A Gravidez Inesperada



No numero 520 de uma pequena rua em Londres, os moradores ouviam outra briga do casal Moteiro, que discutiam porque a mulher estava gravida de quadrigêmeos.


    -Eu nao posso cuidar de quatro filhos! – gritava o Sr. Monteiro – Nem cabem mais quatro pessoas nessa casa!


    O casal morava em um predio de doze andares no centro da cidade. O predio tinha quatro apartamentos por andar, cada um com dois quartos nao muito grandes, ideais para morarem uma ou duas pessoas.


    Eles eram casados ha dois anos e estavam tentando ter um filho ha seis meses, so que quando conseguiram, nao tiveram um filho, mas sim quatro e por isso, discutiam.


    A Sra. Monteiro tinha acabado de voltar do medico e dar a noticia ao marido, que nao ficou muito feliz.


    -Eu sei, eu tambem nao queria quatro filhos. – respondeu a Sra. Monteiro sem perder a calma. – Ricardo, querido, o que voce quer que a gente faca?


    -Bem, quando eles nascerem, a gente poe no orfanato. – respondeu ele como se fosse a coisa mais simples do mundo.


    -Mas e se eles se encontrarem? – perguntou a mulher preocupada.


    -A gente coloca eles em lugares diferentes do pais para que eles naose encontrem.


    -Nao sei, nao. Eu nao gosto dessa ideia, porque eu sempre imagineimaes que colocam os filhos no orfanato como se fossem bruxas e tem mais, eu queria tanto ter um filho!


    -Eu sei, e maes que colocam filhos no orfanato nao sao bruxas, sao apenas pessoas com esperanca de que os filhos tenham uma vida melhor com outras pessoas. E outra coisa, nos podemos ficar com uma das criancas.


    -Isso pode ser uma boa ideia... - a Sra. Monteiro pareceu pela primeira vez animada, mas fechou a cara assim que percebeu uma falha no plano – Mas, Ricardo, um dia eles vao descobrir, nao vai ser possivel esconder para sempre.


    O Sr. Monteiro fez uma cara de desentendido por um momento, seguida por uma de compreencao e uma de  derrota.


    -Algum dia eles vao descobrir mesmo. Entao quando chegar a hora, que nos contemos a eles.


    Apos a conversa, o Sr. Monteiro foi dormir enquanto a Sra. Monteiro foi tomar um banho, no qual ela ficou refletindo sobre o que faria.


    A Sra. Monteiro nunca tinha tomado um banho menos tranquilo do que aquele, os pensamentos estavam em conflito em sua cabeca:


    “ Daiane, voce vai colocar seus filhos no orfanato? Como voce vai ter coragem?” -  perguntava uma voz em sua cabeca.


    “ Eu nao tenho escolha, nao terei capacidade de criar quatro filhos.” -  respondeu outra voz.


    “ Mas e se um maluco os adotar?


    “ Nenhum maluco vai os adotar, a justica do pais nao permite.”


    “ Justica? Entao voce vai colocar a vida dos seus filhos nas maos da justica?”


    ” Sim! Eles vao para o orfanato porque e o melhor para eles e ponto final.”


    A Sra. Monteiro desligou o chuveiro, pegou sua toalha e se secou. Foi andando devagar e silenciosamente para o quarto para nao acordar o marido caso ele ja estivesse dormindo.


    Quando chegou ao quarto, viu que o marido realmente estava dormindo, entao ela pegou sua camisola preferida rapidamente e colocou-a.


    Ela decidiu contar a novidade para a sua irma gemea, Daiana. Antes de sair, pegou o telefone. Quando ja estava no sofa, ela lembrou nos nomes que a maluca da sua mae colocou nas suas duas filhas gemeas: Daiane e Daiana Fernandes, e riu.


    Daiana era um pouco mais rica do que a irma, mas morava num predio exatamente igual ao da irma. Assim como a irma, era muito bonita, mas nao era casada porque nao queria ter um compromisso tao serio. Daiane achava que a irma estava com um novo namorado, mas como sempre, nao seria nada serio.


    Daiane discou o numero da irma que ela ja sabia de cor desde que ela tinha se mudado. Enquanto o telefone tocava, ela pegou o controle remoto da televisao e ligou. Comecou a procurar alguma coisa interessante para ver, enquanto esperava a irma atender.


    O telefone caiu na caixa postal, mas a Daiane nao desistiu e discou de novo. Ela achou um canal de desnho na TV, ela comecou a ver, porque ela estava realmente precisando voltar a ser crianca um pouco.


    Ela estava entretida vendo Padrinhos Magicos quando a Daiana finalmente atendeu:


    -Alo.


    -Alo, oi Da, aqui e a Daiane, finalmente hein?


    -Desculpa, eu estava tomando banho. Oi Da, tudo bem?


    “Da” e o apelido que as duas inventaram quando eram pequenas para que as pessoas nao soubessem quem era quem.


    -Eu nao tenho muita certeza, eu estou muito feliz e muito triste. E voce?


    -Comigo esta tudo bem. Mas o que aconteceu?


    -Bem, hoje eu fui no medico e descobri que estou gravida...


    -Nossa, que bom! Parabens! Eu posso ser a madrinha? Por favor! Ai, que... – ela parou um pouco de  tagarelar, ao perceber que tinha alguma coisa errada e falou seria – Por que voce esta triste? Da, me responde!


    -Calma, eu vou chegar la. Bem, eu descobri que estou gravida nao so de um bebe, mas sim de quatro e eu simplesmente nao posso cuidar de quatro criancas, entao tres deles vao para o orfanato.


    -Ah, Da, eu sinto muito...


    -Nao precisa, pelo menos eu vou ter um filho que eu tanto queria e que vai ser seu afilhado.


 -Serio?


    -A nao ser que voce nao queira...


    -Obvio que eu quero! Amanha eu vou passar na sua casa, ta?


    -Geralmente, a conversa de pessoas normais e assim:


“ Oi, voce quer vir para a minha casa amanha?”


“ Claro.”


    -Como voce sabe? Ja ouviu a conversa de alguem?


    -Haha, muito engracada voce!


    -Eu sei. Mas entao, eu vou passar na sua casa amanha, ta?


    -Eu tenho escolha?


    -Nao.


    -Entao... Ta bem, te vejo amanha, mas agora eu preciso dormir.


    -Ta, um beijo.


    -Outro.


    Assim que desligou o telefone, a Sra. Monteiro olhou o relogio e viu que ja passava de meia noite, entao passou na cozinha para pegar um copo d’agua e depois foi dormir.


    A Sra. Monteiro teve um noite muito agitada, nao conseguiu dormir quase nada, ela nao passou mais de tres horas dormindo direto. Ela estava feliz, porque estava gravida; triste, porque ia ter que colocar tres deles no orfanato e preocupada, porque um dia eles se encontraria e podiam odia-la.


    Apos essa noite agitada, as seis da manha, a Sra. Monteiro estava na cozinha fazendo panquecas, pois tinha acordado com muita fome. Ela sabia que a fome durante a gravidez geralmente so comecava entre o terceiro e o quarto mes, mas como ela estava gravida de quadrigemeos com um mes de gravidez, achou que era normal.


    De repente Daiane se lembrou de um problema que ainda nao tinha considerado: ela ia engordar muito durante a gravidez. No momento, ela pesava um peso bom e gostava dele, mas segundo o medico, sua barriga teria, no fim da gravidez, 80 centimetros, o que significava mais ou menos 10 quilos a mais.


    Daiane comecou a se deseperar, mas foi se acalmando aos poucos ao se lembrar que isso era normal e que perderia tudo depois da gravidez.


    Quando ela desistiu de pensar e comecou a comer as suas panquecas feliz, que achou incrivelmente saborosas, mas percebeu que era so porque ela estava com muita fome. Depois de comer as panquecas, lavou o prato e a panela e guardou-os com cuidado.


    Ela pensou em escrever para a mae para contar a novidade, mas a campanhia tocou antes que pesasse em comecar e ela foi atender a porta. Era a Jarina, sua empregada. As duas se cumprimentaram e foram para a cozinha.   


    A Jarina foi pegar a vassoura, enquanto a Sra. Monteiro, preparando-se para contar a novidade. Ela disse:


    -Ja, venha ca.


    -Tudo bem... – a Jarina ficou um pouco apreensiva


    -Eu tenho uma novidade para contar e um pedido para fazer


    -Pode dizer, senhora...


    -Eu ja disse para voce nao me chamar de senhora. Voce sabe que eu nao gosto.


    -Desculpe, mas qual e a novidade e o pedido?


    -Ah..., sim, eu estou gravida.


    -Serio? Que maravilha! – as duas sorriram.


    -Bem, eu queria saber se voce pode passar de segunda a sexta aqui a partir de quando nascer.


    -E claro! Muito obrigada!


    -Nada, eu que agradesco.


    A Jarina comecou a varrer a cozinha, sendo observada pela patroa, que estava gastando o tempo que ainda tinha antes do trabalho.


    A Sra. Monteiro foi ajudar a empregada, arrumando a mesa do cafe da manha, para depois comer o seu segundo cafe da manha. Entao foi se arrumar.


    Colocou uma blusa vermelha e uma saia preta ate o joelho que gostava muito. Ela nao estava prestando muita atencao nas coisas, entao decidiu ir de cabelo solto mesmo. A Sra. Monteiro olhouo relogio e viu que ja devia ter saido, entao pegou uma sandalia qualquer e saiu correndo.


    Quando ela ia fechar a porta, percebeu que nao tinha pegado a sua bolsa, rapidamente ela voltou e pegou-a. Ela saiu de casa correndo e desceu as escadas, porque nao estava sem paciencia de esperar o elevador.


    Foi andando mais rapido que onormal pelas duas quadras de distancia entre sua casa e seu trabalho. Daiane gostava de fazer exercicio, por isso geralmente dava uma volta maior para chegar ao trabalho,mas naguele dia nao tinha tempo para isso.


    Ela trabalhava em uma empresa de jornalismo pequena  e era secretaria de uma das chefes. Subiu as escadas correndo, sentou atras do balcao e viu que nao tinha nenhum recado, entao foi falar com sua melhor amiga.


    Daiane contou a novidade para a sua melhor amiga, Joana, que ficou feliz por ela estar gravida e triste por ter que colocar no orfanato, como todas as outras pessoas.


    Depois da conversa, o dia foi absolutamente normal para a Sra. Monteiro, que nao teve muito trabalho, porque sua patroa estava doente e nao tinha ido trabalhar. Ela decidiu que nao ia contar sobre a gravidez, por enquanto.


    Mais ou menos seis horas da tarde, ela chegou em casa e foi falar com o marido e com a Jarina. Eles conversaram e disseram que a comida estava no fogao e que a Jarina teria que ir para casa um pouco mais cedo, pois um parente estava doente.


    Alguns instantes depois,a campanhia tocou e a Sra. Monteiro atendeu a porta ja sabendo que era a sua irma gemea.


    Durante a tarde e a noite, as duas e o Sr. Monteiro conversaram e riram como se fossem tres adolescentes sem problemas nem preocupacoes. Quando a Daiana saiu ja passava de meia noite.


    A Sra. Monteiro foi tomar banho para depois ir dormir. Quando se deitou, viu que o seu marido ainda estava acordado. Ela se virou para ele e perguntou:


    -Vai dar tudo certo, nao vai?


    -Claro que sim, mas como eles vao viver, so daqui a mais de doze anos descobriremos. – ele nao precisou perguntar para saber sobre o que ela falava.


    -Eu realmente espero que eles sejam felizes.


    -Eles vao ser, eu tenho certeza.


    Entao dormiram, ambos muito preocupados com os filhos, mas muito felizes, porque afinal iam ser pais. No fim, a Sra. Monteiro se viu rezando para dar tudo certo. 


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n/A: oi gente,entao, se alguem no mundo ler essa fic, comentem!


Essa e a minha primeira fic, entao eu realmente preciso saber se esta boa!


Desculpa mesmo pela falta de acentos, mas o computador nao ta colocando os acentos direito e eu queria muito postar o primeiro capitulo. Provavelmente o segundo capitulo tambem vai estar assim, mas e a vida.


Se voce achar esse comeco horrivel, ME AVISE! mas nao se preocupe que vai melhorar, eu prometo


beijosss

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