Prólogo - Modificado

Capítulo I - Prólogo

-Abra. ­–Harry sibilou em língua de cobra e o barulho do mecanismo da câmara secreta sendo ativada ressoou pelo banheiro feminino. O moreno deixou sua mão escorregar até que seus dedos envolvessem o da garota ao seu lado. –Pronta? –Disse e viu Hermione acenar positivamente. Os dois colocaram um dos pés no vazio na mesma hora e, também juntos, pularam no túnel escuro.

 

Flashback On

 

-Isso é missão suicida! –Hermione exclamou de forma convicta.

 

-Essa guerra é suicida. –Retorquiu Gina de forma firme, porém calmo.

 

-Vai dar certo. –Neville falou otimista. –O plano é simples.

 

-Simples, mas arriscado. –Cho completou. O trio havia acabado de pisar na Sala Precisa e, com ajuda dos amigos, bolavam um plano para realizar (mais) uma tarefa deixada por Dumbledore.

 

-É nossa única opção. –A voz de Harry ressoou e ele foi até o lado de Hermione, que estava sentada de frente a uma mesa onde estava o Mapa do Maroto. –Se você não quiser ir...

 

-Ah, cala a boca. –Disse ríspida. –Não vou dar pra trás justo agora. –Completou e viu um sorrisinho surgir no canto do lábio do amigo. –Mas se eu morrer eu vou te atormentar o resto da minha morte, beleza? –Completou e ele engoliu em seco, não gostando nada da “piada”.

 

-Vamos repassar? –Rony pediu apoiando-se na mesa e observando o mapa.

 

-OK, Rony, Neville e os outros, vão distrair os Comensais. Gina e Luna vão ficar de guarda na porta do banheiro da Murta, eu e Hermione entramos na Câmara. –Harry observou Gina se mexer desconfortável, ele mesmo não gostava de ter que voltar naquele lugar, mas era necessário.

 

-O que mesmo vocês têm que pegar? –Luna disse, o tom sonhador de lado, dando lugar a um semblante sério e compenetrado.

 

-Não sabemos. –Hermione resmungou.

 

-Belo informante nós fomos arranjar. –Simas falou atrás deles.

 

-Voltando: se houver qualquer imprevisto, vocês nos mandam um Patrono e fujam. –Continuou e viu todos assentirem. –Vamos. –Disse se levantando e fechando o mapa, guardando-o nas vestes. Logo uma fila de amigos se formou para lhes desejarem boa sorte, antes que Harry envolvesse a ele e Hermione com a Capa de Invisibilidade.

 

Flashback Off

 

O baque surdo foi ouvido e em seguida dois pequenos gemidos.

 

-Que fedor! –Hermione exclamou, levantando-se e limpando as roupas com as mãos antes de saírem correndo até a porta que realmente dava na Câmara Secreta. Harry novamente abriu a passagem e adentrou lentamente no lugar, ambos alertas a qualquer resquício que fosse de uma armadilha.

 

O chão do lugar tinha um estranho círculo vermelho sangue que envolvia grande parte da Câmara Logo depois um circulo um pouco menor em amarelo, outro menor ainda em verde e um último, que apenas rodeava um pedestal que se erguia belamente adornado com serpentes de prata, em azul. Hermione andou lentamente ao longo da linha vermelha, analisando-a atentamente, logo após analisando de longe as outras linhas.

 

-Parece magia antiga, não está há pouco tempo aí. –Comentou.

 

-A última vez que eu estive aqui isso não existia. –Harry respondeu observando-a. –Será que foi Dumbledore?

 

-Como ele teria entrado aqui? –Perguntou olhando o moreno.

 

-Ele era muito inteligente. –Falou com simplicidade e se colocou ao lado da amiga. –O que você acha que é? –Ele se agachou para observar a linha vibrante mais de perto.

 

-Tenho minhas dúvidas. –Murmurou. –Acha que devíamos tentar ultrapassa-la?

 

-É preciso. –Harry disse e se levantou, pronto para ultrapassar a barreira mágica, mas uma explosão ao longe os sobressaltou e logo um cavalo prateado galopava em direção a eles.

 

-Algo aconteceu. –Hermione disse visivelmente alarmada. –É o Patrono de Gina!

 

-O que diz? –Mas antes que pudessem ouvir a mensagem passos ansiosos ecoaram, fazendo os morenos segurarem as varinhas.

 

-Rápido! Fomos descobertos. –Rony ofegava e chegava acompanhado de Gina e Luna.

 

-Como assim? –A morena disse, apertando firme a varinha em uma das mãos e observando o sangue escorrer pela cabeça de Luna, que parecia nem se dar conta de que estava machucada.

 

-Snap nos pegou, Neville está morto... –Gina se interrompeu com um soluço que tentou ser abafado. –Estamos mortos. –Finalizou indo até os dois amigos.

 

-Mas...

 

-Ora, ora, ora. Eu sabia que vocês eram burros, mas invadir Hogwarts que está tomada por Comensais já é um exagero. –A voz arrastada de Draco Malfoy soou, interrompendo qualquer coisa que Luna iria falar.

 

-Como...? Nós não fomos seguidos! –Gina exclamou, apontando a varinha para o loiro que surgia das sombras.

 

-Se eu fosse você, não faria isso, Weasley. –Ele alertou divertido, surgindo acompanhado de Crabbe, Goyle, Zabini e Pansy.

 

-Ou o quê? –Rony disse.

 

-Não provoca Rony. –Hermione sussurrou enquanto sua mente trabalhava a mil para se safarem daquela situação. A notícia da morte de Neville ainda ecoando em sua mente. Discretamente ela puxou a mão de Harry levemente, em uma conversa muda.

 

-Malfoy, você não precisa fazer isso, nós vamos vencer. –Harry começou calmamente.

 

-Ah tá, não se iludam, chegam a ser digno de pena desse jeito. –Disse com escárnio.

 

-Você não está do lado dele, Malfoy. –Hermione começou titubeante. –Se estivesse você teria nos entregado na Mansão Malfoy. –Continuou.

 

-O quê? Do que ela está falando, Draco? –Blaise sussurrou para o garoto, que apenas o mandou se calar.

 

-Não tente fazer jogos de psicologia comigo, sangue-ruim. –Rosnou com asco.

 

-Não seria muito necessário, você já está em dúvida. –Foi Luna quem se pronunciou, entendendo o que a grifinória tentava fazer e entrando em seu jogo. –Você sabia onde nós estávamos escondidos, não sabia?

 

-Draco, você sabia? –Pansy falou, fitando o loiro, que virou sua face para ele, visivelmente furioso.

 

-AGORA! –Harry gritou e os cinco lançaram feitiços neles, antes de Hermione se virar e correr em direção ao pedestal, seguida de perto pelos grifinórios e a corvinal.

 

Aconteceu tudo muito rápido, assim que o grupo atravessou a linha vermelha uma grande explosão ressoou pelo subsolo de Hogwarts, quando a linha amarela foi rompida pelo grupo eles ouviram um grito agudo e quando Rony virou o rosto se assustou ao ver Pansy caindo e se contorcendo, logo a linha verde era rompida e os gritos se intensificaram, tanto que pareciam penetrar no cérebro deles e causar pontadas insuportáveis, mas foi quando a última linha, a verde, foi rompida e o pedestal atingida que um barulho mais alto que as explosões ou gritos anteriores invadiu os tímpanos dos bruxos soou e o teto pareceu desabar, mas no último segundo Gina sentiu seu braço ser agarrado por algo gelado.

 

No instante seguinte uma luz o cegou, logo que essa luz sumiu eles demoraram a abrir os olhos, sendo Hermione a primeira a fazê-lo.

 

-Mas...? –Ela deixou a frase morrer em sua boca ao ver a Câmara Secreta intacta.

 

-Que merda aconteceu? –Foi Rony quem perguntou, estranhando que nada de extraordinário houvesse acontecido.

 

-Pode parecer loucura, mas eu concordo com o Weasley. –Uma voz fria e arrastada resmungou e logo teve as varinhas apontadas para si. –Ah, que previsível. –Draco reclamou, abaixando o braço de Luna com facilidade. –Se vocês querem sair daqui precisam de mim, sabia?

 

-É aí que você se engana, Malfoy. –Foi Gina quem respondeu, apontando a varinha de forma firme para o loiro, que parecia não se importar.

 

-Galera, aconteceu alguma coisa. –Luna disse e eles a procuraram com os olhos, encontrando-a um pouco afastada, na frente de um paredão com água na frente.

 

-O quê? –Rony perguntou indo até ela.

 

-O esqueleto do Basilisco... Sumiu. –Respondeu com simplicidade.

 

-Harry, pega o Mapa do Maroto. –Pediu Hermione com urgência.

 

-Por quê? –O moreno inquiriu enquanto pegava o mapa.

 

-Porque eu sabia que já tinha lido sobre aquele pedestal, são quatro daquele estilo, os Pedestais de Hogwarts, cada fundador possuía um. –Começou indo ao lado do garoto, enquanto os irmãos Weasley ainda mantinham Draco na mira de suas varinhas.

 

-E? –Incitou Gina.

 

-E que cada um tem uma ligação com uma linha paralela do tempo, isso segundo alguns historiadores. –Disse observando o mapa.

 

-Onde ela aprende isso? –Malfoy perguntou.

 

-Sei lá. –O Weasley falou dando de ombros.

 

-Aula de História da Magia. –Respondeu com simplicidade.

 

-Ah, a aula que 99,9% de Hogwarts dorme. –Disse sarcástico, mas a grifinória o ignorou, analisando veemente o Mapa do Maroto.

 

-Hã, gente, temos um problema. –A garota disse com os olhos arregalados.

 

-O que aconteceu, Mione? –Gina perguntou, indo para o lado da amiga, mas ainda atenta aos movimentos do Malfoy.

 

-Quem são esses? –Harry perguntou indicando alguns pontos desconhecidos no mapa.

 

-Esse é Regulus Black. –Respondeu e Rony esqueceu totalmente de apontar a varinha para Draco, tamanho o espanto.

 

-Mas é o irmão do Sirius! E ele tá morto! –Exclamou descrente.

 

-O mapa nunca mente. –Harry ofegou. –Epa, tem coisa pior aqui.

 

-Tipo o quê? –Luna perguntou, indo ao lado do sonserino e tirando a varinha do bolso dele, que apenas crispou os lábios.

 

-Tipo Frank Longbotton. –Gina disse em um fio de voz.

 

-Não são os pais do patético do Longbotton? Os malucos? –Draco perguntou e a corvinal enfiou a própria varinha dele em suas costelas.

 

-Não fala mal de nenhum Longbotton. –Rosnou claramente.

 

-Isso não é a prioridade agora. –Ralhou Hermione.

 

-E agora? –Gina perguntou.

 

-Temos que sair de Hogwarts. –A morena disse com simplicidade.

 

-Legal, mas como nós vamos sair daqui? –Malfoy quis saber, massageando as costelas e fuzilando Luna com os olhos.

 

-Nós vamos de vassoura, você eu não sei. –Rony explicou calmamente.

 

-Quê?! Mas...!

 

-Não começa, ele vai conosco Ronald, temos que ficar de olho nele. –Hermione falou e viu o amigo cruzar os braços, emburrado, enquanto Draco sorria vitorioso. –Você leva ele, Rony. –Comandou tirando uma miniatura de vassoura, que aumentou até o tamanho natural, os outros faziam o mesmo.

 

-NÃO! –Os dois exclamaram.

 

-Por que a Hermione não leva ele? –Rony quis saber.

 

-Porque eu não gosto de voar sozinha, imagina acompanhada! –Exclamou desgostosa.

 

-Mas...

 

-Não é hora pra piti. –Harry ralhou, ainda desnorteado com o que havia visto no Mapa do maroto. –E além do mais, Rony, se ele tentar qualquer gracinha você faz o que te der na telha. –Disse e o amigo sorriu cúmplice, observando o loiro amarrar a cara.

 

-Vamos? –Gina perguntou montando na vassoura, com Luna atrás de si.

 

-Vamos. –Concordaram.

 

O grupo levantou voo, Hermione lançara neles um feitiço desilusório, facilitando a “fuga”. Durante o caminho, que foi extremamente rápido, eles perceberam que Hogwarts estava intacta e tão ou mais normal quanto nos anos de escola deles. Foi apenas quando Harry começou a perder altitude que eles entenderam o recado e pousaram.

 

-Vamos usar a passagem do Salgueiro Lutador. –Ele disse após observar o céu, que estava sem lua. –Não vamos ter problemas. –Draco ficou “boiando”, mas os outros entenderam o problema que eles poderiam enfrentar, Luna se adiantou e paralisou a árvore, observando os amigos entrarem.

 

-Vai na frente Malfoy. –Ordenou e depois ela entrou, seguida do irmão.

 

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-Onde estamos? –O sonserino indagou ao saírem em uma casa embolorada.

 

-Casa dos Gritos. –Rony disse, observando que o local estava mais bem conservado do que no tempo deles.

 

-E agora, o quê nós fazemos? –Gina indagou olhando a amiga.

 

-Primeiro temos que entender direito o que aconteceu. –Rony comentou.

 

-É meio óbvio, Weasley, nós voltamos no tempo. –Draco falou, rispidamente.

 

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N/A: Uh! Postei! Eu sei, o capítulo tá curto, mas é um prólogo, como o título já diz. Gostaram? Já tá ficando diferente, o jeito que eles viajaram e o Draco mudou.

Agradeço a todo mundo que comentou o Aviso e deu sua opinião, espero ver os comentários nesse capítulo.

Hum... Acho que é só isso, espero que curtam!

Beijos!

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