three



 Ela tomou a xícara de chá que ele lhe oferecia, olhando em volta, na manhã seguinte que ele a achara.



 



-E os seus pais, Remus? – Perguntou olhando em volta enquanto ele fazia waffles para os dois.



 



-Morreram há um ano e meio atrás. Agora moro aqui com a Dorcas – Ele disse e Lílian suspirou um ‘sinto muito’, sorrindo em seguida.



 



-Sirius, Marlene...? – Ela perguntou e ele sorriu.



 



-Se casaram e agora criam Sara, a filha deles – Lílian sorriu, mas aquele nome a lembrava de algo.



 



-E a mãe de James? E James? Vocês sabem alguma coisa dele? – Perguntou sentindo um aperto no peito, a culpa dominando-a. Remus negou com a cabeça.



 



-Todos tentamos, mas Dumbledor nos impediu, dizendo que seria perigoso demais para ele se o procurássemos. – Deu de ombros – Ninguém nunca se conformou, mas depois de alguns meses, já o dávamos como morto. A mãe de James não sai de casa desde que Dumbledor a impediu de procurar pelo filho. – Lily deixou uma lágrima cair, secando-a com uma mão.



 



-Eu tenho que procurá-lo. Tenho que ir ver Dumbledor pra saber por que ele impediu todo mundo de procurar James – Ela levantou-se da mesa enquanto Remus assentia com a cabeça.



 



-Podemos apartar em Hogsmeade, eu vou com você. E acho que devemos levar a... coisinha também – Ela assentiu.



 



Minutos depois os dois estavam prontos, Remus segurava o “bebê” de Lily, com medo de que ele a enfeitiçasse novamente. Aparataram em Hogsmeade e seguiram para Hogwarts. Ao entrarem no castelo, foram recepcionados por McGonagal, que parecia perturbada.



 



-Entrem, vou levá-los ao gabinete do diretor – Caminharam sentindo a nostalgia irradiar pelas pedras do castelo, Remus carregando o pequeno incubo até o gabinete de Dumbledor. A professora entrou com eles lá, sem nem ao menos bater. Pelo jeito, Dumbledor estivera esperando os dois.



 



-Dêem para mim o que trouxeram – O diretor apareceu por trás de uma prateleira, parecendo preocupado em seus trajes arroxeados.



 



Remus entregou-o à Dumbledor, que tomou-o nos braços com delicadeza. Então colocou-o dentro de uma taça gigante de mármore com água, e ainda assim permaneceu adormecido. Dumbledor estava exultante.



 



-Eu estava esperando o dia em que isso aconteceria, senhorita Evans – O diretor disse e sentou-se em sua cadeira, fazendo um sinal para que os dois também o fizessem. – Os outros incubus foram abortados para que esse nascesse sadio, como era de se esperar.



 



-A gestação de um íncubo dura mais que a de um ser humano... Aproximadamente dois anos – Ele começou, respondendo à perguntas mentais de Lílian – E ele é necessário para que se ache o pai dele... e seu refém, que o incubo trocaria pelo filho – Lílian colocou a mão sobre a boca e Remus quase pulou da cadeira.



 



-E somente você, senhorita Evans, poderá ver onde James Potter, ou, bem, seu corpo – Ela se arrepiou com a menção disso – Está.



 



-Mas senhor... – Ela tinha tantas perguntas na cabeça que não conseguia verbalizar nenhuma delas. Dumbledor sorriu levemente.



 



-Tudo a seu tempo, senhorita. Agora, vamos ver onde o senhor Potter está... – Levantou-se da cadeira, fazendo-a levantar também e se aproximar da tina de água. Lily seguiu-o e instintivamente colocou a mão na água.



 



Remus viu a amiga se contorcer várias vezes, até se arquear para trás. Então ela se endireitou e uma única lágrima escorreu por seu rosto.



 



-Eu sei onde James está.



 



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