Prólogo



All things must pass away, all things must pass… 
None of lifes strings can last. 
So, I must be on my way and face another day...






Prólogo

 


 


Todos têm seus vícios. Há pessoas que bebem, fumam, cheiram... Manias descontroladas que podem tomar conta de sua vida. E sempre tem aquele que diz que sabe como se controlar, que se for necessário para naquele exato momento, mas é incrível como a necessidade de parar nunca acontece. Tudo começa inocentemente, para os que bebem é aquela inquietude de experimentar algo diferente, começam em seus dezesseis anos, ou até mesmo mais cedo, no começo fica bêbado rápido, uma garrafa de cerveja já basta para a felicidade. E então as coisas começam a ficarem mais complicadas, são necessárias mais de dez garrafas para ao menos ficar feliz e a necessidade de beber e passar mal não passa até sentir tudo girar ao seu redor e começar a ânsia de vômito. Todos têm os seus vícios, alguns admitem, outros preferem ficar na ignorância de que não há nada de errado.


O vício de Marlene Mckinnon não era algo fofo como amar demais, se fosse isso talvez ela não tivesse tantos problemas. O vício de Marlene era a comida. Ela não se saciava apenas com um pão, ou apenas um pedaço de chocolate, ela precisava de mais para afogar seus sentimentos. Marlene não era obesa, era apenas um pouco acima do peso, mas isso não deixava as pessoas quietas. Principalmente em sua escola, não havia ninguém normal acima do peso, óbvio que havia aqueles brutamontes do futebol americano e para eles estarem acima do peso era status, ganhavam medalhas para a escola e eram aplaudidos nos corredores. Marlene nunca sentiu vergonha de seu corpo, ela tentava não se importar com os comentários, com as pessoas apontando para ela. Caramba, ela não era nenhuma aberração, nenhum palhaço de circo para rirem dela.


Tudo começou com uma anemia, com seis anos de idade Marlene tinha o peso ideal para sua idade, mas o médico disse que ela era anêmica. Na época dos seus seis anos de idade a infecção via agulhas, AIDS, estavam em alta e sua mãe, Anice, não queria que sua filha fizesse tratamentos que envolvessem agulhas. O jeito era fazer uma dieta especial e vários suplementos de vitamina e ferro. O que era para ser um ovo por dia, por exemplo, viravam dois ovos, a empregada sempre cedia quando Marlene pedia mais comida. Na infância era aquela garota gordinha, coisinha fofinha, usavam os diminuitivos, agora com 1,65 metros, 80 kg e os diminuitivos já deixaram de existir. Era difícil entrar em um local e todos olharem, não era como se Marlene quisesse chamar atenção, ela não usava roupas justas, não usava roupas gigantes, era básica e tinha noção do ridículo. Coisas que garotas magras nem sempre tinham, com suas saias curtas, justas e quase aparecem seus úteros.


Ela era a famosa amiga gorda de Lily Evans, a ruiva mais linda do colégio, provavelmente única ruiva do colégio. Lily era sua vizinha e o esperado seria ela se afastar de Marlene assim que começaram a perceber que ela era a única pessoa normal gorda do colégio. Lily nunca fez o que esperaram dela, nunca, nem uma vez em sua vida ela deixou de decidir pelo melhor em sua vida. E a amizade de Marlene a fazia uma pessoa melhor, talvez tenha sido por seu carisma, ou por sua visão realista do mundo, Lily Evans era uma pessoa melhor junto com sua amiga.


- Vai comer alguém hoje, MckGorda? – Emmeline Vance pediu venenosa ao ver Marlene na fila do refeitório. A garota preferiu ignorar e continuar seu caminho, em dias assim ela preferia almoçar no banheiro, onde ninguém a incomodava. Lily odiava essa mania dela, mas ao sentar na mesa que ela dividia com os populares os comentários eram constantes.


- Emmeline, o que você falou para a Lene? – Lily pediu assim que Vance sentou na mesa. A loira revirou os olhos e soltou uma risada, com um certo descaso. – Sério Emmeline, a Marlene é minha...


-... Melhor amiga, blá blá blá, continua gorda. – Zombou Emmeline, Lily deu um soco na mesa, derrubando seu suco. A ruiva quando ficava com raiva sentia uma vontade dilacerante de bater nas coisas. Ela nunca gostou de Emmeline, só a aturava porque Sirius Black resolveu a transformar em seu novo brinquedinho particular. E o fato de Lily estar naquele grupo se chama Dorcas Meadowes, sua amiga, que estava namorando Remus Lupin, melhor amigo de Sirius Black e do maldito James Potter. O maldito só era acrescentado quando Lily falava sobre ele, aquele ódio que ela sentia do presunçoso do Potter era tão óbvio que só ela não percebia.


- Se você falar da Marlene desse jeito na minha frente, eu juro que vai ser a última vez que você irá sequer falar. – Ameaçou Lily encarando Emmeline. Todos na mesa ficaram quietos, todos sabiam do temperamento de Lily e que ela era muito capaz de morder, ou bater quando falava que iria.


- Calma ruiva. – Sibilou Emmeline, Lily jogou seu copo em cima da roupa da loira, junto com o resto de seu suco. A loira levantou, possessa e começou rapidamente a limpar sua roupa, gritava algo como vadia ruiva, puta... e vários derivados, mas Lily os ignorou e foi para o banheiro.


- Lê? – Lily chamou, abrindo as portas do banheiro, até a encontrar na última, comendo seu sanduíche, sentada no vaso. – Quantas vezes eu disse...


- Para eu não vir almoçar no banheiro e sentar com vocês na mesa dos populares, rodeada de pessoas que me odeiam? Não, obrigada. – Falou Marlene, levantando do vaso e jogando no lixo o resto de sua comida.


- Eu não te odeio e Dorcas não te odeia... – Argumentou Lily fazendo com que a morena revirasse os olhos.


- Você não me odeia, Dorcas me suporta, Remus pode até ser meu amigo, Black e Potter me suportam e Emmeline definitivamente me odeia. – Finalizou Lene, Lily não conseguiu argumentar nada, apenas assentiu, Marlene sempre tinha razão.


- Eu ameacei Emmeline pela décima vez no dia. – Comunicou Lily, Marlene amarrou seu cabelo, tentando não mostrar seu desconforto. Odiava Emmeline, todo o dia ela fazia algum comentário por causa do seu peso, ela nunca soube o que fez para a loira a odiar.


- Deixa para lá, Lily. – Lene falou, saindo do banheiro e indo em direção a sua próxima aula.


- Lene, eu não quero deixar para lá, você tem que se opor! – Lily falou, enquanto as duas passavam pelas pessoas, era sempre o mesmo discurso todo santo dia. – Não pode deixar Emmeline pisar em você, ou outra pessoa...


- Você quer que eu me oponha a Emmeline? – Pediu Marlene nervosa, Lily a olhou com uma cara óbvia. Então foi ai que desencadeou todo o drama que vem a seguir, Emmeline estava saindo do refeitório com Sirius Black e sua trupe, a loira carregava seus livros. Marlene fez a primeira coisa que veio em sua cabeça, bateu nos livros de Emmeline que a olhou raivosa.


- Você nunca mais vai me chamar de gorda, MckGorda, balofa, nunca mais, está me entendendo? – Rugiu Marlene, Emmeline estava segurando riso, mas sua feição se tornou séria quando sentiu a aproximação perigosa da garota. – Eu posso muito bem te bater, posso muito bem me defender, mas eu sempre resolvi ficar quieta porque eu sei como é horrível acordar todo o dia com medo. Eu tinha medo de como você poderia me humilhar na frente de todos, mas agora eu já não aguento mais!


- E o que você vai fazer? Sentar em cima de mim e me esmagar? – Zombou Emmeline, fazendo com que algumas pessoas rissem do comentário. Outros estavam tensos demais para terem alguma reação.


- Eu posso muito bem fazer isso sim, eu não tenho mais medo de você. – Lene continuou seu caminho, esbarrando em Emmeline, quase a derrubando. Lily riu da cara de tacho de Vance, olhou com reprovação para Sirius que simplesmente encolheu os ombros. James iria falar alguma coisa, mas desistiu quando a ruiva o fulminou com o olhar. Marlene não aguentou ir para a próxima aula, pegou seus materiais e saiu daquele colégio.


Ela sempre tentou se convencer que não se importava com a opinião dos outros, apesar de estar bem com seu corpo, era horrível ouvir comentários desnecessários todo dia. A única coisa que salvava seu dia era Lily com suas piadas e conversas loucas e a música, a sua música. Ela tinha um dom, sua voz era o seu dom e era a única coisa que não poderiam por defeitos. Em seu quarto continha os pôsteres de clássicos, Elvis Presley, Janis Joplin, Jimmy Hendrix, Rolling Stones, Aerosmith, Elvis Costello, Madonna, ela era completamente eclética quando se tratava de épocas. Sua paixão era a música em geral, seus pais a deixavam praticar violão e no momento ela estava aprendendo piano. Lágrimas rolaram por seu rosto, ela não podia evitar. Não queriam que sentissem pena por ser gorda, sabia muito bem que a culpada disso era ela. Ela não conseguia evitar, se sabia que tinha alguma comida, ela não conseguia parar até que não acabasse.


- Chegou cedo filha, aconteceu alguma coisa? – Anice Mckinnon, sua mãe, pediu assim que ela entrou em casa. Lene forçou um sorriso.


- Nada, só não me senti muito bem no almoço e preferi vir para casa. – Preocupada, sua mãe logo colocou a mão em sua testa e depois sorriu.


- Vá para o seu quarto daqui a pouco irei lá com um chá. – Marlene assentiu e subiu para o seu quarto. Anice foi para a cozinha, ela sabia que o chá não iria fazer diferença nenhuma, já que Marlene não estava doente. Ela sofria ao ver sua filha deprimida, nunca a forçou para que fizesse algum tipo de dieta, mas quando percebeu que Marlene estava ficando deprimida, sentiu-se a pior mãe do mundo. Bateu na porta do quarto e logo foi entrando, ela estava deitada na cama, sem muita reação. – Ken vai vir para casa nesse final de semana...


- Finalmente... – Marlene sorriu pegando o chá, Kenneth era seu irmão mais velho. Ele estava estudando Finanças em Oxford, era a pessoa que Marlene confiava com tudo. No começo ela sentiu como se tivesse sido abandonada por ele, depois percebeu que era besteira esse pensamento. Lene tomou seu chá e logo adormeceu.
 


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Emmeline Vance não aguentava o fato de ser colocada de lado. Ser filha do meio, sendo que sua irmã mais velha estava começando uma carreira magnífica como residente em medicina e sua irmã mais nova com um futuro promissor desenhando, fazia com que seus pais não lhe dessem muita atenção. Ela precisava de atenção, precisava que as pessoas parassem para que a olhassem passar. Por isso odiava tanto Marlene Mckinnon, não entendia como alguém poderia não se importar com seu corpo. Para ela, Marlene era preguiçosa e o fato dela ser gorda a irritava ainda mais. Como alguém pode ser gorda, não ter nenhum charme e mesmo assim ser feliz? Emmeline fazia de tudo para manter seu corpo em forma, tirava notas exemplares e mesmo assim se sentia miserável quando seus pais falavam o quanto Mandy (a mais velha) era melhor do que ela.


- Qual é Emmeline... – Arfou Sirius, quando a garota parou de beijá-lo. Os dois estavam no quarto de Emmeline, deitados na cama. Emmeline o deixava excitado facilmente, a garota era ágil e gostosa, mas quando abria a boca Sirius tinha vontade de sair correndo de perto dela. Sem contar o fato que ela era uma transa garantida, não precisava falar muita coisa para levá-la para a cama.


- Sirius, primeiro você vai ajudar eu me vingar da MckGorda e depois... – Sibilou Emmeline, sentando no colo de Sirius e perigosamente passando sua unha em seu peito, fazendo-o gemer. -... Depois eu faço qualquer coisa que você quiser... – Ela tirou sua blusa e beijou devagar o pescoço de Sirius, subindo até o lóbulo de sua orelha, mordiscando de leve.


- O que você quer que eu faça? – Gemeu Sirius, Emmeline saiu de cima dele e sorriu vencedora. Não iria deixar Marlene Mckinnon a humilhasse e esfregasse em sua cara que estava mais feliz do que ela. A gorda iria se arrepender de ter sequer dirigido a palavra a ela. Olhou para Sirius e riu da situação do rapaz, todo excitado e frustrado. Ele faria qualquer coisa se em troca disso ela oferecesse sexo.


- Vai ser simples... – Emmeline falou por fim, sentou em seu computador e começou a bolar seu plano, enquanto Sirius ia para o seu banheiro se esfriar.



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Kenneth Mckinnon não suportava garotas achadas. Na escola ele já tinha pavor de meninas que se arrumavam como se fossem para uma festa todo dia, na faculdade ele percebeu que era pior. Não entendia qual era o motivo de alguém se carregar de base, delineador, sombra durante o dia a dia, perdia toda a sutileza da feição da garota. Ele era um cara simples, estudava e nunca decepcionava seus pais com notas e ações. Sentado em seu quarto, segurando seu lápis tentando se concentrar em seus estudos, olhou para a foto que tinha em sua escrivaninha e sorriu. Marlene, sua irmã, fazia uma careta enquanto ele beijava sua bochecha, sentiu saudades da pequena. Ele a chamava de pequena e nunca viu só o peso da sua irmã. Ele sabia o potencial que ela tinha, Marlene era uma ótima cantora, com uma personalidade única e sempre tentou fazer com que ela percebesse isso.


Ken largou seu lápis e pegou seu telefone, por algum motivo sentiu saudades de casa urgentemente. Ligou para a rodoviária e viu o próximo ônibus para Bristol, não iria perder matéria, já era quarta-feira, apenas iria fazer uma folga adiantada. Enquanto falava com a mulher da rodoviária, Ken pegou a foto dele com sua irmã e sorriu de novo. Ela fazia falta, sempre o fazia rir e achava a beleza em qualquer coisa no mundo. Ingênua e linda, para Ken, sua irmã era perfeita do jeito que era. Odiava com todas as forças todas as pessoas que a faziam sofrer. E isso só acontecia em Bristol, em Oxford a pessoa poderia estar vestida de pijama na rua e ninguém se importava, ninguém julgava pela aparência. Ken arrumou logo sua mala, pegou um pedaço de pão e logo foi para a rodoviária.




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James Potter estava apaixonado. Não podia mais negar, sentado em sua escrivaninha ele admirou sua câmera semi profissional. Havia guardado dinheiro por um ano para conseguir comprá-la, não que seus pais não fossem ricos, mas ele preferia trabalhar e realmente merecer a câmera. O seu talento era a fotografia, seu pai desde pequeno o levava para os estúdios, onde as campanhas que ele dirigia eram filmadas. Primeiro ele se apaixonou por modelos, um alívio para seu pai saber que seu filho gostava de mulheres. Depois ele conheceu John, o fotógrafo, que fora o seu mentor até ele completar quatorze anos. John era o estilo de pessoa extravagante, suas roupas poderiam facilmente confundidas com de mulheres, mas sua lábia era para as mulheres. Sempre repetia para James que fotografia era o momento eternizado e ele nunca deveria tentar criar o momento. Seu pai não gostava da presença de John na vida de James, era o medo de ser substituído por outra figura paterna. Do mesmo jeito rápido que John entrou na vida de James ele saiu, fora chamado para viver na vida glamurosa de Paris, fotografando catálogos. No final, James percebeu o quão John era hipócrita, toda a história que o momento não poderia ser criado e ele fotografando catálogos, por causa do dinheiro.


James absorveu o que a mensagem que John queria lhe passar, convenceu-se que tudo o que aquele homem o falava era para no final ele não ser igual. Por isso recusou de presente a câmera de seus pais e foi atrás de um emprego, ele queria merecer e fazer o que mais amava. Não foi difícil para arranjar emprego, na esquina do colégio, a uma quadra de sua casa, tinha a lanchonete do Joe e ele facilmente o convenceu que poderia ser um ótimo funcionário. Seus pais aprovaram a iniciativa do rapaz, não viram o porque de não deixá-lo trabalhar por meio turno, é muito mais fácil valorizar o dinheiro quando é seu e merecido. James olhou para o seu relógio e viu que não poderia mais se enrolar, guardou sua câmera na caixa e saiu correndo de casa.


Fotografia era a única paixão que James sabia que não iria o decepcionar. Sua segunda paixão era sua musa, Lily Evans. Fazia um tempo que ele havia notado a presença da ruiva, mas nunca entendeu a relutância dela o aceitar. Olhou para o relógio pela segunda vez e resolveu correr, por algumas quadras, ele tinha que estar lá quando ela saísse de casa. Potter nunca foi arrogante ou prepotente como ela alegava. James arrumou seu casaco e parou na frente da casa de Lily, sorriu assim que a ruiva desceu, apesar o descaso que ela fazia de sua presença, Lily Evans iria ser dele.




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Lily Evans odiava ter que acordar cedo, bateu em seu relógio assim que o alarme disparou. Quinta-feira, odiava esse dia, teria que aguentar matemática, física e química e tudo de uma vez. Para ser sincera Lily odiava todas as matérias, não achava graça em saber qual era o PI, ou muito menos se um fio dilatava no inverno ou não. Assim que saísse do colégio iria para Paris, estudar moda e tentar a vida, esse era seu plano do futuro. Lentamente Lily saiu de sua cama e foi para o seu banho, sentia seu corpo todo dolorido depois da corrida que fez na noite anterior era difícil ela estar fisicamente bem. Saiu do banho, colocou uma roupa básica e fez carinho do seu gato, Def. Ela não gostava de se vestir extravagante para ir a aula, não havia o porquê de por a melhor roupa para os professores aprovarem.


- Quantas vezes eu vou ter que pedir para você não vir me buscar em casa, Potter? – Indagou a ruiva, séria, olhando para o garoto parado em frente de sua casa. James Potter abriu um sorriso encantador e ajeitou seus óculos.


- É o caminho que eu tenho que pegar para ir a escola, Evans. – Ele encolheu os ombros e esperou Lily fechar o portão de sua casa.


- Eu sei que você mora duas quadras da escola. – Zombou a ruiva, fazendo o garoto corar, então ela sabia.


- A Emmeline ficou furiosa ontem depois da situação suco e Marlene. – James puxou assunto, ele até entendia a amizade das duas, Sirius e ele eram vizinhos, por isso se tornaram melhores amigos.


- Não me importo com aquela loira raquítica. – Lily falou rispidamente, parando na frente da casa de Lene. Ela tocou a campainha e ficou esperando por Marlene abrir a porta, em vez disso foi Ken que abriu. – Ken!


- Lily! – Ken sorriu ao ver a ruiva, sempre a achou linda, mas nunca teve coragem de tentar alguma coisa com ela por causa de Lene. – Quanto tempo, baixinha.


- Quando você chegou K.? – Lily sorriu abertamente.


- De madrugada, volto domingo para Oxford. – Respondeu, olhou para o garoto atrás de Lily que acompanhava a cena, enciumado. – E aí cara.


- Fala, cara. – James tentou parecer descolado, mas não deixou sua amargura desaparecer da frase. Enfim Marlene apareceu, dando um beijo no irmão mais velho e saiu com os dois para a escola. Caminharam uma parte do caminho em silêncio, até que James arriscou. – O que o seu irmão estuda, Marlene?


- Finanças, eu sou a ovelha negra da família. – Marlene sorriu, James fez cara que não entendeu e ela logo se explicou. – Meu pai é contador, minha mãe já trabalhou em um grande escritório de advocacia, meu irmão faz Finanças e eu pretendo ser cantora.


- Nossa, que legal. – James realmente se surpreendeu.


- Ela canta muito bem, vai fazer muito sucesso... – Lily falou, orgulhando-se da amiga, Marlene corou instantaneamente.


- Droga... – Lene parou e olhou para sua mochila. – Eu esqueci meu caderno de química...


- A gente pode esperar...


- Não, Lily, vão na frente e eu encontro vocês lá. – James não deixou de sorrir, assim que Lily continuou seu caminho, sem que ela visse, Lene piscou para o garoto que logo entendeu. Marlene voltou um pouco o caminho, até que os dois sumissem de vista. E ficou ali por uns cinco minutos, para que Lily não suspeitasse logo de cara, era óbvio que a amiga iria brigar com ela depois. Assim que Marlene chegou na frente da escola achou estranhou todo mundo ainda estar fora da sala de aula. Ela subiu os dois primeiros degraus e as pessoas começaram a rir e apontar para ela.


- Lene... – Lily veio a seu encontro, quase a impedindo de entrar na escola. Marlene olhou sem entender para ela e logo percebeu que aquilo não iria ser fácil, empurrou Lily e foi para o corredor, onde Emmeline estava distribuindo vários folhetos.


- A estrela do dia chegou! – Gritou Emmeline, rindo sem parar, Marlene engoliu seco e ficou olhando a loira sem entender. – Eu não sabia que ficava tão bem de biquíni, Leninha.


Trêmula Marlene pegou o folheto e olhou para a foto. Emmeline fez uma montagem de Marlene em um corpo enorme, apenas de biquíni. O mundo de Marlene desabou naquele exato momento, olhou ao redor e viu as pessoas rindo e apontando para ela. Ela não merecia aquilo, virou as costas para Emmeline e saiu chorando daquela escola. Lily antes de seguir a amiga, virou para Emmeline e avançou na loira, a ruiva estava vermelha e possessa de raiva. James teve que a segurar antes que ela tirasse todos os cabelos de Vance. Ele tirou a ruiva da escola e a acalmou, fazendo com que ela fosse atrás de Marlene. Aquilo foi cruel e desnecessário, James, depois de mandar Lily atrás da garota, foi até Sirius e arrancou os folhetos da mão dele, colocando no lixo.


- Qual é cara, ela supera. – Sirius deu os ombros e se abaixou para ajudar Emmeline levantar, a garota estava vermelha, com arranhões no braço.


- Eu não acredito nisso... – Reprovou James, sem saber o que dizer para o amigo. Ele parecia cego, como se não soubesse que sua ação poderia ter arruinado a vida de Marlene. 


nota da autora:

Oi gente! Ok, eu estou super nervosa para saber o que vocês acharam do prólogo, assim demais. Para mim é meio que um desafio escrever em terceira pessoa, vocês devem ter percebido que a maioria das minhas fics é em primeira pessoa! Eu estou cheia de ideia para essa fic e como eu estou conseguindo (agora) escrever as minhas outras duas, essa eu tenho certeza que vou postar a cada duas semanas.
Quanto aos personagens... Eu adoro a Jessica Lowndes e eu gostei do resultado de uma parte de 90210 como os personagens, espero que vocês tenham gostado! 
Quanto a história... é meio clichê a ideia principal, mas eu estou tentando mudar isso hoho e no fundo, vamos admitir, todo mundo gosta um pouco de clichês! (ou sou só eu?)

Eu queria agradecer: Camila Black. Potter, eugênio, Janete B. Potter, Nina H., Jey Jey Lupin, Caroline Black Malfoy, Mii Reis, hell yeah e Cecília Potter.
Sério, obrigada pela força!

Bom gente, beijinhos, beijinhos e podem continuar me chamando de dominique ok, acho que até vou mudar de novo porque estou sentindo saudades do nome aqui hahaha (L)' -naverdadejámudei-

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