Como tudo começou



Ainda escutava papai e mamãe se despedindo de mim. Bem de longe.


Era minha primeira viagem naquele antigo trem. Mas para mim tudo parecia tão novo, tão magico. Eu, distraída, não percebi que alguém abrira a porta do vagão e sentara na minha frente.


 -Com licença, posso me sentar aqui? – perguntou um garoto loiro, de olhos azuis e de cabelos com gel, bem característicos.


 - Er...Claro...É publico não? – disse, com certo tom de ironia. Perdoem-me, não foi de proposito. Como mamãe sempre diz: “Você puxou tanto a seu pai...”.


Ele deu um sorriso de canto, entrou e guardou seu malão. Eu me virei para a janela e observando a paisagem, ri.


- Me desculpe, - disse ele parando de ler um livro que tinha acabado de abrir, – disse algo?


 - Ãn... não, nada.


- bem, certo... – e fechou seu livro. – muito prazer. – disse ao pegar minha mão e beijá-la. – Scorpius Malfoy. Ao seu dispor bela senhorita. – sorrindo.


Não pude esconder meu espanto.  Papai me disse antes de sair: “... Vovô Weasley nunca a perdoaria se se casasse com um sangue-puro.”. Bem, não estava me casando com ele. Apenas dizendo um “oi”.


- Rose Weasley. – respondi.


Ele, antes curvado para mim, se ergueu agora também espantado.


- que foi? – perguntei.


- então você é a mesticinha que eu pai falou... – disse ele, e repentinamente parou. – me perdoe não queria dizer isso.


 - mas agora já disse. – me afastei.


- mil perdoes. Nunca poderia imaginar que iria parar num vagão justo com você. Meu pai me disse para tomar cuidado com os Weasleys. Disse que são traidores do sangue.


- ora, traidores do sangue é sua vó! – disse eu começando a me zangar com ele.


- minha vó não era... já o seu pai e seus avos...


- ora essa! – me levantei e saquei a varinha.


- calma... não vamos nos ferir...- disse a peste loira oxigenada. – vamos começar novamente. A briga de nossas famílias não é nossa. Vamos ser amigos?


- nem pensar. Os Malfoy são muito traiçoeiros.


- como posso te provar que não sou?


- não sei. Se vira. – respondi e sai do vagão, batendo forte a porta. Dirigi-me ao banheiro. Precisava ficar sozinha. 


Entrei no banheiro e fui para uma das cabines. Como poderia eu ter sentido tantas coisas ao mesmo tempo? E, como eu estaria sentindo aquilo? Tinha apenas 11 anos. Era muito jovem para sentir tudo isso.


- aiiin... Desisto! – pensei. – é melhor eu parar de pensar nisso. Não vale a pena perder meu tempo com essas bobagens. Sou muito nova. Isso passa. – tentei ser tão lucida quanto a mamãe. Afinal, herdei a inteligência dela. Isso devia ser bom, não?


- ainda não posso voltar para o vagão... ele ainda deve estar por lá. Ai meu Deus! O que eu faço? – exclamei. – porque ele tinha que ser mau e bonito ao mesmo tempo?


Levei as mãos à boca. Aquilo não podia ter saído de mim. Isso não era normal.


- rose Weasley. O que você esta dizendo garota? – pensei comigo mesma. – volte lá e haja como gente.


Enchi-me de coragem e abri a porta.


– Ok, vamos lá. – eu disse. Em seguida me dirigi ao corredor. Já devia ser umas duas horas da tarde. Devíamos estar no meio do caminho.


Cheguei ao vagão. Não havia ninguém nele. Acho que nunca me senti tão aliviada antes. Não seria obrigada a encará-lo nem nada do gênero. Entrei e me sentei.


Olhando para a parede onde antes ele tinha estado, pensei: - não posso ficar aqui vendo navios... – peguei um livro na minha mala e comecei a ler. Era um antigo livro didático da minha mãe. Animais fantásticos e onde habitam. Agora era um exemplar muito raro. Mais há vinte anos era encontrado em qualquer livraria bruxa. E se duvidar ate nas dos trouxas também.


Peguei também umas frutinhas rosa que uma amiga de meus pais e deu. Ela disse que trouxe duma viagem que fez a Finlândia. Disse também que qualquer dia me levaria lá para conhecer uns animaizinhos muito divertidos. Ela também me deu um animal de estimação. Ele é muito engraçado. Parece uma bolinha Pink com olhos. Já disse que em espanhol o nome dela significa Lua?


Enfim... Achei que estava tudo certo já. Mas toda alegria dura pouco. Não deu sequer meia hora e o loirinho oxigenado voltou.


- que bom que você voltou rose. – disse sentando a minha frente. – posso te chamar de rose, não? – perguntou e me ofereceu uma bebida azul claro, da cor do lago em que passávamos no momento.


 


Bem... – disse a ele, – obrigada. – e peguei o copo.


- pode beber... não envenenei. – falou o oxi rindo daquela maneira que infelizmente me conquistava.


- tenho duvidas.


- fica tranquila. Quero ser seu amigo.


- você sabe que não acredito.


- realmente sei. Mas não desisto fácil. – ele sorriu de canto e bebeu. Como pode alguém tão novo já ser tão charmoso??!


Sorri para ele e também bebi. Incrivelmente não desmaiei e nem passei mal. Serio, me surpreendi com isso.


Então... quer dizer que você também gosta de suco de ameixa com pudim de caramelo? – ele me perguntou surpreendido ao saber tantas coisas em comum entre nos dois.


- huhum ! – disse rindo. Se alguém chegasse ali iria passar mal. Um Weasley e um Malfoy rindo, juntos como se fosse a coisa mais comum do mundo!


Como disse antes, toda alegria dura pouco. O monitor dos novos alunos chegou e nos avisou de que já estávamos chegando. No momento em que ele chegou imediatamente paramos de rir e fingimos ler um livro. Acho que o monitor não acreditou muito não. O Malfoy não conseguia disfarçar o riso e eu peguei o livro de cabeça para baixo. Foi desastroso.


Ao sairmos do trem, havia um gigante enorme nos esperando. O tio hagrid! Depois que os outros passaram, nao resisti e dei um abraço nele. Ele era muito divertido. Ele já tinha ido diversas vezes à minha casa e contado milhares de historias de quando mamãe, papai e meus tios eram tão jovens quanto eu. O irmão dele também era muito engraçado. O problema é que às vezes acho que ele tinha medo da mamãe. Ela sempre foi meio bravinha e mandona mesmo.


Ele nos levou para um lugar que tinha um montão de barquinhos. Por uma incrível conhecidência o Malfoy também ficou no mesmo que eu. Ele dizia para qual direção devíamos ir. Ele parecia um príncipe  ( *-*'’’’’), apesar da raça ruim dele.


 
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ISSO CONTINUA HEIN...
DEPOIS EU COLOCO CAPA E TUDO MAIS =3

QUERIA VER O QUE O PESSOAL ACHAVA DA FIC.
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@lunytha4ever
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#BJSEPUDINS 

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