Capítulo II



Capítulo II

"_O que seria da vida sem uma bela dose de risco, meu amor?"
Sirius Black Jr. 


            _Um minuto de silêncio, por favor... – Albus Dumbledore disse, olhando os estudantes por cima dos oclinhos meia-lua, batendo de leve numa taça de vinho com um garfo de prata. O senhor sorriu brandamente, como de costume, e esperou que os todas as suas “crianças” atendessem a seu pedido.


            _Sirius, por Merlin, cale a boca! – Amy riu, tampando a boca do garoto com uma das mãos – Dumbledore pediu silêncio!


            _Desculpa... – o garoto sussurrou, risonho, prestando atenção ao diretor, em seguida.


            _Primeiramente, - o professor sorriu de canto para a mesa onde estavam Harry, Rony e Sirius – o senhor Filch pediu que eu relembrasse a expressa proibição da presença de alunos na Floresta Proibida.


            Os garotos se entreolharam e não contiveram uma risada.


            _Escutaram? – Hermione sussurrou – Por favor! Já se livraram da primeira desse ano... – ela arriscou uma olhadela para a mesa da Sonserina – Não contem mais com a sorte!


            _Mione, querida... – Sirius riu – Das últimas seis vezes nós também tínhamos escutado! – ele sussurrou rindo.


            _Em segundo lugar... – a voz rouca do diretor invadiu o grande salão novamente, e Hermione limitou-se a revirar os olhos pesadamente para Sirius – Eu gostaria de informá-los sobre um grande acontecimento em Hogwarts esse ano... – ele fez uma pausa enquanto o Salão se enchia de murmúrios curiosos.


            _Será que o Seboso finalmente vai sair do corpo docente? – Harry disse para que só Sirius escutasse, e o moreno de olhos azuis deu uma sonora risada.


            _Meu sonho... – o garoto suspirou, apontando a mesa dos professores com a cabeça, de onde o Professor Snape os encarava com visível desgosto.


            _Silêncio! – Dumbledore pediu novamente, antes de continuar – Este ano, Hogwarts será a casa de outros estudantes, que não vocês. – ele fez uma pausa, em que todos ficaram em silêncio absoluto – Este ano, nossa Escola será palco do Torneio Tribruxo!
            No momento seguinte, o Salão Principal encheu-se do zumbido típico das incontroláveis especulações adolescentes.


            _Wow! O Torneio Tribruxo! – Rony suspirou.


            Harry sorriu de canto para o amigo, enquanto eles se ocuparam em prestar atenção no diretor uma vez mais, já que este erguera uma mão como se, novamente, pedisse silêncio.


            _Recebam agora, nossos hóspedes. – ele sorriu – Primeiramente, vindas da França, as lindas garotas da Beauxbatons.


            _Ohhh, cara... – Sirius mordeu o lábio inferior – Vocês já ouviram falar dessas meninas? – ele dirigiu a pergunta a Harry e Rony – Elas são... – nesse momento as enormes portas do Salão se abriram, e as lindas estudantes de Beauxbatons dançaram graciosamente pelo corredor entre as mesas de Hogwarts – perfeitas. – o garoto estava vidrado nos trajes esvoaçantes e nos cabelos platinados das garotas que sorriam abertamente.


            _Ahh, por favor... – Amy bufou, notando as expressões abobadas do irmão e dos amigos – Cuidado pra não fazerem as meninas escorregarem, com essa babação toda! – ela deu um tapa no ombro de Harry, que se limitou a sorrir abobalhado, com os olhos pregados nas francesinhas.


            _A maioria delas são veelas, sabiam? – Hermione completou, revirando os olhos – É por isso que vocês estão assim, estúpidos! – os cabelos cacheados foram bruscamente jogados de lado, devido à irritação da garota.


            _Elas são veelas? – Sirius ergueu as sobrancelhas, com um sorriso – Elas são lindas... Tanto faz o que mais elas são.


            _Garotos... – Ginny prendeu os cabelos ruivos em um rabo de cavalo alto com irritação.


            _Muito bem, muito bem... – Dumbledore sorriu levemente, conjurando uma mesa para que as garotas da escola francesa se sentassem, acabando com a felicidade de todos os rapazes de Hogwarts – Dêem boas vindas agora, a nossos companheiros da Bulgária: os estudantes de Durmstrang.


            Com um estrondo, as portas do Salão Principal foram abertas, enquanto irrompiam por elas quase vinte garotos de aparência máscula, e cortes de cabelo estilo militar. As vestes eram elegantes e evidenciavam os músculos dos garotos, que andavam com extrema confiança.


            _Wooow. – Amy abriu a boca com espanto e apreciação – Isso devia acontecer bem mais em Hogwarts. – ela sorriu de canto, observando os garotos que desfilavam à sua frente.


            _Definitivamente. – Hermione deu um suspiro rápido, envergonhada.


            _Dê uma olhada naqueles músculos...! – Ginny acompanhava os rapazes com o olhar.


            _Músculos! Aposto que falta cérebro! – Harry resmungou, emburrado.


            _Ah, sim, porque as fadinhas da Beauxbatons realmente são candidatas a Miss Inteligência desse ano, não é? – Amy revirou os olhos, irônica.


            _Vocês não podem estar falando sério! – Sirius disse num sussurro irritado.


            _Digo o mesmo! – Amy retrucou no mesmo tom.


            _Sim, sim... – Dumbledore voltou a interromper a discussão recém-formada, e, a contra-gosto, os garotos voltaram a escutar o velho diretor – É bom ver como nossos hóspedes serão bem recebidos... – ele sorriu de canto – Mas vamos ao que interessa... – seu tom se tornou mais grave e sério – O Torneio Tribruxo é uma competição que levará seu vencedor à eterna glória de ser um campeão. Não se enganem, contudo, com essa promessa. A competição é extremamente perigosa, e, caso escolhido para ela, não se pode voltar atrás. Portanto, alunos, pensem bem antes de colocarem seus nomes no Cálice de Fogo.


            Com um aceno da varinha, Dumbledore fez surgir à sua frente um grande pedestal onde se postava o Cálice de Fogo, de onde saíam grandes labaredas. Os olhares hipnotizados dos estudantes das três escolas focavam aquele ponto do Salão com intensidade.


            _E agora... – Dumbledore sorriu como de costume – Que sirvam o banquete!


            _Esse Torneio é mesmo muito perigoso, sabe? – disse Hermione, quando todos começaram a se servir – Não foram poucos os competidores que saíram dele com sérios problemas... – ela balançou a cabeça, afastando a idéia – Alguns até morreram. – completou em um murmúrio.


            _O que seria da vida sem uma bela dose de risco? – Sirius sorriu de canto.


            _Não brinca, Sirius. – Amy o encarou seriamente – Você não está pensando em se inscrever, está? – o olhar dela era preocupado.


            _Relaxa, Amyzinha... – Sirius riu, mas a garota não se deu por saitsfeita.


            _Sirius... – ela o incitou a continuar.


            _Calma, Amy! – ele sorriu para a preocupação dela – Eu não sei... Acho que não.


            A garota fez uma careta ao pensar na possibilidade daquele cabeça dura se inscrever no Torneio. Conhecia Harry e sabia que o irmão, por mais maroto que fosse, era um pouco mais cauteloso que Sirius. Este último, ao contrário, sempre buscava novos desafios, algo que a preocupava constantemente.


            _Por favor, não faça isso... – a ruiva murmurou, mais para ela mesma do que para o moreno.


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            A semana passou rapidamente, já que as tarefas dadas pelos professores não eram muitas, ainda não havia provas, e toda a novidade de ter estudantes de outras partes da Europa quebrava a rotina da Escola.


            As meninas de Beauxbatons haviam se tornado particularmente simpáticas com os Corvinais, enquanto os garotos de Durmstrang tinham adquirido certa afinidade com os Sonserinos – algo que fez com que os garotos das outras Casas de Hogwarts passassem a ter ainda mais antipatia dos búlgaros.


            _Eu já disse, Amy! – Sirius irritou-se com a garota, enquanto eles andavam pelo corredor até o Salão Comunal – Esses garotos não têm um cérebro!


            _Sirius, por favor! – a garota revirou os olhos – De qualquer forma, - ela sorriu, maliciosa – quem liga pra um cérebro quando... – ela observava um dos alunos da Durmstrang que parecia particularmente interessado na ruiva de olhos verdes.


            _Cale a boca! – Sirius interrompeu e segurou-a pelo braço, mudando o curso que tomavam, entrando em outro corredor.


            _Oh, Junior! – ela riu abertamente, enquanto o moreno, irritado, bufava ao seu lado – Isso é ciúmes?


            _Não. Isso é cuidado. – ele disse entredentes.


            _Fique tranquilo, meu anjo. – ela riu, pulando nas costas dele e plantando no pescoço do garoto um beijo – Ninguém vai me roubar de você, Six. – sussurrou perto do ouvido do moreno, que engoliu seco.


            Sirius estacou no meio do corredor, travando a mandíbula. Amy deu uma risada rouca no seu ouvido, e pulou das costas dele com um sorriso brincado nos lábios. O moreno revirou os olhos, rindo, enquanto a ruiva saltitava teatralmente, voltando ao caminho que os levaria à Sala Comunal.


            _Agora eu pareço com as suas queridinhas de cabelos loiros, com aquelas sainhas esvoaçantes e risadinhas musicais? – ela forjou uma gargalhada espalhafatosa, enquanto imitava, dramaticamente, o andar das estudantes da França.


            _Não... – ele riu de canto – Você sabe que é melhor que elas. – Sirius a encurralou entre a parede de pedra, sorrindo.


            _Sou? – Amy ergueu uma das sobrancelhas, os dedos brincando entre os cabelos escuros de Sirius.


            _Muito melhor. – ele mordeu de leve o pescoço da ruiva, que deixou escapar uma risada.


            _Já disse o que eu penso sobre seus instintos caninos, Six. – ela se livrou rapidamente do abraço com graciosidade – Vamos? – chamou, sorridente, enquanto o garoto buscava se recompor daquele – não raro – moento, ao qual ele nunca se acostumava.


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            _Sirius. – Harry chamou o garoto, abrindo o cortinado da cama, depois que todos dormiam – O que acha de nos inscrevermos no Torneio? – perguntou, depois que o amigo também abriu as corinas de sua cama.


            _O que? – Sirius sorriu de canto – Você, Harry?


            _Controle a sua metade irritante... – os olhos verdes reviraram, e o garoto riu – Sim, o que você acha?


            _Na verdade... – Sirius sorriu torto – Eu estava planejanto te contar que queria me inscrever amanhã.


            _A gente faz isso, então. Rony também ia se inscrever, eu acho... – ele apontou o ruivo que dormia na cama ao lado – Amy vai querer nos matar... Você sabe, não? – ele completou, rindo.


            _Não quero nem pensar nisso ainda... – Sirius suspirou pesado, ajeitando-se na cama – Sua irmã é uma ruiva muito estressada, Potter. – ele riu.


            _Eu que o diga! – Harry soltou uma risada – Pense em aturar duas, Junior...


            Sirius deu sua típica gargalhada antes de fechar o cortinado da cama e desejar a Harry uma boa noite. O garoto sabia exatamente tudo o que teria que escutar no dia seguinte, se realmente se inscrevesse no Torneio Tribruxo – Amy, Hermione e Ginny eram extremamente previsíveis nesse aspecto –, mas o desafio sempre foi algo que o moveu. Não queria ser um campeão Tribruxo por causa da fama ou da glória que este lhe renderia – por mais que esses bônus fossem tentadores – e sim pela possibilidade de transpor seus limites.


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            _Harry! Harry Potter! – ela estalava os dedos que terminavam em unhas pintadas de rosa em frente aos olhos do rapaz – Você, por acaso, está ouvindo o que eu estou te dizendo? – novamente ignorada, deu um tapa no peito do garoto – Harry!
            _Aii! – ele reclamou num resmungo – Fala, Amy...


            _Por favor, Harry... Escute o que eu te digo. – ela prendeu a atenção do garoto naquela batalha de diferentes tons de verde – Por favor... Sirius é seu amigo. Não deixe que ele faça nenhuma besteira.


            _Por exemplo? – o moreno sentiu um forte frio no estômago. Sabia exatamente ao que ela se referia. E não queria dizer que estava prestes a fazer o mesmo que seu irresponsável e inconseqüente amigo.


            _Por exemplo? Ginny e Hermione estão surtando porque Rony se inscreveu naquela droga de torneio. E eu não quero que Sirius se inscreva, aquele cabeça de vento! – a menina disse ao irmão, exasperada – Por favor... Eu sei que você não faria uma coisa dessas, mas Sirius é tão...


            _Sirius. – Harry riu, e a ruiva o acompanhou, fracamente.


            _Exatamente. E eu sei que não consegui dissuadí-lo dessa idéia... – ela parecia frustrada – Você é minha única esperança agora, Big Brother.


            Os dois riram de leve, dirigindo-se para a passagem da Mulher Gorda. Harry era um terrível mentiroso, e Amy logo soube que algo estava muito errado naquela risada nervosa do moreno.


            _Ai, meu Merlin... – os olhos da garota pareciam ver através da alma do irmão – Eu não acredito que aquele energúmeno já fez isso! – ela entrelaçou os dedos nos fios vermelhos dos cabelos, irritada e preocupada.


            _Amy... – Harry respirou fundo. “Talvez seja melhor tomar uma distância, por precaução...” – Amy, ele não se inscreveu....


            _Não? – ela o interrompeu, e um sorriso feliz apareceu no rosto da ruiva – Ainda bem que...


            _Amy... – o moreno desviou o olhar, franzindo o cenho – Nós o fizemos hoje de manhã.


            O sorriso se apagou da face da garota. Ela esperava de Sirius tamanha inconseqüência, mas não de seu irmão marotamente certinho.


            _Não... Não, você não fez isso... – ela cerrou os punhos – Harry! – seu olhar vagueava entre triste, irritado e decepcionado – Estúpido! – ela bateu no peito do garoto – Idiota! Porque fez isso? – ela continuava a tentar acertá-lo enquanto Harry a segurava eplos braços, tentando não rir de como a irmã ficava engraçada quando brava.


            _Amy. – ele disse quando ela tomou fôlego para continuar a série de xingamentos desferidos aos quatro centos – Amy, nós não podemos fazer mais nada, ok?


            _É, agora que os dois irresponsáveis já fizeram a besteira... – ela revirou os olhos, ainda irritada.


            _Calma... A gente nem sabe se um de nós será selecionado, baby sister... – ele riu de canto, a abraçando.


            _Idiota. – ela riu de canto – Odeio o quão persuasivo você pode ser com essa sua carinha de cachorro sem dono, Sr. Potter. Papai definitivamente não deveria ter te ensinado como fazer isso tão bem...


            Harry deu uma gargalhada, beijando a testa da irmã em seguida. Amy sorriu, rolando os olhos, e se livrou do abraço do irmão.


            _Aonde você vai? – ele inquiriu, com um pressentimento.


            _Preciso ter uma séria conversinha com alguém... – ela andou decididamente pelo corredor, deixando o irmão para trás.


            _Sirius vai te matar por ter contado pra Amy antes da hora, sabe?. – Harry ouviu a voz, saída de trás de um livro.


            _Nem me fale, Jake... – ele suspirou. Jake Lupin, quintanista, filho do maroto amigo de seu pai, deu uma gargalhada – Nem me fale...


            _Se serve de consolo... – o menino deu mais uma risada leve – Ele sempre diz que ama quando sua irmã está estressada. – ele completou, piscando um olho e rindo da expressão de Harry.


            _Ama, sim... – o moreno disse, revirando os olhos mais pra ele mesmo do que pra qualquer outro – Eu é que não amo nada aquele cachorro me enchendo o saco. Droga... Muito obrigado, Amy Potter.

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N.A.: Ei, gente! :D
Então... claro que vcs perceberam que eu mudei um pouquinho as coisas aqui, nee? Mas prometo que vcs vão gostar, e que a tia JK vai me perdoar por trocar o ano do Torneio, okss?
Espero opiniões e críticas, okss?
Beeijos!!!!!!! s2 

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