Azuis e Acinzentados



            Os tímidos azuis procuravam incansavelmente os ferozes acinzentados, e primeiramente, em tom de desafio.


 


            No início, para os azuis, os acinzentados não passavam de um desafio imposto pelo pai. Eram orgulhosos para recusar, mesmo sendo tão inocentes. Por 3 anos, os azuis brilhavam de felicidade por ser melhor e de ansiedade, em busca de mais e mais desafio.


 


            E os acinzentados ficaram sabendo disso, e brilharam de tanta... tanta graça que acharam daquilo. Simples e insignificantes azuis os desafiavam mesmo sem nunca terem trocado uma palavra. Afinal, era azuis revoltos de vermelho e dourado e acinzentados revoltos de verde e prateado. Totalmente opostos desde o sempre.


 


            Primeiro contato, primeiro e extremamente tímido contato. Da parte dos azuis, claro. Azuis que sempre andavam com verdes e castanhos, tinha até um cor-de-mel. Azuis de família prestigiada, famosa, agora rica. Mas não pura, e por isso os acinzentados desprezavam os azuis.


 


            Afinal, sua família era agora mal falada, não tinha tanta importância quanto um dia já tivera, e graças à família dos azuis. Tudo bem, sabia que graças a eles não estava pior, mas por culpa deles estava assim. Acinzentados que andavam sozinhos, ás vezes acompanhados dos mesmos verdes que acompanhavam os azuis, mas quase sempre estavam sozinhos. Mas era puro, por isso era melhor.


 


            Primeira fala. Os azuis tinham uma bela voz. Doce, calma, semelhante a uma melodia. Os acinzentados tinham uma voz um pouco rouca, que os deixavam sensual. Ora, o que estavam pensando? Eram inimigos, e tal inimizade fora imposta por seus pais, e os pais sabem o que é melhor para os filhos! Não mais voltaram a pensar naquilo, não daquela maneira.


 


            Quando os azuis ficaram tão bonitos? Tão brilhantes, chamativos, amigáveis... gentis. Agora, azuis e acinzentados conversavam sempre, com frequência, e graças aos verdes. Agora, ambos riam felizes uns para os outros, mas não era bem uma amizade... eram colegas. Colegas de escola, de casas diferentes, cores diferentes. Famílias diferentes. Quando os acinzentados ficaram tão sedutores? Tão brilhantes, chamativos, carinhosos... apaixonantes.


 


            Quando ficaram íntimos, os verdes ficaram duvidosos, os castanhos raivosos, os cor-de-mel aciumados, e os azuis, os azuis do pai, num misto de decepção, ciúmes e raiva. Seus pequenos azuis cresceram, e encontraram a cor que pai menos desejava. O acinzentado.


 


            E os azuis choraram. Os acinzentados tremeram aos vê-los assim. Pela primeira vez, a tristeza que sentia era tanta, que seria capaz de dar seu brilho, seu azul, para ver aqueles azuis voltarem a brilhar. E quando se sacrificou, viu os azuis, que costumavam ser tão brilhantes e claros, escurecerem, murcharem. Ficarem com raiva e sentirem-se traídos.


 


            Os acinzentados brilharam, dessa vez de raiva de si mesmos. Em seguida, brilharam de determinação. E se machucaram, mas só fisicamente. Sabiam bem que os castanhos e os outros azuis eram maiores e mais fortes que eles, mas não importava.


 


            Os azuis voltaram a brilhar, isso importava.


 


            E não seriam os castanhos de Hugo, os temerosos azuis de Ron, que separariam o que os verdes de Alvo puderam unir: os azuis de Rose e os acinzentados de Scorpius.


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E ai, o que acharam?
Essa é minha primeira Rose/Scorp, e espero sinceramente que tenham gostado. Uma amiga Pottermaniaca gostou. 8D
Mas quem se importa com minha vida? ú.ù
Achei que seria legal usar os olhos por praticamente toda one, por que Tia Jô sempre destacou bastante os olhos da Hary e da Lily... e eu amo os azuis do Ron. *--*
Bem, tomara que tenham gostado da fic, eu me diverti a escrevendo, e não se esqueçam dos reviews! ;*~~

 


           

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Comentários (7)

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