Dream



I dreamed I was missing, you were so scared


But no one would listening, cause no one else care


After my dreaming I woke with this fear


What am I leaving when I’m done here?


 


 


                               Eu caminhava por um lugar escuro, onde o breu engolia as coisas e as dissolvia. Eu via a porta, mas não podia atravessá-la. Não por mim, mas pelos outros. Eles ordenaram que eu ficasse ali, protegido. E, do outro lado da porta, Harry era engolido pela escuridão que vinha de dentro do meu cubículo de trevas. Sufocado, dissolvido. E eu, mesmo como padrinho, não pude fazer nada para ajudar meu afiliado. Porque eu estava proibido de atravessar a porta para resgatá-lo. Mas a segurança de Harry estava muito acima da minha. Fui até ele.


                               Ao atravessar o portal, porém, era como se eu atravessasse um véu. A luz de fora me cegou, talvez por meus olhos terem se acostumado com a escuridão. Mas eu ainda ouvia os gritos de Harry. Ele queria me salvar, mas eu estava bem. Estava acordando...


                               Quando meus olhos se abriram tudo me pareceu normal. Harry continuava ali, bem, são e salvo, e as férias de natal se esgotavam. Ele estava indo novamente. Mas, se houvesse algum perigo, o que eu poderia fazer por ele? Nunca pude ser seu padrinho.


 


 


 


                               Fui alimentar o Bicuço. Não havia ânimo para sentar-me à mesa com os que me deixariam no dia seguinte. Ao invés disso, fui passar a manhã com o único que estava sempre comigo, neste lugar horrível. Foragido e aprisionado como eu.


                               - Estaremos novamente sozinhos, amigo – falei –, talvez a gente se case algum dia.


                               - Sirius? – Harry aparecera à porta. A claridade que se espalhou pelo quarto quando ele a abriu me fez lembrar o sonho que tive, e, a muito custo, contive o nó em minha garganta. – O prof. Moody está chamando todos na cozinha. Agora.


                               - Já estou indo – falei.


 


 


 


                               A cozinha estava infestada de pessoas. Alguns dos membros da Ordem estavam lá, assim como os Weasley, Harry e Hermione. Todos os olhares da sala se dirigiam a uma moça jovem, de pele morena e rosto bonito. Seus cabelos ondulados lhes caíam como cascatas sobre o colo, seus olhos brilhavam e seu sorriso sugeria que estava em um lugar agradável e muito dela.


                               - Essa aqui é Reese Johnson – rosnou Moody, quebrando o encanto que o sorriso da moça espalhava sobre todos. – Ela acaba de entrar para a Ordem, mas receio que não vá poder ficar fora do Largo por algum tempo. Os Comensais tentaram recrutá-la, e eles não gostam de ouvir não.


                               “Agora, cuidem dela, ou...”


                               - Não preciso de cuidados, Alastor – retrucou Reese –, apenas de um lugar pra ficar por um tempo, ainda assim por insistência sua. Não tenho medo dos Comensais.


                               - Porque é tola o suficiente para isso – disse Moody. – Agora, Sirius, é uma missão sua garantir que ela não fuja e...


                               - É mais fácil eles fugirem juntos – disse Fred.


                               - Não é hora para brincadeiras – respondeu Moody, com seu habitual rosnado. – Agora, Sirius, espero que você tenha juízo nesta sua cabeça ou irei colocá-lo a força – ameaçou o auror. – E você também, Srta. Johnson.


                               “Agora tenho que ir – rosnou, cobrindo-se com sua capa de viagem – e fica de olho no Sirius.”


                               A multidão aos poucos foi se dispersando. Não conversei com minha companheira de exílio durante o dia inteiro. Permaneci no quarto de Bicuço enquanto ela se acomodava junto com Hermione e Gina. Mas o sorriso e a coragem da garota pareciam flutuar ao meu redor. Era quase como se eu pudesse tocá-los.


                               À noite, tive o mesmo sonho, só que desta vez uma mão delicada e morena acendia o interruptor de minha sala escura. Então eu percebi que estava de olhos fechados, e a luz entrava por minhas córneas. Foi maravilhoso abri-las e deixar a claridade entrar. A pessoa que ligou o interruptor parecia sugar toda a minha escuridão para si, me deixando na luz. Na luz.


 


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AÉ GALERA! Primeiro capitulo postado! Espero que tenham se interessado... mas para saber só com


comentários, não é mesmo? Então, comentem, comentem, comentem! Sem comentários, sem


segundo capitulo.


 


Beijos e, acima de tudo, obrigada por lerem *-*

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