Quadribol e futebol



Nu, demorei mais do que das outras vezes. Estou publicando, mas não tenho muita certeza sobre esse capítulo, acho que por isso demorei. Deixem seus comentários. Por favor, COMENTEM, COMENTEM, COMENTEM


Capítulo 26: Quadribol e futebol


A Toca estava em polvorosa com o pedido. Molly não conseguia se conter e sempre se emocionava. Hermione, Angelina e Audrey queriam ver a aliança toda hora. Arthur e os outros rapazes encheram Harry de perguntas, a principal delas a respeito de onde iriam morar.


- Estou olhando. Pretendo recuperar a casa dos meus pais em Godric’s Hollow, se for possível. Ron já me explicou sobre o empréstimo que ele conseguiu e devo fazer o mesmo. Percy também deve me ajudar – foi a deixa para que o Weasley começasse a falar. Como era o passatempo favorito de Jorge, ele começou a fazer imitações do irmão, ao que todos riram. Já era tarde de noite quando finalmente foram embora. Naquela noite em especial, Harry teve muito mais facilidade de chegar ao quarto da namorada.


Assim que chegaram em casa, Ron e Mione voltaram a falar do almoço.


- Você sabia de tudo então? E não me contou nada.


- Já te expliquei, meu amor. Além do Harry ter me pedido segredo, ele me contou muito em cima da hora. Entendeu agora porque ficamos tão bêbados ontem? – ele deu uma risadinha antes de responder.


- Mesmo assim acho que vocês exageraram, então hoje você está de castigo. Vai dormir e nada de se engraçar pra cima de mim – ela falava sério. Não importava o quanto ele insistia, aquela noite não seria sua.


A semana começou como todas as outras. Os aurores eram os primeiros a chegar e o treinamento vinha se intensificando ainda mais. Agora era comum ficarem mais noites por lá. Logo na segunda-feira teriam que ficar para mais um treinamento noturno. Foram chamados ao pátio pelo instrutor.


- Boa noite, mais uma vez terão que passar a noite aqui. É comum para os aurores passarem noites e noites em claro, tentando desvendar mistérios ou encontrar bruxos das trevas. Essa noite não poderão dormir e amanhã terão um dia duro pela frente. Acostumem-se, pois essa é a rotina de um auror – ele despediu-se dos alunos e saiu. Ron foi o primeiro a reclamar


- Mas que merda. Só piora – ele era sempre o mais mal humorado, apesar dos outros já terem se acostumado àquela rotina maluca.


O início da noite passou rapidamente. Tiveram tempo de se conhecer melhor. Apenas dois não haviam estudado em Hogwarts, então foram os que falaram mais. Finalmente Harry falou sobre seu noivado e esse se tornou o assunto por alguns minutos. Enquanto a madrugada se aproximava, o sono ameaçava chegar. Estavam todos calados quando ouviram um barulho e as varinhas que permaneciam acesas, iluminando o lugar, se apagaram.


- Vocês ouviram isso? – a única garota do grupo perguntou. Além dela, só outros dois haviam prestado atenção. Mais alguns segundos, ouviram um barulho mais alto e dessa vez todo mundo parecia ter ouvido. Estava uma escuridão total e ao tentarem reacender suas varinhas o feitiço falhou. Logo ficou claro que eles teriam que encontrar o que quer que fosse, no escuro e completamente exaustos.


Tentaram se organizar, apesar de ser quase impossível. Harry tomou a liderança, mas ninguém enxergava nada e era impossível saber onde estavam. Novamente ouviram o barulho e tentaram se orientar por ele.


- Acho que vem dali – obviamente ninguém sabia onde era aquele “ali”. Ouviram agora uma pequena explosão e um grito de um dos alunos.


- Alguma coisa encostou em mim, me queimou. Sigam minha voz, está aqui por perto – alguns se dirigiram para lá, até que outra pessoa sentiu ter encostado em algo.


Continuaram procurando até que finalmente um deles conseguiu encurralar o quer que fosse. Deu muita sorte de não ter se machucado, porque naquele instante, outra pequena explosão iluminou a noite.


- É um explosivin, tomem cuidado – agora que sabiam o que eram, não ficaram muito mais tranquilos. Eram bichos perigosíssimos.


Demorou até que pegassem o primeiro. Num golpe de sorte, um dos aurores conseguiu estuporar o bicho. Tateando a parede conseguiu encontrar a criatura desacordada.


- Consegui, neutralizei esse aqui – então tentaram novamente acender suas varinhas. Algumas se acenderam, mas apagaram logo em seguida. Novamente ouviram o mesmo barulho. Tinha outro explosivin para encontrar. Alguns aurores foram atingidos por ele, mas finalmente conseguiram capturá-lo. Dessa vez não precisaram tentar acender suas varinhas, pois as luzes do local se acenderam e seu instrutor reapareceu.


- Vejo que conseguiram capturar meus explosivins. Espero que não os tenha matado. O elemento surpresa é algo muito perigoso e vocês precisam estar sempre alertas. Esperem mais desafios desse tipo. Não se preocupem, podem terminar a noite sossegados, não haverá outras surpresas – dessa vez o chiado foi geral. Todos esperavam passar o restante da noite em casa. Os aurores que foram queimados teriam uma noite particularmente difícil.


O dia amanheceu e já estavam prontos. Os feridos foram levados à enfermaria. Os outros tiveram aula e obviamente ninguém conseguia prestar atenção. Ron foi buscar Hermione para o almoço e não parou de resmungar. Harry permanecia mais calado.


- Mais uma noite hein? Será que não vou poder ver meu namorado mais?


- Nem me fale. Tive sorte de não ter me ferido – ele contou sobre o desafio com os explosivins e Hermione ficou horrorizada.


- Mas são bichos terríveis. Nem mesmo Hagrid conseguia controlá-los – antes do que todos desejavam, tiveram que voltar cada um para seu posto.


- Ah, já ia me esquecendo. Consegui alguns ingressos pro jogo dos Chudley Cannons no domingo. Estava pensando em levar seus pais. O que acha?


- Ótima ideia. Mas como conseguiu ingressos? – ele e Harry ruborizaram um pouco.


- Bem, usamos um pouco da nossa fama, digamos assim. Eu e Harry fomos visitar o dono do time e quando ele nos reconheceu, não conseguiu negar nosso pedido. Mas e ai, você fala com eles?


- Pode deixar, falo sim. Mas nada de ficar abusando dessa sua fama não. Aposto que esses ingressos seriam caríssimos. Agora vão senão vão se atrasar.


- Você é a melhor – os dois se despediram da amiga e voltaram correndo para o seu andar. A menina voltou sorrindo para seu escritório. Naquela noite seus pais aceitaram o convite e o jogo estava marcado.


À medida que a semana passava, Rony foi ficando mais apreensivo. Sábado era dia de lua cheia, e como sempre acontecia, ele sofria por antecipação. Teve sorte de não ter que passar aquela noite no Ministério. No sábado, ele foi com Harry olhar mais alguns detalhes sobre a casa que o buxo queria comprar. Hermione também foi convidada, mas preferiu ficar em casa, pois já sabia o que a noite reservava.


Foi um passeio particularmente calado, especialmente da parte de Rony. Harry logo percebeu e comentou com ele.


- O que foi cara? Aconteceu alguma coisa? Você está muito calado.


- Não é nada não – Harry não parecia muito convencido, mas não disse mais nada. Como a casa era relativamente próxima à de Rony, não demoraram a chegar.


- E aí, o que pretende fazer aqui? – Ron tentou puxar conversa.


Harry contou todos os planos que tinha para a casa. Ron permanecia calado e apreensivo e terminou aquele passeio mais cedo do que imaginava. Harry deixou o amigo em casa e voltou pra casa, desconfiado e levemente chateado com a falta de ânimo do amigo.


Ron agora estava mais nervoso. Entrou em casa e Hermione também parecia tensa.


- Oi Ron, tudo bem? – ela perguntou meio sem jeito.


- Tudo. E você? – ele respondeu automaticamente sem olhar para ela.


- É hoje né? – ele fez que sim com a cabeça e foi até a janela olhar o céu.


- Ainda está claro. Tenho algum tempo para me preparar – o jantar ainda não estava pronto e ele não teria muito tempo para prepará-lo. Comeu o que achou na geladeira e quando ia para o quarto, Hermione o segurou e puxou para um abraço. Ron resistiu a princípio, mas a abraçou de volta.


- Eu vou com você.


- Tem certeza? – ela mantinha sua cabeça encostada no peito dele, com lágrimas nos olhos. Ron a puxou pela mão e os dois foram para o quarto.


Foi tão horrível quanto Mione imaginava. Ron tirou a camisa e se posicionou no chão. Ela lançou o Abaffiatto sobre o quarto e assim que a lua saiu, a transformação começou. Os gritos reiniciaram bem como as cicatrizes em brasa. Demorou pouco tempo, mas quando acabou os dois estavam exaustos. O ruivo demorou a se levantar.


- Tá aí ainda? – a voz dele mal saiu.


- Tô, tô sim.


- Pega um pouco de água pra mim – ela se levantou e foi até a cozinha. Quando voltou ele estava de pé.


- Vem, você precisa se deitar – antes que ela o fizesse cair na cama, ele a abraçou e trocaram um beijo apaixonado. Ron parecia ter saído de uma fogueira.


- Muito obrigado. Com você fica muito mais fácil – ela devolveu o beijo antes de responder.


- Nunca sairei do seu lado. Você sabe disso. Agora vai se deitar – ela deu a água a ele e colocou-o na cama. Caiu no sono poucos minutos depois disso. Ela ainda vagou pela casa por alguns instantes e foi se deitar também.


Finalmente domingo chegou. Ron acordou cedo, seria o primeiro jogo de quadribol a que ele iria em anos. Hermione levantou bem depois dele e o café já estava pronto.


- Bom dia meu amor – a menina ficou surpresa de vê-lo tão bem disposto após a noite que havia passado.


- Bom dia. Você está se sentindo bem?


- Claro. Faz tanto tempo que não vou a um jogo de quadribol. Estou muito animado. Um pouco cansado, mas animado – ela sorriu e foi dar um beijinho no namorado. Após comerem foram se arrumar


Ron tomou banho e vestiu as cores do Chuddley Cannons .Ficou no pé da namorada para que terminasse logo.


- Vamos Mione, já deve ter chegado todo mundo – antes que ela pudesse responder, o telefone tocou. Ron ainda não havia se acostumado com aquilo e levou um susto.


- Esse telefone ainda me mata. ALÔ! – não importava quantas vezes ele atendia, ainda respondia gritando. Do outro lado estava a sra. Granger.


- Oi Rony, bom dia. Tudo bem?


- Bom dia sra. Granger. Tudo, e com você?


- Tudo bem também, obrigado por perguntar. Estou ligando para avisar que já estamos a caminho. Encontro vocês lá.


- Ok, sra. Granger. Também já estamos de saída. Até mais.


- Até mais. Tchau.


- Tchau – eles desligaram o telefone e Ron voltou a gritar pela namorada. Um pouco mal humorada ela apareceu na sala.


- Não precisa gritar tanto. Ainda falta muito para o jogo.


- Eu sei, mas não quero chegar depois dos seus pais. Ele ligaram e já estão a caminho da Toca. Você está pronta mesmo?


- Deixa eu só pegar minha varinha – mais alguns segundo e os dois desaparataram para a Toca. Ron ainda estava um pouco debilitado pela noite anterior, então a viagem não foi tão suave.


- Tudo bem, meu amor? – ele fez que sim com a cabeça e os dois caminharam até a porta.


Como sempre acontecia, Molly os recebeu com bastante entusiasmo. Era assim agora que ele não morava mais ali. Alguns minutos depois, Bill e Alice chegaram. Ron foi recebê-los no carro. Todos ficaram surpresos porque ele nunca fazia aquilo. Nos últimos dias ele vinha realmente se esforçando para agradar os sogros. Assim que estavam todos acomodados o almoço foi servido.


Gina e Harry já pareciam estar em lua de mel. Não paravam de se olhar e sorrir. Quase não prestaram atenção à comida. Depois do almoço não tinham muito mais tempo para irem ao jogo, então teriam que se apressar, especialmente porque os Granger não poderiam desaparatar. Já não era surpresa nenhuma que Ron e Hermione quisessem ir com eles. Demoraram para chegar e obviamente os outros já estavam ali há muito tempo. Ron, Arthur e Bill começaram a caminhar juntos, com Hermione e Gina logo atrás. Molly e Alice ficaram bem afastadas deles, mas vinham caminhando sem nenhuma pressa, conversando e se divertindo.


Como era esperado, aquilo tudo era muito estranho para Bill. Ele conhecia somente os bruxos da família Weasley e ali no estádio estava completamente lotado de todos os tipos possíveis. Assim que entraram na área principal, seu queixo caiu.


- Impressionante, não? – Arthur perguntou ao ver a expressão do trouxa.


- Nem me fale. Nunca vi nada igual. Nunca imaginei que veria pessoas voando em vassouras.


- Você ainda não viu nada. Espere o jogo começar – nesse instante, Ron, Hermione, Harry e Gina chegaram. Alice e Molly ainda estavam muito atrás deles.


- E aí papai, o que achou? – Hermione perguntou ao ver a expressão de assombro no rosto do pai.


- Estava comentando com Arthur. Nunca vi nada parecido. Estou muito impressionado.


- Vamos nos sentar. Venha sr. Granger, tenho certeza que vai gostar ainda mais quando o jogo começar – Ron saiu na frente com seu sogro. Hermione, logo atrás ficou sorrindo bobamente para os dois.


Eles se sentaram em alguns dos melhores lugares do estádio. Guardaram lugares para as duas mulheres que caminhavam lentamente. Harry e Ron foram pegar algumas cervejas. Bill ainda não tinha provado aquela iguaria bruxa.


- Finalmente, porque demoraram tanto? – Molly e Alice finalmente apareceram. As duas vinham rindo alto e se divertindo. Mal perceberam quando Arthur lhes chamou a atenção.


- Estava apenas mostrando a ela os detalhes do nosso mundo. Espero que você tenha feito o mesmo com Bill.


- Fiz sim e demorou metade do seu tempo – todos riram e se acomodaram em seus lugares. Enquanto Gina só falava em casamento, Harry, Ron e Arthur tentavam explicar ao sr. Granger as regras de quadribol. Depois de algum tempo, as luzes se apagaram e ouviram vozes anunciando o início do jogo.


Os Chudley Cannos entraram primeiro. Ron foi à loucura. Ficou em pé e começou a gritar bem alto. Mione e Harry também torciam pelo Cannons, mas somente porque Ron meio que os obrigou a isso. Bill e Alice também estavam em pé, mas porque estavam extasiados com o que viam.


- Parece que Ron torce para esse time né?


- Ele é louco pelos Cannons. Pena que o time não é lá muito bom.


- Está melhorando Mione. Está melhorando – Ron respondeu automaticamente, sem tirar os olhos do campo.


Vassouras e mais vassouras rasgavam os céus. Atletas faziam acrobacias e pareciam que iam despencar lá de cima.


- Uau. Como pode uma coisa dessa? – de repente um dos atletas passou bem próximo a eles e Bill quase foi atingido, mas sua expressão não mudava, parecia uma criança pequena visitando a Disney pela primeira vez. Antes que pudesse falar mais alguma coisa, o time do Puddlemere United foi anunciado. Ron vaiou o máximo que pôde. Depois de uma pequena exibição dos seus atletas o jogo estava pronto para começar.


As bolas levantaram voo e a loucura começou. Um dos artilheiros do United pegou a goles e atravessou o campo sem que ninguém o alcançasse. Quando estava bem próximo dos aros adversários, o batedor do Chudley o acertou em cheio no ombro. Bill se levantou mais uma vez.


- Será que ele está bem?


- Não se preocupe. Há vários anos ninguém morre nesse esporte – definitivamente aquilo não deixou Bill menos preocupado.


- Quer dizer que gente já morreu nisso aqui?


- Claro que já, mas naquela época não era muito seguro – o trouxa ainda achava aquilo muito perigoso, mas resolveu apreciar mais a partida. Assim que virou para o campo, os Cannons marcaram um gol. Como esperado, Ron foi a loucura. Bill e Alice não puderam deixar de sorrir com a empolgação do genro.


O jogo estava muito apertado, mas depois de pouco mais de duas horas, todos estavam cansados. Ron e Gina prestavam muita atenção a tudo. A ruiva teria que escrever para o jornal sobre aquele jogo e já tinha feito muitas anotações. De repente, o narrador anunciou que os dois apanhadores estavam caçando alguma coisa e depois de uma pequena batalha o pomo foi capturado. Infelizmente, o Puddlemere United venceu. Ron ficou arrasado. Jogou seu cachecol no chão e ficou encarando seus pés. Todos ficaram chateados de vê-lo daquele jeito.


- Não fique assim.


- Esse time é uma porcaria. Porque eu ainda torço pra isso – ele pegou seu cachecol e ficou em pé. Ainda podia se ver ao redor outros torcedores revoltados.


- Foi um bom jogo Ronald. Eu gostei bastante – Bill veio falar com ele e Ron conseguiu sorrir.


- Fico feliz. Agora precisa me mostrar o seu jogo de futebol – os dois caminharam juntos, conversando. Hermione foi ao lado de sua mãe. Gina fez mais algumas anotações e também saiu. Não demorou muito e estavam do lado de fora. Ron e Hermione voltariam para casa de carona com os pais da moça. Despediram-se dos outros e foram embora.


No dia seguinte, Hermione descobriu que faria seu primeiro trabalho de campo. Iria investigar uma denúncia a respeito de um bruxo que caçava ilegalmente unicórnios para vender seu pelo a fabricantes clandestinos de varinhas, além de outros tipos de bandidos. A moça não podia estar mais excitada. Para completar, sua chefe, que ela agora admirava tanto, lideraria a equipe. Começariam no dia seguinte e ela não podia esperar para contar a Rony.


Quando contou ao namorado, teve que ouvir várias vezes que deveria tomar cuidado.


- Mas será que não é melhor levar um auror junto com vocês? Nunca se sabe o que esses bandidos podem aprontar. E lembre-se que você é famosa agora – ela dava risadas da preocupação dele.


- Calma, é só uma visita. Não vai acontecer nada – ele acabou cedendo, mas foi dormir nada convencido. Ainda achava que deveria ir para protegê-la.


Pela primeira vez em muito tempo, os dois iriam ao trabalho juntos. O sol ainda não tinha aparecido totalmente quando se levantaram. Tomaram café e foram para o Ministério. Antes de se despedir de Hermione, Ron fez mais algumas recomendações de segurança.


- ...e sempre olhe nos cantos mais escondidos. Nunca se sabe o que você pode encontrar.


- Tá bom Rony, ou deveria chamar você de papai. Eu sei me cuidar e além do mais não estarei sozinha – finalmente os dois se separaram e cada um tomou seu rumo.


Quando chegou ao seu setor, encontrou-o completamente vazio. Ainda era muito cedo e apenas os que fossem participar daquele trabalho estavam lá.


- Bom dia Hermione – ela levou um susto quando ouviu Martin a chamando pelas costas.


- Me desculpa. Te assustei?


- Não se preocupe, não foi nada. Já chegou todo mundo?


- Claro. Vem comigo – os dois seguiram até a sala da chefe. Além deles, iriam a própria Wendy e mais um homem enorme, pouco menor que Hagrid, mas igualmente barbudo.


- Bom dia Hermione. Este é Guyton, ele é nosso especialista em animais e vai nos acompanhar – o cumprimento do homem quase arrancou o braço da garota. Depois de mais alguns minutos, estavam prontos para sair.


- Antes de irmos, preciso avisá-los. Apesar de ser somente uma visita técnica, temos que ter muito cuidado. Nunca sabemos como essas pessoas reagirão e não podemos nos arriscar. Somente falem quando eu disser. E nunca toquem em nada que não tenha sido previamente inspecionado por mim. Entenderam? – todos disseram que sim e finalmente partiram.


Desaparataram até o alto de uma montanha, em um lugar que parecia deserto. Ao olhar melhor, viram um pequeno acampamento ao final do morro. Logo de cara, o gigante se abaixou até quase tocar o nariz no chão.


- Posso sentir cheiro de sangue de unicórnio. Definitivamente, existem alguns por aqui.


- Vamos descer então – eles seguiram Wendy e caminharam até o acampamento. Hermione sentia seu coração bater mais forte à medida que se aproximavam.


- Bom dia – a bruxa gritou para um grupo que cozinhava à beira de uma fogueira. Eles se levantaram meio assustados e um deles se dirigiu a ela.


- Vai embora. O que você quer aqui? – os outros ameaçaram sacar suas varinhas, mas ao verem o homenzarrão do outro lado, desistiram.


- Estou procurando por esse homem. Vocês o conhecem? – ela ergueu a foto do acusado e antes que alguém pudesse responder, esse mesmo homem foi visto saíndo de uma das barracas.


- Sou eu mesmo, porquê?


- Bom dia. Nós somos do Ministério da Magia. Eu vi conversar com o senhor a respeito de uma denúncia sobre comércio ilegal de pelos de unicórnio. O senhor tem alguma coisa a falar sobre isso.


- Não sei nada sobre isso. Infelizmente não posso ajudar. E a não ser que você não me mostre algum mandato Ministerial autorizando essa visita, acho que você deveria ir embora.


- Muito bem. Iremos embora, mas ainda ouvirão notícias nossa. Passar bem – os bruxos se viraram e saíram. Hermione achou tudo muito anticlimático. Voltaram a subir o morro e desaparataram de volta para o Ministério. Reuniram-se todos na sala de Wendy.


- Me desculpe perguntar. Mas foi só isso? – Hermione não conseguiu se conter.


- É sua primeira vez, então é normal que fique assim. Depois de um tempo, você aprende os truques. Guyton?


- Minha cara, consegui encontrar pelo menos três embalagens que definitivamente continham pelos de unicórnio.


- Não podíamos fazer nada porque, como ele mesmo falou, não tínhamos mandato. Mas lancei alguns feitiços e caso eles tentem fugir nós saberemos na hora. Pretendo voltar lá semana que vem, se quiser se juntar a mim.


- Claro que eu vou. Mal posso esperar – Wendy começou a rir.


- No início todos ficam assim. Veremos daqui a um tempo. Tirem o resto do dia de folga. Amanhã eu quero tudo que sabem sobre comércio de unicórnios. Legal e ilegal.


Ao invés de ir para casa, Hermione correu para a biblioteca. Reuniu, leu e estudou tudo que podia estar remotamente ligado a unicórnios. Até mesmo documentos com vários séculos de vida. Só parou muito depois do almoço e percebendo como estava exausta, voltou para casa. Ainda era cedo e ela sabia que Ron não estaria lá. Jantou e foi dormir. Não sabia muito bem a que horas ele chegou, mas já era bem tarde.


Os dois passaram muito pouco tempo juntos naquela semana e as horas que podiam desfrutar juntos não eram gastas com assuntos do trabalho, apesar do rapaz viver constantemente mal humorado. Somente no meio da semana, ela conseguiu contar a ele sobre a visita.


- ... mas não achamos nada. E ele parecia ter ficado muito nervoso. Semana que vem devemos voltar lá.


- O QUÊ? Você também? Sozinha? Não mesmo – ele ficou de pé e tinha um ar autoritário. Ela também se levantou pra responder.


- Como assim? Claro que eu vou. E não venha com essa de que é perigoso. EU lutei numa guerra, passei um ano fugindo da morte, sei me defender.


- Mas, mas...


- Corta essa Ron. Você sabia que isso iria acontecer.


- Eu sei, mas fico preocupado. Não quero você se metendo com essa gente.


- E como você acha que eu me sinto? Você vai ser auror, já foi sequestrado, é famoso. Tudo isso te torna um alvo muito maior do que eu. Você acha que eu gosto de saber que você vai caçar comensais da morte pelo resto da sua vida? Não, e eu não vou te impedir.


- Nossa, nem sei o que falar. Me, me desculpe – ele parecia realmente envergonhado. Desviou o olhar e não conseguia mais olhar para ela.


- Não precisa se desculpar. Vem cá, me dá um abraço porque eu estou mesmo um pouco nervosa – eles se abraçaram e ficaram assim por um tempo.


- Me promete que vai tomar cuidado? – ela simplesmente fez que sim com a cabeça. Os dois subiram para o quarto e tiveram uma noite doce, quente e apaixonada. No outro dia, a correria recomeçou.


Fora uma semana estressante e apesar de Ron não entender muito de futebol, estava feliz de poder encontrar com seu sogro. Infelizmente ninguém mais poderia ir, então seriam somente ele e Bill.


Ron logo reparou que aquilo não se parecia em nada com um estádio de quadribol. Era muito mais simples, menor e não tinha ninguém voando. Se sentiu um pouco estranho no meio de tantos trouxas, mas qual não foi sua surpresa ao ver Dino nas arquibancadas.


- Dino, ei Dino – o rapaz se virou e abriu um sorriso ao reconhecer Rony.


- E aí Ron, como vai?


- Muito bem, e você?


- Muito bem também – os dois conversaram alegremente até que Bill o chamou para se sentarem. Os rapazes se despediram e cada um tomou seu rumo.


Ron não conseguia sentir graça em um jogo no qual ninguém voava e que só havia uma bola, e a entrada dos times não era nem um pouco grandiosa. A única coisa que ele sabia é que deveria torcer pelo Chelsea, time de seu sogro. O jogo começou e depois de alguns minutos, o seu time levou um gol. Ron quase comemorou o gol do time errado.


Apesar de não ser seu esporte favorito, Ron estava feliz de poder passar algum tempo a sós com o sr. Granger.


- Então, está gostando? – Ron teve que mentir para agradá-lo.


- Claro, é ótimo. Ainda não entendo muito bem, mas estou adorando – Bill aproveitou a oportunidade para explicar alguns aspectos do jogo para Rony. Ainda comemoraram um gol do Chelsea, mas a alegria durou pouco. Sofreram a virada e quando estava tudo acabado, Chelsea havia perdido.


- Parece que nenhum de nós teve sorte. O seu e o meu time perderam – Ron não disse nada, mas ao olhar para Dino, viu que o colega vibrava alegremente. Enquanto caminhavam até o carro e no caminho de volta para casa, Ron realmente apreciou o tempo que passou ao lado do sogro. Pararam em uma lanchonete e quando chegaram aos seus destinos já era bem tarde. Hermione já estava dormindo, mas Ron demorou a se deitar. Ao se lembrar do dia que tivera com Bill e como ele fora agradável, o ruivo só confirmou o que já sabia. Queria ser pra sempre membro daquela família. 

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Comentários (2)

  • Marina Finco Fávero

       Olá, boa noite!!! A sua fanfic está muito boa, estou adorando mesmo ler, gosto muito do Rony e da Mione, mas gostaria de sugerir que contasse também como foi a vida do Harry e da Gina, pois eles são um casal encantador e são muito amigos do Rony e da Mione, além de que, juntar Harry e Rony sempre é garantia de muita diversão e emoção, assim como acontece com a Gina e a Mione.   Mais uma vez parabéns!!!   Beijos 

    2013-03-09
  • Andye

    Cadê o resto? O.o

    2013-02-05
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