A missão de Draco



 


Todos permaneceram dentro dos limites da Toca, nas semanas em que se seguiram. Harry, Hermione, Rony e Gina, ficavam jogando Quadribol. Ryan não jogava devido aos machucados que ainda não haviam se cicatrizado. Numa dessas tarde os cinco estavam sentados embaixo do pomar dos Weasley. Nessas semanas eles tentavam conseguir qualquer pista sobre o acontecimento. Ryan sempre conseguia se livrar, e com sorte Voldemort não havia marcado nenhuma reunião. Gina quem começou com a conversa constrangedora:


- Sabe Ryan, eu reparei que desde que você chegou; sempre que a Fleuma encontra com você ela fica envergonhada, por que será?


Ao reparar na pergunta da amiga, Ryan ficou vermelho e pensou em dizer a verdade, “Sabe Gina, é porque eu e ela nos beijamos no Baile de Inverno’, mas achou melhor não, todos o olhavam com ansiedade pelas respostas, então Ryan disse com um sorrisinho:


- Não precisa ficar com ciúmes, meu amor, você sabe que sou todinho seu. – brinca Ryan abraçando Gina, os outros não esperavam essa reação do amigo. Rony ficou vermelho igual a um pimentão, Harry parecia que estava com dor de barriga devido a cara feia, Hermione começou a fitar os pés e Gina aceitou o abraço, mas muito vermelha.


Ryan foi salvo pela Sra. Weasley, que os chamou para o jantar, ninguém disse, mas uma palavra sobre o assunto e na manhã seguinte todos voltaram ao normal.


Passados mas alguns dias, chegou o décimo sexto aniversário de Harry, que para o desgosto da Sra. Weasley foi perturbado pelos espantosos relatos feitos por Remo Lupin, que parecia magro e deprimido, os cabelos castanhos estavam embranquecidos, suas roupas mais rotas e remendadas do que nunca.


- Tinha havido mais dois ataques de dementadores – anunciou ele, enquanto a Sra. Weasley lhe dava uma grossa fatia de bolo. – E encontraram o corpo de Igor Karkaroff em um barraco no norte do país. Sobre o local pairava Marca Negra, aliás, para ser franco, fico surpreso que ele tenha sobrevivido quase um ano depois de desertar os Comensais da Morte; lembro que o irmão de Sirius, Régulo, duro poucos dias.


- Foi – disse a Sra. Weasley -, mas quem sabe devíamos mudar o rumo dessa...


- Você soube o que aconteceu com Florean Forstecue, Remo? – pergunta Gui, a quem Fleur não parava de servir vinho. – o cara que dirigia...


-... A sorveteria no Beco Diagonal? – interrompeu Harry, com um olhar aflito. – Ele costumava me servir sorvetes de graça. Que aconteceu com ele?


- Foi levado à força pelo jeito que ficou a sorveteria. – ao ouvir esse comentário Ryan se sentiu mal ao pensar em quais Comensais levaram Florean.


- Por quê? – indagou Rony; a Sra. Weasley olhou irritada para Gui.


- Quem vai saber? Deve ter aborrecido os caras. Era um bom sujeito, o Florean.


- Por falar em Beco Diagonal – lembrou o Sr. Weasley -, parece que o Olivaras também desapareceu.


- O fabricante de varinhas? – exclamou Gina surpresa.


- O próprio. A loja está vazia. Não há sinais de luta. Ninguém sabe se foi embora porque quis ou se foi sequestrado.


- Mas e as varinhas: onde é que as pessoas vão conseguir varinhas?


- Terão de arranjar com outras fabricantes – respondeu Lupin. – Mas o Olivaras era o melhor, e se o outro lado o tiver levado não será bom para nós.


Ryan, então pensa que na próxima reunião irá tentar descobrir sobre o que Voldemort está tramando que precisa de Olivaras.  Na manhã seguinte a essa festa sombria de aniversário, chegaram as cartas de Hogwarts e a lista de material. E para Harry uma surpresa fora nomeado Capitão do Time de Quadribol.


- Isso equipara você aos monitores! – exclamou Hermione alegre. – Agora vai poder usar o nosso banheiro particular e todo o resto.


- Uau, eu me lembro de quando Carlinhos usava um desses – disso Rony examinando, satisfeito, o crachá. – Harry, que legal, você vai ser o capitão, se me deixar voltar ao time, imagino ha ha.


- Espero que eu também possa voltar a jogar. – comenta Ryan olhando o crachá de Harry. – Fui proibido no ano passado né?


- Hei, mas se eu fui nomeado o capitão quer dizer que essa proibição acabou. – fala Harry, e Ryan ao ouvir o comentário abre um largo sorriso.


- Mas eu ainda não entendo porque, você nos ajudou a bater no Malfoy, sendo que ele só falou mal da minha mãe e da mãe do Harry? – pergunta Rony, Ryan tenta se controlar para não dizer “Lílian é minha mãe também”:


- Não sei, não preciso de motivo para bater no Malfoy. – comenta Ryan com um sorrisinho, Harry se espanta ao ouvir o comentário do amigo, parecia vagamente familiar, mas seus pensamentos são interrompidos, por uma bronca de Hermione:


- Foi muita irresponsabilidade isso sim. – diz ela olhando para Ryan.


- Olha quem fala, se me lembro  bem não fui eu quem deu um soco na cara da doninha albina, no nosso terceiro ano. – ao ouvir o comentário de Ryan, Hermione lhe dá um tapa no braço, então ele a abraça. Ao se soltarem dão com um olhar fulminante de Rony a eles. Ryan se sentiu até um pouco feliz, fazia muito tempo que nutria uma paixão secreta por sua melhora amiga, e nunca tinha contado a ninguém. Também nunca falou a ela, pois sabia que ela gostava de Rony e o garoto dela. Não podia perder suas amizades de uma vez só.


- Bem acho que não podemos adiar mais a ida até o Beco Diagonal, agora que receberam as cartas – suspirou a Sra. Weasley, passando os olhos pela lista de Rony. – Iremos no sábado se o seu pai não precisar, outra vez ir trabalhar. Não quero ir sem ele.


- Mamãe, a senhora acha sinceramente que Você-Sabe-Quem vai estar escondido atrás de uma estante na Floreios e Borrões? – falou Rony rindo.


- Forstecue e Olivaras saíram de férias, não foi? – respondeu a Sra. Weasley se irritando mais uma vez. – Se você acha que a segurança é motivos para risadas, pode ficar em casa que eu mesma compro seu material...


- Não eu quero ir, quero ver a loja de Fred e Jorge! – Rony interrompeu-a rapidamente.


- Então guarde as suas opiniões para si mesmo, rapazinho, antes que eu decida, que é imaturo demais para ir conosco! – retrucou a mãe com raiva, agarrando o relógios com nove ponteiros, que continuam a indicar PERIGO MORTAL, e equilibrando-o sobre a pilha de roupas lavadas.- E isso se aplica à  Hogwarts também!


Rony virou-se para Harry, incrédulo, enquanto sua mãe erguia nos braços o cesto de roupas e o relógio mal equilibrado, e saia, brava, do aposento.


- Caracas... Não se pode mais nem brincar nesta casa...


Mas, nos dias que se seguiram, Rony tomou cuidado para não falar levianamente de Voldemort. Um problema maior se seguiu pelo menos para Ryan, pela marca em seu braço, escutou a voz de Voldemort dizendo: “Encontre-nos na Borgins & Burkes, haverá uma reunião. Esteja lá as 24:00, e não se atrase.” Ryan se assustou ao ouvir a voz de Voldemort em sua mente, mas logo se recuperou e respondeu: “ Claro, mestre. Estarei lá.” Por sorte, era de noite e ninguém percebeu, mas agora Ryan tinha um problema, como iria amanhã até a Borgins & Burkes, sendo que a Toca estava protegida por feitiços anti-aparatação. Pensaria nisso amanhã a noite, e então adormeceu.


Na manhã seguinte Ryan tentou não demonstrar que estava nervoso, saiu-se bem sucedido, ninguém estranhou seu jeito, e por volta das dez da noite todos já tinha ido dormir.


Ryan então foi até o banheiro e colocou uma roupa preta que havia comprado justamente para as reuniões, junto com uma capa. Olhou-se no espelho, parecia realmente um Comensal da Morte, tinha até um olhar frio; mas então balançou a cabeça e lembrou que estava fazendo isso pelos outros; precisava ajudar Dumbledore, mesmo que para isso tivesse que fazer alguns sacrifícios, como o de sua mãe. Olhou para o relógio e percebeu que estava quase no horário.


Desceu cuidadosamente os degraus da Toca, o que era uma tarefa quase impossível, devido à quantidade de objetos que tinha nos degraus. Depois de alguns minutos, se esquivando dos objetos, chegou até a porta da cozinha da Toca, abriu a porta e saiu. Quando chegou perto do pomar dos Weasley; olhou para a Toca como se não fosse mais voltar, lembrou-se então que amanhã iriam até o Beco Diagonal e tudo estaria bem, com esse pensamento feliz aparatou.


Deu de cara com a loja na Travessa do Tranco, bateu na porta, o senhor Borgins o atendeu e o levou até onde estavam todos reunidos, todos inclusive Snape, e Draco, no qual Ryan reparou estar visivelmente mais pálido do que o normal. Era uma grande mesa de madeira e Voldemort estava sentado na cabeceira, olhou para Ryan com um sorriso frio nos lábios:


- Oh Ryan, chegou exatamente na hora certa, venha guardei um lugar ao meu lado para você. – termina Voldemort apontando uma cadeira ao seu lado.


Ryan engole em seco, caminha lentamente até a cadeira, e perceber o olhar de desgosto de muitos, principalmente de Belatriz, que parecia querer tortura-lo com os olhos. Ryan chegou até a cadeira e sentou-se, Voldemort o observou, então virou para frente e anunciou:


- Bom meus caros amigos, estamos hoje aqui para fazer a iniciação demais um jovem para a nossa nobre causa. Ele vai passar pelo mesmo teste que Ryan, e eu ficaria imensamente feliz se você Ryan, - diz Voldemort olhando para Ryan, que nesse momento começava a entender as coisas e não estava gostando de nada disso. – fizesse o teste com Draco.


- Milorde, não seria melhor um Comensal mais treinado para isso, quem sabe Bela...- fala Narcisa, com medos nos olhos.


- Acho melhor, que seja Ryan. E Narcisa não discuta minhas decisões. – ordena Voldemort, olha agora para Draco que encarava o chão. – Draco fique ali a atrás da mesa.


- Claro, milorde. – diz Draco sem contestar se postando atrás da mesa, ficando assim de frente para Voldemort e o restante de comensais.


- Agora, Ryan pode começar.


Ryan se levanta e caminha até onde Draco está, pensando em como lançaria a maldição. Começou a pensar em coisas que o deixavam com raiva, fechou os olhos por uns instantes e pensou em seus pais mortos, em Sirius, em Harry sendo torturado, em Hermione desmaiada no Departamento de Mistérios, olhou para Draco com toda raiva e então apontado a varinha disse:


- Crucius.


Draco começou a se debater, Ryan continuava a pensar em coisas que o deixavam com raiva, Draco cai no chão e começa a gritar. Seu grito ecoa por toda a sala, Ryan lança um breve olhar a Narcisa que parecia que logo iria chorar. Já Voldemort estava com um sorriso de satisfação nos lábios, então abre a boca e diz as palavras que Ryan, mas queria ouvir:


- Pode parar Ryan.


Ryan para de apontar a varinha para Draco. Narcisa se levanta ao passar por Ryan, lança lhe um olhar de desgosto. Draco se levanta com a ajuda da mãe e se vira para escutar o decreto de Voldemort.


- Você não chegou nem perto do que Ryan fez, - ao ouvir o elogio de Voldemort, Ryan se sentiu pior do que já estava, mas como tinha que disfarçar deu um sorriso satisfeito. -, mas deve servir para eliminar Dumbledore.


O coração de Ryan parecia ter parado de bater, seu sangue parecia ter congelado, será que ouvira bem? ELIMINAR DUMBLEDORE. Tentando não demonstrar preocupação, Ryan se vira para Voldemort e pergunta:


- Eliminar Dumbledore, milorde? Não me lembro desse plano.


- Esqueci-me de contar para você, tínhamos combinado isso antes de você se aliar conosco. É mas é isso mesmo, com a ajuda de Draco e Severo, vamos enfim acabar com Alvo.  Você tem algum problema com isso?


- Não nenhum, mas é que posso ajuda-lo, milorde. É claro se o senhor quiser. – fala Ryan fazendo uma reverencia, e torcendo para Voldemort não desconfiar de nada.


- Será ótimo, finalmente encontrei um Comensal que está sempre a minha disposição.


Todos olharam para ele com um olhar horrível, Belatriz parecia quere pular em seu pescoço e decepa-lo.


- A reunião está encerrada, mas quero falar com você Draco, e com você Severo, a sós. – ao terminar de dizer isso todos saíram; Ryan foi o mais rápido a sair, não aguentava mais ficar naquele lugar, nem mais um segundo, chegou até a frente da loja e aparatou direto na Toca. Subiu cuidadosamente até o quarto que dividia com Harry colocou o pijama e guardou a roupa preta, olho para o relógio eram três da manha, teria que acordar cedo amanhã, deitou na cama e esqueceu-se de tudo somente adormeceu.

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