Desfecho



Dez anos se passaram desde que Harry terminou Hogwarts. Hoje seria o grande dia; ele finalmente iria se casar com Luna. Harry nunca pensou que um dia iria se casar com uma de suas melhores amigas. Luna nunca pensou que um relacionamento forçado pelo seu pai pudesse resultar em um amor verdadeiro. E Gina nunca pensou que os dois ainda tivessem a capacidade de convidá-la para seu casamento. Mas ela superara isso há tempos; era uma


mulher esbelta, de beleza exótica. Se casara com Neville Longbottom e juntos tiveram uma linda filha. Gina desejava toda a felicidade do mundo para o casal.


O casamento fora uma cerimônia pequena, porém muito bonita. Rosas de todas as cores enfeitavam a igreja, indo desde a porta até o altar, e Luna estava esplêndida em seu vestido verde. Parecia uma personificação da natureza.


A cerimônia acabara e os recém-casados chamaram os amigos mais íntimos a um jantar na casa deles.


Lá estavam Hermione, Neville, Rony, Gina, Simas e outros amigos de Hogwarts. O jantar fora magnífico e todos se divertiram relembrando os velhos tempos.


Gina e seu marido foram os últimos a irem embora. Luna e Neville estavam entretidos demais conversando sobre as definições de uma planta curandeira que os dois têm em comum. Enquanto isso, Harry e Gina rumavam para o terraço.


“A lua está linda.” Murmurou Gina.


“Toda a noite venho aqui vê-la” replicou Harry, e em seguida o silêncio prevaleceu.


Há muito tempo os dois não ficavam sozinhos, e agora que encontraram a oportunidade perfeita, não tinham o que dizer um para o outro. Mas eles não precisavam de palavras; apenas precisavam daquele momento. Gina sabia que se olhasse em seus olhos poderia saber grande parte dos seus pensamentos; Harry era um livro aberto. E além disso, Gina o conhecia. Passara vários Natais com ele, inúmeras aventuras e o que estava em jogo eram sentimentos de duas vidas que poderiam se unir e se tornar uma só.


O silêncio continuou, e os dois sabiam que aquele momento não iria se repetir. Todo o diálogo deles estava no ar, em seus pensamentos. Era um tipo de comunicação telepática; um sabia o que o outro estava pensando, simplesmente por se conhecerem bem e por muitos anos.


Gina foi a primeira dos dois que resolveu ouvir a razão; inventou qualquer pretexto para ir embora e se afastou de Harry. Ele encarava-a com o olhar melancólico, mas ela se recusou a olhar para trás.


“Gina, espera! Preciso falar com você!”


Gina virou-se e Harry pôde observar uma lágrima caindo de seu olho esquerdo. Gina prometeu a si mesma que essa seria a última lágrima que soltaria por Harry Potter.


“Agora é tarde demais.” Respondeu. “Te vejo em breve.”

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