguém sabia.

- Granger. - completei. - Bubotúberas, cujo pus puro causa bolhas na pele e é usado no combate às espinhas.

- Exato. Vinte pontos para Sonserina. - sorri debochada para Blaise, que revirou os olhos. - Então, nós vamos expremes o pus para mandar ao St. Mungus... - ela foi interrompida.

- Como vamos expremer estas coisas, se causam bolhas na pele? - perguntou Malfoy, que por infelicidade e ironia do destino, estava ao meu lado.

- Queira me deixar terminar, Sr. Malfoy. - a professora o olhou em reprovação. - Vocês vão usar estas luvas. - ela mecheu a varinha e um par de luva apaeceu diante de cada aluno da Sonserina e da Lufa-lufa. - Agora, segurem ela pela parte verde... - falava enquanto demonstrava. - e puxem da areia. Agora, a deitem na mesa e expremam essas bolinhas de tem nos seus corpos em cima do balde, que esta na frente de vocês. - com mais um aceno de varinha os baldes aparecerem. - Podem começar.

Peguei a luva, que era rosa, - bufei - e coloquei uma em cada mão, depois fiz como a Profª Sprout disse. Puxei pela parte verde e deitei a planta com pequenos olhinhos na mesa. Ela tinha um tom marrom avermelhado, e as bolas que tinham pelo corpo pareciam literalmente espinhas, a ponta amarela e o resto vermelho.

Era nojento, mas não tinhamos escolha. Após a aula, estavamos indo em direção ao castelo, eu para lavar as mãos e ir para a aula de Runas Antigas. Malfoy parou na minha frente. 

- Fiquei sabendo que estava beijando o cicatriz. - disse com ar zombeteiro.

- O que? - exclamou Pansy atrás de mim. - Você ficou com aquele... - percebi que ela ia enche-lo de insultos, mas parou ao lembrar de que eu era amiga dele.

- Primeiro: - olhei para o Malfoy. - você não tem nada a ver com isso, Doninha. Segundo: Pansy, depois eu te explico.

- O Potter tem a ver com o terceiro cheiro? - perguntou  o loiro.

- Não, e mesmo se tivesse não iria contar. O que foi Draco? Está com ciúmes? - ironizei a palavra Draco.

- Claro que não. Por mim você poderia beijar todos os garotos de Hogwarts que não ligaria.

- Ótimo. - falei.

- Ótimo. - repetiu, e saiu andando.

- O que deu nele? - perguntou Zabini.

- Acho que tem alguém com ciúmes. - falou Pansy mais pra si mesma do que para os outros. Olhei feio pra ela e sai andando com raiva na direção da aula das Runas Antigas. Até esqueci de levar as mãos.

Mas nem prestei atenção na aula, meu pensamento voava em volta da pergunta '' Será de Draco está com ciúmes?''  

 

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