Capítulo XXIV



Capítulo XXIV


"_Se você quiser me matar do coração, tem maneiras mais eficazes..."



Amy Potter

           _Harry, dá pra acelerar aí, por favor? – o moreno que andava de uma extremidade a outra do quarto pediu.


            _Nossa, Sirius, você tá muito chato! – o outro rolou os olhos verdes.


            _Chato é o... – Sirius começou a responder, sendo interrompido.


            _Chato sim! Pelo amor de Merlin, Harry, manda a sua irmã voltar com essa praga, ou então ele vai deixar a gente completamente louco! – Rony disse em tom apelativo.


            _Eu realmente já estou quase fazendo um abaixo assinado pra Amy beijar o Sirius logo de uma vez e fazer ele sossegar... – Harry sorriu de canto.


            _Isso, meninos, prezem pela minha sanidade e convençam a Amy de que ela não vive sem mim! – Sirius riu por um segundo, mas ao perceber que Harry ainda se calçava, bateu com a vassoura na cabeça do moreno.


            _OUCH! Sirius, você é doido?


            _Anda logo, moçoila, ou é capaz de os vermes-cegos do Hagrid chegarem no campo antes de nós... – ele reclamou.


            _Amy, eu vou matar você... – Harry resmungou, levantando-se – Vamos logo então.


            _Finalmente, noiva do ano! – Sirius riu, saindo antes que os outros dois do dormitório.


            Os três desceram as escadas e encontraram a Sala Comunal não muito cheia, já que era sábado à tarde, e a maioria dos estudantes estava pegando as carruagens para Hogsmeade. Ginny, Hermione e Amy, entretanto, esperavam ali para se despedirem dos garotos.


            _Vocês deviam vir com a gente... – Hermione reclamou, abraçada a Rony.


            _Também acho... – Ginny torceu o nariz para Harry.


            _Sirius, você quase não tem ficado comigo! – Amy fez bico.


            _Grande diferença. – ele murmurou – A gente tá querendo jogar quadribol hoje, Amy... À noite a gente se encontra, pode ser? – ele sorriu, esperançoso, enquanto tentava pegá-la num beijo de surpresa. Amy virou o rosto e riu.


            _Até mais tarde então. – ela beijou o rosto dele – Se cuida, tá? A Segunda Tarfa é amanhã e... eu não quero que nada te aconteça. – ela o abraçou fortemente.


            _Pode deixar, meu anjo. – Sirius sorriu. Às vezes pensava que, mesmo que Amy ainda estivesse fazendo greve, o simples fato de estar perto dela, às vezes era bom demais pra que ele perdesse a cabeça à toa.


            _Te amo, tá? – ela sorriu.


            _Eu também te amo.


            _Hã Hã! – Harry pigarreou falsamente – Quem é que está atrasando mesmo, Six? – brincou.


            _Ah, vamos logo. – ele riu, beijando a testa da ruiva – Tchau, amor, tchau, meninas...


            _Tchau! – as três sorriram, enquanto os namorados saíam, rumo ao campo de Quadribol.


            _Quem mais vai jogar? – Rony perguntou quando se aproximavam do campo.


            _O Luke, o Dino e o Simmas de artilheiros. Sirius e Jake de batedores, eu e você. – Harry enumerou – O Dino falou com alguns meninos da Corvinal, e eles aceitaram. Acho que já estão ali, olha.


            _Corvinal? – Sirius falou, irritado – Harry, aquele Eric, ex da sua irmã é o capitão deles!!
            _Ah, Sirius, relaxa... – Harry riu de canto – Tem um tempo, já...


            Sirius resmungou qualquer coisa, e os meninos se aproximaram do grupo que já os aguardava com as bolas do jogo, e foram logo tomando posições animadamente.


            _Prontos, Potter? – o capitão do time de azul provocou Harry, sorrindo. Não tinham nenhuma inimizade.


            _Com certeza! – o moreno de olhos verdes replicou, rindo.


            No segundo seguinte as quatorze vassouras estavam planando no ar. Harry partiu logo em busca do pomo, enquanto Sirius se ocupava em distribuir balaços a torto e a direito. O time dos meninos grifinórios saiu na frente, marcando logo 20 pontos. No entanto, Dino foi atingido por um balaço, e quase caiu da vassoura.


            _Harry, acha a droga do pomo! – Sirius esbravejou.


            Em pouco tempo, os garotos da Corvinal já tinham empatado o jogo, e Harry passou a procurar a pequena bolinha dourada com afinco, assim como o apanhador do outro time. Enquanto isso, balaços voavam freneticamente de um lado para o outro do campo, tirando a concentração dos dois por algumas vezes.


            _Black! – Sirius ouviu alguém chamando e percebeu ser Eric, também batedor – Ela é muito boa, não é? – e piscou com malícia.


            No instante seguinte, o garoto voou para longe de Sirius, prevendo a reação que ele teria. Sirius procurou lançar todos os balaços que chegavam em sua área em cima de Eric, extravasando sua raiva. O loiro riu, se desviando de uma ou duas bolas que passaram mais perto.


            _Sabe o que eu ouvi? – Eric disse, se aproximando um pouco do moreno – Que ela tá de greve com você... – e riu alto – Ela nunca fez isso comigo, sabia?


            Sirius avançou para cima do loiro, sem nem pensar que estavam em pleno ar. Ele socou todas as partes do corpo de Eric que alcançou, fazendo o possível para se manter em cima da vassoura. Contudo, Eric usou o bastão de batedor para empurrar Sirius, e antes que qualquer um pudesse fazer qualquer coisa, ele estava estirado no gramado, depois de uma queda de quase vinte metros.


            _Sirius!!! – Harry berrou, desesperado, fazendo a vassoura descer o mais rápido possível – Não chega perto, seu desgraçado! – ele gritou com Eric, que, chocado, também tinha descido. Os outros Corvinais se aproximaram, enquanto alguns se dirigiam para perto de Harry e os Grifinórios.


            _Sirius! Six, fala comigo... – Harry chamou o garoto que estava desacordado – Sirius... Alguém faz alguma coisa, droga!


            _A gente tem que levar ele pra Ala Hospitalar, Harry. – Dino disse em tom baixo, assustado.


            _Aham. – Harry pigarreou, tentando esconder o medo de que algo grave tivesse acontecido ao amigo – Alguém chama a Madame Pomfrey!


            Depois de alguns minutos de silêncio e apreensão, a enfermeira apareceu, armada de uma maca, onde colocou Sirius, com a ajuda da varinha.


            _É grave, Madame Pomfrey? – Harry perguntou, preocupado.


            _Não sei ainda, Potter... Vou cuidar dele, vocês precisam esperar do lado de fora. Daqui a algum tempo eu autorizo que o vejam.


            Harry acenou com a cabeça, inrcédulo do que acontecia. Primeiro porque Sirius nunca havia se machucado jogando. Segundo, porque mesmo que não fosse nada grave, muito dificilmente ele estaria apto a competir no Torneio do dia seguinte. Mas, antes de qualquer coisa, sabia que precisava falar com Amy.


            _Rony, fica aqui. Quando você puder entrar, diz ao Sirius que eu fui buscar a Amy. – pediu.


            O moreno subiu para a Torre da Grifinória em disparada, e correu para dentro do dormitório, pegando a Capa da Invisibilidade. Pouco tempo depois ele estava dentro do Porão da Dedosdemel depois de atravessar a passagem da bruxa de um olho só.


            _Amy, Amy... Cadê você? – murmurou, agitado, ao ver que a irmã não estava na loja.


            Harry correu, buscando desesperadamente pela irmã. Só quando estava quase desistindo é que viu que a ruiva saía de uma loja de roupas, conversando animadamente com Ginny e Hermione.


            _Amy! – gritou, correndo em direção a ela.


            _Oi, Harry! – ela sorriu, vendo o irmão a uma considerável distância – Cadê o... – quando pôde distinguir a expressão grave do moreno, o sorriso de desfez – O que houve? Cadê os meninos? O Sirius, onde ele tá?


            _Amy, ele caiu da vassoura. – Harry revelou, segurando a mão da menina com força – Está desacordado na Ala Hospitalar.


            _Oh, meu Merlin... – Amy colocou as mãos sobre o peito, sentindo a respiração falhar. As outras duas arregalaram os olhos, assustadas e preocupadas. – Harry, eu preciso vê-lo... – as lágrimas começavam a brotar e ela parecia desnorteada.


            _Eu vim te buscar... – Harry confirmou, beijando a testa dela – Ele vai ficar bem, meu anjo...


            Amy sentiu as lágrimas caindo sutilmente, e apressou o passo com Harry.


            _Ginny, Mione, - ele chamou – voltem de carruagem. Nós vamos por outro lugar. – e rumou com a irmã para a loja de doces, que era o caminho mais curto.


            Amy correu desesperadamente pelos corredores, até a Ala Hospitalar. Os meninos já não estavam mais na sala de espera, o que significava que Sirius já tinha sido medicado. Ela entrou na enfermaria com o coração batendo na boca, mas quando viu o moreno recostado na cama conversando com os amigos, a sensação de alívio foi indescritível. Quando notaram a presença da menina, os garotos sorriram, deixando-os a sós. A ruiva andou até a cama, e o abraçou fortemente.


            _Se você quiser me matar do coração, tem maneiras mais eficazes... – ela murmurou, sorrindo de canto – Eu quase morri de susto, meu amor... Nunca mais faz isso...


            _Eu tô bem, minha linda... – ele sorriu e beijou a testa da menina, buscando reconfortá-la.


            _Que história é essa de beijo na testa, Black? – Amy revirou os olhos, beijando os lábios dele com voracidade durante um longo tempo. A ruiva sorriu, se afastando alguns centímetros – Ahhhh, que saudade que eu tava disso!


            _Então não precisa parar. – Sirius sorriu, puxando-a para perto mais uma vez – Eu disse que você não ia conseguir... – murmurou, rindo.


            _Eu ia voltar hoje, ok? Você só adiantou algumas horas. – Amy respondeu, sem largar os lábios dele.


            _Ah, é? – Sirius explorou ainda mais intensamente a boca dela – Então tá tudo certo, gatinha... – ele puxou a cintura de Amy para que ela se sentasse na cama.


            _Você me deixa louca ainda, sabia? – Amy riu, beijando a boca dele repetidamente para pontuar cada palavra.


            _Digo o mesmo. – o moreno sorriu, puxando o corpo dela pra mais perto, deitando-a sobre ele. Ficaram assim por algum tempo, mas Amy logo se levantou, tomando fôlego.


            _Nem com esse braço quebrado, amor? – ela riu, apontando para o braço imobilizado dele.


            _Eu senti muita saudade! – ele deu de ombros, utilizando o argumento que a fez rolar os olhos – E preciso de uma compensação, já que vou perder o Torneio amanhã mesmo... – seu olhar se tornou triste.


            _Eu também morri de saudade de você, Black. – Amy sorriu ajeitando os cabelos dele – E tudo vai ficar bem, ok?


            _Desde que você volte a sentar nessa cama nesse exato minuto! – Sirius riu, fazendo cara de bravo – Ou prefere que eu vá aí te pegar?


            _Bobo... – Amy riu, segurando a mão dele – Só porque você está incapacitado de se movimentar eu obedeço, tá?


            _Esse braço quebrado foi a melhor coisa que aconteceu nas últimas semanas, sabe? – Sirius riu, puxando o rosto dela pra perto e beijando-a mais uma vez – Só uma coisa: nunca mais pense em fazer isso, mocinha!


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N.a.: Hey, gente!!!!!!!!!


Como sempre, espero que tenham gostado! Segunda Tarefa chegando, e eu preciso dizer que os próximos capítulos terão algumas supresinhas bem interessantes!! :D Maaaaaaaaaaaaas quem não deixar um comentariozinho vai sofrer da praga da autora e ficar sem internet por dois meses! hahahahaha Brincadeirinhaaaaaa!


Mas é sério, não custa nada!! =) Muito obrigada por lerem, queridas – e querido Felipe, of course, se é que ele não me abandonou!!!! haha


Beijão pra vocês! Comentem e voltem sempre! :)

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Comentários (1)

  • Felipe S.

    Não te abandonei! u.u   Eu não consigo gostar desses dois juntos, triste. Sei lá, quero ela com o Draco agora. HAHAHAHAHA Acho que ele não vai perder a segunda tarefa não, sei lá, alguma coisa deve acontecer e o Sirius vai participar /profetizei. Ron e Mione finalmente juntos, greve - de beijos, para alívio do Harry - chegou ao fim e sua nota deixou suspense no ar. HAHAHAH Só uma observação: achei o jogo de quadribol meio corrido. Eu também não gosto muito de escrever sobre quadribol, até pq é muito dificil, mas, a ideia foi boa, foi dinamica, você poderia ter detalhado um pouco mais, fora isso, como sempre, capítulo MUITO BOM! (:    

    2011-08-13
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