O Sonho de Harry





CAPITULO 11: O SONHO DE HARRY

Hermione ainda estava na ala hospitalar, uma semana após o episódio com os dementadores, Rony não saia de lá por um instante, assistia as aulas e quando terminava corria para a ala hospitalar e lá ficava, até Madame Pomfrey o mandasse embora, Harry sabia como era ser afetado por dementadores, mas se surpreendeu ao ver que Hermione era bem mais fraca que ele, nos seus sentimentos. Os alunos do sexto e do sétimo ano estavam á uma semana do baile de formatura. Harry, Rony e Gina pareciam não se preocupar com isso. Harry sabia que estava cada vez mais próximo o momento em que Voldemort atacaria. Rony não conseguia se preocupar com outra coisa á não ser Hermione. Gina se preocupava ao ver o irmão e o namorado preocupados.
- Harry, você acha que a Mione, vai sair da ala hospitalar antes do baile? – perguntou Rony á noite quando estavam prontos para dormir
- Vai sim pode ficar sossegado, dessa vez você tem par para o baile – respondeu Harry rindo
- Espero, não agüento mais ver ela pálida daquele jeito – falou Rony com olhar triste
- Rony não é nada bom ser afetado por um dementador, é terrível, eu sei como a Mione se sentiu – disse Harry
- Tadinha, se eu pudesse Ter feito alguma coisa para isso não Ter acontecido – falou Rony se sentindo culpado – Mas não, fiquei como um covarde atrás de uma arvore
- Rony você á salvou – Falou Harry levantando-se da cama para ver o amigo – Seu patrono foi perfeito, se não fosse você o dementador teria beijado a Hermione, porque eu não ia ver e a Gina disse que também não.
- Mas de que adiantou? Ela está lá desmaiada ainda, eu só vou me conformar quando ela acordar, Boa Noite Harry – falou ele virando as costas para Harry
- Boa Noite Rony – respondeu Harry
Harry afundou na cama e começou á se lembrar do dia que tivera, tudo estava estranho demais para ser verdade, as aulas, o namoro com Gina, os testes de fim de ano, o silêncio de Voldemort, tentava não se mostrar preocupado, mas era difícil, principalmente perto de Gina, tinha ficado surpreendido de como Gina o conhecia, como ela sabia acalmá-lo nas horas difíceis, como ela sempre tinha a resposta certa para cada duvida. Por mais que Harry tentasse pensar em algum motivo para o silêncio de Voldemort, a imagem de Gina insistia em sorrir em sua mente obrigando-o, á não pensar em nada ruim, e assim Harry adormeceu, sorrindo.... Harry estava andando pelas ruas do beco diagonal, era noite, o lugar estava vazio, andou por um longo tempo até que se achou em frente ao Gringotes, a porta do grande banco estava aberta para espanto do garoto que entrou com precaução.
- Tem alguém ai? – perguntou ele e ouviu sua própria voz ecoar pelo grande salão vazio
Harry continuou andando até que viu uma porta vermelha á qual nunca tinha reparado antes, aproximou-se, a porta dava para um grande e escuro corredor, apanhou a varinha do bolso e murmurou
- Lumus
Viu que o corredor era composto de várias portas, abriu uma e nada havia na sala, repetiu o mesmo movimento em mais três portas, mas em todas obteve o mesmo resultado, abriu a Quarta porta, viu um grande homem parado em frente á alguma coisa, conversando com outro menor. Harry entrou e se escondeu atrás de uma estante
- Finalmente – murmurou a voz de Voldemort
- O que foi Milorde? – perguntou Rabicho
- O coração sua besta! – respondeu rispidamente – Finalmente o encontrei, finalmente a glória será minha, e todos os bruxos desse mundo imundo terão que me obedecer – falou ele gargalhando. Harry sentiu uma pontada em sua cicatriz–Vá Rabicho busque-o
- Buscar á quem Milorde? – perguntou Rabicho ajoelhando-se
- Você não é mais imbecil porque não tem como!!. Crucio! – Gritou Voldemort, e Rabicho caiu no chão gritando de dor – Ande logo!! Pare de Gritar por uma dorzinha fraca – Rabicho tentou se levantar, mas inutilmente – Busque-o para que eu possa o destruir, para que eu possa ser o mais poderoso, para que nada mais me impeça de dominar tudo! Traga Potter para que eu o mate Rabicho!!!
Harry sentiu a cicatriz explodir, parecia que sua cabeça iria rachar á qualquer momento, com a vista embaçada de tanta dor, Harry pode ver quando Voldemort saiu da frente do que escondia e lá estava ele brilhando: o coração dourado. Harry não agüentou mais desmaiou...
- HARRY!!! – Rony gritava sacudindo o amigo – ACORDE!!!
Harry acordou e olhou para Rony assustado, a camisa estava pregada de tanto suor, seu coração acelerado e a respiração ofegante.
- Com o que você sonhou Harry? – perguntou Rony
- Voldemort – respondeu Harry se levantando e começando á se vestir – Ele descobriu onde está o coração.
- Mas Harry o que você vai fazer? – perguntou Rony começando á se vestir também
- Eu vou tentar chegar antes dele, isso é se ele já não chegou lá – respondeu Harry tentando vestir a camisa, confundindo o buraco do braço com o da cabeça
- Onde ele está? – perguntou Rony novamente
- Rony você tem pó-de-flú? – respondeu Harry com outra pergunta
- Pó-de-flu? – Rony não entendeu – Tenho sim mas você não está pretendendo...
- Sim estou – respondeu Harry saindo do quarto – Pegue, anda logo!!!
Rony voltou para trás mexeu em seu malão, e seguiu Harry pelas escadas em direção á sala comunal, no momento deserta.
- Harry para onde vamos? – perguntou Rony quando Harry parou em frente á lareira, e esticou a mão pedindo o pó-de-flú.
- Gringotes – respondeu Harry entrando na lareira
- Gringotes? O coração está lá? – Rony não obteve resposta
Harry sentiu novamente aquela sensação de estar dentro de um liqüidificador, caiu no chão olhou ao redor e viu que estava no banco dos bruxos, saiu , olhou para a lareira no momento em que Rony caiu no mesmo lugar.
- E agora? – perguntou Rony tentando espantar a fuligem que estava nos cabelos
- Precisamos achar uma porta – respondeu Harry como se dissesse a coisa mais normal do mundo
- Ah sim uma porta – resmungou Rony – Harry o que não falta aqui são portas!!!
- Sim, mas são todas pretas, eu preciso de uma vermelha – explicou Harry
- Eu nunca vi porta vermelha por aqui – falou Rony
- Eu também não – concordou Harry – mas no meu sonho a porta era vermelha
Os dois passaram por um duende adormecido, que devia ser o guarda do banco, chegaram perto dos carros que levavam aos cofres, passaram por trás das bancadas onde ficavam os duendes durante o dia, voltaram novamente para perto da lareira. Até que Rony parou.
- Vem Rony – reclamou Harry – temos que achar a porta
- Já achamos Harry – falou Rony apontando uma grande porta vermelha de frente com a lareira
- Mas como?- Harry não entendeu – Ela não estava ai antes
- Isso não importa, vamos! – falou Rony correndo em direção á porta com Harry ao seu lado.
Ao entrarem, encontraram as mesmas portas que haviam no sonho de Harry
- E agora qual é? – perguntou Rony confuso
- A Quarta – respondeu Harry sem pensar
Os dois correram e a abriram, mas nada havia na sala
- Não é possível! – Harry se espantou
- Harry acho que vamos Ter que verificar todas as portas – falou Rony quando saíram da sala
Mas o que viram á seguir os fizeram, parar. As portas pareciam Ter criado vida e se embaralhavam como se fossem um simples baralho.
- Ah não – reclamou Harry – ano passado uma sala que girava e agora portas que se embaralham!!
- E agora? – perguntou Rony
- Aquele feitiço que a Mione fez ano passado, para marcar as portas, Rony.. – Mas antes que pudesse terminar a frase Rony gritou o feitiço marcando uma das portas
- Ótimo!! Que bom que você lembra – falou Harry – Agora vamos a próxima porta.
Os dois entraram e nada encontraram de novo, repetiram o mesmo cinco vezes, até que Harry parou espantado ao entrar na sétima porta e puxou Rony para trás do armário que vira no sonho. Voldemort gargalhava, com o que via e rabicho estava no chão se contorcendo de dor.
- Ah seu molenga, pare de gemer, e vá logo fazer o que mandei –falou Voldemort, murmurando o contra-feitiço – Traga o maldito Potter, quero me livrar dele essa noite mesmo!
- Mas Milorde, como? – respondeu Rabicho – o garoto está em Hogwarts, não tenho como tira-lo de lá
- Maldita Hogwarts, maldito Dumbledore, sempre me atrapalhando!!! – gritou Voldemort, dando um soco no ar – Vou Ter que esperar, até o fim das aulas, mas não importa esperei dezesseis anos, mais algumas semanas, não me farão diferença. Vamos imbecil, pegue o coração.- disse Voldemort apontando para a mesa á sua frente. Rabicho se direcionou para a mesa, mas antes que pudesse tocá-lo, ouviu se um grito
- NÃO TOQUE SUAS MÃOS IMUNDAS, NESSE CORAÇÃO TRAIDOR!!! – Berrou Harry saindo de trás do armário, para o espanto de Rony, Voldemort e Rabicho
- Potter – riu Voldemort – Melhor do eu esperava, você mesmo caminhou para a morte. Harry ficou em silêncio enquanto apertava a varinha em suas mãos – Potter sinto em te informar, mas hoje você vai morrer – falou o bruxo gargalhando
- Na-não, vai - falou Rony saindo de trás do armário, e parando ao lado de Harry com a varinha em punho
- Ah mas veja só – Voldemort fez uma cara de quem tinha visto a felicidade – o amiguinho do Potter, pensa que pode algo, primeiro eu vou matar seu amiguinho Harry, depois é você, espero que goste do espetáculo, Weasley.
Rony arregalou os olhos ao ver que Voldemort sabia quem ele era. Voldemort virou-se e pegou o coração, que era bem maior do que Harry imaginava com uma grande cobra cravada em seu centro. Harry sentiu a cicatriz doer, fez o possível para não desmaiar de dor, Voldemort ergueu o coração no alto e murmurou em língua de cobra
- Abra
Harry percebeu o que estava para acontecer, e na mesma língua gritou
- NÃO ABRA!
Voldemort abaixou o coração e olhou para Harry
- Potter – falou ele em tom irônico – Tinha me esquecido que você também fala a sagrada língua das cobras. Já que você me interrompeu, vou te dar uma pequena explicação do que vai acontecer
- Eu já sei o que vai acontecer, Voldemort – respondeu Harry com a voz fria
- Se já sabe então porque me interrompe? – gritou Voldemort irritado, com um sorriso maldoso se formando no rasgo em seu rosto – Já sei, você quer sofrer um pouco não é? – disse ele pegando a varinha. Mas antes que pudesse dizer alguma coisa Harry Gritou, apontando a varinha para ele.
- CRUCIO!!!! – Voldemort caiu no chão e o grande coração escapou de suas mãos indo parar bem longe dele
- Potter seu inútil, você não é mal o suficiente para fazer esse feitiço – riu Voldemort se levantando para apanhar o coração – Alguém já deve Ter dito para você que é necessário muito ódio, para esse feitiço. E acho que você se esqueceu que como os idiotas de seus pais você tem o coração bonzinho!!!!
Harry se segurava para não correr e encher de socos, aquele homem em sua frente, sabia que qualquer passo errado significaria a sua morte e a de Rony. Voldemort abaixou se para pegar o coração, Harry tentou pensar em algo rápido, para que Voldemort não pegasse o coração.
- Accio Coração! – Harry viu uma luz sair de uma varinha ao seu lado, e o coração ir parar nas mãos de Rony. Harry olhou para o amigo, que murmurou “Eu tinha que fazer alguma coisa né?”
- SEU MOLEQUE MALDITO!! – berrou Voldemort furioso ao ver o coração nos braços de Rony – DEVIA TER ACABADO COM VOCE DESDE O INICIO – continuou ele pegando a varinha e apontando para Rony, que tremia – AVADA KEDAVRA!!!
Um grande raio de luz verde saiu da Varinha de Voldemort.
-NÃO! – Berrou Harry pulando em frente ao amigo. Antes que o raio pudesse atingir Harry, o grande armário em que tinham se escondido há momentos atrás caiu, o raio bateu nesse e se tornou pequenas fagulhas, que sumiram no ar.
- Me de esse coração Weasley! – berrou Voldemort – posso acabar com toda a sua família se não fizer isso, inclusive com sua namoradinha sangue-ruim
- Eu não tenho medo de você – falou Rony com a voz arrastada – eu odeio você. Harry não reconheceu o amigo
- E o que vai fazer ? - riu Voldemort ironicamente. – Me matar? Você não consegue matar nem uma aranha, só sabe se esconder atrás do Potter, você é uma negação como toda a sua família, aquele bando de pobres de cabelos de fogo, a única coisa que você conseguiu foi um distintivo idiota de monitor, e uma namorada horrorosa, que além de tudo é uma sangue-ruim
Harry viu que Rony estava muito vermelho, sua respiração era alta, e ele apertava a varinha com toda a força possível. Harry percebeu o que o amigo, iria fazer e pegou sua varinha também.
- CRUCIO!!! – Gritaram os dois juntos e Voldemort caiu no chão se contorcendo de dor. Harry e Rony, correram para a porta e saíram no grande corredor, corriam para a saída, mas antes que pudessem alcançar a porta Voldemort aparatou em sua frente.
- Repito novamente, que esse feitiço não é para vocês, vou mostrar como é que se faz de verdade – disse ele , apontando a varinha para os dois que recuavam para trás – e depois vou matá-los
- Você não vai fazer isso, Tom – falou uma voz e Harry e Rony viram Dumbledore atrás de Voldemort, juntamente com as professora McGonagall e Sprout e os professores Snape e Flitwick
- Dumbledore, veio assistir a morte de seus alunos queridos? – perguntou ele enquanto Harry e Rony se juntavam com os professores
- Vá embora Tom, o coração é nosso e vamos destrui-lo – respondeu Dumbledore
- O coração é meu, basta eu tomar desse Weasley imbecil – falou ele virando-se para mostrar Rony que não estava mais lá. Voldemort olhou e viu ele atrás dos professores, tentou avançar, mas parou no momento em que os cinco apontaram a varinha para ele
- Você não sabe agir sozinho, Dumbledore? – perguntou Voldemort – Tem que trazer o batalhão para te ajudar?, Tudo bem vamos lutar de igual para igual, vou buscar ajuda também – terminou Voldemort desaparatando. Dumbledore se virou para Rony que ainda estava agarrado ao coração.
- Me de Weasley – pediu ele estendendo as mãos
- Mas professor ele vai voltar – falou Rony
- Não, ele sabe que perdeu de novo, ele não voltará, pelo menos até ele achar outro meio para destruir Harry – explicou Dumbledore , pegando o coração das mãos de Rony
- Professor, o que você vai fazer com ele? – perguntou Harry olhando para o coração
- Você vai ver em minutos Harry – respondeu Dumbledore
Dumbledore colocou o coração no chão, e parou ao seu lado, Snape, Flitwick, Sprout e McGonagall, se aproximaram também, formado um circulo em volta do coração, os cinco apanharam as varinhas, e Dumbledore Gritou
- AGORA!
- DITRUIELLE!!! – Berraram os cinco juntos
Rony e Harry ficaram espantados com o que viram, da varinha de McGonagall, saiu uma forte luz vermelha, da de Snape uma verde, da de Sprout uma amarela, da de Flitwick uma azul e da de Dumbledore a mais forte de todas uma luz prateada. O coração mudou de cor, passando por diversos tons, até ficar marrom e simplesmente se transformar em pó.
- Professor – Harry começou – o coração cadê?
- Nós o destruirmos Potter – falou Snape
- Voldemort, não pode mais utilizá-lo – completou Dumbledore
- Isso quer dizer que...- tentou dizer Rony
- Que Potter não morre mais pelo feitiço do coração – terminou McGonagall. Harry sentiu um grande alívio
- Agora vamos, o dia está para amanhecer – falou Dumbledore se dirigindo para a saída.

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