Prólogo – Uma terra de heróis

Prólogo – Uma terra de heróis




A Terra tornara-se então apenas uma sombra do que fora outrora. Os céus eram perfeitos campos em batalha, enquanto o subterrâneo das cidades em ruínas e o interior do que sobrara das antigas florestas eram ótimos esconderijos e centros de treinamentos dos últimos exércitos terráqueos. Um viajante do tempo não reconheceria sua terra natal ou aqueles que foram os mais belos pontos turísticos do planeta.

Porém, bastaria encontrar um ser humano para fazer uma pequena observação: a civilização nunca antes fora tão bela! Pois cada homem e cada mulher era um sobrevivente, e era também um herói. Cada pessoa que lutava pela própria vida conhecia o valor do próprio ar que respirava e da água rara que bebia.

Aleister Moody era um destes sobreviventes, e um grande herói. Era um velho combatente das primeiras guerras interplanetárias e um líder imbatível. Em seu rosto marcado pelas cicatrizes um sorriso disfarçado surgia sempre quando a batalha se aproximava, pois assim sentia-se como um herói das velhas estórias.

Não havia nada que agradasse mais a Moody do que enfraquecer o inimigo e descobrir suas estratégias. A não ser talvez por ver sua pequena pupila seguir seus passos e pilotar sua própria nave espacial, a jovem Ninfadora Tonks.

A jovem auror – pois assim se denominavam os soldados que lutavam para defender a Terra do domínio dos invasores – passara boa parte de sua vida ao lado do líder daquele exército. E poderia dizer que tudo que sabia e o que era devia a ele, pois se fora algo antes não poderia saber.



A vida de Ninfadora parecia ter começado aos dez anos, quando acordara na paisagem desolada do único satélite natural da Terra. Não sabia quem eram seus pais, e nem se recordava de sua infância. Sobrevivera por ter a sorte de encontrar um jovem soldado que costumava pensar antes de agir: Remo Lupin. Qualquer outro teria disparado alguns tiros antes de aproximar-se da estranha criatura que mudava de cor como um camaleão.

A garota teria sido adotada por uma família de agricultores que vivia aos pés das montanhas. Porém, descobriu-se que com algum tempo de treinamento poderia ser uma boa guerreira. A partir de então, Ninfadora Tonks tornara-se responsabilidade de Aleister Moody, general do exército europeu.

Nas bases do exército não havia tempo para a infância ou adolescência. Toda brincadeira era também um treinamento ou um enigma a ser desvendado. E ali Ninfadora Tonks cresceu, ali aprendeu a amar e temer seu tutor e líder. Por mais que falassem de sua loucura seria sempre Aleister quem ela veria como símbolo de respeito, tão diferente dos jovens soldados que cresceram em sua companhia.











Continua...

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