Amor.



Amor.


 


Ginevra dizia que Tom não sabia amar. Era mentira. Tom sabia amar, sabia amar melhor do que qualquer outra pessoa já soubera, porque Tom entendia o amor, entendia cada uma de suas partezinhas e todas as consequências que este sentimento podia acarretar.


A representa a aversão. O amor sempre trás a aversão, seja aos hábitos da pessoa, seja ao fato de que você nunca saberá se é realmente correspondido, seja ao desesperador motivo que nos faz amar, um motivo desconhecido e ilógico.


M representa magia. O amor tem magia, é repleto dela, mas, como sabemos, magia nem sempre é feita para o bem, como o amor nem sempre é sentido da forma mais bela.


O representa a opção: sempre haverá a opção de ir, a opção de ficar, a opção de amar mais, de amar menos, de sequer amar. Há infinitas opções dentro de uma única letra que forma uma única palavra, um único sentimento, geralmente destinado a uma única pessoa.


Por fim, temos o R. R de raiva. Como já diziam, entre o amor e o ódio existe uma linha tênue, e o ódio nada mais é do que a raiva mais primitiva que existe. AMOR, ao final, é tudo isso. Tem seus lados bons, mas se o observarmos como Tom o observa, por motivos próprios, veremos que nem sempre AMAR é o melhor. Nem sempre é o certo.


E Tom, mesmo querendo ser Deus, era humano. E, como todo humano, era passível de erro, logo errava. ERROU. E Ginevra sabia disso, melhor do que ninguém, já que Tom a amava. E muito.

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