Prólogo
Voldemort estava morto, mas a Ordem da Fênix, mesmo assim, perdeu a guerra. Os comensais estavam muito mais estruturados do que o bem previu, e tomou definitivamente o Ministério. Portanto, todos que se opuseram ao novo regime estavam sendo caçados e mortos e a população estava assustada. A imprensa era controlada, o judiciário era manipulado e torturas eram práticas constantes.
Entre muitos outros, Draco e Narcisa Malfoy foram presos em Askaban, acusados de conspirar a favor de Harry Potter. A senhora Malfoy recebera o beijo do dementador dois meses depois da morte do Lorde das Trevas e essa mesma sentença seria aplicada a Draco em duas semanas.
O único lugar que estava imune às atrocidades dos comensais era Hogwarts, que alterara a sua localização para fora da grã bretanha, passara a admitir apenas alunos que não tivessem relações com o lado das trevas e acirrara as medidas de segurança. Era lá, inclusive, que Harry, os Grangers, os Longbottom, os Lovegood, os Weasley e outras famílias, declaradamente contra o novo ministério, estavam morando.
Certo dia, no horário habitual de se receber correspondências em Hogwarts, uma fênix cruzou o céu ensolarado do salão principal, trazendo amarrado à sua pata um pergaminho todo chamuscado. Todos pararam de comer e conversar, olhando espantados para a ave.
- Não é possível, Harry – apontou Hermione, assombrada – Dumbledore está morto há dois anos! Nenhuma fênix permanece viva por tanto tempo após a morte de seu dono.
- A não ser que ela tenha um propósito maior... – cogitou Harry, abrindo com cuidado o frágil pergaminho e lendo em voz alta a caligrafia obviamente apressada de Dumbledore para Rony e Mione escutarem também:
“Harry,
se você estiver recebendo este pergaminho, meus medos em relação ao ministério infelizmente se concretizaram. Precisamos reerguer a monarquia para enfraquecer o Ministério. Aja depressa. Se não souber por onde começar, olhe para o passado e faça a fênix escolher.”
- Sobre a fênix... – Rony olhava assustado para a Fawkes, que se contorcia e piava tristemente. Em segundos, uma chama de cor azulada a tomou por completo, e logo depois a ave deu lugar a um monte de cinzas. Harry esperava encontrar uma pequena fênix renascida, como já vira acontecer anteriormente, mas, para a sua surpresa, o que encontrou foi um pequeno ovo dourado, azul, vermelho, branco e roxo.
Ele colocou o ovo na palma da mão, curioso, mas cerca de dez segundos depois, o jogou depressa na mesa, com uma marca de queimadura grave onde o ovo estivera.
- Certo, e quanto ao passado?! Havia uma monarquia bruxa? – perguntou Harry, sério, enrolando a mão no cachecol e olhando diretamente para Hermione.
- Havia, no século XIX, mas, ai, Harry, isso não tem como ser bom... Os únicos descendentes vivos da família real são os Malfoy.
- Bom, então parece que sabemos quem vai ser o rei – constatou Harry, espantado demais para expressar qualquer outro tipo de emoção.
- Não, Harry! Não pode ser aquela doninha. Eu aposto que a população apoiaria você! Por que não pode ser você?! – as orelhas de Ron estavam vermelhas de fúria.
- Não, Ron – Hermione colocou carinhosamente a mão no ombro de seu namorado, antes de explicar: - uma monarquia precisa ser legítima. É por isso que uns são reis e outros não: é uma questão sucessória.
- Então precisamos de uma rainha que o povo possa amar e que seja justa, forte e boa... – constatou Harry à contragosto, ainda olhando em direção ao ovo.
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