Amor e ódio.



 


Noite escura e gelada, como o coração dela. Sentiu uma lagrima lhe escorrer o rosto. Como poderia matar alguém? Mas teria. Pelo Draco. Mas que rumo teve aquela brincadeira? Seria amor que sentia? Ou apenas fome? Ela queria acreditar que era fome, pois não tinha comido depois do jogo. Seus pensamentos estavam confusos, mas tinha seus novos objetivos prontos e neles ela via um homem, mas não sabia quem era.
_ Hermione...
_ O que foi Pansy?
Hermione se virou rapidamente para a 'amiga' que estava tentando acordá-la.
_ Você tem visita...
Hermione sentou na cama e Pansy saiu da frente dela, que olhou pra janela e viu que estava chovendo, mas não havia ninguém ali. Levantou apressada e viu Draco parado na porta.
_ Não volte muito tarde, Mi... Amanhã cedo tem aula.
Hermione sorriu pra Pansy e saiu do quarto acompanhada de Draco. Eles andaram e pararam perto da biblioteca. Draco sentou no chão e Hermione se sentou no meio das pernas dele.
_ Tem certeza que é isso que você quer fazer, Mi?
_ Tenho Draco... Eu vou matá-lo!
_ Você não pode fazer isso! Irá desgraçar sua vida!
_ Eu já tomei minha decisão e nada vai me fazer mudar!
Os dois estavam de pé discutindo, e eram observados por alguém.
_ Eu lhe imploro! Não faça isso! Pare enquanto tem tempo!
_ Eu não consigo mais parar...
Os dois se abraçaram e Hermione começou a chorar no ombro de Draco. Os viram aplausos de um corredor e se afastaram um do outro. Olharam para a pessoa ali, mas não viam rosto. Draco pegou sua varinha e se colocou na frente de Hermione.
_Olá! Gente! Eu amei! De quem é esse texto? Deve ser Julio Verne... È realmente lindo! Vocês colocaram tanta emoção nas falas! E o choro no final... Vocês vão trabalhar comigo!
_ O que é você?
_ Eu sou um bruxo... Mas por dentro sou uma borboleta!- O bruxo pegou sua varinha e iluminou o local, deixando seu rosto a mostra. Era um homem alto que usava um cavanhaque.
_ Você é...?- Hermione baixou a varinha de Draco e se colocou ao seu lado.
_ Ulysses Tansikur. Professor do musical de natal!
_ Mione... Melhor agente ir... Esse cara é muito estranho. - Draco pegou na mão dela e a puxou pra perto dele.
_ Olha só... Um casal perfeito pro papel principal. Vocês colocam tanta emoção na fala... Ficou tudo perfeito! Nossa... Mione... Que homem você arranjou! Uu... Ta quente aqui ou é você, Draco?
_ Cara... Eu prefiro mulher...
_ Mas eu sou uma mulher! Por dentro eu sou a pessoa certa pra você, meu bem...
_ Ou! Dá pra parar de dar em cima dele!
_ A namorada enciumada... Olha aqui... Deixe ele decidir quem ele prefere... Diga Draco... Essa guria sem sal ou eu... Uma mulher de verdade?
_ O irmão... Você nem mulher é... Claro que eu prefiro a minha Morena aqui...
_ Está certo. Eu convoco os dois pra participarem da peça de natal. Iremos apresentar para a escola toda! Será de mais!
_ Quem ela ta chamando de guria sem sal? Eu vou mostrar pra ele uma coisa!
Hermione pegou sua varinha e apontou para aquele homem estranho em sua frente. Draco a abraçou pelas costas e colocou suas mãos na barriga da Morena.
_ Você não seria capaz...
_ Não duvide de mim borboleta colorida...
_ Mi... Vamos embora daqui. Deixe esse louco ai...
_ Esperem! Eu posso livrar vocês de detenções e ajudar a vocês a saírem da escola, mas, por favor, participem do musical!- O homem se ajoelhou.
_ Nós vamos pensar. Agora vamos Draco.
_ Nós vamos pensar?
Hermione não respondeu. Apenas puxou o loiro pelo braço até perto do lago, onde sentaram e ficaram no silencio. Eles se olhavam de canto dos olhos e sorriam disfarçadamente. Os dois sabiam o que queriam e poderia ser ali, ou não. Agora que tudo estava mais calmo, Draco chegou perto dela e colocou o braço no seu pescoço.
_ Mi... Tudo isso... É só mentira né? Só uma brincadeira...
_ Hm? É... Tudo uma grande mentira e uma ilusão aonde eu vou acabar me machucando...
_ Que?
_ Nada não. Deixe eu lamentar minha desgraça de vida...
_ Mi... Sabe... Eu tentei para meu coração, mas foi impossível. Seu jeito de sorrir e o jeito que meche o nariz quando está brava... O jeito que você me fez ser uma pessoa melhor... Tudo mexeu muito comigo e se eu não falar agora acho que nunca mais vou ter a oportunidade de dizer...
Ele olhou pra baixo e respirou fundo.
_Eu acho que amo você...
_ Você... Acha? Então ta bom... Assim que você tiver certeza de alguma coisa, ai você vem falar comigo. Acabou nosso joguinho. Tenho que me concentrar na minha missão. E você se concentre na sua.
_ Por que você está assim? Você sempre foi tão legal e agora está ficando estúpida!
_ Deve ser de tanto andar com você!
_ Não... Deve ser de tanto andar com a vadia da Pansy...
_ Não fale isso da minha amiga!
_ Não duvido nada que daqui a pouco você ta dando pro primeiro que te jogar charme!
_ SEU IDIOTA! EU ODEIO VOCÊ!
_ Quer saber de uma coisa? Vai se ferrar!
_ Grrrrrrrr!
Hermione se levantou e saiu de baixo daquela arvore e se afastou rapidamente. Draco se levantou também.
_ Aonde você vai? O castelo é pro outro lado!
_ Vou ir me ferra agora... Então não enche!

***

Uma semana e nem uma palavra entre os dois. Hermione havia se tornado uma verdadeira Sonserina. Já havia mandado Ron para a enfermaria e pelo o que ela mesma disse era só o começo de sua vingança. Era sábado cedo e só estavam os dois no salão comunal. Draco tomou coragem e se sentou na frente dela.
_ Hermione... Tenho que falar como você.
_ Agora não posso... To ocupada me ferrando.
_ Olha, eu quero pedir desculpas.
_ Por quê? Você nem está arrependido...
_ Estou sim...
_ Então prove!
Hermione se levantou e foi pra debaixo da arvore da primavera, onde estava a lapide de seu gato. Deitou ali e adormeceu segurando o dente do Bichano. Acordou assustada e olhou a sua volta. Todas as folhas caiam das arvores, menos daquela ali. Ela se levantou e entrou no salão comunal. Se sentou junto a Pansy e começou a fazer seu trabalho de DECAT. As corujas invadiram o salão comunal e Hermione recebeu algumas cartas e um pacote. Abriu a primeira carta que era de seu pai.
" Me veio uma noticia que você irá atuar num musical que terá no natal. Fiquei muito feliz por saber, querida. Não entendo por que mudou de casa, mas se você está feliz... Na carta falava algo sobre um loiro... Quem é ele? Beijos de seu pai."
Hermione apenas amassou a carta e colocou fogo nela. A segunda carta não dizia de quem era ela apenas a abriu.
" Você e Draco estão sendo convocados para uma reunião hoje a noite em minha casa. É melhor os dois já estarem com suas missões cumpridas quando chegarem. Lorde Voldemort assim deseja. Lucio."
Hermione olhou para Draco que estava mais distante e lia uma carta. Assim que ele abaixou o papel os seus olhares se encontraram. Sabiam que teriam que conversar. Hermione dobrou e guardou a carta no bolso e abriu o pacote. Ela ficou de boca aberta. Era um vestido vermelho, presente de sua tia. Era perfeito pro baile que ela iria com o... Malfoy.

Hermione viu Marjorie se levantar da mesa da Grifinória e decidiu que cumpriria a missão naquele instante. Ela a seguiu até o banheiro, onde ouviu a voz de um homem. Hermione espionou pela fresta da porta e viu Neville e ela se amassando. Coitados... Seriam interrompidos. Lorde Voldemort havia ordenado...
_ Desculpe-me a intromissão... Tenho um serviço pra fazer.- Os dois se afastaram e pegaram suas varinhas. Ali começaria um duelo.
_ O que é isso Hermione?
_ Tenho ordens de levá-la até alguém... E tenho permissão pra matar qualquer idiota que se colocar no meu caminho. Agora me diga... Podemos fazer isso pelo jeito fácil ou pelo jeito difícil... Você escolhe. 
_ Eu não vou sem lutar.
_ Vai ser do jeito difícil mesmo...
Hermione levantou uma sobrancelha e apontou sua varinha diretamente para Neville.
Crucio.
_ IMPEDIMENTA!
_ Estupefaça.- Ele caiu longe das duas.
_ Agora é a sua vez, Marjorie... Cruicio!
A garota caiu no chão de tanta dor. Ouviu passos no corredor e ouviu a voz de Draco. Ele entrou no banheiro e viu Neville inconciente e Marjorie caida no chão de tanta dor.
_ Hermione... Você conseguiu sua missão...
_ É. E espero que você tenha conseguido a sua.
_ Minha missão é convencer você a mudar de sangue. De ter o meu sangue nas veias. E ai... Aceita?
_ Voldemort quer isso?
_ Sim.
_ Então está certo. Vamos logo antes que achem Neville aqui.
_ O que você fez com ele, Mi?
_ Nada de mais... Mas é melhor matá-lo agora. Avada Kedavra.
Ela olhou com uma cara seria pra ele. E os dois subiram na vassoura de Draco e Hermione levava levitado o corpo da garota. Draco se espantou com a falta de sentimentos de Hermione e a satisfação nos olhos dela por matar.

Chegaram na mansão Malfoy em uma hora mais ou menos. Os dois não falaram nem uma letra durante o trajeto todo. Assim que pousaram foram recebidos por Rabicho.
_ Sejam bem vindos... Lorde Voldemort os espera. aa... Vejo que trouxeram a garota. Ele vai ficar feliz por isso...
Hermione estava com medo e Draco podia sentir isso. Ele segurou a mão dela e ela correspondeu. Os dois entraram na casa e Draco a guiou até a sala de jantar, onde estavam todos reunidos. Assim que os dois atravessaram a porta todos se calaram. Os dois se curvaram e Voldemort veio até eles.
_ Conseguiram o que eu mandei?
Era uma voz fria que não agradava a Hermione. Os dois se olharam e acentiram com a cabeça.
_ Ótimo. Hermione. Mate a garota.
Hermione ficou palida, mas se levantou e viu Marjorie encolhida no canto. Olhou para todos e viu que Gregório Vesco, Vicente Lopez e Hidallgo Calle também estavam ali. Viu uma mulher loira no canto da sala e deduziu ser a mãe de Draco. Seus olhos se encontraram com a imensidão dos olhos de Draco e ela se sentiu segura. Ela podia fazer aquilo. Virou sua cabeça para frente e apontou sua varinha pra Marjorie.
Avada Kedavra.
A garota caiu morta no chão. Hermione havia conseguido conquistar a confiança de Voldemort. Todos gritaram euforicamente, mas Voldemort os calou com um único olhar. Agora ele se dirigia a Draco quando falava.
_ E você, Draco. Conseguiu convencê-la?
_ Sim.
_ Ótimo. Hermione. Dê-me seu braço. Precisamos do seu sangue.
Ela olhou para Draco que assentiu com a cabeça. Ela chegou perto do Lorde das trevas e esticou o braço direito. Ele o cortou profundamente e o sangue começou a escorrer. Ela sentia dor, mas não ousava falar. Estava num covil de cobras prontas para dar o bote.
_ Sua vez Draco.
Ele esticou o braço direito e Voldemort também o cortou. Ele pegou um pouco do sangue de casa um e fez o feitiço e deu aqueles sangues misturados para Hermione beber. Ela tomou sem questionar e sentiu uma grande dor. Caiu no chão. Não agüentava ficar de pé de tanta dor.
_ Levante-se. - ordenou Lorde Voldemort. Ela não conseguiria diziam as vozes a sua volta. Sua cabeça estava doendo e seu pensamento também dizia que ela não conseguiria. Abriu um pouco os olhos e viu Draco olhando pra ela. Sentiu forças e se levantou. Encarou um a um naquela sala e todos estavam impressionados, inclusive Voldemort.
_ Vocês dois, estiquem o braço esquerdo.- eles obedeceram- Morsmordre. Agora são de confiança. Não tenho nada para vocês fazerem agora e quando a marca arder, vocês não precisão responder ao chamado. Vocês serão meus espioes em Hogwarts. Agora você não é mais uma sangue-ruim. Você tem o sangue puro, Hermione e pertence as trevas. Podem ir a hora que desejarem.
Voldemort se sentou novamente a mesa e todos bebiam. Draco viu que ela não estava bem e seus braços ainda estavam sangrando. Ele a puxou para seu quarto no andar de cima.
_ Tá com muita dor, Mi?
_ Muita... Nossa... Esse é seu quarto?
_ Sim... O que foi? Não gostou?
_ Amei...
Era um quarto que todas as paredes e o teto tinham grandes fotos de Draco, a maioria sem camisa. Os dois se olharam e sorriram. Tudo estava bem.


[b]N/A: O Professor do musical foi inspirado no meu professor de teatro.
 


 


 

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