Ataque



 


Uma adolescente caminhava calmamente por uma rua de classe alta em algum lugar em Londres, a morena estava encaminhando-se ao playgraund do loteamento, era seu lugar prefirido quando necessitava pensar. Pensar, era só isso que ela fazia nos últimos tempos. "Eu sei que a guerra está perto, eu tenho que me preparar para poder ajudar a Ordem." Pensava a menina, a neblina fria que cortava o ar em pleno verão inglês era constantemente sentida, e a moça que caminhava pela rua deserta sabia perfeitamente o motivo, e era um motivo feio e perigoso, dementadores, um dos piores seres que vagam pela superfície da Terra, dissera seu diretor, e ele estava certo, não havia tido boas experiências com eles no seu terceiro ano em Hogwarts, a sua escola. Chegando ao playground notou que ele estava tão deserto quanto sua rua, sentou-se em um dos balanços do parque e se colocou a, novamente, pensar. "Está tudo muito estranho, quieto demais, Voldemort já foi desmascarado no Departamento de Mistérios, ele já deveria ter atacado muitas pessoas..." A bruxa foi tirada de sua linha de raciocínio quando diversos estalos foram ouvidos e pessoas materializaram-se do nada. A garota levantou-se rapidamente e tirou a varinha das vestes, se viu cercada por homens encapuzados e vestidos de preto.


 


-Granger, Granger... Achei que fosse mais inteligente. –Caçoou uma mulher muito conhecida.


 


-Belatriz Lestrange. –Sussurrou a garota.


 


–Andar sozinha em uma época tão perigosa, não é nada bom garota.


 


-Como se você se preocupasse com isso, Bella. –Respondeu Hermione contendo o leve pressentimento de que algo ruim iria acontecer. –Vão tentar me sequestrar? Não vai adiantar, você sabe, Harry não vira atrás de mim, Dumbledore não irá deixar.


 


-Quem disse que estamos aqui para sequestra-la para o bebê Potter ir atrás de você? –Perguntou a mulher, vendo Hermione vacilar.


 


-Então o que vocês querem? –Indagou curiosa.


 


-Curiosidade matou o hipogrifo, garota. –Disse Belatriz. –O Lord das Trevas quer você no nosso lado. –Continuou deixando claro que não gostava nem um pouco da ideia.


 


-Nossa! Voldemort está tão descontente assim com os seus serviços a ponto de se rebaixar e pedir ajuda a uma sangue-ruim, Bella? –Foi a vez de Hermione caçoar da comensal.


 


-Ele tem planos para você. –Falou a mulher passando por cima da provocação da grifinória.


 


-Vocês sabem que eu não vou por bem. –Disse Hermione retomando o ar sério.


 


-Não podemos forçar você, Granger. –Quando a garota foi abrir a boca para perguntar o porquê Belatriz continuou: -Não sabemos o porquê, o Lord disse isso para nós, você vem ou não? –Perguntou séria.


 


-Nem que uma quimera dance Esquisitonas, Lestrange. –Disse Hermione apontando a varinha para Belatriz, mas sendo atingida por um expelliarmus silencioso de outro comensal nas costas, fazendo sua varinha voar longe. –É, acho que eu não estou em vantagem. –Resmungou para si mesma ao ouvir a risada louca que a comensal que a garota mais odiva soltou.


 


-Então vou poder me divertir um pouco. –Disse a comensal fazendo um movimeto com as mãos para que seus colegas desaparatarem, Hermione observou sua varinha esquecida em um canto, a morena pensava em correr até lá e tentar duelar, mas seus pensamentos foram novamente intenrrompidos com o som de um grito com evidente satisfação:


 


-Cruciu! –Hermione caiu no chão, sentia seu corpo ser perfurado em cada centímetros por ferros ardentes, a garota berrava como se isso fosse sua salvação, de repente tudo cessou e a grifinória estava no chão arfante ouvindo a risada estérica de Belatriz, que novamente bradou a maldição, repetindo a ação várias vezes.


 


–Está perdendo a graça te torturar, Granger. Cansei. –Falou a mulher para a menina caída aos seus pés, quando Hermione tinha certeza de que morreria ao ver a comensal erguer a varinha e preparar-se para lançar a maldição da morte duas auras totalmente diferentes se puseram entre a grifinória e a sonserina, a mulher pareceu não se importar e mesmo assim bradou: -Avada Kedrava! –Hermione fechou os olhos esperando sentir o sopro da morte, mas quando a maldição atravessou as auras se trasformou em um simples estupefaça deixando Lestrange abismada e a menina desmaiada no chão, quando preparou-se para atacar novamente alguns sons de aparatação foram ouvidos e Dumbledore acompanhado por Tonks, Lupin e Moody apareceram obrigando a comensal a fugir.


 


-Rápido, tirem ela daqui, levem-na para Hogwarts. –Mandou Dumbledore e os três bruxos aparataram com a nascida trouxa, o velho homem ficou observando as duas auras dissiparem-se no ar. –Chegou a hora. –Dizendo isso Alvo aparatou em Hogwarts.


 


---


Quando Dumbledore chegou a Hogwarts foi direto para a ala hospitalar encontrando uma Papoula muito agitada.


 


-Papoula, onde está Severo? –Perguntou o velho homem à enfermeira.


 


-Estou aqui, professor. Vim assim que soube. –Falou Snap.


 


-Ótimo, a poção Papoula? –Perguntou Dumbledore a velha enfermeira.


 


-É para ela? –Disse a mulher e o diretor confirmou com um aceno de cabeça. –Mas ela pode não sobreviver, Alvo. –Nesse instante Minerva entrou muito preocupada na enfermaria.


 


-Ela tem que sobreviver, Papoula, tem. –Respondeu o homem calmamente e Snap levantou o tronco desfalecido de Hermione fazendo-a beber todo o líquido, assim que o mestre de poções a deitou de sua boca escapou um grito horrível, que fez Tonks, Minerva e Pomfrey segurarem o choro. Dumbledore tentava manter-se calmo, mas deixava escapar um pouco de preocupação.


 


-Professor Dumbledore... –Disse Snap aproximando-se dele.


 


-Está na hora, Severo, eles me avisaram. –Snap só assentiu e saiu da sala ainda ouvindo os gritos de dor de Hermione.


 


*


Tudo pegava fogo, dois exércitos se enfrentavam duramente, a morena parecia ser atingida por cada golpe de espada e feitiços dessa luta, de repente tudo mudou e ela estava no meio de um grande salão em um castelo na presença de duas pessoas, uma era um homem com longas e pratadas barbas, assim como o cabelo e a outra uma bela mulher com longos cabelos negros encaracolados em um vestido vermelho sangue longo com um generoso decote, as auras exaladas eram totalmente diferentes, a do homem era de uma magia branca e a da mulher de uma magia negra, ao que Hermione reconheceu serem Merlin e Morgana. Eles duelaram energicamente por um bom tempo, alternando varinhas e espadas, até que Merlin enganou a oponente e prendeu-a contra a parede, quando foi dar o golpe final Morgana gritou:


 


-Pare! –Merlin exitou.


 


-Por que deveria parar? Você não se importou em matar muitos inocentes nessa guerra, Morgana! –Disse o mago com uma voz branda mas dura.


 


-Porque eu estou grávida, Merlin! De um filho seu! –Disse com uma voz baixa a bruxa, tanto Merlin como Hermione não esconderam a surpresa. –Você não vai ter coragem de matar sua própria filha?! –Continuou a mulher. Merlin ficou um tempo pensativo.


 


-Se eu não fizer isso você vai continuar matando e vai criar essa criança para ser má... –Começou o velho homem.


 


-Você não tem escolha. –Interrompeu Morgana.


 


-Tenho, sim, mas você vai precisar aceitar. –A maga deu uma risada sarcástica mas Merlin continuou. –Morgana! É sua filha! Não é possível que nem ela você ame! –A bruxa parou e colocou a mão sobre o ventre.


 


-Eu a amo! Mais do que amei você!–Afirmou olhando o bruxo, com um vestícios de carinho e magoa na voz. –Mas não vou te deixar vencer, não quero que ela pague por nossa batalha, mas não temos escolha. –Disse com a voz novamente altiva.


 


-Temos, mas você tem que aceitar, como eu já disse. Posso fazer um feitiço e essa criança reecarnar em outra no futuro quando ela for necessária para o mundo, assim ela pode escolher se vai seguir o bem ou o mal. –A mulher abaixou a cabeça. –Ou ela também vai morrer, não posso abdicar da felicidade do planeta só para a minha.


 


-Está bem. –Disse a mulher olhando o pai de sua filha. Os dois se deram as mãos, sempre com Merlin apontando a espada para a mãe de sua filha, e recitaram juntos:


 


 


"Occisio peccati, ut dilectio non puer iste mercedem erroribus parentibus ante invocabo carminibusque de petentibus ut in reincarnate temporibus opus sit, ut omnia consilia et prorsus non feret cum viribus probare fidem dignum hominum."


 


Uma aura envolveu o ventre da bruxa das trevas e uma bola de luz dourada saiu dele e foi em direção ao céu. Tudo ficou escuro novamente e Hermione sentiu dores mil vezes piores que a Maldição Cruciatus, mesmo com seus gritos agonizantes a grifinória escutou uma voz grave dizer:


 


-Herdeira dos poderes de Merlin e Morgana, treva e luz se encontram, está na hora de receber os seus poderes... –A voz foi morrendo aos poucos e a dor aumentou muitas vezes na sua potencia.


 


*


 


Quem apenas observava a aluna gritar intensamente e não sabia o que se passava na mente dela ficava muito preocupado. Minerva, Papoula e Tonks não seguravam mais as lágrimas e choravam muito, Hermione ficou quase dois dias naquele estado, mas de repente tudo cessou e os sinais vitais da morena voltaram ao normal,  só sua temperatura que era muito variada, Dumbledore ao ser avisado disso quando visitou a garota na enfermaria abriu um singelo sorriso.


 


-Que bom, ela podia não sobreviver a mudança. –Comentou Dumbledore.


 


-Alvo, estou cançada de esperar! Você sabe que eu adoro essa garota!  -Começou Minerva a gritar com Dumbledore deixando os homens presentes boquiabertos.


 


-Então é melhor você começar a contar tudo se não quiser bater um papo cabeça com Merlin e Circe, hoje mesmo! –Continuou Tonks exaltada.


 


-Daria para falarem mais baixo? –Murmurou uma voz cansada e todos viraram-se para a cama de Hermione, onde não podiam ver a garota, mas sabiam que ela estava lá.


 


-Vou explicar agora. –Disse Dumbledore sorrindo olhando as mulheres que haviam brigado com ele corarem. -Para explicar tudo para a herdeira, Merlin fez uma carta mágica que foi entregue a mim, nela estavam escritos todos os ensinamentos de Merlin e Morgana e como eles chegaram até seus poderes, eu irei treinar você.


 


-Por que eu estou invisível? –Perguntou Hermione.


 


-Porque sua aparência está se modificando, Hermione. –Disse brandamente. –Você pode escolher o lado do bem ou do mal...


 


-É claro que eu escolho o do bem! –Enterrompeu a garota.


 


-O lado do mal é muito tentador, Granger. Com os ensinamentos de Morgana será praticamente irresistível. –Falou Snap.


 


-Severo está certo, a carta é enfeitiçada para eu te falar exatamente o que eles queriam, Morgana sabia jogar com as palavras, Hermione, você vai ser tentada, seu auto controle fará você tomar as decisões que travarão uma batalha com seu futuro, primeiro aprenda, depois tome sua decisão. –Explicou o diretor e ela concordou.


 


-Vou poder chamar Harry e Rony? –Indagou.


 


-Não. A junção entre as artes brancas e negras darão a você um poder especial, um poder de conquistar, mesmo sem querer, garotos.


 


-As artes das trevas são famosas por conquistar homens pela sensualidade das mulheres que a praticam. –Emendou Snap.


 


-Sensualidade? Eu vou ser sexy? –Indagou e os dois confirmaram. A morena gargalhou deveras.


 


-Se ela não estivesse invisível eu tampava a boca dela. –Resmungou Snap.


 


-Hermione, alcame-se. –Pediu o diretor e a garota fez isso aos poucos.


 


-Vocês só podem estar brincando. –Disse ela suspirando.


 


-Morgana foi a mulher mais sensual que já existiu, tanto que conquistou o próprio Merlin. –Disse Snap.


 


-E você vai ser mais sensual do que ela. –Falou Tonks. –Entendi por que você estava rindo.


 


-Você vai poder chamar duas amigas. –Disse Dumbledore.


 


-Gina e Luna. –Disse rapidamente e estranhou. –Por que eu disse isso?


 


-Porque elas são suas amigas de verdade. –Respondeu simplesmente. –Agora nos conte exatamente o que você viu. –Pediu o homem e a adolescente relatou palavra por palavra.


 


-Você sabe o significado do que foi recitado em latim? –Indagou Dumbledore.


 


-Não sei como, mas sei, significa: Matar é pecado, assim como foi nosso amor, para que essa criança não pague pelos erros dos pais, convoco a mais antiga das magias e peço para que ela reencarne em uma era quando ela for necessária, faça todas as suas decisões e só receba totalmente seus poderes quando se provar digna da confiança da humanidade. –Falou calmamente.


 


-Nossa, garota potente. –Brincou Tonks fazendo Hermione rir.


 


-Vai ser lindo quando eu chegar nos meus amigos e dizer, com a maior cara de pau: Oi, sabia que eu sou a reencarnação da Morgana, a pior bruxa das trevas que já existiu. Ah e agora eu sou sexy. –Falou Hermione ironicamente fazendo-se escutar a gargalhada de Tonks.


 


-E ainda mande um beijinho. –Continuou a mulher. –Vai me dar umas aulas, viu, Mione.


 


-Deixa comigo. –Disse brincando, porém logo suprimindo um gemido de dor.


 


-Tem que dar a outra poção para ela. –Comentou Severo.


 


-Sim. –Concordou Dumbledore e entregou uma poção fumegante para Hermione que tomou fazendo careta. Logo a morena caiu em um sono profundo.


 


-Avisaremos Luna e Gina, imediatamente. –Disse Lupin saindo da sala acompanhado por Tonks.


 


***


Harry havia chegado naquele mesmo dia à Toca e estava na sala com Rony, Gina e Luna, quando Tonks e Lupin entram na cozinha da casa.


 


-Oi,oi! –Falava Tonks para os presentes.


 


-Gina, Luna, arrumem suas coisas. –Comandou Lupin depois de comprimentar os presentes.


 


-Por que? –Indagaram.


 


-Vamos para Hogwarts. –Disse Tonks e as duas subiram para arrumarem suas coisas acompanhadas por Tonks, pouco tempo depois as três desceram.


 


-Por que elas vão para Hogwarts e nós não? –Perguntou Rony.


 


-Depois vocês vão saber. –Disse Tonks.


 


-Mais precisamente amanhã. –Completou Lupin e eles se depediram e foram para Hogwarts.

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N/A: Oi, bem, não achem que eu vou fazer mudanças drásticas com essa história de contos de fadas, isso vai ser inserido mais para a parte de comédia, ou uma tentiva de comédia.

->Se não for pedir demais...

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Comentários (3)

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