Oneshot



Todos os personagens aquicitados pertencem a J.K.Rowling, Warner Bros. e editoras.
História escrita sem fins lucrativos.
Hermione andava sozinha pelas ruas de Godric’s Hollow. Era noite, e a lua cheia refletia-se em seus olhos inundados por lágrimas. Segurava um papel onde ela havia escrito um poema para ele. Entrou no cemitério e saiu à procura do tumulo de seu amado.


Todo nove de janeiro era assim, ela ia sozinha a cidade natal de Harry deixar um presente no tumulo de Severo Snape. Ele foi enterrado em Godric’s Hollow graças ao menino-que-sobreviveu-e-sobreviveu-de-novo, pensando que o homem gostaria de estar uma última vez, ao menos, perto de Lílian Potter.


Hermione não se incomodava com isso, sabia muito bem que Severo fora muito apaixonado pela colega de escola. O que a incomodava era o fato de que ela, a sabe-tudo-irritante não teve coragem de se declarar para o homem ainda em vida.


Quando finalmente chegou a seu destino, deixou as lágrimas que ela havia controlado o caminho todo caírem. Ajoelhou-se no chão e passou, vacilante, a pontas de seus dedos sobre as inscrições que haviam na lápide. “Aqui jaz Severo Prince Snape, o verdadeiro herói”. Depositou o poema que escrevera com linhas tortas e letras borradas na superfície de pedra. Ele demonstrava exatamente o que a mulher sentia naquele momento.


Rosas Negras


Sempre perdia-me em seu olhos


Diamantes negros


Que necessitavam ser lapidados


Teu jeito ferino, olhares preocupados


Sua voz, sedutora e arrogante


Só me faziam quer tê-lo a todo instante


 


Das injustiças que sofreste


Até mesmo minhas, em parte


Tu não mereces um terço


Nunca foi covarde


 


Gostaria de ter dito antes


Quando você ainda vivia


Sendo meu professor ou não


Queria dizer o que sentia


 


Você tiraria sarro, isso é fato certo


Mas eu realmente não ligo


Meu amor por ti é concreto


 


Neste nove de janeiro


Á luz de um belo luar


Deixo em teu tumulo um poema


É o melhor que lhe posso dar


 


Há aqueles que trazem flores


Não é o que vou fazer


Mas eu até lhe traria rosas negras


Combinariam com você


 


Se vivo você estivesse


Veria minha expressão de dor


Mas como aqui você não mais está


Descanse em paz meu amor.


H.G


A mulher chorou mais ao ler o último verso de seu poema. Era verdade, o homem que ela amou a vida inteira estava enterrado naquele chão. Ela não amava Rony como marido, mas sim como um irmão mais novo. Ainda o via como aquele garoto desajeitado que tinha uma sujeira no nariz, quando estavam indo para Hogwarts pela primeira vez. Aliás, foi lá, naquele grandioso salão que ela o viu pela primeira vez. Estava com suas habituais vestes negras, como seus cabelos compridos que lhe emolduravam o rosto, e seus olhos. Ah! Hermione perdia-se naqueles túneis cor de ébano toda vez que o fitava.


Saiu de seus devaneios somente quando alguém tocou-lhe suavemente o ombro. Virou-se assustada, somente para encontrar Harry, que tinha um sorriso triste nos lábios e uma rosa vermelha na mão. Ele colocou a flor ao lado do poema, e Hermione percebeu que preso ao cabo da rosa, havia um bilhete, também escrito com letras tortas e espremidas. “Feliz aniversário, professor. Esteja você onde estiver. H.P”.


Ele a ajudou a se levantar, e de mãos dadas seguiram até a praça da cidade. Sentaram-se em um banco e olharam para a lua, imaginando se do outro lado dela estaria o seu antigo, mas eterno mestre de poções.


 


FIM

Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.