A reunião no Largo Grimmauld



Harry ficara vários minutos encarando a si mesmo no espelho, tentando colocar tudo em ordem dentro de sua cabeça. Sentia-se fraco e suava frio, a cicatriz em sua testa ainda ardia; ele se deu conta disso assim que conseguiu se acalmar, deu um berro fraco de dor e massageou a testa que parecia estar em chamas.

Minutos depois a dor passara, Harry sentou-se na cama um tanto atordoado, depois de alguns instantes de reflexão, conseguiu dizer baixinho para si mesmo:

-Foi um sonho...

Ele manteve-se frente a frente consigo mesmo no espelho por mais alguns minutos para depois virar o rosto rapidamente como se percebe-se o que estava fazendo. Olhou para o velho despertador que Duda ganhara no último aniversário e quebrara uma semana depois quando, “sem querer”, acabou atirando-o pela janela pois o despertara no meio de um sonho que, dizia ele, estava muito bom. No mesmo dia tia Petúnia comprou um relógio novo e Harry pode se apoderar do velho, consertou-o usando a caixa de ferramentas de tio Válter durante a noite, Harry se tornara muito bom no atributo mecânica, uma vez que todas as suas coisas tiveram Duda como proprietário antes dele, e como nada que tenha pertencido a Duda saía de suas mãos inteiro...

Eram cinco da manhã, ele deveria ser a única coisa viva acordada aquela hora, o que, em parte, era uma grande vantagem. Uma vez que tio Válter o proibira de estudar magia durante o período de férias, as primeiras horas da manhã eram as únicas em que ele podia fazê-lo sem levantar suspeitas e sem chegar ao ponto de dormir menos do que deveria.

Harry pegou seus livros escondidos debaixo da tábua solta do assoalho juntos de dezenas de rolos de pergaminho com anotações de todos os tipos, tirou a varinha de um estojo próprio para isso em um criado-mudo. Fizera tudo sem o menor ruído, um deslize poderia ser realmente letal, especialmente quando se referia a magia.

-Vejamos... - murmurou para si mesmo enquanto folheava o livro padrão de feitiços edição especial (um presente de quinze mil páginas que Hermione lhe dera no final do 5º ano e que ele, penosamente, tivera que aceitar), da última vez estava revendo os feitiços convocatórios mas já se aperfeiçoara ao máximo na matéria, talvez fosse melhor estudar o Lumus Selecto, uma derivação do tradicional Lumus, diferenciando-se dele no ponto em que apenas quem invocasse o feitiço poderia ver a luz produzida, seria realmente útil para sobreviver naquele momento.

Estava quase se decidindo quando uma idéia veio-lhe à cabeça, abriu o livro no índice remissivo procurando na letra I. Pensando que, se o que ouvira no sonho era a fórmula mágica de um feitiço ou estava relacionado a um, talvez o encontre em algum lugar no meio daquele livro.

-Iano... Iberno... Íkaro... Iluminate... Iluminnus Totalus página 11594!

Ele virou as páginas esperançoso, tentando encontrar alguma informação, qualquer que seja; e, para sua surpresa, o artigo escrito em letras de ouro recebia um lugar de destaque na seção Feitiços de Perfeição Divina, ocupando vinte páginas do livro (a maioria tinha de 3 a 5 páginas de letras pretas e miúdas), onde dizia:

Iluminnus Totalus



Descrição: Feitiço Divino cujo efeito se resume, a grosso modo, à invocação de uma entidade patrona de poderes absolutos, cuja forma é a de um pássaro vermelho dourado com penugem exuberante, comumente conhecido como Fênix Divina, devido a sua semelhança com a Fênix tradicional.

Requisitos do feitiço: Devido ao elevado nível de dificuldade apresentado para seu uso, não foi possível levantar dados sobre esse ítem.



Requisitos do Ambiente: Dado desconhecido.



Criador: Evidências indicam para Merlim, também conhecido como o príncipe dos feitiços, mas ainda há dúvidas sobre sua autoria.



Efeitos: Ao que se sabe, a Fênix Divina é uma criatura mística cujas raízes aparecem em passagens de diversos cultos e lendas do mundo inteiro e das mais diversas culturas. Segundo a Mitologia esse “pássaro” possui tanto poderes curativos para proteger-se assim como é capaz de fantásticas demonstrações de poder sobre-humano, portanto, espera-se que o patrono conjurado mantenha o mesmo padrão sendo seus poderes baseados na natureza dos elementos do Sol (fogo e luz).



Harry olhou para o livro com uma expressão indignada. Aqueles dados não chegavam nem perto de serem coerentes, desmentiam-se uns aos outros e eram seguidos por observações que invariavelmente diziam que esta ou aquela informação eram na verdade estimativas. Ele jogou o livro sobre a cama, era mais fácil o autor escrever que não sabia nada a respeito do feitiço.

Desesperado, Harry olhou novamente para o livro onde o título Iluminnus Totalus aparecia brilhante e chamativo, era estranho que com tantas palavras a maioria das lacunas estava incompleta. Era como se aquele feitiço fosse uma espécie de lenda, muita informação, diversas probabilidades, mas nenhuma prova.

Era, de uma certa forma, ridículo! Se não há um único ser humano que saiba se o feitiço já fora conjurado ao menos uma vez, não deveriam colocá-lo num livro sério como aquele. Sem falar que tudo, desde sua descrição até a mais ínfima nota de rodapé, tomavam um tom épico.

- Conveniente! - disse o garoto se jogando na cama ao lado do livro.

Era incrível como tudo que mostrava qualquer gral de relação com ele era apresentado como um fato histórico, quase sempre heróico. Aliás, era exatamente assim que ele fora tratado desde que descobrira que era um bruxo. Um príncipe perdido, um rei oculto, um líder desconhecido, um herói que viria a nascer...

Todos esperavam grandes feitos dele, seu nome era pronunciado com respeito e admiração, artigos e livros falavam dele como o jovem que entraria para a história por ter livrado o mundo do terrível Lord das Trevas e evitado uma grande catástrofe.

Era verdade, o Ministério e a Ordem diziam estar tomando todas as providências possíveis e necessárias para uma guerra próxima, e todas as providências tomadas incrivelmente acabavam esbarrando nele. Era como se fosse necessário protegê-lo até que ele, num passe de mágica, descobrisse que tinha poderes formidáveis e os usa-se para derrotar Voldemort de uma vez por todas.

Harry fechou os olhos imaginando como seria bom estar entre as pessoas comuns, ser um garoto normal (para os padrões bruxos, é claro) por pelo menos um dia, um mísero instante. Abriu os olhos repentinamente e mirou o teto. Um sorriso repentinamente tomou conta de seu rosto. Não. Ele era e sempre foi normal... o problema era que ninguém parecia capaz de aceitar isso.



----------------------------------Enquanto isso no Largo Grimmauld--------------------------



Um velho relógio de parede batia 12:00 horas quando a imponente porta de carvalho foi trancada. À mesa viam-se sentados bruxos e bruxas de todos os tipos, vestindo trajes verde, amarelo, azul e inclusive roxo; pessoas idosas e outras que mau aparentavam ter saído da juventude, roupas feitas da mais nobre seda combinadas com enfeites de cetim brilhosos apareciam junto de trajes velhos e remendados, olhos claros e escuros, rostos enrugados e perfeitos, todos conversando aos cochichos, vez por outra alguém aumentava o tom de voz em uma exclamação de surpresa. Cinco minutos se passaram até que aquele homem de longas barbas prateadas se senta-se para presidir a reunião. Sua expressão era calma, bem diferente da de seus colegas, dando a impressão de que ele sabia a resposta para a questão que todos estavam tentando resolver naquele mesmo instante. Haviam muitos boatos sobre o assunto, mas nada poderia ser considerado fidedigno até fosse dito por Dumbledore.

Mau alcançara sua cadeira fez um sinal para que todos se calassem, o qual fora atendido imediatamente, fazendo com que a sala fosse inundada em um silêncio que o censo comum chamaria de aterrador. Satisfeito, o respeitável homem fez uma breve saudação a todos os presentes e perguntou por alguma falta, o que fora respondido negativamente.

-Ótimo! - exclamou - Então podemos começar, creio que há muito o que discutir, estou certo? - os olhares excitados respondiam por si só, Dumbledore abriu um sorriso - Bem, antes de mais nada quero apresentar a todos nosso mais novo membro, a senhorita Alexandra Potter, acredito que muitos já a conhecem e que não teremos nenhum problema em sua admissão - ele enfatizou a última palavra enquanto a atenção de todos se voltava para uma jovem ruiva, esta pode avistar um aceno amigável de Sirius e um sorriso encorajador de Lupin no meio do conglomerado de bruxos e bruxas, era bom saber que tinha amigos dentro da Ordem, especialmente após identificar o olhar fuzilante de Snape dirigido diretamente à ela.

-Agora gostaria de chamar a atenção de todos para ...

-Sr. Dumbledore - interrompeu Snap - com o devido respeito, seria realmente conveniente para a Ordem permitir que qualquer bruxo ou bruxa entrasse sem que fossem tomados as devidas medidas para proporcionar a total segurança e plena integração da Ordem.

- Severo, em primeiro lugar, eu não tenho nenhuma dúvida sobre a total fidelidade da senhorita Potter e, se você tiver alguma, peço que a esclareça para que a Ordem possa tomar as devidas medidas as quais se referiu; em segundo, gostaria de lembrar que nem um dos demais membros fora submetido a qualquer tipo de teste e duvido muito que se fosse feito um para testar a fidelidade de cada membro da Ordem, uma vez que os verdadeiros laços de fidelidade são formados através da pura convivência e é através da nossa própria experiência que ponderamos que é ou não leal, e todos aqui podem se certificar de que não há uma única pessoa nessa sala a qual eu não conheça bem o bastante a ponto de afirmar que se trate de um indivíduo duvidoso.

O silêncio mais uma vez tomou conta do ambiente, várias cabeças lançaram olhares para Snape esperando uma resposta, mas o homem, agora um pouco abalado, aparentava não ter nenhuma resposta formulada. Com o grande tato que possuía, Dumbledore logo percebeu a tensão no ambiente e, para evitar qualquer tipo de rompimento entre os membros da Ordem, e isso era a última coisa da qual eles precisavam no momento, pronuniou-se para toda a mesa:

-Para eliminar qualquer dúvida a respeito do assunto, eu gostaria de perguntar se alguém nesta sala poderia me dizer qual é a função mais simples e verdadeira da Ordem da Fênix.

Uma voz feminina e fraca disse de algum ponto da mesa com certa incerteza “Proteger o mundo das forças do Lord das Trevas”.

-Todos concordam? - indagou Dumbledore.

Os presentes inclinaram a cabeça em uma resposta afirmativa. O velho passou suas mãos ao longo de sua imensa barba prateada com uma expressão pensativa no rosto, logo após abriu um sorriso maroto e disse:

-E poderiam me dizer por que o mundo precisa ser protegido do Lord das Trevas?

Olhares indignados tomaram os rostos de toda a sala, como assim “POR QUE”, já não era óbvio, com todo o terror que ele espalhou, todas as mortes que ele causou, o rancor e a discórdia que ele semeou, como depois de tudo isso alguém ainda teria coragem de perguntar por quê?

-Pensem um pouco - o velho riu-se - vocês realmente acreditam que a sua morte faria do mundo um lugar melhor? Quinze anos atrás ele foi derrotado, temporariamente, mas para a grande maioria das pessoas era como se fosse o fim da Era das Trevas que ele iniciou. Agora, pensem comigo, o desaparecimento de Voldemort realmente fez com que se acabasse a guerra - muitos dentre os presentes tremeram ao ouvir aquele nome, mas se conteram pois sabiam o que Dumbledore pensava daquele medo absurdo da simples pronúncia de uma palavra tão simples mas de tanto efeito - Poderíamos até dizer que a guerra física e sangrenta havia chegado ao fim e que apenas agora ressurgia aquele ódio impiedoso, seriam então esses quinze anos uma pequena pausa para que pudéssemos descansar daqueles dias? A resposta para tudo isso é com toda certeza... NÃO! A guerra continuou, tão cruel quanto antes, porém vinha se manifestando de uma forma muito mais discreta, se transformou em uma guerra silenciosa travada no interior de cada um de nós. Consumindo nossas almas pouco a pouco sem que pudéssemos percebê-la, esse é o tipo de guerra a qual a maioria prefere chamar de desconfiança. E creio que seria importante lembrar que a desconfiança é uma inimiga pior do que qualquer maldição, pois é invisível e inatingível, não se trata de um inimigo com quem lutamos, a luta é contra nós mesmos. Assim se sucedeu nestes quinze anos, a guerra terminara, mas aqueles que sucumbiram ao poder das trevas tornaram-se eternos condenados, poderiam não estar presos em Azkaban mas isso não faria diferença, pois o mundo se tornou uma verdadeira Azkaban, aliás Azkaban seria como um pedaço do céu para alguns daqueles que, tendo ou não se juntado aos partidários de Voldemort davam evidências de que tinham alguma pretensão com relação as Artes das Trevas, sejam essas “evidências” bem fundadas ou pura especulação. Essas pessoas se tornaram excluídos do meio comum, podiam andar na rua como qualquer transeunte, porém as pessoas ao seu redor não o tratariam como tal, a falta de confiança de um lado faz com que o outro aja a mesmo modo para se defender, o que apenas confirma as superstições do primeiro, transformando tudo em um grande círculo vicioso. Me digam vocês, que tipo de felicidade pode surgir disso, onde se encaixa a paz que supostamente deveria perdurar após a derrota de Voldemort? Alguém saberia me responder? Eu acho que não. Guerras sempre existiram e não há dúvidas que não desapareceram enquanto o homem não aprender a lidar consigo mesmo. O ser humano é um animal triste, vive solitário dentro de seu pequeno mundo construído a seu modo, não existem duas pessoas iguais por isso um indivíduo não pode compreender o outro, o julgamento que para um se mostre racional para outro não possui o menor valor. A convivência é o único meio de fazer duas pessoas diferentes se entenderem, corrigindo defeitos de ambas as partes, defeitos que nem se imaginavam que existiam e só os percebemos quando um belo dia nos olhamos no espelho e vemos um alguém estranho a nossa frente, alguém que não conhecemos mas que sabemos sermos nós mesmos. Por isso mesmo, se desejarmos paz a única maneira de consegui-la é fazer aqueles que são diferentes de nós desejarem-na também. Agora, uma última consideração, se esperam fazer deste mundo um lugar melhor, terão que mudá-lo, e o primeiro passo para mudar o mundo é mudar a si mesmo - Dumbledore olhou para cada rosto como se procurasse algum sinal de dúvida entre os membros da Ordem, depois disse em tom satisfeito - Podemos continuar?

A resposta foi afirmativa, Dumbledore colocou sobre a mesa um pedaço de pergaminho que aparentava ter muita idade, passou os olhos rapidamente sobre o pedaço de papel e deu um longo suspiro. Em seguida disse para todos à mesa:

-Como alguns já devem estar sabendo, depois do repentino aparecimento de Voldemort e de seus comensais na Ministério da Magia foram tomadas providências sobre qualquer atividade suspeita envolvendo as Artes das Trevas, e entre elas estavam a inspeção das residências de antigos comensais. Isso em especial revelou muitas coisas, a grande maioria chocante... Mas, é claro, nada revolucionário, já suspeitávamos havia muito tempo da existência de certos - ele fez uma pausa enquanto procurava as palavras certas - ítens cujo propósito e natureza chamaríamos de duvidosos - vários dos membros trocaram olhares, aparentemente todos tinham uma idéia da espécie de ítens que foram encontrados - De qualquer forma, quando revistada, a residência do senhor Lúcio Malfoy trouxe muitos pequenos segredos a luz, entre os diversos “documentos” que expunham esses segredos, encontrei algo que realmente se mostrou merecedor de atenção.

O homem de longas barbas prateadas indicou o velho pergaminho sobre a mesa que não tardou em obter a atenção de todos os membros da Ordem. Dumbledore pegou o pergaminho e elevou-o à altura dos olhos, em seguida pronunciou-se.

-Isto seria considerado por qualquer jornalista sensacionalista como uma mina de ouro, portanto peço a todos que tudo o que for dito aqui deve ser mantido, pelo menos por enquanto, em absoluto sigilo tanto para a imprensa e o público em geral quanto para o próprio Ministério.

Vozes excitadas inundaram o salão como fogo de rastilho, finalmente havia chegado à hora de discutir a veracidade dos boatos aos quais todos comentavam. Dumbledore fez um gesto pedindo silêncio, logo todo o salão se acalmou. Ele enfim prosseguiu:

-Esse pergaminho foi datado como sido escrito 10 anos atrás e não mais que isso, trata-se de mais uma dentre as diversas cartas de prisioneiros feitos pelos comensais foi encontrada a um canto de uma cela no porão da residência do já citado Sr. Malfoy, junto de alguns objetos pessoais - Dumbledore pôs sobre a mesa uma pequena caixa de madeira lacrada com um feitiço - mas falaremos disso depois - completou ao ver o crescente interesse que a caixa causara - Como estava dizendo, a carta provavelmente foi escrita com carvão, em geral usado para aquecer a fornalha ali presente, evitando que prisioneiros de valor morressem durante um inverno rigoroso. Não haviam prisioneiros ou corpos em lugar nenhum do porão, muito menos no resto da casa, também não foram encontradas evidências de que tenham sido enterrados. A última opção que nos restou fora que o autor da carta tenha sido levado do local, entando vivo ou morto - uma pequena pausa foi necessária para que todos absorvessem as informações que eram passadas - O conteúdo da carta em si não diz muita coisa, mas é uma boa fonte para averiguar que tipo de esconderijo era usado pelos comensais para seus prisioneiros, o que nos dá uma pequena pista sobre onde procurar por outras sedes do poder das trevas. Bem, é melhor que leiam por si mesmos.

Dumbledore fez um movimento com a varinha e pergaminhos idênticos ao que segurava surgiram para cada pessoa presente, nele dizia em uma letra tremida e borrado em muitos pontos impedindo um pedaço da leitura:



“...noite. Sempre acendem o fogo nesse horário, um elfo doméstico se encarrega disso, anda terrivelmente mau (...) e suas mãos estão quase sempre algemadas, vez por outra são presos às algemas pequenos pesos, provavelmente para castigá-lo, temos ganho sua simpatia desde o incidente da semana passada.

Éster, aquele serviçal que foi feito vigia não nos tem deixado em paz, deveria cuidar de todas as celas, mas dá preferência a nossa, mesmo quando há alguma tentativa de fuga vinda do outro lado, não esquece, nem ao menos um mísere instante dá nossa presença, voltando-se sempre para nós no meio da confusão, talvez pense que (...) provavelmente algo ocorreu lá fora que possa levá-los até nós, é bom sonhar que eles nos encontraram e voltaremos a ser livres, é um sonho do qual já quase desisti, mas pelo menos é algo com o que sonhar. (...) ele novamente, é claro, deve ser terça, é o dia em que ele geralmente vem para ver os prisioneiros, pelo menos era assim até antes de perder a contagem dos dias.

(...) me pergunto porque ainda não nos mataram, talvez precisem de nós mas se já conseguiram o que queriam, podiam acabar com isso de uma vez. Parece que alguma coisa não saiu conforme o planejado, mas só nos resta esperar, ontem mesmo (...) agido estranhamente, não sei dizer o porquê, mas estão. Provavelmente nos levarão daqui o quanto antes, não ouso perguntar para onde, só posso esperar que seja um lugar melhor.”



-Está um pouco confuso, mas pelo que se pode deduzir seja lá quem escreveu isso pode estar ainda vivo e, ao que parece, com mais alguém - falou a voz da professora Mcgonagal após alguns minutos de silêncio.

-A mesma possibilidade passou por minha cabeça mo instante que li esse texto - concluiu Dumbledore - por isso mesmo que pretendo convocar alguns dos membros da Ordem para uma pesquisa investigativa - todos olharam para Dumbledore perguntando-se o que ele queria dizer - através dos dados desta carta podemos tentar encontrar o autor.

Alexandra olhou para a carta pensativa, parecia loucura, procurar por alguém que nem ao menos sabiam quem tendo pistas tão vagas, muitas lacunas ainda estão em branco mas talvez poderíam ser preenchidas se encontrados alguns dos personagens da carta, como o elfo doméstico e o serviçal Éster. Isso tornaria tudo muito mais simples. A garota então se levantou e disse se dirigindo a Dumbledore mas alto o bastante para todos ouvirem:

-Sr. Dumbledore, gostaria de me encarregar do caso.

-Fico muito satisfeito Alex - disse Dumbledore oferecendo-lhe um sorriso.

-Creio que vai precisar de ajuda! - disse Lupin enquanto se levantava, oferecendo assim seu apoio.

-Obrigada Remus! - Alex respondeu com um largo sorriso.

-Acho que não posso deixar dois imcompetentes como vocês andarem sozinhos por aí, não é? - até mesmo Snap riu enquanto Sirius deixava bem claro que estava se jntando ao grupo.

-Perfeito! - disse Dumbledore com um largo sorriso - Me sinto maravilhado de ver tanta boa vontade, especialmente vinda de vocês. Mas, esperem, há mais uma coisa que preciso mostra-lhes, sei que isso pode ser chocante - Dumbledore olhou os três amigos receoso - mas espero que possa servir de estímulo para que façam tudo o que for preciso.

O homem de longas barbas prateadas empunhou a varinha, mirando a pequena caixa a sua frente, ouviu-se um estalo e a caixa se abriu revelando seu conteúdo e provocando admiração e espanto em todos os presentes quando viram que, dentro dela, repousavam num macio pano vermelho as varinhas de Lílian e Thiago.

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