Uma história e um Natal

Uma história e um Natal



Era antevéspera de natal. Lizzie só faltava pular de empolgação, afinal, esse seria seu primeiro natal ao lado do pai. Severo já esquecera que, um dia, pensou em morrer e em não merecer a felicidade. Agora, ele tinha uma razão para se manter vivo. Cuidar de Lizzie.


 
- Papai? - chamou Lizzie, entrando na sala – Lê pra mim? Por favor!
- Tudo bem, Lizzie. Depois disso, você vai direto pra cama, entendeu? - disse Severo, pegando o livro “Os Contos de Beedle, o Bardo” das mãos da filha – Qual quer ouvir?
- A Fonte da Sorte. É a minha predileta.


 


Lizzie pulou, literalmente, para sentar ao lado de Severo no sofá. Esse, por sua vez, teve que ajudá-la. Na verdade,Lizzie não queria dormir, queria, apenas, ouvir as histórias do livro. Só que ela sabia que era impossível argumentar com o pai, mesmo que ela quisesse, então, logo desistiu de implorar por mais tempo acordada.


 
- “No alto de um morro, em um jardim encantado envolto por muros altos e protegido por poderosa magia, jorrava a Fonte da Sorte.” - começou Severo - “Uma vez por ano, entre o nascer e o por-do-sol do dia mais longo do ano, um único infeliz recebia a oportunidade de competir para chegar à fonte, banhar-se em suas águas e ter sorte a vida inteira... ...Sem jamais desconfiar que a fonte não possuía encanto algum.” (n/a: ínicio e final da Fonte da Sorte, conto do livro Os Contos de Beedle, o Bardo de J.K. Rowling)


 


Severo olhou para o rosto adormecido de Lizzie. Bom, pelo menos, não tive que mandá-la ir dormir, pensou Severo. Ele a colocou na cama e disse:


 
- Bons sonhos, Lizzie.


 


A noite passou rápido e Lizzie já pulava de alegria e cantarolava: “É véspera de natal! É véspera de natal!” Realmente, a menina esbanjava alegria. Lizzie, literalmente, pertubava seu pai para falar com os padrinhos, já que não estaria ali na virada.


 
- Papai, porque temos que ir à casa dos Malfoy hoje a noite? - perguntou Lizzie.
- Por que eles nos convidaram e eu aceitei o convite. Lizzie, filha, calma. Vai dar tudo certo.
- Drago vai estar lá?
- Sim, Lizzie, ele estará lá. E poderá conhecer a filha dos Parkinson, Pansy. Ela é da sua idade. Também tem 3 anos.


 


Lizzie não queria ir à casa dos Malfoy, (N/A: A crase é falcultativa antes de “casa”, mas, gosto de seguir um português mais complexo. Por essa razão, uso crase.) preferia passar o natal em Hogwarts com os padrinhos, cercada de gente conhecida. Lizzie se perdia nos próprios pensamentos sobre a noite de natal.


 
- Lizzie! - chamou Severo – Aonde você vai? O escritório do seu padrinho é para o outro lado, subindo as escadas.
- Desculpe, papai. Eu estava distraída.


 


Severo puxou Lizzie para o seu colo e disse a senha. Subiram as escadas e...


 
- PADRINHO! - gritou Lizzie, empolgada – Feliz natal.
- Feliz natal, querida – disse Dumbledore – Hoje é véspera de natal. Como não estará aqui na virada... Vou lhe entregar seu presente.
- Obrigada.
- De nada, Liz. Abra.


 


Ele entregou a caixa à menina e Liz abriu a caixa. Nunca vira algo tão lindo. Um vestido branco estampado com grandes rosas vermelhas, gola de boneca e um laço na cintura.


 
- Obrigada, padrinho – ela disse, agradecida – Eu adorei.
- Eu gostaria de entregar o meu também – disse Madame Promfrey – Aqui, Liz.


 


Lizzie abriu o presente. Era a boneca mais linda que já vira. Os cabelos cacheados e pretos soltos, o rosto de porcelana perfeitamente esculpido, os olhos grandes azuis, o vestido estilo Cinderella lilás e o cordãozinho dourado. Jamais vira uma dama de época tão linda.


 
- Obrigada, madrinha. É linda.
- De nada, queridinha.


 


Ao som da palavra “queridinha”, Lizzie começou a chorar, correu até o pai e pediu colo. É claro que ela não esqueceu os acontecimentos do dia 1° de setembro. Severo tentou acalmá-la, sem resultados.


 
- O que houve, Severo? - perguntou Promfrey, preocupada.
- Lembra do dia 1° de setembro? Ela chamou Lizzie de “queridinha” todo o tempo. Ela se lembra disso ao ser chamada assim.
- Oh, meu Merlim. Me desculpe, Liz – disse Promfrey, tentando se redimir – Eu não sabia.


 


Liz se acalmou muito devagar. Ela e Severo se despediram e, por fim, retiraram-se. Já de volta ao pátio, Lizzie fez uma pergunta um tanto... Interessante.


 
- A mulher má, ela não vai voltar, não é?
- Não. Ela foi presa e nunca mais vai voltar, ok? Nunca mais.
- Promete?
- Prometo, Lizzie. Já está na hora de irmos nos arrumar.


 


Saíram e Lizzie correu para o quarto. Abriu a gaveta e tirou um vestido vermelho reto, um pouco mais aberto após a cintura, uma capa vermelha de courino (n/a: couro articial e tingido) e pegou sua sandália dourada. Severo, em si, vestiu vestes a rigor pretas. Ambos lindos e elegantes. Então, aparataram para a Mansão Malfoy.


 


Lá, Lizzie desceu do colo do pai para procurar Draco. No caminho, como toda criança estabanada, ela tropeçou em uma mulher muito bonita. Cabelo pretos, olhos cor-de-mel, corpo perfeito.


 - Alex? - ela perguntou. Lizzie fez uma careta, destestava esse apelido – Olhe como você cresceu!
- Tia Madeleine! - ela disse – Achei que não ia te ver mais.
- Lizzie! Lizzie! - chamava Severo – Achei você. Não saia de perto de mim assim, Lizzie.
- Desculpe, papai. Essa é tia Madeleine, prima da mamãe.
- Prazer, Madeleine Juliet Marshall.
- Severo Prince Snape. Igualmente.


 


Depois, os dois adultos começaram a conversar. Lizzie pediu permissão para ver Draco e seu pai a deixou ir. Ela rapidamente encontrou o amigo. Bricaram de pique até a mais nova Parkinson chegar, Pansy. Lizzie foi cumprimentá-la, adoraria ter uma amiga. Até agora, só conhecera Draco e Blásio.


 
- Oi. Sou Elizabeth, mas, pode me chamar de Lizzie – ela disse, sorrindo
- Não ouse falar comigo, idiota de sangue-ruim.
- Desculpe? - a voz de Severo se ouviu atrás das crianças.


 


Lizzie, obviamente, estava magoada. Aprendera com o pai em pouco tempo de convivência a não mostrar suas emoções para pessoas não confiavéis. Lizzie não confiava em Pansy, ainda.


 


Pansy levara um susto com a aparição de Severo, mas, logo se recompôs. A menina usava uma máscara de indiferença, mas, por dentro, morria de medo que Severo falasse algo com seus pais. Exatamente o que acontece a seguir.


 
- Pansy Marianne Parkinson, o que esse senhor disse é a verdade? - disse o sr.Parkinson, irritado. (n/a: Desculpem. Dos Parkinson só sei o nome da Pansy. Ok, parei de atrapalhar)
- Sim, pai – respondeu Pansy, cabisbaixa – Desculpe, Liz, né?
- Aham – disse Liz – Eu te desculpo se aceitar ser minha amiga.
- Tudo bem.


 


Depois, a noite de natal seguiu tranquila e feliz e Liz ainda mais feliz por ter uma amiga nova. Liz ficou encantada com os seus presentes na manhã seguinte e agradeceu a Deus por ter o pai, os padrinhos e os melhores amigos do mundo.

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