Conhecendo Draco Malfoy



Eu acordei desesperada quando escutei um barulho alto. Mais quando olhei para o lado percebi que era o meu Baby-Boy roncando bravamente como se a vida dele dependesse daquele ronco ensurdecedor. Ou ele queria me acordar para fazer o café da manha. 
Empregada, legal.
Mais eu não conseguia prestar atenção no café que eu estava fazendo, mais sim em um animalzinho da noite anterior que estava solitário e sozinho. Eu olhei para a cama onde Draco dormia pesadamente e pegando a minha japona, eu sai da cabana.
Estava frio, muito frio. Ventava tanto que eu pensei que eu iria voar e eu podia sentir uma pequena garoa batendo em meu rosto. Eu tomei coragem e comecei a andar lentamente para a floresta. O caminho já estava aberto e assim eu fui caminhando tentando me lembrar do lugar exato que eu estava ontem com o Draco. 
Eu ouvi um estalo, como se alguém tivesse pisado em um galho. Mais eu estava parada, não podia ter sido eu.
Fuja Hermione, ou então eles vão pegar você.
"Quem vai me pegar consciência?"
Eles...
Sussurrou minha consciência, como se ela pudesse ser ouvida e eu comecei a escutar passos e sussurros. Eu não estava sozinha. É por isso que eu digo que minha consciência é útil, porque em momentos como esse ela me alerta, eu devo ter algum problema cerebral porque não conheço mais ninguém que brigue com sua própria consciência.
Eu estava indo, eu estava quase correndo, quando eu escutei um barulho estranho, um choro de filhote de javali. Ele estava ali, eu tinha que achá-lo.
_ Impedimenta! – alguém gritou entre as árvores, e algo parecido com um raio vermelho passou por mim. Eu comecei a me desesperar.
Me agachei e comecei a procurar embaixo das moitas e pequenas arvores o meu pequeno javali, em minha mente eu estava até pensando em comprar um vestidinhos e colocar laçinhos nela. Ficaria tão fofinho. Mais um raio verde passou por mim me acordando do meu pequeno sonho e me fazendo lembrar que eu estava em perigo. Nessas horas que eu não sei o que fazer a minha consciência some, não é?!
Eu segui os chorinhos até encontrar um pequenino javali de cor marrom e algumas listras mais claras pelo corpo. Tão lindinho, tão amável e ele ficou tão feliz ao me ver...
_Glacius – alguém gritou perto de mim e eu soltei o pequeno javali para olhar a criatura que estava me atacando. Ele usava uma capa negra e um grande Capuz estava caído sobre o seu rosto, sem que eu pudesse reconhecer. Eu o encarei, congelada com o feitiço e mais dois bruxos saíram de trás das arvores e fizeram companhia ao primeiro. 
_Crucius – o primeiro sussurrou com a varinha apontada para mim e uma dor enorme começava a invadir o meu corpo. Uma pequena dormência passou desde os meus fios de cabelos até a unha do meu dedinho do pé e então a dor veio mais forte e ainda mais forte. Eu gritava de dor, não, eu berrava, berrava tanto que os corvos acordaram e começaram a gracejar e a voar pelo céu.
_ expelliarmus, Avada kedavra, Impedimenta! – gritou alguém desesperado ao longe. Uma voz que eu conhecia e eu fiquei tão feliz em escutá-la.
A dor parou de repente e eu abri os olhos, lagrimas escorriam dos meus olhos e eu olhei envolta para procurar o pequeno javali. Ele estava ali, com medo de mim, indefeso e então pernas apareceram no meu ponto de visão.
_Hermione? – chamou a voz conhecida. Uma mão gélida agarrou o meu pulso, fazendo parar a dormência naquela região. Era tão fresco, era tão bom.
_ Você me chamou do que? – eu perguntei confusa sendo levantada por ele – Você me chamou pelo nome...
_ Impressão sua, Granger – falou ele dando ênfase no meu sobrenome. Talvez a dor tenha mexido com o meu cérebro ou talvez não.
Eu levantei e coloquei o pequeno javali dentro da japona enquanto Draco amarrava os comensais nas árvores. Ele me olhou.
_ Vamos, logo aparecerá mais. Eles sabem que nós estamos aqui. – ele começou a me puxar para fora da floresta e sua mão gelada fazia uma compressa natural em meu corpo.
_ Por que você é tão importante Malfoy? – eu perguntei não entendo a importância dele na guerra.
_ Eu sou aquele que posso escolher entre o mal e o bem.
_ E qual você escolheu? 
_ Nenhum , por isso estou aqui. – ele me olhou novamente. 
_ Essa não é toda a verdade, Né? – isso estava óbvio.
_ Não
_ E você não vai me contar. – não era uma pergunta, era uma afirmação. Eu não estava ali para fazer perguntas mesmo, eu só tinha que cuidar dele e era ele que estava cuidando de mim.
_ Você está bravo? – eu perguntei quando chegamos perto da cabana.
_ Sim Hermione, eu estou bravo. Você saiu sem a minha permissão e quase foi morta por comensais, como você acha que eu me sinto? – ele parou me encarando.
_ Você me chamou pelo nome de novo – eu sorri – Desde quando você se preocupa comigo?
_ Desde quando você apareceu na minha vida, você só me atrapalha e eu não estou preocupado eu só estou... O que foi? – ele se interrompeu quando viu minha cara feliz.
_ Acho que você esta se apaixonando por uma sangue-ruin – ele me encarou.
_ Você esta ficando louca – ele sussurrou entrando na cabana. – Eu estou sozinho nessa cabana a muito tempo, mais eu NUNCA me apaixonaria por você Granger.
_ se você diz... Que nome eu devo colocar nele? – eu perguntei mudando de assunto e me sentando na cadeira da nossa pequena cozinha.
_Nele quem? – perguntou ele confuso antes de se virar e ver um javali encima da mesa. – GRANGER, O QUE ESSE ANIMAL ESTA FAZENDO NA CABANA??
_ Hum... por enquanto nada, mais eu estava pensando em colocar um vestidinho nela e a chamar de...
_ Negativo, ponha ela pra fora. – mandou ele, seus olhos ardiam em fogo.
_ Não! Você matou a mãe dele, tente fazer algo por ele agora.
_ Ok, eu não o comi, isso já é bastante coisa - disse ele agarrando o bichinho e o colocando para fora.
_ Malfoy ele vai congelar de frio! – eu gritei pegando o javali de volta e o colocando na cama. Eu o coloquei no meio do cobertor e olhei para o Malfoy. – Deixa eu ficar com ele, Por favor?
_Nem pensar, a cabana vai ficar bagunçada e fedendo a bosta de javali! – gritou ele
_ Nós só vamos ficar aqui mais 5 dias, eu juro que ensino tudo pra ele. Deixa por favor, por favor, por favor? – eu supliquei apertando o braço dele.
_ ok, mais eu não vou limpar nenhuma merda desse bichinho.
_ Ai Malfoy eu te Amo! – eu sorri o abraçando, e então percebi o que estava fazendo. Me afastei rapidamente e tentei concertar o meu erro. – Eu falei brincando você sabe...
- Ah ta, sei... - falou ele não acreditando em minhas palavras.
***
_ Granger?
_ Sim?
_ esta dormindo?
_ Não.
_ Será que eu posso...?
_ Eu deixo você levantar o lençol Malfoy. – eu disse abaixando o meu livro e vendo-o levantar o lençol para me encarar.
_ Vamos jogar algum jogo? – ele me perguntou sorrindo
_ Que jogo? – eu perguntei fechando o livro e colocando no criado mudo
_ O jogo da verdade.
_ Nunca ouvi falar – eu disse o olhando e me aconchegando na cama.
_ é que eu acabei de inventar – ele deu um sorriso tímido.
_ hum, acho que não te mal nenhum nisso...Como se joga? 
_ Bom, eu faço uma pergunta, daí você responde e faz outra. – ele se apoiou no braço e se virou para mim. - Eu começo. Você realmente é apaixonada pelo Harry?
_ Claro, ele é meu namorado. – eu respondi
_ Tem certeza?
_ Uma pergunta por vez. O que aconteceu com os seus pais Draco?
_ Sabe o comensal que eu matei hoje? – eu concordei com a cabeça - aquele era o meu pai. – ele desviou o olhar. – E Minha mãe for morta pessoalmente pelo Lord, então eu sou órfão que nem o Harry.
_ Desculpe... Como teve coragem de matar o seu próprio pai? – eu perguntei quase incrédula.
_ Ele nunca foi um pai de verdade, quando você não tem afeto nenhum com alguém é mais fácil. – ele suspirou – E os seus pais?
_ Eu sou adotada. – ele me olhou surpreso – É eles me adotaram, talvez de um orfanato bruxo.
_ Então você pode ser uma puro-sangue? 
_ É, talvez eu seja.
_ Isso esta ficando estranho... – ele falou baixinho.
_ Isso o que? – eu perguntei confusa.
_ Sei lá, nós nos odiamos e estamos deitados em uma cama de casal conversando em plena madrugada...
_ É talvez agente esteja enfeitiçado. – ele concordou – ou não, talvez esse seja o nosso destino.
_ Que destino?
_ Não talvez esse seja um sinal pra gente, hum... – eu não completei, mais ele entendeu o recado.
_acho que fomos enfeitiçados mesmo. – concluiu ele.
_ Concordo. Boa noite Malfoy – eu sorri
_ Boa Noite Granger. – ele se aconchegou melhor na cama e eu tratei logo de dormir antes que ele começasse a roncar em meu ouvido.
***
Eu acordei de repente de um pesadelo. Eu estava sentada em um jardim e eu podia ver as flores desabrochando lentamente e tinha alguém ao meu lado, loiro e... e ele me beijava e...
Pare com isso Hermione, Pode ter sido outra pessoa.
"Você acha mesmo?"
Não.Mais eu gostei da cara de esperança que você fez.
" Eu odeio você consciência"É, eu sei.
Eu estava meio ofegante e tudo porque parecia ter um peso em minha cintura, talvez um... braço. E eu sentia um corpo quente atrás de mim e desejava infinitamente que não fosse o que eu pensava. Mais era.
_ Malfoy? – eu sussurrei sem ar.
_ Hum? – perguntou ele sonolento e me puxou ainda mais perto de seu corpo quente. Eu já estava quase suando e percebi que estava sem cobertor.
_ Será que você pode... hum... me soltar? – eu perguntei a ele e ele continuou de olhos fechados.
_ O que você quer dizer com isso? – ele me perguntou beijando levemente as minhas costas.
_ Não sei com quem você esta sonhando mais é melhor você acordar.
Ele suspirou e abriu os olhos, e lentamente o choque apareceu em seu rosto, ele tirou o braço que estava envolta de mim rapidamente quando percebeu o que estava fazendo e se afastou o mais longe que pode.
_ Granger, eu não acredito que você abusou da minha inocência. – falou ele me encarando.
_ Você esta brincando não é? Era você que estava me agarrando! – eu falei incrédula quando percebi que ele estava falando sério.
_ Hum, ok. Então vamos esquecer o que aconteceu aqui e vamos tomar o café. – ele falou se levantando e se espreguiçando. Praticamente esfregando o seu perfeito corpo em meu rosto.
_ Bom, pro café da manha tem... Café – eu me levantei para ter um motivo de não olhar o seu corpo e me dirigi para o pequeno fogão para preparar um cafezinho.
_GRANGER! – berrou ele de repente enquanto eu colocava a água em uma chaleira.
_ O que é Malfoy, você grita como uma garotinha. – eu o olhei procurando pelo motivo da gritaria.
_ Eu só pisei na bosta do seu javali... – ele falou mostrando os pés descalços. Eu ri é claro mais a cara que o Draco me fez foi assustadora. – Deixa que eu faço o café. Limpe essa merda e lave as roupas. – ele ordenou.
_ Eu virei a sua empregada agora é? – eu perguntei perplexa e ele me olhou ainda mais bravo. – Ok, eu vou limpar isso.
Eu estava me remoendo por dentro, mais se ele é um bruxo tão poderoso e importante é melhor não discutir. Você também não discutiria se ele te olhasse daquele jeito. A melhor coisa a se fazer (pior pra mim) era limpar as necessidades do meu novo bichinho de estimação e lavar as roupas cheirosas e gostosas do... Eu quis dizer imundas e fedidas, você que entendeu mal.
Eu peguei o javali e fui para o lago pegar água para lavar as roupas mais tinha algo ali que parecia...
_ AAAAAAAAAHHHHHHH – eu berrei desesperado jogando as roupas no chão e correndo em círculos.
_ O que foi Granger? – perguntou Draco correndo até mim com a adaga em suas mãos.
_ Um rato ! – eu apontei para um bicho bebendo água no rio e ele era enorme se você quer saber.
_ Ah Granger, me chame quando for algo realmente importante. – ele já ia se virando para voltar para a cabana quando eu perguntei.
_ Você não irá matá-lo? – Ele suspirou e olhou fixamente para o animal.
_ Avada Kedavra – ele sussurrou e o rato caiu morto. Era por isso que Draco Malfoy era tão importante? Porque ele era capaz de fazer magia com as mãos? Não devia ser só isso.
_ O que mais você sabe fazer Malfoy? – eu perguntei.
_ É melhor não saber Granger, quanto menos você souber menos metida nessa história você vai estar. – ele falou e entrou na cabana.
É verdade, eu tinha me esquecido mais quando eu estava na floresta para pegar o javali, ele impediu os comensais de me matarem mais ele não tinha uma varinha era apenas o pode da sua mente...
"Draco Malfoy, O que você é exatamente?"
Apenas um Garoto Hermione, se concentre em suas roupas...

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