Abortos e nascidos trouxas.



Green’s: A História Por Trás Da História


Porque tudo possui um princípio.


 



Capítulo 1 – Abortos e nascidos trouxas.


Patrícia Melo:


Em algum bairro trouxa...


“- PAATY! PAATY, O JANTAR ESTÁ PRONTO! – Berrou a mãe da escada. – PATRÍCIA, MINHA FILHA, O JANTAR ESTÁ NA MESA. PAATY?


- NÃO SOBE! – Berrou uma voz fina do andar de cima da casa. – MAMÃE, EU JÁ VOU!


- Está tudo bem? – Perguntou o senhor Melo para a esposa. A loira franziu o cenho.


- Eu vou ver se está tudo bem com ela. – Falou apontando para o marido. – Só um minutinho.


Subiu as escadas de dois em dois degraus. Correu até a porta da filha e bateu apressadamente.


- Paaty, está tudo bem?


- Mamãe, não entra mamãe! – Pediu Patrícia insistente. A mãe estranhou e começou a olhar ao redor. Viu fumaça saindo por debaixo da soleira da porta.


- PATRÍCIA! – Gritou assustada adentrando no quarto. A garotinha, com seus dez anos, tentava em vão apagar o fogo que assolava a beirada de sua cama. – MEU DEUS!


Correu até a filha e pegou o lençol que a garota segurava. Foi até o banheiro do quarto, agarrando uma panela que a filha possuía e pegando água apagou o fogo da beirada da cama. Colocou a mão sobre o peito, respirando pesadamente.


- O que foi que aconteceu aqui, Patrícia Melo? – A mãe olhou de forma severa para a filha. Nos olhos de Paaty várias lágrimas começaram a se formar e a menina desatou no choro.


- Eu não fiz nada, mamãe! Eu juro que não fiz nada! – Falou desesperada enquanto agarrava as vestes da mãe. – Eu estava com raiva porque a Jessi falou que eu era estranha e aí eu tava na cama e... e... e o fogo tomou conta da ponta dela quando eu tava olhando, eu juro que eu não fiz nada! 


A senhora Melo olhou penalizada para a filha e abraçou-a cuidadosamente.


- Calma, esquece. Já passou.


Patrícia soluçou prendendo o choro e retribuiu o abraço da mãe.


- Está vendo, mamãe? Eu disse que ter panelinhas ia ser legal.”


 


“- Mamãe, e se o pessoal não gostar de mim? – Perguntou a jovem de onze anos, os cabelos loiros tapando parte de seu rosto. Os olhos brilhantes se fixaram na mãe, esperando pela resposta. – E se eu não for uma boa bruxa? E se as pessoas não gostarem de gente que não nasceu bruxa? Eu tenho menos poder?


- Calma, filhinha – a senhora Melo colocou delicadamente Patrícia no colo. – Paaty, você sabe o quão especial você é. Aquele er... senhor simpático, qual era o nome dele?


A garota forçou a memória.


- Hagrid – lembrou sorridente balançando-se no colo da mãe. – Rúbeo Hagrid.


- Então, aquele senhor não disse que você ia se dar super bem? Fez questão de vir até aqui só para dizer que você estava sendo convocada à Hogwarts. Eles não se dariam ao trabalho de procurar por você se não acreditassem no quão poderosa você será!


Paaty sorriu alegremente e pulou do colo da mãe.


- Você acha que eu serei poderosa, mamãe? 


- Eu não acho – a senhora Melo beijou delicadamente a testa da filha. – Eu tenho certeza.


Paaty saltou contente e correu para fora da cozinha à procura do pai. Um minuto depois estava de volta, pondo-se nas postas dos pés e dando um beijo no rosto da mãe.


- Obrigada, mamãe.”


 


“- Muito bem, está na hora de você ir – falou a senhora Melo com a voz embargada. Patrícia sentiu o corpo tremer todo.


- Eu não quero ir – exclamou quando ouviu o apito do trem. O senhor Melo se abaixou para ficar na altura da filha e acariciou seu rosto.


- Você não estava louca para ir para Hogwarts? – Perguntou gentilmente. Patrícia olhou amedrontada para os pais e depois sacudiu a cabeça.


- Mas eu não quero ir – falou em tom emburrado e cruzou os braços. – Eu não quero! Quero voltar para casa. Não quero ficar longe de vocês.


A senhora Melo que estivera segurando o choro deixou algumas lágrimas caírem e Patrícia fungou.


- Quando eu vou ver vocês?


- No Natal – prometeu sorridente. – No Natal compraremos um lindo presente.


Patrícia sorriu marota, mas logo depois tornou a ficar séria.


- Vocês acham que eu vou gostar? - Perguntou em tom de dúvida. – Vocês acham que eles vão gostar de mim?


- Quem não ia gostar de você? – Perguntou o senhor Melo. – Isso é impossível!


Patrícia olhou para os lados observando todas as outras crianças se despedindo dos pais. Viu uma ruiva ser abraçada fortemente pela mãe enquanto uma outra ruivinha ali perto batia o pé em sinal de algum protesto.


- Eles parecem legais – pensou alto. A mãe concordou com a cabeça.


- Aposto que irão gostar muito de você.


Patrícia ia responder quando um garoto de sua idade passou desenfreado esbarrando nela e quase derrubando-a.


- Desculpe! – Pediu o menino olhando para Patrícia. Deu um sorriso tímido e desapareceu. Logo depois uma garota idêntica ao mesmo desatou a correr atrás do irmão.


- ESPERA DANNY, ESPERA!


- Bem, adeus mamãe, papai – Paaty acenou para os pais enquanto embarcava no trem.”         


 


Rose Weasley:


“- MAMÃE, NÃO CHEGAAAAAAA! – Berrou Rose descontrolada enquanto Hermione tapava os ouvidos. A mulher foi até o quarto da filha. Rose parecia ter um colapso de tão nervosa.


- Calma, amor, vai chegar – falou Hermione sorrindo para a filha. Rose olhou desconfiada para a mãe e estreitou os olhos.


 - Não vai chegar! Eu sou um aborto, sei que sou. Eu sempre soube, desde o início. Papai sempre preferiu o Hugo e a carta do Al já chegou pelo café-da-manhã. Vocês vão me expulsar de casa! Não é justo! Eu gosto muito mais de Quadribol.


- Wow, wow, wow! Quem vai te expulsar de casa? – Perguntou Rony adentrando no quarto da filha. – E que história é essa de eu gostar mais do Hugo?


Rose corou e escondeu o rosto do pai.


- Se não gosta vai gostar. Eu sou um aborto, papai. Mamãe e eu descobrimos isso.


- Que nada Rose! Vai ver a coruja se perdeu – disse Rony sorridente. – Eu falei pra sua mãe para podarmos aquela árvore senão ninguém acharia nossa casa! Ou vai ver ela pegou gripe aviária.


Um garotinho de oito anos pulou no colo do pai, risonho.


- Ou vai ver ela não gosta da Rose. – Falou Hugo implicante. Hermione olhou ameaçadoramente para o filho e o marido.


- MAMÃE! – Exclamou Rose enfiando-se embaixo do lençol. – Eu sou um monstro! Sempre soube! Não me admiro que vocês não gostem de mim.


Rony revirou os olhos diante da dramatização da filha.


- Desde quando ela aprendeu a falar tão bem? – Perguntou à Hermione. A mulher bufou e sentou-se ao lado da filha.


- Rose, você sabe que é uma bruxa. E será uma excelente bruxa.


- Claro, puxou o cérebro da mãe. Já esse aqui puxou o meu cérebro. Tá ferrado, Huguinho – Rony bagunçou o cabelo do filho mais novo e esse riu.         


- Eu não vou poder fazer parte do time de Quadribol – disse Rose chorando embaixo do lençol. – Meus primos vão implicar comigo o resto da vida. James vai me encher o saco.


- Aaaah, você azara o James! – Disse Rony simplesmente e Rose levantou o rosto, fuzilando-o com o olhar. – Ah é, esqueci que você é um aborto.


- AAAAAAHHHH! – Rose berrou sacudindo as pernas e tapando-se novamente. Hermione olhou para Rony e apontou para a porta do quarto.


- VOCÊ, FORA!


- Eu hein, eu não entendo mulher. – Começou a murmurar Rony enquanto saía do quarto com Hugo. – Aprenda Hugo, mulheres são sempre assim. Ficam falando que estão gordas, feias, acabadas. Quando você diz que não é assim elas ficam estressadas. Quando você resolve concordar elas se estressam mais ainda. Resultado? Você dorme no sofá.


- Eu gosto de dormir no sofá – Hermione ouviu o filho mais novo exclamar alegre. Prendeu o riso.


- Não quando você tem a idade, o peso e as costas do papai – disse Rony do final do corredor. Hermione fechou a porta delicadamente. Ouviu a filha fungar debaixo do lençol.


- Vamos Rose, não leve seu pai a sério.


- Eu disse que era um aborto – Rose falou baixinho com a voz embargada. – Ele vai me odiar pro resto da vida.


- Seu pai te ama – falou Hermione pegando Rose e colocando-a em seu colo. – Sendo bruxa ou não, sendo boba ou não.


Rose deu um sorrisinho.


- E eu também te amo – disse Hermione dando um beijo na bochecha de Rose.


- EU TAMBÉM TE AMO – Rose ouviu Hugo berrar do outro lado da porta.


- HUGO! – Rony berrou exasperado. – Agora você nos entregou, seu burrinho.    


Hermione e Rose riram de dentro do quarto.


- Hm... olha o que eu vejo chegando. – Rose arregalou os olhos quando Hermione foi até a janela. – Me parece uma coruja, não concorda, Rose?


- TALVEZ SEJA UM HIPOGRIFO DESCONTROLADO! HERMIONE, NÃO O DEIXE CHEGAR PERTO DO NOSSO PRECIOSO ABORTO! – Hermione revirou os olhos enquanto ouvia Hugo rir escandalosamente do outro lado da porta e Rose dar uma risada nervosa pondo-se nas pontas dos pés para abrir a janela.


- ESTÁ VINDO MAMÃE!


- SE PROTEJA, ROSE! NÃO SE PREOCUPE, PAPAI IRÁ SALVÁ-LA! – Rony entrou correndo no quarto e pegou Rose sacudindo-a no ar. A garota riu com o pai.


- É UMA CORUJA! – Exclamou alegre ao ver o pequeno animal adentrando no quarto. - ME SOLTA PAPAI.


- NÃO.


- MÃÃÃÃEEE!


- Solta ela, Ronald Weasley. – Ralhou Hermione. Rony soltou Rose e bufou contrariado.


- O dia em que eu começar a ser um pai ausente e um marido que te chama de gorda, aí vocês me darão atenção.


- Você é perfeito – disse Hermione dando um selinho em Rony e sorrindo. Rony ficou vermelho. Hermione estreitou os olhos e apontou para o marido. – Vamos conversar mais tarde sobre esse papo de ser gorda.


Hugo riu do pai apontando para o mesmo. Acabou por levar um tapa na cabeça.


- Autch, papai.


- EU ENTREI! EU ENTREI PRA HOGWARTS! EU ENTREI! EU ENTREI!


- COMO ASSIM VOCÊ NÃO É UM ABORTO? PARA FORA DA MINHA CASA! FORA! ME ENGANARAM NA MATERNIDADE! AINDA ME DERAM UMA FILHA COM CINCO DEDOS EM CADA MÃO! CINCO! QUE DESAFORO! Acredita Rosinha? Que me deram um bebê pelado, sem dente e careca? Quem eles pensam que eu sou? Aposto que se fosse o Harry o bebê nascia até de terno e gravata! Se bobeasse já saía falando e andando. Aff, só os famosos se dão bem na vida. Nós quem temos que trocar fralda, dar de mamar, botar pra dormir...


- Era eu quem fazia isso, Ronald Weasley. – Hermione cruzou os braços e Rony sorriu.


- Está vendo? Estou te defendendo e você ainda me acusa.


- Ninguém merece, Rony.


- EU PASSEEEEEEIIII! – Berrou Rose sem dar atenção aos pais e correndo pela casa. Hugo corria atrás da irmã querendo ver a carta.


- Nós fizemos um bom trabalho – disse Rony abraçando Hermione. A mulher descansou a cabeça no peito do marido.


- Dois ótimos trabalhos.”   



n/a:
Então, aí está o primeiro capítulo. Exclusivo para Rose e Patrícia :D No próximo devo falar da vida anterior a Hogwarts de Daniel e Anna Zabini. :D Depois de Scorpius e Alvo para alegria geral e bem da nação hahahahaha Espero que tenham gostado, e comentem viu? *-* Reviews dão uma felicidade que só os autores a conhecem. E os leitores possuem essa felicidade ao ver que nós, autores, postamos os capítulos... é uma troca *---*


Beijos a todos,


Ciça ;*


ps: eu irei revezar agora os capítulos. Postei um aqui, o próximo será na segunda temporada de Green’s. Ook? Fica assim então combinado.

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Comentários (6)

  • Luana de Ameida.

    Lindo demais!!! Os pais da Paaty são super fofos... e o Rony, aah o Rony é o amor da minha vida; bjss*** continue escrevendo.

    2011-11-07
  • Weasley.Malfoy

    Já tem a segunda temporada de Green's (que por sinal eu já terminei de ler todos os capítulos postados, mas isso não vem ao caso) eee você ainda nao postou outro capítulo.. que putaria é essa? Puffff.. isso não fica assim okay? sim, isso fooi uma ameaça... é bom você postar logo essa budega.. 

    2011-08-13
  • Marlene Mckinnon Black

    AHSUAHUSHAUHSUHAUSHAUHSAS' Rindo demais dos ataques da Rose e o Rony falando idiotices '-' AHUSHAUSHAUHSUHAUSHUAHSUHAUSHUAS'  

    2011-08-10
  • jennifer_malfoy

    AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH! ADOREI *-* como sempre suas historias são incriveis, simplesmente não tenho o que fala sofre essa, é PERFEITA *-*. Obrigada por me segui no blog, e sim, irei comentar os seus postes. E eu sei  xD, eu sigo o blog dos green's *-*, *ADORO*. E por favor, comente o meus micros postes, são simples e bem coisa de iniciante, mas eu gostaria de saber sua opinião.  A minha amiga vai muito bem e muito feliz por você te voltado a posta essas suas lindas, maravilhosas, perfeitas e muito fofas historias *-*.  Bom, eu acho que é  só isso... Beijos!!                                                                                            By: Jennifer Malfoy

    2011-07-24
  • Thomas Cale

    ADOREI!!! Também leio a segunda temporada de Green's e espero a terceira temporada ainda mais anciosa! Gostei da idéia de contar sobre o passado dos personagens e o resultado foi mais do que satisfatório. Parabéns e não demore muito a postar, nem aqui e nem na segunda temporada de Green's. Eu sou Thomas Cale falando diretamente do seu Login na FeB.

    2011-07-19
  • Gabi McKinnon

    AAAAAAAAAAAAAAAH! Eu amei esse capítulo! *--* A Paaty é foda, e eu adorei os pais dela! :) Ah, eu queria ter um pai igual ao Rony! u.u suiahusiahisua' Esperando ansiosamente pelo 2º capítulo! ^^Bjoos.

    2011-07-17
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