E começa a vingança...




Lilian acordou tonta, estava se sentindo de ressaca, a última coisa que ela se lembra é de Finnigan ter pego um copo com um refrigerante ou alguma coisa efervescente e ela bebeu tudo, aquilo parecia um acido, como se a garganta dela fosse derretendo ou queimando quando aquela substância passara. “Finnigan... Só me lembro do Finnigan... NÃO! POR MERLIN NÃO! Da primeira vez eu me lembro mais do que dessa, ele fez comigo de novo! Da primeira vez eu pelo menos lembrava como foi, por mais que eu não queira, eu lembro! Ele, aquele idiota me drogou, veado, filho da put@, se eu abrir os olhos e esse projeto de prostituto tiver do meu lado eu dou um soco nele, sério!”, pensou Lilian, ela abriu os olhos devagar, ainda sentindo dor de cabeça, seus olhos começaram a arder.


-FINNIGAN SEU FILHO DA... – Ela estreitara os olhos para ver melhor - Hugo? – Hugo estava sentado em uma poltrona na frente dela, ele estava dormindo. – EU AINDA ESTOU DROGADA! EU TE MATO FINNIGAN! MERLIN ME AJUDE! EU ESTOU VENDO COISAS! EU JOGUEI PEDRAS NA CRUZ E NÃO SABIA! EU RASPEI A BARBA DE MERLIN! SÓ PODE! O QUE TA ACONTECENDO? EU ENDOIDEI DE VEZ? EU TÔ ONDE? SOCORRO! MERLIN! DEUS, SE VOCÊ EXISTE ESSA É UMA BOA HORA PRA DEMONSTRAR, ESPERO QUE OS TROUXAS ESTEJAM CERTOS E QUE VOCÊ EXISTA E QUE AJUDE OS NECESSITADOS, PORQUE EU TO NECESSITANDO! DEUSES DO OLIMPO, OU DE QUALQUER OUTRO LUGAR, ME AJUDEM! MERLIIIIIIIIM! MORGANA! CIRCE! GODRIC GRIFFINDOR! ROWENA RAVENCLAW! HELGA HUFFLEPUFF! ATÉ VOCÊ SALAZAR SLYTHERIN! EU PRECISO DE AJUDA! ME AJUDEM…


-CALA A BOCA – Gritou Hugo e a menina saiu do “transe” e se assustou.


-Hugo? Você tá ai mesmo? – Ela ficou observando por um tempo enquanto ele massageava as têmporas. – Er... Eu... Eu... Transei com o... Finn... Com o Finni... De novo?


-De novo? Como assim de novo – Ele estava com o olhar cheio de ódio – Vocês...? Não! Lilian, não! Não pode ser... Você... Se... Me contaria não é...? – Lilian sentiu seus olhos arderem, lágrimas estavam se formando nos olhos dela “Por que eu nasci com essas porcarias de glândulas lacrimais, ou alguma coisa assim!? QUE MERDA!” – Lilian... Você é...?


-O que? – Ela disse tentando manter a voz firme, não deu certo


-Virgem?


-Eu... Eu... O... Ele... E... Nós... Cama... E... Não. – Ela começou a chorar enquanto o menino a olhava com ódio


-E... Você... Você não me contou? Eu te contei! TE CONTEI! – Ele estava cheio de ódio, raiva e outros sentimentos idiotas que fazem uma pessoa querer matar outra.


-Não... Voc-cê não me... Não me contou! Não me contou quando, nem com quem!


-Te contei sim Lily, contei sim! No quarto ano!


-E com quem foi?


-Você NÃO LEMBRA? PIOR DO QUE NÃO ME CONTAR DA SUA PRIMEIRA VEZ É NÃO SE LEMBRAR DE QUANDO EU CONTEI A MINHA!


-Você não é mais virgem? Com quem foi? Quantos anos você tinha? Você falou pra alguém? Sabe, foi bom? Como foi? Foi legal? – Ela estava em uma tentativa inútil de mudar de assunto, ele notou, mas ainda a olhara incrédula.


-NÃO! FOI COM A MINHA EX-NAMORADA. NO QUARTO ANO. QUANDO EU TINHA 14 ANOS. SE EU FALEI PRA ALGUÉM? FALEI! PRA MINHA EX-MELHOR AMIGA. FOI ÓTIMO! E O SEU?


-Er... Foi com a sua namorada... No quarto ano – Ela parou pensativa, e depois o encarou incrédula. – A Kath... Katherine? Mas ela tava no sétimo ano quando vocês terminaram, ela... Ela é mais velha que você!


-E DAÍ? FINNIGAN TAMBÉM É MAIS VELHO QUE VOCÊ! OU NÃO PERCEBEU? – A menina se encolheu, enquanto ele andava de um lado para o outro no quarto. – Lilian... Eu não entendo mais você! Que porr@! Eu poderia não ser seu namorado nem nada, mas eu... Me importava com você, eu era seu melhor amigo, e eu não queria ser só seu melhor amigo, eu queria ser mais... Só que você... Você é muito... Muito difícil, eu... Não te entendo... Preciso pensar. – “IMPORTAVA? ERA? ELE NÃO SE IMPORTA MAIS AGORA É?”


-Mas voc-cê não me-me falou da Kath... sexo... você


-FALEI!


-M-mas... Mas...


-MAS NADA! ACABOU! VOCÊ... VOCÊ... E O FINNIGAN... JUSTO O FINNIGAN! PODERIA SER QUALQUER OUTRO! MAS TINHA QUE SER O MALDITO... FINNIGAN! – Ele saiu do quarto batendo a porta e fazendo um estrondo, a menina continuara lá chorando...


>>><<<


3 de janeiro


Estava tudo ótimo, mas como sempre o idiota, veado, filho de uma... Não conheço a mãe dele, besta, imbecil, estúpido e milhares de outros xingamentos que fariam meus pais lavarem a minha boca com detergente, seja lá o que isso for, o Finnigan veio querer transar comigo de novo, sim, não sou mais virgem por causa daquele FDP desgraçado, é estranho, mas não foi culpa minha, voltando... Ontem ele me drogou, e óbvio, o Hugo me salvou, e o besta do Finnigan diz que o que ele ia fazer ele já havia feito e deu no que deu, eu to chorando que nem uma abestada toda vez que lembro disso, e esse diário mágico idiota não molha ou borra nem com as minhas lágrimas idiotas caindo nele, agora o Hugo terminou tudo, que não era nem um namoro, e eu choro toda noite, mas quando eu vejo ele eu não choro, porque? Por causa do meu lindo, maravilhoso e precioso orgulho que não me larga nesses momentos necessitados, mas o que eu vou fazer? Pedir desculpas e pedir pro Hugo voltar comigo que nem aquelas vadias idiotas que correm atrás dele e do Lucas? NUNCA. Vou pedir desculpas e pedir pra voltar a ser pelo menos amigos? NUNCA. Vou me vingar? Claro! Mas ai tem um idiota, Louis, que vem com a idéia “Vingança é um prato que se come frio”, e vem a minha linda melhor amiga Nicole (Que tem uma queda, que tá mais pra um precipício, pelo Cedrico), que diz que “A vingança é doce”, então meu querido diário, se a vingança é assim, eu vou tomar um sorvete! E como eu vou me vingar? Veremos querido diário... Veremos... MUAHAHAHAHAHAHAHA *Risada maligna do Voldemort, da Bellatrix ou até do Coringa (N/A: Do Batman, pros sem-cultura que não sabem)*. Já mencionei que amanhã começam as aulas? E que amanhã o meu plano se inicia? Falei? Não? Então to falando... Eu não ando chorando na frente de qualquer um, óbvio, orgulho que não me falta, meu pai parou de olhar para Hugo com vontade de assassiná-lo, porque ele me salvou e bla-bla-bla, agora eu olho para ele com indiferença, sem nenhuma vontade de chorar, haha, aquele idiota me paga! O ruim é... E as porcarias das nossas aventuras juntos, mas que merda, hein? Isso me faz chorar mais, FODA-SE! Ele que não quer mais falar comigo, agora não tenho mais ninguém pra quebrar as regras, quero dizer, tem o Johnny, mas ele é certinho, tem o Lucas, que por mais que eu não goste dele, ele me ajudava a convencer o Hugo, mas é melhor amigo dele, tem a Nicole, mas ela é meio patricinha, tem a Louise, mas ela é meio medrosa, tem a Samantha... Não, não tem a Samantha, tem o Louis, mas ele é meio medroso, tem a Alice Hampton da Corvinal, ela é legal, seria minha melhor amiga se nos falássemos mais, Cedrico Corner da lufa-lufa, mas ele tem uma irmã idiota na corvinal que por acaso está afim do Hugo, parece que, no Maximo, só tem o Lucas, só que eu nunca me dei tão bem com ele, o que eu faço Merlin? O QUE EU FAÇO?


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“Ótimo, Hogwarts, indo pra King’s cross com aquela vontade do capeta de socar alguém, querendo frequentemente matar Hugo cada vez que ele passa os olhos por mim, mas, infelizmente, não posso usar magia fora de Hogwarts, e não quero estragar o meu futuro de Aurora ou jogadora de quadribol em Askaban, então tenho que conseguir uma faca, ou socá-lo até a morte, ou ignorar ele, o que é difícil, porque nossos queridos pais não sabem que terminamos! Ótimo! Merlin realmente não gosta de mim, parece que os deuses também não, e o próprio Deus também não, acredita?” Pensara Lilian enquanto chegava à plataforma 9 ¾ e acenara pra suas amigas e sorria numa falsa felicidade, que Nicole percebeu.


-Oi meninas


-O que foi Lils? – Dissera Nicole apenas para Lilian enquanto as outras amigas foram cumprimentar os meninos.


-Eu e o Hugo... Nós terminamos – Dissera Lilian com a voz embargada, enquanto sua amiga a abraçou.


-E... O que você vai fazer?


-Me vingar, é claro – Lilian sorriu maliciosamente. Nicole a olhou irritada.


-E posso saber como será essa tal vingança?


-Saberás, saberás... – Elas riram


...


Lilian entra no trem, passa direto pelo vagão onde estão seus amigos e vai pra um vagão vazio, o fechando e abaixando a cortina para ninguém vê-la, ela começa a preparar os feitiços do livro “1001 feitiços e poções de estética”, ela lê o titulo e ri, depois seus olhos ficam marejados da lembrança que ela tem quando comprou o livro, dela e Hugo rindo e aprontando na ‘Floreios e Borrões’ e de Ginevra comprando o livro e dizendo que, talvez, quando ela ficasse mais velha, ela fosse precisar, pra impressionar alguém ou apenas pra aumentar a auto-estima, de repente alguém abre a porta “Merda! Esqueci de trancar isso!”, pensou ela.


-Potter.


-Malfoy, ou devo dizer, projeto de Malfoy?


-Potter ou projeto de cicatriz? – Os dois riram – O que você está fazendo aqui? Não deveria estar com seu namoradinho, o Weasley? – Ele se sentou em frente a ela enquanto ela suspirara


-Nós... – Ela respirou fundo. – Não estamos mais juntos... – Ela olhou para a janela – E você e a Rosa?


-Ela é difícil, não me perdoa, não sei o que fazer... – Respirou fundo – Então, o que você está fazendo com esse livro? – Ele apontou para o livro ao lado da menina. – Eu não sabia que você se importava com estética, quero dizer... Você é bonita, Potter.


-Ah, isso faz parte da minha... Hum... Vingança.


-Vingança?


-É.


-Vai se vingar de quem?


-Advinha! Dois idiotas, um tentou me estuprar, e o outro terminou comigo porque não aceitou que eu não era mais virgem.


-Finnigan e o Weasley? Você é muito vingativa para uma Potter, e para uma grifinória. Acho que trocaram você e o Alvo, só pode. – Eles riram


-É, mas eu sou corajosa, sou uma grifinória de corpo e alma. Não me importo só com poder ou dinheiro.


-Certo, certo...


-Sabe Malfoy, vou precisar da sua ajuda.


-O que? – Ele a olhou estupefato


-Bom... Eu tenho que ser a menina mais desejada, conseguir um namorado, e preciso da ajuda dos sonserinos, porque as festas deles são famosas, e você é popular, então...


-Você quer namorar comigo? – Ele continuava estupefato


-Merlin! Não, imagina os dois Weasley de uma vez tentando nos matar, fica pior! Você precisa me ajudar, precisa falar de mim pros seus amigos sonserinos idiotas, mas não pode, em hipótese alguma, contar para o Alvo, ou pra ninguém, o Alvo é muito certinho, e também não fala taaanto assim de mim, porque se não eu fico com fama de vadia, e não é isso que eu quero.


-Você... Você é doida! – Ela sorriu sarcasticamente – Tá, eu te ajudo, e você me ajuda com a Rosa, fechado?


-Fechado. – Eles apertaram as mãos. – E... Scorpio, o Alvo e a Nina já começaram a namorar sério?


-Não, ele é muito bobo mesmo – Ela lançou um olhar assassino para o menino. – Quero dizer, ele ficou com a Dominique, ela é uma idiota, mas a Nina gosta dele, só que ela é muito tímida, muito mesmo. E ele não tenta nada!


-É verdade, e além de precisarmos de um plano pra você e pra Rosa, precisamos juntar aqueles dois também.


-Eu sei. – Ele massageou as têmporas


-Vamos ver... – Ela parou por uns segundos, pensativa – Você não pode ficar com ninguém, ninguém mesmo, ela tem problemas de confiança, você tem que fazer com que ela se sinta única, você não pode brigar muito com ela, e você tem que beijá-la como se fosse a última vez. – Ela olhou pela janela com um ar sonhador


-Mas, eu já fiz tudo isso, pelo menos a maioria, e ela... Eu não sei, ela não consegue confiar que eu a amo.


-Ela tem problemas de confiança, inclusive autoconfiança, e você... Você não é o cara mais santinho do mundo, e ela não acredita que você possa mudar de uma hora pra outra, entende?


-É, entendo...


-Então você só precisa mostrá-la, que não importa nada na sua vida que não seja ela! – A menina abriu um sorriso encorajador, e o menino sorriu fracamente.


-Vou me trocar, me maquiar, arrumar meu cabelo, e colocar essas roupas, já ajustei elas, espero que eu fique bonita, já volto.


Meia hora depois Lilian estava pronta, com um pouco de maquiagem, destacando seus olhos castanho-claros, seu cabelo ruivo gritante estava solto e estava liso até as pontas onde se formavam grandes e belos cachos, ela estava com uma tiara cor amarelo queimado, combinando com as cores da grifinória, sua saia estava mais curta, mas nada muito exagerado, o sapato parecia um pouco diferente, mais alto e delicado, a blusa estava mais apertada e a gravata mais folgada em seu pescoço, a menina estava mais bonita e delicada, porém com um ar superior.


-Como estou?


-Você está... Estranhamente... Linda! – Disse o menino sorrindo


-Obrigada. Nós vamos ser os últimos a chegarmos, então, como você é monitor-chefe, você vai apressando todos, depois que você entrar, eu entro, mas não pode entrar mais ninguém, tenho que ser a última, entendeu? Só que tem que ser antes da Minerva falar, mas depois que todos estiverem sentados, inclusive você.


-Certo. Você quer ser “a-poderosa-chefona” – Ele fizera uma careta e os dois riram.


-Você não é tão ignorante e idiota quanto aparenta. – Ela deu um risinho


-Obrigado pela parte que me toca – Ele disse em um falso ar de indignado, fazendo ambos rirem mais ainda.


-Nunca pensei que um Malfoy, ainda mais você, fosse tão educado a ponto de ajudar uma Potter necessitada.


-Eu nasci pra quebrar tradições, ajudar uma Potter e casar com uma Weasley. – Ambos riram novamente. – E pior, ser melhor amigo de um Potter!


-Falando nesse seu melhor amigo, eu se fosse você diria pra ele chegar mais na Nina, só que não na aula de Herbologia.


-Eles se gostam muito, e ele gostava da idiota da Dominique, mas ela o deixou.


-Ei! Ela é minha prima! – Ela falou com um ar de falsa indignação, fazendo Scorpio rir. – Tá... Ela é uma idiota mesmo. – O trem parou.


-Chegamos. Falar com você passou o tempo, até que você não é tão chata.


-E você até que não é tão burro. – Eles sorriram. – Vai, temos que colocar o plano em ação!


...


Scorpio seria o último a entrar no salão principal, atrás de alguns alunos da sonserina, seria, porém, Lilian ainda não havia chego, e isso deixava Nicole preocupada, depois que todos os alunos se sentaram, a enorme porta se abriu, e uma menina ruiva, não tão alta, magra e muito bonita estava entrando e andando, não, desfilando, em direção a mesa da grifinória, ela entrara e todos fizeram silêncio enquanto ela ia radiante se sentar ao lado de Nicole, que a olhava com a boca entreaberta, parecia finalmente não ter o que falar. Lucas a olhava boquiaberto, Scorpio, que estava a observando de longe ao lado de Alvo, sorriu satisfeito, ela retribuiu.


-Oi – Dissera Lilian, Hugo olhou para ela, mas rapidamente desviou o olhar, Lucas continuava boquiaberto, ele nunca imaginara ver aquela “pestinha” que os fizera ficar em detenção varias vezes com aquelas suas idéias mirabolantes estar assim.


-Pest... Lilian, você está... – Lucas estava olhando o corpo da garota e depois levantou o olhar encarando seus lindos olhos castanho-claros. – Você está linda! – Ela deu um meio-sorriso. – Quero dizer... Você já era linda, só que agora está mais linda do que nunca.


-Obrigada – Ela sorrira – Oi Nicole, Louise, Lucas, Johnny. Então, como foram as férias?


-Tediosas – Lucas disse entediado


-Refrescantes – Nicole comentara enquanto um sorriso feliz se formara em seus lábios.


-Intrigantes – Johnny revelou enquanto Hugo o lançou um olhar de censura. – Quero dizer... Nada demais


-Ótimas, e as suas? – Dissera Louise, Lilian teve um devaneio durante dois segundos, mas logo voltou a si.


-Melhor impossível. – Lilian sorriu e Hugo ergueu uma sobrancelha a encarando pela primeira vez, ela não percebeu, ou pelo menos fingiu não perceber.


Minerva Mcgonnagal, a diretora, começara o discurso sobre as aulas, os horários, e sobre o que não se devia fazer, quando ela começou, olhou de soslaio para Lilian, que sorriu com um ar falso de inocência. Nicole percebera e prendeu o riso ao observar à amiga, Lucas fizera o mesmo. Depois que ela terminou e que terminou a seleção das casas com o chapéu seletor, a comida apareceu na mesa, e todos começaram a comer, Lilian se restringiu a comer um pouco de frango e depois foi comer pudim, uma de suas comidas favoritas, diga-se de passagem. Quando terminaram o saudoso jantar Mcgonnagal se lembrou de um aviso ainda não dado.


-Oh! Quase ia me esquecendo! Teremos um baile de máscaras daqui a duas semanas, para comemorar a volta das aulas, será depois do passeio de Hogsmeade, seus pais já foram avisados.


...


-Se lembra da nossa primeira aventura? Não foi exatamente uma aventura, mas foi legal lutar com ex-comensais por ter te irritado – Perguntara Lucas para Lilian quando se sentavam no sofá da sala comunal da grifinória.


-Lembro, fiquei duas semanas “dormindo” na enfermaria – Eles riram - Quando acordei, milhares de pessoas estavam me olhando, até Minerva, eu comecei a rir com as caras assustadas de vocês.


-Foi. Eu fiquei uma semana em coma. – Ele dissera risonho. – Lilian, nós podemos até não sermos amigos, porque implicamos um com o outro e não nos gostamos, mas, admita, as nossas aventuras juntos são únicas.


-Pior que são. Mas... Porque não somos amigos? – Ele ficou pensativo. – Quero dizer, nós somos da mesma escola, da mesma casa, do mesmo time de quadribol desde o segundo ano, nós somos do clube de duelos, temos o mesmo melhor amigo...


-Deve ser culpa do Hugo... – Eles riram


-------Flashback--------


-Lilian! Não! Vamos embora!


-Ah, Hugo! Todos vocês, me deixem em paz. – Dissera Lilian chorando.


-Porque você está chorando? O Lucas é um idiota! O que tem na casa dos gritos de tão interessante assim? – Nicole dissera.


-Eu só quero ficar em paz! La tem paz! – Gritara a menina chorosa


-Lilian! Você quer perder todos os pontos da grifinória? – Gritara Johnny enquanto a menina se afastava.


-Lucas! Pede desculpa a ela! Isso é uma idiotice! – Dissera Hugo para o amigo


-Mas a casa dos gritos é legal. – Hugo o olhou com raiva. – Aff, eu não sabia que ela tava escutando, e eu tava com raiva, ela ficou me importunando na aula! – Hugo o olhou com mais raiva ainda, se é que era possível. Ele suspirou derrotado. – Tá... LILIAN! DESCULPA! VEM, VAMOS PARA O CASTELO! LILIAN!


Lilian fingiu não escutar, não estava se importando, ela foi caminhando com cuidado para a passagem que tinha de Hogwarts para a casa dos gritos, ela estava driblando o salgueiro lutador atentamente, até que, de repente, um galho gigante do salgueiro bate no abdômen de Lilian, causando-lhe uma azia instantânea sucedida de uma injeção de adrenalina, pois o salgueiro a lançou para a Floresta proibida, onde a menina sofreu alguns arranhões, ela se levantou e correu um pouco até que viu que tinha alguém lá, ela puxou sua varinha.


-Quem está aí? – Ela ouviu galhos se quebrando no chão, depois haviam duas pessoas encapuzadas lá.


-Olhe o que temos aqui, uma Potter, será que seu papaizinho idiota ficara muito triste com a sua morte?


-Quem é você?


-LILIAN! LILIAN! – Alguém chegará mais perto, era Lucas, ele parecia desesperado, ele se assustou e se desesperou mais ainda, pois havia dois comensais lá, ele segurou a mão de Lilian e a colocou atrás dele, um comensal se aproximou, ele era mais alto que o outro. – Como é que tem comensais aqui? Voldemort não já morreu? – Ele sussurrou no ouvido da garota que tremia de medo.


-E-eu... Não sei, eles apareceram. Talvez eles estejam tentando se vingar.


-Tá, vou te proteger pestinha, me desculpa por tudo.


-Tá, mas é verdade, eu sou chata, irritante, metida e arrogante mesmo. – Dissera a menina triste.


-Não, você não é, me desculpa por ter te dito isso. Nicole foi chamar seus irmãos, Johnny e Hugo estão vindo, mas acho que damos conta, pelo menos de um. Vamos!


-ESTUPEFAÇA! – Gritaram Lilian e Lucas juntos. Os comensais se protegiam e atacavam sem nem pronunciar o feitiço.


-EXPELIARMUS! PROTEGO!


-PROTEGO! EXPELIARMUS! DIFFINDO!


-PROTEGO! INCENDIO!


-CRUCIO – Gritara um comensal, o mais alto. Lilian foi erguida no ar com tamanha força, ela começou a se contorcer e a gritar e gemer de dor.


-ESTUPEFAÇA! PROTEGO! ESTUPEFAÇA! PARE! – Gritara Lucas com raiva tentando, sem sucesso, atrapalhar a maldição cruciatus. – OPPUGNO. – Uma dúzia de galhos bateu na cabeça do comensal fazendo ele finalmente perder a concentração, deixando Lilian finalmente cair no chão, virando toda sua atenção para o loiro. “Fudeu” pensou o menino.


-CRUCIO – Lucas também foi atingindo, mas, (felizmente) dois minutos depois, seus amigos e os irmãos de Lilian (finalmente) chegaram lá a tempo de salvá-los. Lilian havia sido mais afetada, ela estava no chão, estática, desmaiada, Lucas desmaiou também, mas ele estava em condições melhores e não tinha tantos arranhões quanto a ruiva.


...


“Aposto que estou na ala hospitalar, ou então estou morta... Prefiro a primeira opção”, Lilian pensou, e sorriu, depois de um tempo abriu os olhos e viu milhares de rostos a encarando, Hugo, Alvo, Thiago, Lucas, Scorpio, Rosa, Nicole, Johnny, Louise, Alice, Louis, Julie, Dominique, Nina, Lana, Madame Pomfrey e até Minerva Mcgonnagal, e tinham outras faces que ela não reconhecia.


-Aaaaaaaaaaaaaaaaaaah! Hugo! Tira essa sua cara feia daqui! – Ela começou a rir, acompanhada de Lucas e de Thiago. – O que todos vocês estão fazendo aqui? – Ela disse tentando se levantar, mas se sentiu tonta e quase caiu, Thiago a amparou.


-O que nós estamos fazendo aqui? O QUE NÓS ESTAMOS FAZENDO AQUI? – Alvo enrubesceu de raiva. – Eu quero saber o que você estava fazendo na floresta proibida lutando com dois comensais que infelizmente não morreram na última guerra!


-Acalme-se Sr. Potter. – Advertiu Pomfrey.


-Ah, Alvo, não foi nada, eu só tava triste e o salgueiro lutador me deixou cair lá. – Dissera ela indiferente


-Você poderia ter morrido, sabia? Passou duas semanas em coma aqui!


-Tá Alvo, mas eu não morri, pelo contrário, nunca me senti tão viva!


-------Fim do Flashback-------


-Bons tempos aqueles... – Dissera ela pensativa. – Alvo ficou com raiva de mim e não largava do meu pé, meus pais me brigaram, mas já prenderam aqueles dois que nos atacaram, a culpa foi sua, mas até que foi legal.


-E eu te protegi, e senti uma das piores dores da minha vida.


-Eu também. – Ela o abraçou. – Ai Lucas, o que seria da minha vida e das minhas aventuras sem você, mesmo assim não somos tão amigos. Acho que é porque você é galinha, e por causa do Hugo.


-Também acho, mas, ei! Eu não sou galinha. – Ele disse com um falso ar de indignação, os dois riram. – Com quem você vai para o baile de mascaras?


-Não sei... E você?


-Também não sei... Quer ir comigo? – Ela o encarou estupefata, ele notou. – Não precisamos nos agarrar, imagina eu e você juntos... Seria...


-Estranho – Ele concordou. – Mas me disseram que você beija bem. – Ela riu e ele também.


-Quer descobrir? – Ele sorriu maliciosamente, eles olharam ao redor e perceberam que estavam sozinhos, ele a beijou, foi um beijo bom, intenso, ele a puxava mais pra si com um braço na cintura da garota e outro na nuca dela, ela o abraçava pelo pescoço, depois de um (bom) tempo eles pararam, se encararam e começaram a rir.


-Você... Beija bem. – Ela disse ofegante e os dois voltaram a rir.


-Mas foi...


-Estranho. – Ele concordou com a cabeça novamente. – Então, vamos ao baile juntos, sem compromisso. – Ele sorriu, e eles ficaram se encarando por um tempo, até que Hugo apareceu.


-Você não vai dormir Lucas?


-Tô indo. – Ele a abraçou e deu um beijo em sua testa. – Boa noite, pestinha. – Ela sorriu meigamente e Hugo observava a cena do alto da escada e olhava com a sobrancelha franzida, e com uma expressão que demonstrava extrema confusão, pois aqueles dois sempre se odiavam, ou será que Hugo sempre atrapalhou o relacionamento deles? Afinal, Hugo era melhor amigo de Lucas e melhor amigo de Lilian, mas eles nunca ficavam juntos, só nas “aventuras”, em poucas aulas, no treino de quadribol, clube de duelos, no salão comunal e no principal, mas eles não trocavam muitas palavras, a não ser quando estavam em risco de vida ou azarando alunos da sonserina, Lucas e Lilian riram com a estranha expressão confusa impregnada no rosto de Hugo.


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5 de janeiro


Eu beijei o Lucas Rivel ontem à noite. Essa frase foi muito estranha, muito mesmo, tipo, o Lucas! O menino que me chama de ‘pestinha’ desde o primeiro ano, o batedor da grifinória, meu par no clube de duelos, faz praticamente todas as aulas comigo e nós nunca falamos mais de dez palavras um para o outro, a não ser quando estamos em risco de vida, ou azarando algum aluno. Já falei dele aqui? Não... Ele é alto, tem cabelo loiro, mas não igual ao do Malfoy, o cabelo dele é quase que dourado, ele é branco, mas tem uma tonalidade mais escura, como se pegasse muito sol, acho que ele não passa as férias na Europa, ele tem olhos azuis muito lindos e escuros, de um azul profundo e encantador, ele vive com um ar divertido e brincalhão, ele é sangue-puro, mas odeia ouvir alguém chamando outras pessoas de sangue-ruim, assim como eu, por isso temos uma rixa com os sonserinos, com a maioria deles, mas alguns, muito poucos, são legais, como meu irmão, e até o Scorpio. Ele é legal, galinha, mas é divertido, por mais que nós não nos falamos muito... Ele falou mal de mim no primeiro ano, porque eu estava explicando pra ele que ele estava fazendo uma poção errada (Garoto convencido e orgulhoso que não admitiu o erro!), então por causa disso eu tentei fugir e cai na floresta proibida onde dois comensais que, infelizmente, não morreram anos atrás, nos atacaram, e ele me salvou e pediu desculpas. Ele beija bem, muito bem mesmo, mas foi estranho... Não sei por que, mas foi... Vou descer, já me arrumei com aquelas milhares de frescuras, e só vim escrever pra dizer isso, são seis da manhã, tenho que tomar café e depois ir pras aulas... Aff, aulas...


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...


Lilian guarda o diário e vai para o salão principal, onde encontra seus amigos sentados à mesa da grifinória.


-Bom dia pestinha. – Cumprimentara Lucas, fazendo Hugo erguer uma sobrancelha para o amigo.


-Bom dia Lucas – Ela sorriu meigamente e se sentou ao lado de Nicole – Bom dia pra vocês, não está um lindo dia?


-Então como foi a noite? – Perguntara Johnny prestando atenção a seu bolinho.


-Foi boa. – Respondeu Lilian corando levemente. Enquanto Hugo levantava seus olhos do seu profeta diário.


-Vocês estão estranhos – Hugo apontou para Lucas e Lilian, que se entreolharam


-Bom dia pra você também Hugo – Dissera Lilian irônica


-Bom dia. Vocês estão estranhos, só sei disso. O que aconteceu ontem? – Lilian e Lucas se entreolharam novamente.


-Nós só estávamos... – Lucas dissera fingindo prestar atenção a seu suco


-Lembrando dos bons...


-E velhos...


-Tempos! – Os dois disseram juntos e começaram a rir, Hugo os olhou estranhando a reação.


-Sério? – Hugo perguntou com um ar acusador e ergueu a sobrancelha novamente, eles abriram a boca para falar, mas alguém interveio.


-Potter! – Cumprimentara Scorpio com finginda animação. – Bom dia.


-Salvos pelo Malfoy. – Sussurrara Lucas para Lilian em uma voz rouca que a fez rir e sentir arrepios.


-O que você quer?


-Temos que conversar. – Ela se levantou, deu um abraço em Lucas e saiu com Malfoy em direção aos Jardins.


-Certo, o que foi?


-Meu amigo quer sair contigo.


-Não sei... Quem é?


-Vermont.


-Vermont? Não! Aquele menino é um idiota!


-Mas... Ele é popular, e te achou muito gostosa ontem.


-Significa que o plano tá funcionando, mas não vou sair com ele, avisa pra ele. E o Alvo?


-Ele ainda não falou com a Nina. – Ele dissera em tom entediado.


-Ele tem que chama-la para o baile! É a chance perfeita! E a Nina é muito bonita, ele tem que ir logo.


-Eu sei, só que ele é... Lerdo


-Não o chame de lerdo! – Ela bateu no braço dele, que fez uma falsa expressão de dor, e depois riu. – Só eu posso fazer isso.


-Tá, e a Rosa?


-Bom, já tentou a chamar para o baile?


-Já... – Ele abaixou o olhar. – Ela disse não...


-Tenta de novo! Essa história de desistir na primeira tentativa é para os fracos, e pelo que eu sei, sonserinos não são fracos, são? – Ela encarou os olhos azul-acizentados do menino e sorriu de forma encorajadora.


-Tá, vou tentar... Mas só por você. – Ele sorriu fracamente e a menina o abraçou animada e dando pulinhos. – E você? Vai com quem?


-Vou com o Lucas.


-Hum... Até mais, tenho aula de poção com o Slughorn. Como aquele cara é chato! – Eles riram. – Tchau


-E eu tenho aula do Flitwick – Ela dissera em tom entediado. – Tchau.


...


-O que você estava falando com o Malfoy? – Perguntara Hugo irritado enquanto eles entravam pelo quadro da Mulher gorda.


-Assuntos variados, por quê? – Ela respondeu indiferente


-Hum... Espero que vocês não estejam...


-Não! – Ela o cortou. – Ele não faz o meu tipo, mas ele é legal sim, e muito bonito, diga-se de passagem.


-Hum-hum - Ele dissera irritado. – Com quem você vai para o baile?


-Você não precisa saber, não é mais meu namorado, não lhe devo satisfações. – Ela dissera rindo da expressão de raiva do garoto. – E você?


-Não sei... Acho que com a Samantha. – “Aquela vadia!”, pensara Lilian enquanto sorria com raiva.


-Hum... É, ela vai com você mesmo que já tenha par, se é que você me entende.


-Ela não é oferecida! Ela só gosta de mim, e ainda não superou.


-Hum-hum – Lilian sorria sarcástica. – As sonserinas não são nem um pouco assim, ainda mais ela! – Ela disse irônica enquanto o menino revirava os olhos.


-Aff!


-Oi Lucas. – Lilian sorrira enquanto o menino passava pelo quadro da mulher gorda. – Sabia que eu fui convidada para ser monitora?


-Você? – Lucas parecia incrédulo, ela assentiu com a cabeça. Ele levou as mãos ao rosto em um gesto desesperado – Merlin! O mundo tá acabando!


-Deixa de ser dramático, a tia Minnie me chamou. Acho que vou aceitar.


-A tia Minnie não pensa mais? Ela tá pirando? O mundo vai acabar! Lilian Potter, uma monitora! – Lucas gritou em meio a risos, Lilian revirou os olhos.


-Vou dormir, antes que você me contagie com essa loucura. Boa noite pra vocês dois. – Ela abraçou Lucas, acenou com a cabeça para Hugo e depois subiu as escadas em direção ao dormitório feminino.


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