A triste notícia natalina



Capitulo 11


A triste noticia natalina


 


Começo de dezembro e todos estavam ansioso para a chegada do Natal.


Elizabeth nem olhara mais na cara de Alvo. Ele decidiu também não ficar correndo atrás da menina, se ela o quisesse, iria atrás.


Alvo estava decidido a ir passar o Natal com Lílian. Iriam rir à beça e ainda precisava arranjar algo para levar para a irmã. Ele decidira também não contar para ninguém da família sobre o ex-relacionamento com Elizabeth. Existem certas coisas que não se contam para seu pai ou sua mãe.


Os dias foram passando devagar e todos ficaram nervosos com os deveres. Tinham de fazer para aproveitar bem o Natal.


 


Segunda-feira, 18 de dezembro. Tudo estava correndo normalmente durante o dia.


Os alunos do primeiro ano de Grifinória acordaram às cinco e quarenta e cinco. Ficaram um tempo no Salão Comunal. Cinco para as seis desceram as escadas devagar, conversando.


Café da manhã tranqüilo. Alvo comera ovos com bacon, depois que chegou a Hogwarts, esse era seu prato preferido. Elizabeth decidira ficar na maçã. Drew nas panquecas com suco.


- Após o café temos que matéria? – perguntou Alvo para Drew.


- Hum... Acho que História da Magia.


Alvo acabara de desanimar. Depois de Estudo dos Trouxas, História da Magia era a pior matéria.


- Nossa, o professor Binns é tão entediante. – comentou Alvo baixo.


- É. Falando nele, já esta na hora. Vamos.


Dizendo isso, Drew e Alvo subiram para os dormitórios para pegar os materiais. Já eram oito da manhã e a aula começava oito e cinco. O Salão Comunal da Grifinória era no segundo andar, e a sala de aula de História da Magia era no primeiro.


Eles desceram as escadas devagar enquanto o resto dos alunos da Grifinória passou correndo por eles para pegarem seus materiais.


A aula seria com os alunos da Lufa-Lufa. Que para a tristeza de Rosa, pois toda aula ela desejara ser com os alunos da Sonserina.


A sala de aula estava vazia a não ser por quatro alunos da Lufa-Lufa que já estavam acomodados e conversando algo muito interessante, para eles. O relógio do pulso de Drew batera oito e quatro e já havia muitos alunos na sala.


O professor Binns passara pelo quadro negro. Sim, ele é um fantasma.


- Cara, com certeza ele deu aula para meu pai. – caçoou Alvo dando uma risada abafada.


- Grande homem, Harry Potter, diferente de você ele não fazia piadinhas nas minhas aulas. – retrucou Binns, fazendo Alvo engolir em seco. – Bom, hoje vamos começar com os fatos de mil e oitocentos...


 


- Alguma duvida?


Quando o professor perguntou isso, pode-se ouvir um ronco estrondoso do fundo da sala e alguém bater a cabeça na mesa. Cristopher estava dormindo.


Alguns alunos riram, principalmente Alvo e Drew.


- O que faremos com ele? – perguntou Tam.


- Deixe-o ai. – falou Binns.


O relógio batera dez horas.


- Estão dispensados! – bradou o professor saindo atravessando o quadro negro.


- Finalmente! – resmungou Drew. – Agora quem vai acordar ele?


Ninguém respondeu, e todos deixaram Cristopher dormindo ali, na sala de História da Magia. Eles tinham um horário vago mesmo.


Chegando no Salão Comunal estavam todos se questionando a quanto tempo Binns ensinava na escola.


- Provavelmente ensinara até meu avô Tiago Potter.


Ele e Drew sentaram-se à mesa. O loiro tinha um jogo de xadrez bruxo que ganhara de aniversário, antes de entrar em Hogwarts. Eles estavam aguardando o almoço ali.


- Há! Xeque! – falou Alvo rindo.


Ele era bom no xadrez de bruxo, pois seu tio Rony Weasley lhe ensinara várias táticas boas.


Elizabeth e Chris estavam conversando no sofá e eram observados por Alvo quando não era sua vez de mexer. Quando a menina viu que seu ex-namorado a observava de vez em quando, fez uma coisa ridiculamente improvável. Lascara um beijo na boca de Chris, que este deitou na cama sem reação.


Alvo ficara branco e depois vermelho. No relógio eram dez para as onze, há poucos minutos estaria almoçando, então saiu do salão com tanta raiva que desceu as escadarias para o Salão Principal.


Alvo não sabia por que, mas estava chorando com a cabeça deitada nos braços, sentado no banco da Grifinória. Ninguém tentara se aproximar dele, nem mesmo Drew.


O almoço chegara e estavam todos ali, comendo junto com ele. Não tinha a mínima fome. Nem mesmo Drew tentara falar com ele.


Chegara o correio. Edwiges deixara cair uma carta no colo de Alvo, que este não fez a mínima menção de abrir. Elizabeth também recebera uma carta na qual abriu para ler.


 


Eliz


 


Não sei como lhe dar essa mensagem


mas ontem, quando eu e sua mãe


estávamos em casa, algum trouxa


entrou aqui e tentou nos roubar. Sua


mãe entrou na frente dele, no qual este


tinha uma arma de fogo, e atirou bem


no peito de sua mãe. O funeral será


dia 24, às oito da noite.


 


Papai


 


Elizabeth estava branca. Quando Alvo percebeu a diferença da menina, ficou olhando atentamente para ver o que ia fazer. Quando ela estava desmaiando, ia cair de costas no chão, mas Alvo pulara a mesa e já pegara a menina no colo.


Arrumou-a em seus braços e correu para a Ala Hospitalar, que era no terceiro andar. Todos os alunos acompanharam os dois subindo, mas quando Simas, que estava descendo as escadarias, viu que se tratava de uma emergência, mandou os alunos sentarem em seus lugares.


 


- A senhora pode cuidar dela? – perguntou Alvo após depositar Elizabeth numa cama.


- Claro. Desmaios nem precisam de grandes cuidados, é só aguardar ela acordar. – falara Madame Pomfrey.


- Obrigado.


Dizendo isso, Alvo saiu correndo do hospital.


O dia passara tão rápido e Elizabeth só acordara às seis da noite.


 


Terça-feira, 19 de dezembro. Alvo levantara cedo, umas cinco e meia da manhã e apenas Rosa estava no Salão. Na verdade estava na porta da Mulher Gorda aos beijos com Escórpio.


Alvo pigarreara alto e Rosa olhara para trás envergonhada.


- Ah, Elizabeth não estava no quarto quando acordei.


- O que? Que horas você acordou? – perguntou Alvo indignado olhando da porta para Rosa.


- Umas cinco e quinze.


Alvo estava realmente chocado. Desceu as escadas para o Salão rapidamente e saiu do Salão Comunal, deixando Rosa e Escórpio continuarem suas sessões de beijos.


Primeiro lugar que olharia era no Salão Principal. Ninguém estava lá. Segundo lugar era o banheiro feminino. Quando Alvo chegou a principio não viu nada, mas um risco vermelho no chão lhe chamou atenção.


Entrou mais fundo no banheiro seguindo o fio vermelho e deparara com Elizabeth deitada no chão com um dos braços cheios de cortes e um caco enorme de vidro caído ao lado da outra mão.


Ela estava de olhos fechados, mas abriu ao perceber que alguém estava ali. Deu um breve sorriso para Alvo.


- Ah...meu...Deus! – ele estava realmente chocado com a cena.


Ajoelhara ao lado de Elizabeth olhando os cortes feios e os olhos da menina.


- Por...que?


- Eu não sei. – respondeu ainda com o sorriso fraco no rosto olhando as feições de Alvo.


- Pára, ok? Pára.


A carta que ela recebera no dia anterior estava jogada a um canto. Alvo a avistou, pegou e leu.


Ela teria de enterrar a mãe em plena véspera de Natal.


“Malditos trouxas!” murmurou para si “Eles com essas armas de fogo letais!”


- Eliz, vou te ajudar a superar isso, eu prometo!


Ele estava de quatro olhando para o rosto da menina. Então, aproximara o rosto do de Elizabeth, que estava inchado de tanto chorar, e beijou-a tão devagar que ela demorou para retribuir.

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