Pra te proteger



Draco estava parado em frente a mansão dos Malfoy, quando entrasse ali teria que enfrentar a fúria do seu pai, por ter beijado uma “sangue-ruim”. Mas ele não tinha escolha, sua vontade de ficar com Hermione valeria qualquer esforço. Entrou na casa que estava completamente vazia e silenciosa dirigindo-se para a sala de estar, lá no meio da sombra havia alguém.



_ Você tem muita coragem para entrar nesta casa novamente - disse uma voz fria.



_ Só vim dizer que nada vai me impedir de ficar com a Hermione - Draco ficou parado próximo a um dos sofás.



_ Patético! Você deveria ter o mínimo de vergonha sabia? Sujou o nome da família Malfoy com uma sangue-ruim! - Lucius levantou-se.



_ Não a chame assim! - Draco levantou a voz para o pai - Não vou tolerar suas ofensas - ele deu meia volta e ia se retirar do aposento.



_ Se você dá valor a sua vida ou a daquela garota deveria ouvir o que tenho a dizer - nesse momento Draco parou - Você sujou o nome dos Malfoys, mas é meu único herdeiro. Entretanto, não quero nosso sangue misturado com aquele sangue impuro.



_ O que está querendo dizer? - Draco novamente estava olhando para o pai, será que ele não havia entendido que ele ficaria com Hermione de qualquer jeito?



_ Estou avisando que se você for atrás daquela garota ao invés de se tornar um comensal como é seu destino, não descansarei até acabar com ela.



_ Você não vai encostar um dedo nela, porque eu a protegerei.



_ E desde quando você pode ficar com ela todas as 24 horas do dia? Haverá um momento que você não estará por perto, então ela sofrerá as conseqüências da sua desobediência - disse de forma fria e calculista.



_ Não se atreveria... - os olhos de Draco estavam repletos de fúria.



_ Duvidas de tão pouco? Eu ainda não terminei! E se tiveres um criança de sangue impuro ainda faria questão de matá-la com minhas próprias mãos - nesse momento Draco correu até ele lhe agarrando o pescoço.



_ Eu mataria você se fizesse isso - disse cerrando os dentes, Lucius parecia satisfeito.



_ De que importância seria se seu filho estivesse morto? - Draco o soltou, Lucius deu um pequeno sorriso de vitória - Tem um dia para pensar, se for tolo o suficiente iras atrás daquela garota, caso contrario, amanhã mesmo poderás se tornar um comensal - Draco nada disse, apenas saiu dali e se dirigiu ao seu antigo quarto. “Idiota, mesmo que aceite se tornar um comensal, tratarei de eliminar aquela sangue-ruim!”, pensou Lucius enquanto via o filho sair.



Milhares de pensamentos invadiram a mente de Draco, que quando chegou no quarto jogou-se na cama. Lembrava-se de Hermione, das últimas brigas que tiveram, na verdade naquele ano em especial as provocações tornaram-se diferentes, Draco adorava ver a cara de raiva de Hermione, sentia-se extremamente atraído, mas nunca admitiu, até que não teve mais jeito, quando passaram a se encontrar todas as noites para os ensaios da apresentação essa sua paixão acabou vindo á tona.



As lembranças daquelas noites passavam como flashes, cada passo, cada sorriso dela, cada toque em seu corpo macio fizeram o coração dele amolecer, tornando aquele sentimento cada vez mais forte, até que se deu conta de que a amava. Convidou-a para o baile, ela estava linda, a apresentação fora perfeita devido a sincronia impressionante do casal, deixaram toda Hogwarts boquiaberta.



Aquela noite estava longe de acabar, depois do baile veio o melhor da noite para ele, Hermione tornara-se completamente sua. Jamais sentiu tamanho prazer quanto naquele dia, talvez porque não estava apenas transando com uma garota qualquer pela qual não sentia nenhum afeto, e sim porque estava com alguém que amava e o melhor, era correspondido. Mas então veio a lembrança da despedida, pois sabia que não poderia ficar com ela de imediato. Como é grande a dor da despedida, pensava ele, nesse momento uma lágrima rolou pelo seu rosto. Uma lágrima? Draco Malfoy estava chorando por alguém? É, realmente aquele não era o mesmo Draco de outrora.



Hermione temia pelo futuro dele, mas ele disse que não se tornaria um comensal. Como explicar que não haveria outra saída? Como explicar que faria aquilo para protegê-la? Não, ele não tinha como explicar, alias nem podia. Provavelmente Hermione não aceitaria e isso acarretaria em conseqüências graves caso as especulações de Lucius tornassem-se realidade. O melhor que poderia fazer seria não falar nada, ela sofreria, ele também, mas pelo menos a manteria viva. Tornar-se-ia um comensal assim a protegeria, principalmente porque faria o máximo para estar sempre por perto de Lucius e impedi-lo caso ele fizesse algum mal a Hermione, acabou adormecendo enquanto pensava naquelas coisas.



Na manhã seguinte Draco foi falar com seu pai, dizer-lhe que aceitaria ser um comensal, mas que ele não deveria encostar um dedo em Hermione. Sabia, entretanto, que não poderia confiar nas palavras do pai. Lucius estava tomando café, quando viu que o filho se aproximava.



_ Pensastes nas minhas palavras? - perguntou sem nem olhar para Draco.



_ Aceitarei ser um comensal e não terei nada com a Hermione - disse o garoto secamente.



_ Até que você não é tão burro quanto eu pensava.



_ Se fizer alguma coisa a ela...



_ Ela não me interessa, portanto que fique e não acabe de vez com o nome Malfoy - mentiu ele. Na verdade Lucius pensava numa maneira de acabar com Hermione, não só por causa de Draco, mas também porque sabia que ela era amiga de Potter, desta maneira acreditava que poderia enfraquecê-lo. Muitas vezes Voldemort pensou em seqüestrar Hermione, mas nunca conseguiu devido as barreiras que havia em Hogwarts, mas agora que ela estaria sozinha acreditava ser mais fácil. Se a matasse provavelmente Harry se culparia, seria mais fácil derrotá-lo, acreditava Voldemort e os comensais.



_ Quando vai ser a cerimônia? - perguntou Draco.



_ Hoje a tarde, será para você e outros que também se tornarão os novos servos do Lord das Trevas - disse ele, Draco retirou-se em silêncio.



******************************************



Hermione arrumava as últimas coisas no seu novo apartamento, moraria no centro de Londres, onde cursaria a escola de aurores juntamente com Harry e Rony. Mas havia alguém em especial que não saia dos seus pensamentos. Draco Malfoy assumiu grande importância na vida de Hermione, parecia ironia do destino, apaixonar-se por seu grande inimigo, pensava ela. Nunca soube ao certo quando aquele sentimento começou, mas desde o inicio do sétimo ano sabia que havia algo diferente entre ela e Draco. De inicio pensou ser aquele ódio mortal que sentiam desde o dia em que se conheceram, mas depois da detenção da professora McGonagall, quando passou a encontrá-lo diariamente percebeu que era na verdade o inicio de um grande amor.



Aquela sensação que sentia quando estava perto dele era única, quando suas mãos percorriam seu corpo na desculpa de fazer parte da coreografia, seu coração disparava e seu corpo inteiro estremecia. Mais que isso, Draco a marcaria para sempre, afinal foi com ele sua primeira vez, noite simplesmente perfeita para ela. Não sabia se um dia poderiam ficar juntos, a família dele não facilitaria, mas se conseguissem seria a mulher mais feliz que existisse. Hermione guardava as últimas peças de roupa no guarda-roupa quando ouviu a campainha.



_ Harry! - ela disse quando abriu a porta, em seguida abraçou o amigo.



_ Vim visitá-la - disse ele com um lindo sorriso no rosto.



_ Fico feliz, vamos, entre! - entraram e sentaram no sofá da sala.



_ Pareci que você já conseguiu se organizar não foi? - Harry olhava ao seu redor, estava tudo na mais perfeita ordem.



_ Mas é claro Harry, você me conhece - ela piscou para o amigo, que sorriu.



_ Sim, e como te conheço! - Harry a olhou de maneira diferente - Mione, eu vim conversar com você sobre o que aconteceu no baile - passara-se três dias deste o baile de formatura deles, mas Hermione não falava nada a respeito do envolvimento dela com Malfoy.



_ Harry, eu o amo! - disse Hermione sem medo.



_ Tem certeza, Mi? Vocês simplesmente se odiavam - Harry não conseguia entender como aquele ódio poderia se tornar em amor.



_ Tenho certeza sim, não sei como nem o porquê disso ter acontecido, só sei o que sinto, um amor imenso.



_ E o fato dele ser um Malfoy? - perguntou ele preocupado.



_ O nome não tem importância para mim, se pudermos ficar juntos enfrentarei qualquer coisa!



_ Mione! Estamos falando dos Malfoys, seguidores fieis de Voldemort! Provavelmente Draco seguirá os mesmos passos do pai - Harry a encarava, tinha que fazer Hermione entender que Malfoy não servia pra ela.



_ Não, ele não seguirá Voldemort, ele me disse! - Hermione começou a ficar nervosa, será que era tão difícil de acreditar que Draco mudara?



_ Mi, eu não vou discutir com você - Harry disse carinhosamente - Sinto não poder acreditar nas palavras do Malfoy, mas torço para serem verdadeiras.



_ Obrigada Harry! - Hermione sabia que não poderia exigir que Harry acreditasse.



_ Mas se ele te machucar, eu juro que acabo com ele - completou com um sorriso.



_ Você é o melhor amigo que eu poderia ter sabia? - Hermione aproximou-se dele para abraçá-lo. Harry correspondeu ao abraço, mas depois que se afastou a fitou por alguns instantes, Hermione sempre fora seu grande amor, mas nunca havia se declarado para ela. Era triste saber que ela amava alguém, pior ainda, seu grande inimigo. Harry colou seus lábios nos dela por alguns instantes, quando se separaram Hermione parecia estar sem ação.



_ Eu amo você Hermione! - disse finalmente.



_ Mas Harry... eu... - ele colocou o dedo em seus lábios.



_ Shh! Eu não estou te pedindo nada, apenas precisava confessar esse sentimento há tanto tempo guardado.



_ Tanto tempo? - lágrimas formaram-se no rosto de Hermione.



_ Te amo há muito tempo, mas sempre fui um covarde e nunca consegui me declarar. Quando te vi naquela noite no baile com o Malfoy percebi que tinha te perdido para sempre.



_ Eu não sabia, nunca imaginei - Hermione amava Harry, mas como um irmão. Imaginou todo o sofrimento dele, principalmente nesses últimos dias, odiava quando Harry sofria.



_ Não precisa ficar assim - disse ele acariciando seu rosto - Tudo que quero é que sejas feliz.



_ Oh Harry! - ela o abraçou novamente - Eu te amo também, mas não desse jeito, sinto muito.



_ Se um dia você mudar de idéia quanto a isso - Harry falou.



_ Você seria o primeiro a saber - disse sorrindo, seus olhos tinham algumas lágrimas que foram enxugadas por Harry. Hermione em seguida beijou-lhe a testa - Sabe... eu acho que um dia você vai encontrar uma mulher muito especial e ela vai te fazer imensamente feliz - Harry sorriu um pouco, na verdade para ele aquela mulher sempre seria Hermione, mas achou melhor não falar nada.



_ Pronta pra daqui a uns dias começar as aulas para ser uma aurora? - perguntou ele.



_ Não vejo a hora! - disse ela animada.



_ Só você mesmo viu?



_ Você não está animado? - perguntou Hermione.



_ Talvez só um pouco, estava pensando em aproveitar um pouco esses dias! - disse com um sorriso maroto.



_ O que quer dizer?



_ Falei com o Rony, que você acha de fazermos uma viagem?



_ Seria ótimo Harry! - Hermione adorou a idéia. Seria bom se ocupar com alguma coisa, assim não ficaria pensando o tempo todo em Draco.



O tempo foi passando, Harry, Rony e Hermione começaram a freqüentar as aulas para aurores. Hermione não tinha nenhuma noticia de Draco, ouvira dizer que se tornara um comensal, mas não acreditava. Morria de saudades, sentia muito a falta dele, mas sabia que nada podia fazer. Draco não estava muito diferente, depois de se tornar um comensal tinha várias missões para ataques contra trouxas, mas os aurores que iam atrás deles sempre eram formados, então nunca encontrou Hermione.



Fazia o possível para permanecer sempre com o capuz, assim ninguém nunca o reconhecia. Ficava sempre na cola de Lucius, principalmente quando achava que este estava agindo estranhamente. Certa vez foi mandado para uma missão em que deveria juntamente com mais três comensais matar uma família trouxa. Draco preferia ajudar a invadir os locais ou a ajudar na defesa, jamais matou alguém. Quando chegou ao local indicado lançou um feitiço para abrir a porta, depois deixou os outros entrarem, alegando que ficaria vigiando.



Pôde ouvir os gritos de dor e desespero vindos da casa, como odiava aquela vida que tinha agora! Quando tudo pareceu ter acabado e os outros comensais estavam vindo duas mulheres se aproximaram da casa. Draco empunhou a varinha, “Idiotas, por que estão demorando tanto para sair?”, pensava ele ainda esperando os outros comensais. Foi então que a viu, Hermione Granger e Ninfadora Tonks. Como estava linda, pensou ele sentindo seu coração disparar.



Elas estavam cada vez mais perto, mas Draco não podia sair dali naquele momento. Mais um grito foi ouvido, chamando a atenção de Hermione e Tonks, que correram para o local, vendo um vulto próximo a porta. Os outros comensais também apareceram.



_ Idiotas! Não tinham acabado? - perguntou Draco irritado, vendo as duas aproximarem-se.



_ Faltava uma criança - disse um dos comensais.



_ Parados vocês aì! - Tonks gritou. Os comensais que acompanhavam Draco sorriram em tom de deboche.



_ Hermione, vá chamar ajuda - Tonks disse.



_ Não vou deixá-la aqui - Hermione também tirou sua varinha, Draco sorriu, sabia o quanto ela era teimosa.



Naquele momento começaram a duelar, Draco e um comensal com Tonks, e os outros dois com Hermione. Fazia quase um ano que Hermione estudava na escola de aurores, suas técnicas estavam bem melhores, mas isso não impediu que um dos comensais lançassem uma maldição imperdoável nela. A dor da maldição Cruciatus era insuportável, enquanto gritava se contorcia no chão. Nesse momento Draco parou, sentiu uma dor no coração por vê-la sofrer e não percebeu o feitiço estuporante que Tonks lhe lançara, caindo no chão.



Tonks livrou-se logo do outro comensal e foi ajudar Hermione. Lançando um feitiço no comensal que conjurava a maldição em Hermione cessou a dor da amiga, que continuou caída no chão. Mas o efeito passou rápido nos comensais e agora Tonks enfrentava três comensais de vez. Draco também estava se recuperando, mas ele estava preocupado demais com a vida de Hermione que nem deu atenção ao duelo que estava acontecendo no momento.



_ Acorda, por favor, reaja - disse ele já do lado de Hermione, tentou reanimá-la, mas esta não reagiu de imediato. Quando finalmente acordou Hermione viu alguém com um capaz negro próximo de si e se desesperou. Mas nesse momento Tonks que se livrara dos outros comensais lançou novamente um feitiço estuporante em Draco.



_ Hermione, tudo bem com você? - perguntou Tonks se aproximando.



_ Sim - Hermione ainda tinha sua atenção voltada para aquele comensal, o que estaria ele fazendo tão próximo dela sem tentar matá-la de imediato? Mas quando se aproximou levou um susto, o capuz que antes escondia o rosto daquele comensal, agora estava para trás, o que permitiu que vissem quem era: Draco Malfoy.



N/A: Fiz um capítulo dois aí pra vocês, hehehehehehehhe, e o próximo será o último!! Farei o possivel para posta-lo na próxima semana, oks?! Beijus!! Agradeço a todos que leram, votaram e comentarammmm!! Adoro os comentários de vocês!! : ))) beijusss!! Pink_Potter : )

Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.