A Floresta Proibida





Narrado por Sophia Granger.


Capítulo 3 : A Floresta Proibida. 



Estava vestindo meu jeans favorito, a camisa branca, a gravata e a capa da Sonserina, me dirigi ao Salão Principal para tomar café, assim que entrei, vi Harry, Rony e Hermione. Acenei pra eles, que retriburiam.

Fui para a mesa da Sonserina e observei.

Tinham poucos alunos, entre os poucos estavam a Doninha e os seus amigos. Sentei na ponta esquerda da mesa, onde estava vazio.

Tomei meu café e depois fui para a aula de Defesa Contra as Artes das Trevas, com o professor Snape. 

Cheguei na sala de aula e ainda não havia ninguém. Sentei em uma das cadeiras no fundo da sala e coloquei os pés em cima da mesa. Peguei minha varinha e fiquei fitando-a atentamente enquanto esperava a aula começar.

- Ora, se não é a Granger nº 2. - por que ele tinha de ser o primeiro a chegar?

Não respondi, na verdade só olhei para ele com desenterese e voltei a fitar minha varinha.

Aquilo pareceu irritalo, os punhos se fecharam, não que eu acreditasse que ele fosse, bater, lançar um feitiço em mim mas fiquei o olhando com o canto no olho.

- Este lugar é meu. - disse ele depois de um tempo me fitando com aqueles, lindos e penetrantes, olhos acizentados.

- Não estou vendo seu nome nele. - falei tirando os pés de cima da mesa e olhando-o com clareza. Me levantei e o encarei de frente.

Sua expressão demonstrava raiva, ma eu não estava com medo.

Ele abriu a boca para dizer alguma coisa, mas nesse momento uma coruja gorducha e inteiramente preta, com olhos amarelos entrou pela janela, sobrevoou a sala e largou uma carta em cima de Malfoy, que a agarrou no ar. A coruja deu mais uma volta e saiu, novamente, pela janela.

Olhei para Malfoy, ele olhava o pedaço de pergaminho em suas mãos. Abriu, e leu com atenção.

As expressões do rosto mudava a cada parte que lia, um pouco de raiva, medo, etc...

Assim que terminou fitou o chão por mais algum tempo, depois pegou a varinha e apontou para o pergaminho.

- Incendio. - disse ele, e a carta se destruiu em cinzas que se espalharam pelo chão.

Vozes começaram a se aproximar e Malfoy foi em direção a porta, eu o segui passando pelos alunos da Sonserina e da Grifinória que diziam alguns, '' Ei, cuidado, olha por onde anda '' , enquanto eu passava empurrando todos.

- O Malfoy só pode ter enlouquecido de vez. - ouvi a voz Harry no meio das outras. Ao longe avistei a cabeleira loira, mas ainda não tinha conseguido passar pelos alunos, estava quase saindo quando alguém segurou meu braço. Fui obrigada a parar e olhar pra trás, Rony me olhava desconfiado.

- Aonde vai? - perguntou. Harry e Hermione chegavam atrás deles.

Não respondi, apenas puxei meu braço e sai correndo atrás de Malfoy.

Eles não me seguiram, dobrei a direita e vi a doninha dobrar no outro corredor, ia começar a correr para segui-lo, mas uma voz me impediu.

- Aonde vai senhorita Granger? - me virei e vi Snape com sua familiar roupa completamente preta e os negros cabelos lisos até os ombros.

- Ah, ér... - inventei uma mentira. - estava procurando a sala.

Tudo bem, foi uma mentira muito ruim mas se ele não acreditou, pelo menos fingiu.

- A sala é por aqui Srtª Granger. - disse o professor. - Venha.

Concordei com a cabeça e o segui, entrei na sala e antes de me sentar aonde estava antes parei na frente da mesa de Harry, que estava sentado com Ronald. Hermione estava atrás ao lado de outra garota da Grifinória, ela se inclinou para ouvir o que eu ia dizer.

- Preciso contar uma coisa à vocês.

Não deixei que respondessem, até por que Snape já nos olhava com desconfiança.

Fui em direção ao meu lugar e Pansy estava sentada ao meu lado.

- Ah, este livro é seu? - disse parecendo decepcionada.

- Sim, por que? - me sentei.

- Tinha a esperança de ser do Draco.

- Que pena. - sorri debochada.

A aula passou e não foi nem um pouco divertida, Snape tirou 10 pontos da Grifinória por Hermione levantar a mão e falar sem permissão.

 - Alguém sabe o que são os Vampiros Canadenses? - perguntou Snape.

Hermione, como sempre, levantou a mão. Snape a ignorou.

Levantei a mão. 

- Sophia Granger. - disse ele me dando a palavra.

- Vampiro é um ser mitológico que sobrevive alimentando-se da essência vital de criaturas vivas, geralmente a base de sangue, independentemente de ser um morto-vivo ou uma pessoa viva. - falei me lembrando de uma vez que sei lá qual motivo Hermione me contara aquilo. - São criaturas perigosas que vem do Canadá e que diferente dos outros se tranformam em uma forma demoniaca, é muito dificil de matar e é ante alguns feitiços. 

- Como por exemplo, o Avada Kedavra. - completou Snape. - Muito bem Srtª Granger.

Hermione virou-se para trás e sorriu pra mim, retribui com um sorriso fraco.

No fim da aula, Snape anunciou que teriamos que fazer dois pergaminhos sobre os Vampiros Canadenses, que se encontravam nas páginas 165 e 166 do livro de Defesa Contra as Artes das Trevas.

Assim que ele disse '' Estão dispensados. '' peguei minhas coisas e sai correndo da sala, ia procurar por Malfoy, mas logo que dobrei a direita bati de frente com alguém e acabei caindo no chão.

- Droga. - disse alto.

- Olhe por onde anda, Granger.

Levantei o rosto e vi Malfoy, levantei e sacudi minhas vestes. Ele ainda me encarava, peguei minhas coisas do chão e o olhei.

- Pode acreditar, Malfoy, eu olho. - disse sarcástica. - Mas você é tão insignificante que eu não notei a sua presença.  - sorri vitoriosa com a cara de ''tacho'' que ele fez.

Abriu a boca para dizer alguma coisa, mas algo fez com que ele parasse.

Percebi que ele olhava além de mim, virei-me para trás e Snape nos olhava.

- Creio que os dois deveriam estar indo para a sua próxima aula. - disse ele - Não quero ter de tirar pontos da minha própria casa.

Snape passou por nós e virou a esquerda, assim que não estava mais a vista, virei e voltei pelo corredor. Deixando um Malfoy irritado para trás.

Na porta da sala de DCAT estavam Harry, Rony e Hermione.

- Onde você estava? - perguntou Harry.

- Deixa pra lá. - ele não insistiu. - Hermione, - olhei para ela. - que aula eu tenho agora?

- Agora, - ela pareceu pensar por um momento e então continuou. - sonserinos tem Aula das Criaturas Mágicas, com a Grifinória.

- Ótimo, - intrometeu-se Ronald. - ai você pode nos contar o que disse na sala. - ele sorriu.

- Ah, claro. - falei.

Saimos do castelo e enquanto desciamos a encosta da 'montanha' para a casa de Hagrid, onde ele já nos esperava com alguns alunos, contei à eles o que tinha acontecido enquanto eu e a Doninha descutiamos na sala.

- Espera, como você disse que era mesmo a coruja? - perguntou Hermione. 

 - Eu disse que era uma coruja gorducha e toda preta,  - completei - com olhos amarelos.

- Por que Hermione? - perguntou Ron.

- É a coruja que sempre vem entragar cartas ao Malfoy nos dias de Correio. - disse olhando para o nada. - Devia ser alguma coisa do pai dele.

- Tá, - Harry se pronunciou. - esqueçam isso, não quero perder a aula do Hagrid. Depois falamos disso.

Todos assentiram a continuamos a andar em direção a ele.

Chegando perto da casinha humilde vi os sonserinos, mas não fui ficar perto da minha casa.

- Aproximen-se, e façam silencio, - disse o meio gigante. - por favor.

Fizeram o que ele disse.

- Hoje iremos ver uma criatura muito rara, que vivem escondidas e que poucas pessoas tem chance de ve-las. - ele segurou uma mão na outra. - Já falei com ele, e ele não irá machucar nenhum de vocês, vamos.

Disse entrando na Floresta. Não nos aprofundamos muito, o que me deixou bem desapontada.

- Este aqui, - prosseguiu o gigante. - é Aragog. - uma aranha extremamente grande saiu de uma espécie de caverna, atrás dele haviam milhões de aranhas menores que ele, mas ainda assim impressionavelmente grandes. - Ele é uma Acromântula. Alguém sabe alguma coisa sobre ela? - perguntou.

Hermione levantou o braço quase que no mesmo segundo que a pergunta foi feita.

- Hermione. - disse Hagrid dando a palavra a ela.

- Acromântula, é uma aranha monstruosa dotada de fala humana, é carnívora e prefere presas de grande porte. A fêmea é maior do que o macho e pode pôr até cem ovos de cada vez. Macios e brancos, eles têm o tamanho de uma bola inflável de piscina. Os filhotes nascem de seis a oito semanas após a postura. Os ovos de acromântula são classificados como "Artigo Não-Comerciável Classe A" pelo Departamento para Regulamentação e Controle das Criaturas Mágicas, o que significa que sua importação ou venda é punida com severidade.

- Isso mesmo, querida. 20 pontos para Grifinória- disse Hagrid com um belo sorriso, os alunos comemoraram, Aragog ainda não falava nada. - E alguém sabe para que foram criadas? - perguntou novamente.

Dessa vez, eu e Hermione levantamos as mãos.

- Sophia?! - disse ele.

- Acredita-se que esse animal foi desenvolvido por bruxos, - começei -  possivelmente com a finalidade de guardar suas casas ou tesouros, como acontece com a maioria dos seres criados por meio de magia. - Hermione me contou aquilo antes de praticarmos o feitiço '' Arania Exumai'' - Apesar de sua inteligência quase humana, a acromântula, no entento, não é treinável e oferece extremo perigo tanto a bruxos como trouxas.

- Muito bom, senhorita... ? - perguntou.

- Granger. - falei. - Sou... - hesitei. - prima da Hermione.

Hagrid sorriu.

- 20 pontos para a Sonserina. - os alunos de verde e prata comemoraram.

- Bom dia, alunos. - ouviu-se uma voz grossa.

Ouvi alguns choramingos e olhei para o meu lado, Rony estava com uma cara muiito estranha de choro.

- O que foi? - cheguei perto dele e perguntei num sussurro.

- Eu não gosto de aranhas. - choramingou.

Olhei para Harry, ele engolia em seco, com um pouco de pavor nos olhos.

- Oi. - falei hesitante para a aranha.

A aula se passou assim, aos poucos os alunos conversavam com Aragog e Hagrid os orientava.

- Bom alunos, - disse Hagrid - a professora Sprout e o professor Slughorn estão ocupados cuidando de assuntos particulares com a professora MacGonagall e o Diretor Dumbledore, então vocês tem um tempo livre. Estão dispensados. - anunciou.

Todos saiam da Floresta, e olhei para ela e decidi ficar mais um pouco, Aragog ja havia voltado para a sua caverna com seus filhos. Hermione e Harry ajudavam Rony a superar a visita da aranha gigante.

Todos já tinham saido dali, então eu adentrei mais a floresta negra. 

Não sai muito da trilha, não queria me perder.

Andei mais um pouco e parei assim que cheguei a um lago escuro.

Me aproximei e vi meu reflexo - '' será que tem alguma coisa ai? '' - pensei.

- Ora,ora o que temos aqui? - ouvi uma voz atrás de mim, que não reconheci.

Me virei e dei de cara com três homens, vestidos de preto, e retalhos de tecidos amarrados pelo pescoço, pulsos, etc.

- Quem são vocês? - perguntei andando de vagar na direção daonde tinha vindo.

- Somos os sequestradores, e você, quem é? - indagou o da frente. Os outros dois que estavam atrás eram maiores e mais fortes, estavam de braços cruzados.

- Sophia Granger, - falei. - puro-sangue. - disse cuspindo as palavras.

- É mesmo? E da Sonserina não é mesmo? - disse olhando para as minhas vestes. Apenas assenti. - O Lord das Trevas vai ficar muito feliz em te conhecer, peguem-na. - disse para os grandalhões. 

Eles começaram a vir pra cima de mim, fazendo com que eu recuasse mais. Abaxei-me até a bota e alcançei minha varinha, estiquei pra eles e disse:

- Petrificus totalus.

Assim que vi eles sendo paralisados, sai correndo seguindo pela trilha.

Não demorou muito sai em frente a casa de Hagrid. Os alunos da Grifinória e Sonserina ainda estavam pelo jardim, por causa do tempo livre.

Respirei fundo, estava ofegante.

- Eu vi o que você fez, Granger. - disse a Doninha a minha frente.

- É mesmo? - perguntei ironica. - Que bom pra você, não é?!

- Se você não sabe, é proibido entrar na floresta negra.

- Sei, sei sim, Malfoy. - disse balançando a cabeça. - Mas olhe pelo lado bom, encontrei alguns amigos seus. - ele franziu as sombrancelhas.

- Quem? - perguntou.

- Não sei o nome deles, mas também trabalhavam para o Lord das Trevas.

- Como ousa sua sangue... - ele não terminou a frase, mas isso não impediu-o de segurar meus braços com força.

- Ruim? - perguntei. - Tem certeza?

Ele me soltou com força que dei alguns passo para trás. Saiu andando em direção ao castelo.

Decidi segui-lo, e foi isso que fiz.

 

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