capítulo 2.



 



            Nunca era a mesma coisa. Desta vez, Draco sentiu uma brisa suave e doce entrar em contato com seu rosto. Sentiu um doce perfume, não sabia se era flores ou uma fruta. Ele era péssimo em deduções simples, preferia deduzir aonde os Hunos atacariam.



            Ele fechou seus olhos e apreciou o perfume, mas seus olhos foram abertos com brutalidade ao escutar um grito feminino.



            _ Eles conseguiram. Vamos _ respondeu Draco, bruto.



            Blásio e Goyle deram ombros um para o outro e seguiram o comandante, que parecia apressado. Chegando perto da cidadezinha, ele até arriscou um sorrisinho para seus guerrilheiros, que retribuíram. Draco era rígido e um ótimo líder, e como um exemplar comandante sabia reconhecer quando seus homens tinham concluído o serviço perfeitamente.



            Eles estavam enfileirados com todos os moradores da cidade com as mãos para trás de ajoelhados.



            Há alguns anos atrás isso dava medo a Draco. Alguns moradores estavam levemente machucados, ele sabia que alguns iriam resistir; era de se esperar. Draco marchava com seu cavalo ao lado daqueles homens ajoelhados. Eram em torno de oitenta moradores e seus soldados eram cem.



            Uma movimentação em uma pequena cabana estava começando, e os gritos de uma mulher foram reconhecidos em meio a gritos de crianças.



            _ Vamos e não reclamem! _ disse um dos soldados de Draco.



            _ Solta ela! _ gritava um moleque de cabelos até os ombros, porem, amarrados com um elástico gasto. Seu rosto era sujo e tinha uma blusa suja.



            _ Me solte seu atrevido! _ gritava uma mulher loira, de cabelos mal cortado e vestido sujo também.



            Draco não reconheceu bem o rosto dela, mais ficou intrigado. Muitos fios de cabelos estavam cobrindo o rosto dela. Blásio e Goyle conferiram os moradores e Draco acompanhava um de seus soldados colocar a garota que se debatia em seu ombro e ir em direção ao resto dos outros. O menino batia nas canelas do soldado de Draco, e o soldado pegou ele apenas com uma mão e levou consigo.



            Ele largou os dois no final da fila.



            A brisa estava fria e o lugar estava um pouco escuro, a não ser por algumas tochas carregadas pelos Romanos da capital que trajavam armaduras e poucas fogueiras espalhadas pelo pequeno centro da cidade de chão de terra.



            A loira foi jogada de joelhos e tentou se apoiar em seus braços para evitar uma queda ao chão de terra avermelhada, mas estava frágil, sua energia tinha sido gasta contra aquele soldado. Ela caiu de ombros no chão.



            _ Se ajoelhe _ ordenou o soldado.



            _ Com prazer _ respondeu ela, com nojo e ironia na voz.



            O soldado lhe chutou a paleta enquanto ela lutava para se por de joelhos, e ela voltou a cair. Os soldados soltaram gargalhadas, e o moleque sujo mordeu o braço do soldado e correu ao encontro de quem parecia ser amada por ele.



            _ Luna... _ respondeu ele, ajudando a moça a ficar de joelhos.



            Draco desceu do cavalo, com os olhos vidrados na cena. Ninguém sabia ao certo o que o comandante faria, ele nunca saia de sua montaria triunfante durante uma invasão. Luna se pôs de joelhos com dificuldade e o garotinho acariciava o ombro de Luna, que agora manchava sua seu vestido cor creme de sangue fresco.



            O que intrigou o comandante, foi o cheiro. Além do cheiro de sangue, ele sentiu o cheiro que havia predominado em seus pensamentos mais cedo.



            _ Se ponha de pé! _ ordenou Draco, a frente da loira.



            Ela olhou para o garotinho, em baixo daqueles cachos loiros e sujos. Ela levou uma mão até o ombro machucado, e começou a se levantar. Draco mirava ela, e pode ver a origem do ferimento dela: uma pedra pontiaguda estava no local que ela havia caído.  



            Na sua “subida”, a moça não evitou seus gemidos de dor e os soldados os olhares sem entender nada. O que Draco queria com uma plebéia sem origem e Bárbara?



 




  • * Na cultura Romana, Bárbaro é todo aquele que desprovia da cultura Romana.



 



Quando se pôs de pé, a garota olhou para baixo. Draco levou sua mão perto do rosto da garota, e ela seu um passo para trás e levou sua cabeça para o lado. Draco sentiu cheiro de medo.



            _ Não vou lhe machucar _ disse Draco, respondendo uma das primeiras vezes o que seu corpo e coração queria fazer.



            Ele não entendeu de aonde saíram aquelas palavras e nem aquela vontade, mas ele queria ver o rosto e olhar nos olhos daquela que havia sido machucada por suas ordens.



            A garota respirou e levantou a cabeça para Draco, dando permissão para ele se aproximar. Ele deu um passo a frente e a loira se encolheu. Sua mão fina e clara encontrou a primeira mecha de cabelo dela, passando para junto aos seus cabelos deitados sobre seus pescoço e costas. Ali, Draco tirou mecha por mecha de seu cabelo de cima de seu rosto, mostrando pouco a pouco a beleza dela.



            Draco encontrou olhos cansados e igualmente lindos, uma boca rosada mas seca, uma pele fria e clara, totalmente sem vida. Ele via muito mais do que tristeza e desespero nos olhos dela, como via em plebeus. Ela era mais que isso.



            Ele acordou. Levou sua mão dentro das vestes e tirou um lenço branco e entregou a loira. Depois, foi em direção ao cavalo e subiu nele, puxando as rédeas e o cavalo empinando um pouco.



            _ Coloquem todos no primeiro estábulo que encontrarem, mantenham a ordem. _ ordenou ele.  _ Amanhã vamos destruir esses casebres.



            Draco bateu com os pés na barriga de seu cavalo e ele começou a galopear. Draco não sabia ao certo o que tinha acontecido e precisava pensar. Sua barraca estava no melhor lugar na cidadezinha, já montada pelos seus eficientes soldados. Ele entrou na barrava e se jogou nas palhas que estavam em um canto, com apenas um lenço em cima delas.            



            Ele colocou o braço atrás do pescoço, e olhava para o forro da barraca. Fechou os olhos e escutou os gritos dos moradores da cidade.



            _ Minha casa!



            _ Vocês não podem fazer isso! Demoramos muito tempo para construir isso.



            Draco abriu os olhos, se sentia com menos poder por ter cedido a garota um lenço. Precisava mudar isso amanhã.



 



            O sol mal havia coberto a pequena cidade com sua claridade quando o comandante estava de pé, colocando suas vestes. Draco partiu para fora da barraca quando o céu estava azul claro. Respirou o vento frio de uma manhã de outono e seus olhos encontraram um pequeno chafariz bem ao centro do lugar. Ao certo, era a coisa mais evoluída que tinham naquela cidade: algo que respingava água e tinha um pequeno laguinho envolta.



            Ele sentou na ponta do laguinho e sua mão direita foi até a água, a preenchendo da água gélida. Sem pensar muito, ele jogou um pouco de água em seu rosto. Draco apoiou o cotovelo no joelho e olhou para o chão.            



            O barulho de pés apressado estava se aproximando de Draco.



            _ Vamos começar quando o sol tiver nascido por completo. _ comentou um homem.



            _ E como esta no estábulo?



            _ Tudo na mais perfeita ordem.



            _ Quero que vocês soltem apenas os homens _ ordenava Draco _ eles vão construir um galpão para ficarem, bem aqui no centro desse lugar. Eles não vão ficar amontoados naquele estábulo, se começarem a morrer Severo não vai confiar tanto em mim. _ Draco respirou _ Vá!



            O soldado partiu em direção aos soldados que estavam começando a acordar.



 



            Passava do meio dia, e os homens começaram a sair do estábulo.



            Draco havia recém almoçado um carneiro que seus soldados encontraram caminhando aos arredores da cidade. Seus olhos observavam a expressão de cansaço dos homens da cidade que iam até uma espécie de depósito e saiam de lá com madeiras e poucas ferramentas.



            _ Me deixe ir no lugar de meu pai! _ gritava alguém.



            _ Apenas homens! Essas foram às ordens do comandante. _ disse Crabbe.



            _ Ele está muito fraco! _ gritava a voz que Draco não conhecia.



            Draco saiu de sua barraca e foi em direção aos gritos.



            Chegando perto pode perceber que se tratava da garota loira da noite passada.



            _ O que está acontecendo aqui?



            _ Senhor.. Essa mulher quer ocupar o lugar do pai no serviço que você propôs aos homens.



            _ Qual é o motivo? _ perguntou Draco a mulher, que encarava o chão com uma expressão de preocupação.



            _ Ela insiste em dizer que seu pai é muito fraco e velho.



            _ Por favor senhor... _ pediu Luna, e ele pode escutar sua doce voz pela primeira vez.



            Naquele instante foi como se o mundo parasse. Alguma coisa se acendeu dentro de Drao. Não conseguia saber o que era mas sabia que era mais forte do que tudo que conhecia. Mais forte do que toda as tropas que liderava, e todos os Hunos que ele temia. Aquela voz, aquele olhar e todo o conjunto da moça lhe fascinavam. Os olhos claros, que lhe transmitiram paz e amor. A voz que parecia a melodia de sua vida, era o mais perfeito som que já havia escutado em sua vida. Agora ele poderia ver o rosto dela refletido pela luz amarelada do sol, e sua silhueta era a combinação perfeita para aquela voz.



            Quando ele aprofundou seu olhar, e ousou em olhar nos olhos daquela que fez tudo parar ele apenas escutava a batida de um coração. Talvez, o coração dele, mas duvidou, ele não reconhecia que tinha um coração capaz de bater. Poderia ser o coração dela, delicado e jovem. Porem, Draco percebeu que não se trava do coração jovem dela, e sim do coração velho dele. Velho por ter resistido tantas vezes, em tantas oportunidades de se abrir e deixar se encharcar do mais bonito sentimento que pode existir: O Amor.



            Draco por alguns instantes estava aprendendo que todo homem é capaz de amar, mas precisa ser forte o bastante para deixar esse amor fluir e crescer. Os lábios da intrigante e forte garota loira se curvaram de tristeza, Draco teve medo que ela iniciasse um choro pois seus olhos vertiam em lágrimas. Em um reflexo de segundo, ele viu os olhos da garota pingarem sangue, mas logo tratou de passar a mãos nos olhos e acordar.



            Ele entendia porque nenhuma mulher lhe interessava, a mulher que foi feita para ele vivia em um vilarejo no Norte de Roma, era forte e não tinha medo dos soldados, e om mais importante havia feito seu coração acender.



            _ Um homem a mais não fará falta! Deixe ela e seu pai no estábulo._ e se virou.



            Um toque delicado chegou ao braço de Draco e ele encarou a mão que estava parada perto de seu cotovelo, logo após se virou para trás.



            _ Obrigada. _ disse a moça.



            Os lábios dela pareciam confusos, ela lutava para decidir entre o silêncio ou o sorriso. Então decidiu que o sorriso era a saída mais conveniente para mostrar sua gratidão ao comandante. Os olhos dele pareceram sorrir quando o sorriso nos lábios dela haviam se formado, então Crabbe a segurou pelos braços e a levou para o estábulo.



            Draco ficou a observar os olhares de Luna, que insistia em olhar para trás encontrando o olhar e o coração de um comandante confuso.



 



 



 



            Antes do por do sol tudo o que o comandante havia ordenado estava pronto: os casebres destruídos e o grande galpão montado. Naquele instante os moradores da cidade estavam sentido enfileirados mais uma vez.



            _ Estão todos aqui? _ perguntou Draco á Goyle.



            _ Sim senhor. _ respondeu Goyle.



            _ Atenção _ gritou o comandante, prendendo a atenção dos demais nele. _ Os moradores irão ficar todos naquele galpão, não poderão sair da cidade nem nada mais. Terei soltados em todos os arredores da cidade, de plantão. Se alguém sair, matem! Vocês vão poder andar pela cidade apenas monitorados por meus guardas e quando eu mandar. _ Draco se referiu aos moradores _ Vamos partir daqui dois dias para Roma! É o que precisam saber.



            Draco esperou os guardas levarem os moradores para o estábulo, e só depois foi para sua barraca.



            Ele não conseguiu dormir em nenhum instante e resolveu se levantar. Em silencio, foi até o chafariz. Ficou mirando a água, e apreciando o silencio misturado com a brisa suave. Escutou um galho quebrar, seguido de pedrinhas se movimentando no chão. Permaneceu em silencio, sabia que alguém estava tentando fugir.      



            Esperou sua caça vir até a isca, então, respirou fundo e um sorriso se formou nos lábios finos que carregava em seu rosto.



            _ Esperta. Enganou uma centena de guardas, mas você tem que ser mais silenciosa.       



            Alguém estava bufando. Ele pode ver pelo canto de seu olho a clara levar sua mão até o cabelo e apertar, como forma de revolta. Ela pensou em fugir, mas quando pensou em correr, a prata reluzente estava perto de sua garganta.



            _ Nem pense nisso! _ respondeu ele.



            A espada parecia pesada, por milímetros ela não encontrava a garganta dela.



            _ Porque acha que é tão bom? _ respondeu ela suave como sempre.



                        Seu corpo estremeceu, ele não sabia porque.



                        _ Não deve falar assim com um homem _ respondeu ele.



                        _ Na sua terra homens e mulheres são tão desiguais assim? Sinto em lhe informar, mas não está na sua terra! _ disse com pudor.



                        _ Sua... _ disse ele, jogando a espada no chão e sua mão encontrando o pescoço fino da loira.



                        Ele sentiu o corpo dela começar a tremer de medo, e seus olhos se encherem de lágrimas. Os olhos de Draco transmitiam raiva, ele não era desafiado assim á anos Mas aquela garota... ela era diferente. Ela mexia com ele. Lembrou do que seu pai havia perguntado  “O que você quer mais?”. Talvez Draco poderia querer ficar ali naquele lugar, perdido no mundo. Sem regras e sem cobranças. Ele precisaria estar ao lado de uma doce garota que lhe desafiou?



            Draco a soltou.



            _ Perdi a cabeça, me desculpe.



            Ela passou uma mecha do cabelo para trás de sua orelha, e mirou o soldado que agora se jogava a beira do riacho. Ela ficou parada no meio da neblina e da brisa gelada, observando o poderoso Draco, quieto e pensativo.



            _ Não ia fugir? _ perguntou Draco.



            Luna pensou duas vezes, ele parecia trazer em seus olhos algo que a intrigava.



            A loira arriscou em sentar-se ao lado dele. Esperou ele ter alguma reação, mas não houve. Luna era uma garota que falava muito, e Draco que falava de menos. Ele tinha o pescoço marcado, ela deduziu que eram marcas de luta, marcas de uma guerra pela sobrevivência. Talvez, uma guerra para honrar sua cidade, que ela tanto ouvia falar. Muitos viajantes vindos de Roma, contavam histórias e regras que havia na cidade.



            Draco estava concentrado na terra avermelhada, e nem tinha percebido que ela estava ali, até ela suspirar. Luna nunca tinha parado nenhuma madrugada para observar um viajante, que trazia um exército, as arvores envoltas a cidade, a terra de cor vermelha e nem o riacho de água limpa.



            _ Seu ombro melhorou? _ perguntou Draco.



            Ela sorriu pela pergunta do loiro. Por algum motivo, ela estava aprendendo a linguagem que o ambiente que ela habitava tinha.  Draco tinha passado os minutos se perguntando: Porque não falar? Porque não entender? Posso ser o Draco comandante pela manhã, e pela madrugada, o Draco que eu quero ser: Livre.



            _ Sim, meu pai limpou e passou uma erva. Já começou a cicatrizar.



            O silencio voltou. E Draco estava concluindo algumas coisas; em Roma ele era o Draco que seus pais queriam que ele fosse. Naquele vilarejo, naquele momento, ele estava sendo um Draco diferente. Ele não estava pensando que seu pai o xingaria por estar falando com uma plebéia. Seu pai não estava ali! Era ele e Luna, a garota misteriosa. Ela parecia querer conversar, e ele nunca tinha conversado, apenas sentido a vontade.



            Lembrou de Pansy, a sua possível noiva. Ela era tão quieta como sua mãe, Narcisa. No fundo, Draco não queria uma garota calada! Queria uma garota que ele dividisse seus dias, seus problemas, suas opiniões e lhe entregasse seu coração. Ele teria que ter viajado dias para encontrar essa garota em um vilarejo no Norte de Roma?



            _ Iria mesmo fugir? _ perguntou Draco, se virando para ela.



            Luna estava tendo cautela, não queria perguntar muito. Talvez se ela perguntasse “Você irá soltar-nos?” , ele poderia dizer “Guardas, matem ela!”. Luna sorriu de novo, talvez estava fazendo um amigo.



            _ Não. Ia procurar algo para dar para meu pai comer. Sabe, ele foi um dos fundadores da cidade. E está meio fraco, agora com a invasão dos senhores. Está vendo sua “obra” chegar ao fim, e talvez, ele próprio chegar ao fim.



            O comandante se calou. Passou por sua cabeça estar no lugar de Luna, se tudo aquilo fosse obra de seu pai e alguém invadisse? Porque ele estava pensando como um plebeu? Sua resposta foi encontrada em seu subconsciente, quando se lembrou que nunca teve preconceito contra os desfavoráveis de dinheiro, terras ou conhecimento avançado.



            _ Sua espada é bonita _ elogiou Luna.



            _ Prata _ disse ele.



            _ Percebi pelo peso.



            _ Conhece o material?



            _ Um pouco.



            Um pouco; ele não queria uma esposa que entendesse de bordado, culinária e nem de lavar de roupas. Ele queria alguém que entendesse um pouco do que ele gostava.



            _ Espadas nunca foi meu forte, prefiro arcos e flechas. _ disse ela, interrompendo o silencio que começava a se formar.



            _ Uma mulher manuseando armas? _ perguntou Draco com um tom de ironia.



            _ Aposto que caço um veado mais rápido que você _ respondeu ela, no mesmo tom, apontando com a cabeça para a floresta que envolvia o vilarejo.



            _ Um desafio? _ perguntou ele, se levantando.



            Ela apertou o lábio e se levantou.



            _ Creio que não vai arriscar sua reputação de comandante, aceitando um desafio proposto por uma camponesa. _ respondeu ela. _ Vou voltar para o estábulo.



            Ela deu um passo em direção ao estábulo, quando uma mão encontrou seu ombro.



            _ Nunca dê costas para seu desafiado _ disse ele com um sorriso.



            Ela riu-se.



            _ Aonde consigo meu arco e flecha? _ perguntou ela.



            _ Espere aqui.



            Ela tornou a se sentar em volta ao riacho, enquanto o comandante sumia na neblina. Luna abraçou seus braços finos e frios, sua boca soltou uma fumaça devido ao frio. Parecia loucura, confiar naquele que invadiu e praticamente destruiu seu vilarejo. Mas ela estava se sentindo segura, mesmo quando a lógica tendia a bater em seu cérebro e a avisar “Ele destruiu seu lar.”.



            _ Pronta? _ surgiu uma voz, e em sua direção foi jogado um arco.



            Ela pegou ainda no ar o arco, e colocou apoiado em seu braço.



            _ Sempre estou.



            Draco entregou a ela cinco flechas.

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